Curtinhas de Prince Of Tennis escrita por Kori Hime


Capítulo 4
Sonho


Notas iniciais do capítulo

Mariko pertence a Nyuu_d



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A aula de Geografia só não era mais entediante, porque a professora estava trabalhando com mapas, e isso prendia um pouco a cabeça dos alunos, destacando territórios, pintando nações do primeiro mundo, os socialistas, e outras tarefas simples.

Com uma caneta vermelha, Mariko riscava aleatoriamente Cuba, China, e pegou a outra caneta e riscou o Japão e assim por diante, até concluir que estava horrível aquele mapa. Levantou-se e pediu outro para a professora. Já era o terceiro.

Quando retornou a cadeira, ela deu uma cutucada com o dedo nas costas de seu amigo da frente, tentando despertá-lo.

Jirou acordou, bocejando alto e esticando os braços, todo preguiçoso. Ele piscou os olhos manhosamente, e olhou para a loira que estava parada ao seu lado com uma folha na mão.

– Mariko-san, estava sonhando com você! – Disse em voz alta, fazendo todo mundo virar o rosto e olhar para os dois, que estavam no canto da sala, lá nas últimas carteiras.

– Quieto, Jirou. – Ela sentou na cadeira, e afundou o corpo o quanto pode para não ser vista. Mas era um pouco impossível.

– Mas é verdade. – Gesticulou com as mãos, chamando a atenção dela. E de todo mundo.

A professora pediu para o rapaz fazer a tarefa passada de uma vez, e quando acabasse o período ele poderia contar o sonho que tivera, quantas vezes quiser.

Mariko deitou a cabeça na carteira, e fechou os olhos, raspando o aro de seu óculos na madeira, fazendo um barulhinho irritante.

Do outro lado da sala, um par de olhos azuis, estavam ardendo feito labaredas. As veias pareciam saltar. E o belo rosto, se contorceu. Aquilo tinha apenas uma explicação. Ciúmes.

– Jirou, eu não quero saber o que você anda sonhando comigo. Seu pervertido.

– Mas Mariko-san. Não foi um sonho pervertido. Foi bonito.

Ele estava insistindo tanto que a loira começava a vacilar, e a curiosidade aumentou.

– Depois você me conta então. – Esperou que ele voltasse a posição normal, para assim poder deixar escapar um sorriso bem feliz.

Mariko voltou a rabiscar o mapa, quando sentiu que era observada. Aquela sensação horrível de alguém lhe olhando só iria passar quando descobrisse quem era, até que um determinado momento, ergueu a cabeça para o lado certo, e encarou os azuis cheio de ciúmes.

Aí sim que ela sorriu mais ainda, e além disso, esticou as mãos, alcançando os ombros do amigo da frente.

Ela era um demônio – pensou Atobe –, conforme assistia aquele teatro ridículo, onde Mariko massageava os ombros de Jirou. Ah! Mas ele iria pagar com umas cem voltas em volta da quadra de tenis.

– Hey, Jirou? Você pode me contar um pouco do sonho que teve? – Mariko perguntou baixinho, fazendo o rapaz virar o corpo e baixar a voz também.

– Claro. Nós estávamos jogando, e daí você me venceu. Não é o máximo?

Mariko tombou a cabeça um pouco para o lado, fitando a animação dele, com um sonho tao... bobinho. Mas em seguida concordou, dizendo que um dia jogaria tão bem quanto ele, e iria vencê-lo sim.

Jirou ficou feliz, e pediu ajuda a ela para fazer a lição com o mapa. Mariko ajudou, e ainda prometeu que mais tarde, depois do treino, iriam jogar, para tentar realizar o sonho dele.

Atobe, ainda os olhava. Torcendo o nariz para os dois.


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