No sofá da sala não estava Milla ou Sophia como eu imaginava, mas lá sentado estava Ryan, que diabos ele estaria fazendo ali?

― Oi Ryan, o que você ta fazendo aqui, e sem a Milla?-  perguntei me sentando ao seu lado.

― Longa historia, mas enfim, vem comigo que você vai entender.- ele disse dando de ombros.

― Ir pra aonde criatura? O que ta acontecendo?

― Ah e muda de roupa.- ele disse me ignorando.

― Pra que? Que droga ta acontecendo Ryan?-  já estava ficando indignada.

― Pra sair ué, vai logo, não temos muito tempo.- desisti e subi pro meu quarto indo direito pro guarda-roupa em busca de algo pra usar.

Depois de o revirar acabei achando um coturno, uma jaqueta, uma camiseta e um short pra usar, fiz uma maquiagem, peguei minha bolsa e meu celular e desci ainda me perguntando o que Ryan estaria aprontando.

Fomos em direção ao um carro e o caminho foi extremamente silencioso, qualquer pergunta que eu fizesse sobre o assunto ele me ignorava ou me cortava no meio, depois de longos trinta minutos o carro parou e Ryan olhou pra minha cara.

―Desce.

―Como assim?- o que será que ele tava fumando, porque né.

― Só desce.

Abri a porta e desci e me deparei com uma pracinha na qual tinha várias crianças brincando e correndo, vários casais de namorados sentados em vários banquinhos distribuídos pelo parque, árvores e pessoas fazendo piqueniques embaixo delas, era realmente lindo admito, mas a questão era porque eu estava ali?

Após ouvir um pigarro atrás de mim e me virar, parece que obtive a resposta pra essa pergunta, a resposta mais obvia e a mais improvável ao mesmo tempo, ela tinha três nomes: Justin Drew Bieber.

― Oi Sam.- ele disse olhando pra baixo.

― Oi Bieber.

―Hm, que tal passearmos um pouco?- ele disse ainda envergonhado.

― Claro.- disse o acompanhando, o silencio se instalou entre nós e eu não me via obrigada a dizer nada era ele quem tinha armado isso.

― Então, quanto tempo né.

― Você que escolheu isso, se fosse por mim nem brigados estaríamos. – falei emburrada.

― É eu sei, então eu resolvi te ouvir. Sei que foi meio estúpido eu não ter acreditado em você.- e ele continuava com vergonha e olhando pra baixo, o que diabos que ele tem que ele fica assim na maioria das vezes perto de mim?

― Meio? Sério Justin? Meio estúpido? Vamos ser verdadeiros e encarar os fatos.- falei olhando pra ele incrédula.

― Isso não vem ao caso agora ok? E antes que você me interrompa como você ama fazer, queria saber se você me desculpa e se podemos recomeçar.

― Eu te desculpo sim, porque eu sou uma pessoa muito meiga e cheia de perdão no coração.- falei e Justin começou a rir e descontroladamente.

― Cadê a piada ai que eu não entendi?- olhei pra ele totalmente brava, poxa a pessoa vai te pedir desculpas e você aceita e depois ela começa a rir de você, é pra morrer né.

― Nada não.- ele disse prendendo o riso, chato.―Vamos recomeçar.

― De que ponto exatamente?

― Daquele depois que eu te pedi em namoro, vamos fingir que eu acabei de pedir, tudo bem?

― Justin, não dá pra fingir essas coisas.- falei rindo dele, caramba o que tinham dado pra ele antes de ele vir aqui? O que quer que seja não era muito confiável.

― Então tudo bem, vai rolar outro pedido.- ele deu de ombros.

― Mas a gente já ta namorando.

― Dá pra resolver, Sam a gente termina aqui.

― Como assim?- perguntei incrédula olhando pra cara dele, e ele não fez nada só ajoelhou e tirou algo do bolso.

― Você quer namorar comigo?- ele disse me olhando profundamente.

― Justin você anda precisando daquelas aulinhas do começo das férias, não se pede uma garota em namoro assim.- falei rindo, Justin era tão improvável e peculiar, nunca se sabia o que esperar dele, e quando acontecia você ficava tipo “Isso é tão Justin.”

― Não Sam, responde a minha pergunta, porque agora é serio. Vai ser um namoro clássico, eu conhecendo seus pais, você conhecendo os meus, a gente andando de mãos dadas e dividindo alguma besteira, indo ao cinema e vendo aqueles filmes melosos que me dão vontade de vomitar mas que você ama, ou então a gente sentado no sofá vendo algum filme de terror enquanto você se esconde de medo e eu te acolho, eu implicando com você e você me batendo, eu te mimando e tentando cada dia te fazer mais feliz e ai você aceita?

― Justin...eu não sei se isso vai dar certo, quer dizer depois você vai voltar pra sua vida normal de astro pop e eu vou voltar pra Nova York.- eu disse cautelosa, eu realmente queria aceitar o pedido dele mas tem um futuro pela frente, e eu não sei se a gente consegue agüentar as dificuldades que vão vir.

― Depois a gente vê isso, mas eu quero saber se você quer, porque eu quero te chamar de namorada e poder encher o ouvido dos outros com o seu nome, não que eu já não faça isso, só que dessa vez podendo te chamar de minha e de verdade, eu quero saber se você aceita.

― Eu aceito sim Justin.- falei suspirando e sorrindo logo em seguida Justin se levantou e me mostrou o que estava na sua mão, era uma pulseira dourada, nela circulo, uma estrela e uma nota musical como pingentes e dentro estava gravada “Sam e Justin.” Estiquei meu pulso para Jus colocá-la, enquanto ele a colocava uma coisa me intrigou.

― Porque o circulo Jus?

― Porque um circulo ao contrario de um coração nunca acaba ou quebra e eu quero que a gente nunca acabe e que nenhum consiga quebrar o coração do outro, porque eu quero a gente bem e juntos.

― Anw que lindo você.- falei e o beijei ali em plena praça, em publico não me importando se haveria um fotografo lá ou se iriam tirar uma foto nossa, ou se alguém iria ver, só existia eu e ele no momento e o resto dane-se, e quando os meus lábios tocaram os dele foi como se fosse a primeira vez que o beijasse mesmo não sendo, foi perfeito como todas as outras vezes, só que dessa vez aconteceu algo diferente, rolou algo como explosão por mim, fogos de artifício talvez seja mas apropriado, não sei.

A única coisa que eu sabia era que naquele momento eu estava bem ali do lado do meu namorado, não sabia por quanto tempo isso duraria e nem queria saber, só queria viver o momento enquanto durava.