Fear Of Love escrita por Mah_Alves


Capítulo 4
Festa


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo beem? Aqui é a Day.
Primeiro não me matem, rsrs, desculpem pelo atraso da postagem, mais eu andava muitoooooooooo ocupada!rsrs
Então espero que gostem do capitulo!
Bjão



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No capítulo anterior...


Cheguei a casa, exausta, e encontrei Rose e Emmett na piscina. Não tinha notado quanto tempo tinha se passado, mas era mais ou menos 3h00min da tarde. Passei pela cozinha, peguei uma maçã, e subi para meu quarto. Troquei de roupa e fui para a piscina também. Por mais inacreditável que pareça, o dia foi ensolarado. Resolvi pegar o bronze que tanto precisava.

Capítulo 3

Chegando à piscina, Emmett zombou:

- Nem precisa pegar bronze, né Bellinha?
Apenas ignorei-o e sentei na espreguiçadeira ao lado da de Rose. Afinal, era Forks, e estava fazendo sol. Deveríamos aproveitar, porque isso é coisa que não se vê todos os dias. 

- E aí Bella, como foi na casa do Jazz? – Perguntou Rose

- Foi ótimo. É muito bom poder ver meu irmão novamente, e finalmente conheci a irmã do Emmett! Ela é muito agitada, embora pareça uma boa pessoa – Assim que disse isso, meus olhos se voltaram para Emm, que brincava na piscina, como uma criança pequena. Eu e Rose nos entreolhamos, e balançamos a cabeça em negação. 

- Eu acho que a Alice e o Jazz se gostam – Rose cochichou para mim.

- Também achei – Eu ri tentando disfarçar meu desconforto. Mesmo com essa conversa, me senti mal. Não esqueci o sonho que tive, e isso realmente me assustava. Tentei me distrair e com o passar dos minutos, consegui. Conversamos amenidades até perto de anoitecer, e enfim, entramos.

Resolvi tomar um banho. Enquanto a água caia por meu corpo, pensei em tudo. Pensei na minha vida, no Jacob, na minha família, na dor que estava lhes causando... E chorei novamente. Por tudo.


Demorei-me na água quente do banho, e quando sai meus olhos só não estavam inchados porque eu sai do banho a pouco, então deu para disfarçar. Agora a pergunta: Por que esse esforço todo para esconder meu sofrimento? Por causa da minha família. Eu vejo em seus olhos que eles odeiam me ver assim, então para poupá-los, tento disfarçar.

Mas não funciona.

Não é algo que se controle ou escolha. É algo que se vive. Na teoria, é tudo muito fácil. Não podemos perder tempo na nossa vida, pois não sabemos quando teremos a chance de ser felizes, e não devemos chorar por alguém que não merece, afinal, quem realmente lhe merece, jamais lhe fará sofrer.Eu sei. Eu sei disso tudo. Mas dói. Não é algo que se possa esquecer assim, num piscar de olhos. É como se um buraco tivesse se aberto em meu peito, uma ferida que não sei se cicatrizará.

Fui interrompida de meus pensamentos quando ouvi uma batida na porta. Logo, notei que ainda não tinha trocado de roupa, estava na frente do closet, de toalha.


- Posso entrar? – Perguntou Rose.

- Claro, entre – Respondi.

Rose entrou no quarto, e fechou a porta logo em seguida. Sentou-se na cama, enquanto eu escolhia uma roupa.

- Vim chamar-lhe para jantar – Falou.

- Já vou descer. Quer ajuda para preparar o jantar? – Perguntei.

- Não, nós vamos sair. Aliás, vista uma roupa mais bonita. Jasper, o amigo dele, Alice e Nessie vão estar lá também. Comemoraremos sua chegada, mesmo que os motivos para sua vinda não sejam nada bons – Disse.


Imediatamente, olhei para ela, apavorada. Não acredito nisso! Não vou comemorar isso. Como ela pode pensar em festa, em meio ao meu sofrimento? Abri a boca para falar, mas ela me interrompeu antes que eu continuasse.

- Não aceito um “não” como resposta. Você vai e ponto. Não quero saber dos seus comentários como: “durante o meu sofrimento, como pode festejar?”. É exatamente por isso. Você está sofrendo demais, tem que se distrair se divertir. Aproveite a vida. Um dia, você vai achar o cara certo.

Olhei atentamente para minha prima. Vi sinceridade em seus olhos, preocupação, e também uma esperança. Uma esperança vã. Será que eu seria capaz de me apaixonar novamente? Mas eu tinha medo. O medo do abandono. O medo de amar.

- Não consigo Rosalie. Acha que é fácil? Passar dois anos com ele, pensando que ele me amava, e depois descobrir de um jeito horrível que ele nunca te amou. Nunca vou esquecer isso, está marcado em mim, em quem eu sou. Ele foi meu primeiro namorado, e meu primeiro amor, fato que não posso mudar nem que queira – Desabafei, colocando tudo para fora de uma vez e descontando minha frustração nela.

Foi um alívio falar isso. Era como se estivesse preso em mim, e finalmente eu conseguisse livrar-me disso. As lágrimas transbordaram de meus olhos, e quando dei por mim, Rose estava me abraçando, e murmurando coisas sem sentido como “vai ficar tudo bem”, “calma”, e “não chore”.

Passamos uns minutos assim, até que me acalmei. Rose me ajudou a escolher uma roupa, mesmo contra a minha vontade. Vesti uma saia de cintura alta preta, uma blusa justinha azul e sapatilhas pretas com detalhes azuis. Deixei meus cabelos soltos, e passei uma maquiagem forte: delineador, rímel, lápis de olho preto, pó compacto, e um gloss clarinho.

Cheguei lá embaixo e o Emmett jogava videogame enquanto nos esperava. Antes de sair, tentei de novo persuadi-los a ficarmos em casa e desistir da festa:

- Rose...

Silêncio.

- Por favor...

O silêncio prevaleceu.

- Responde logo! Aff, só tem gente lenta aqui! – Me irritei. Quem gosta de ficar no vácuo?

- Eu já falei Bella, nós vamos comemorar. Não adianta fazer ceninha feito um bebê – Respondeu, finalmente. Fechei a cara, e passei todo o caminho emburrada.

Ao chegar à boate eu suspirei dramaticamente e olhei novamente para a Rose, em súplica.

- Tire essa expressão do rosto e vamos lá, deixe de coisa – Falou, me arrastando para fora do carro.

Dava para ouvir a música do estacionamento, e estava tocando Bad Romance – Lady Gaga, o que é uma ironia, considerando o meu caso.

Entramos e procuramos os outros. Emmett encontrou-os em uma mesa, perto da pista de dança e fomos até lá. Jazz estava de frente para a Alice, ao lado de Alice tinha uma garota que parecia – sinistramente – comigo. Tinha os meus olhos, cabelos compridos, em tom de bronze avermelhado e branquinha. Sentado de frente para ela, estava o amigo de Jasper... Edwin? Edmund? Não lembro bem.

Tinha mais quatro cadeiras, então sentamo-nos. Eles não tinham nos notado, e quando nos viram, todos vieram falar conosco.

- Oooi Bellinha! – Cumprimentou meu irmão, tendo que gritar para ser entendido.

- Oi Jazz – Respondi, sorrindo forçadamente.

- Beeeella – Cantarolou Alice.

- Oi Alice – Respondi.

- Essa aqui é a Nessie, ela divide apartamento comigo. Nessie, essa é Bella, prima da esposa de Emm, e irmã de Jasper – Alice apresentou-nos.

- Olá, muito prazer – Falei educadamente.

- Oi, prazer te conhecer – Respondeu, me surpreendendo ao abraçar-me. Sorri e correspondi ao abraço.

- Vamos dançar Bella! – Chamou Alice, não esperando minha resposta, e as meninas saíram me puxando até a pista.

- Eu não sei dançar – Menti, tentando voltar à mesa, mas elas me seguraram.

- Você sabe dançar sim Bella. Agora, se divirta – Rose disse.

Elas estavam dançando de acordo com a batida, e com braços enlaçados ao meu, me impedindo de fugir. Como não estava a fim de pagar um mico, ficando parada no meio da pista, pensei “Ah, quer saber? Que se dane!”.

Então as acompanhei. Vou ter que confessar: foi muito divertido. Desde que ele foi embora, não me divertia tanto. Não ria não me dava à chance de ser feliz, apenas recolhia-me em meu luto.

Era bom ver como os olhares dos homens seguiam meus movimentos, e me ver cobiçada, e desejada. Olhei de relance para nossa mesa, e o que vi, me fez cutucar as meninas e mandá-las olhar, então caímos na risada.

A cara dos meninos era impagável. Estavam com os olhos vidrados em nós, de queixos caídos e uma expressão de surpresa.

***

Quando cheguei a casa, fui diretamente ao quarto e desabei na cama. Dancei muito, ri... Foi muito bom, tenho que admitir. E foi pensando que talvez tudo ficasse bem que adormeci.

Mas logo que recobrei a consciência, a dor em meu peito voltou. Parecia que no momento, tudo ia ficar bem, mas depois, o sofrimento volta. Eu sou como um imã para a dor. Quantas vezes um coração pode ser despedaçado e continuar batendo? Eu não quero descobrir a resposta. 

Então notei que ainda estava do mesmo jeito que cheguei. Fui tomar um banho, e me coloquei uma calça leg e um vestido curto, que parecia uma blusa comprida. Coloquei uma sapatilha e desci, sentindo o cheiro de algo fritando.

- Hum... Que cheirinho bom - Falei assim que entrei na cozinha e pude ver Rose no fogão.

- Ovos com bacon. Espero que goste, Bella - Ela disse, despejando em um prato e colocando a frigideira na pia, e me olhando de cima a baixo.

- E ai, valeu à pena sair um pouco ontem? – Perguntou, sentando-se.

- Claro, acho que nunca me diverti tanto – De certo ponto era verdade, foi ótimo, mas não foi o bastante para me tirar desse meu mundinho triste.

- Que bom! Ah, o Jasper ligou e pediu que você fosse ao apartamento dele hoje.

- Tudo bem, mas você sabe o que ele quer? – Perguntei, me recostando na cadeira e a encarando. Não estava com fome, meu estomago se embrulhou ao ver a comida. Não que a comida da Rose fosse ruim, pelo contrário, mas eu não estava nos meus melhores dias. Literalmente.

- Na verdade não, mas ele falou que era urgente – Bom, pelo o que conheço do Jasper, deve ser uma coisinha de nada. Ele sempre foi muito exagerado.

- Bom, então eu vou lá Rose – Disse me levantando e me dirigindo até a porta.

- Não vai tomar o café?

- Não, como qualquer coisa por ai – Disse saindo e indo em direção a garagem onde estava meu carro. Ah, acho que me esqueci de comentar: meu carro é uma Ferrari preta, chegou hoje pela manhã.

Dei partida e fui direto para o apartamento do Jasper, mas não sem antes pegar um engarrafamento na estrada. Depois de mais ou menos meia hora, pude avistar o prédio que ele morava com o amigo médico.

Quando cheguei fui direto para o elevador, mas antes dando de cara com o tal amigo dele.

- Oi – Disse educadamente me dando um sorriso torto.

- Oi – Respondi, e lhe devolvi o sorriso.

Entramos juntos no elevador e ele apertou o botão que nos levaria ao andar do apartamento do Jazz. Há dois andares de distancia do apartamento, o elevador deu um solavanco e as luzes se apagaram.

- O que foi isso? – Perguntei assustada; só havia nós dois dentro do elevador.

- Calma isso acontece de vez em quando, deve ser alguma pane do sistema – Disse, me olhando nos olhos.

Eu comecei a sentir um dor no peito, uma falta de ar, uma sensação estranha, e pelo visto ele percebeu, pois veio para mais perto de mim.

- Você esta bem? – Perguntou num tom preocupado.

- Não; tenho claustrofobia, por favor, me tire daqui – Falei num tom desesperado, e ele me abraçou, me prendendo entre seus braços fortes.

- Calma, vou ajudar-te – Foi a última coisa que eu ouvi dele, antes da escuridão tomar conta de mim, e sentir meu corpo desabar.


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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram???Espero que sim e não esqueçam dos reviews! Só postamos o próximo cap com no mínimo 5 reviews.
OBS: VAMOS TENTAR POSTAR MAIS RAPIDO!