Eu Te Dou Meu Coração. escrita por Bellaah


Capítulo 3
Capítulo 2 - "Perseguição espiã ?"


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem,fiz essa fanfic com muito carinho. :)

Aqui está o vídeo da fanfic para quem quiser ver:
http://www.youtube.com/watch?v=xSIsHfqPA2U


*Músicas lá embaixo. :)



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Capítulo anterior:

Quando vi ela dobrando no porto e sumido da minha vista,percebi que as sensações estranhas tinham voltado ao meu corpo e de tamanho descomunal.

Meu Deus o que estava acontecendo? Eu nem conhecia a garota direito e essas malditas sensações tinham que se apoderar do meu corpo? Eu sempre teria que senti isso quando visse ela?

Eu tinha que descobrir o que era aquilo e ia fazer isso agora.Iria segui-la at em casa,talvez se mantivesse com meus olhos nela a mágica da primeira vista talvez sumisse de mim.No gostava de senti aquilo por garota nenhuma,era estranho e como se ela pudesse controlar minhas atitudes.

Decidido pelo o que fazer,montei na bicicleta,e sair do colégio vendo-a a uns poucos passos frente.

**********************************************

Bella PDV

-Vóó,chegueeei. – Falei em voz alta quando abrir a porta da minha casa,entrando na mesma,e fechando a porta atrás de mim.

Sinceramente,eu tinha gostado do meu primeiro dia de aula na nova escola.No foi ruim como eu pensei que poderia ser.Alice,realmente,era uma garota legal e eu me diverti muito com ela e com seu namorado,Jasper,que conheci na hora do refeitório.

Como eu previ,aquele momento estranho que tive com o garoto no corredor,tinha completamente se esvaído da minha cabeça.Nem parecia que tinha acontecido algo.

Ficava feliz com isso.Ficava feliz por saber que aquele momento não tinha sido algo importante que deveria acontecer na minha vida.Sabia que as vezes o destino podia brincar com a gente,e não me surpreenderia nada se ele brincasse comigo colocando um garoto da qual eu iria me apaixonar na minha vida,logo nesse momento da minha vida.Por isso,estava tranqüila e satisfeita por descobrir que não me apaixonei por aquele garoto.Nem teria como,amor a primeira vista não existia e eu sabia disso.

Joguei minha bolsa em cima do sofá no exato momento em que minha avó colocou a cabeça para o lado de fora da cozinha com um sorriso enorme no rosto.

O sorriso dela sempre seria um remédio de bom humor para mim.Era impossível não ficar feliz quando se tinha uma pessoa na sua casa que nunca ficava de mal humor.Minha avó era exatamente daquele jeito.

-Venha,seu almoço está pronto,querida. – Falou estranhamente animada e eu me perguntei o que ela estava aprontando naquela cozinha.

Sorri e fui até ela,dando um beijo em seu rosto e olhando para a mesa pela a primeira vez,percebendo a lasanha enorme que tinha em cima dela.

- Vovó,no precisava fazer a lasanha. – Falei dando outro beijo em sua bochecha e me sentando na mesa.

- Claro que sim.Precisamos comemorar o primeiro dia de minha netinha no Colégio novo. – Falou animada.

Às vezes minha avó parecia uma criança que nunca se abalava com nada.

Gargalhei do seu jeito espontâneo e jovial.

- A senhora não tem jeito. - Revirei os olhos.

Ela sorriu da pia,onde pegava os pratos e o talheres colocando-os em cima da mesa logo depois.

Apesar de minha avó e eu ter uma vida simples,sustentada com o dinheiro do trabalho de culinária dela e com o meu trabalho que sempre fazia as noites de quinta e sexta,éramos felizes.

Minha avó sempre fora uma cozinheira de mão cheia.Lembro quando minha mãe era viva e ela sempre queria fazer a comida tão gostosa quanto a da sua mãe.O problema era que ela nunca conseguiu,sempre se atrapalhando e fazendo a comida acabar saindo um desastre.

Por ser tão boa cozinheira,minha avó decidiu abrir uma pequena lanchonete e restaurante não muito longe da nossa casa.Se chamava: O tempero da vovó Margareth.Sempre que eu podia,dava um pulinho lá para ajudá-la,mas minha avó sempre reclamava dizendo que meu lugar era em casa,estudando.

- Hoje quinta,você vai para o trabalho? – Minha avó perguntou se sentando na cadeira em frente a minha e me tirando dos pensamentos.Olhei para ela meio confusa por causa da pergunta.

- Claro que vou,por que não iria? – Perguntei com um sorriso meio confuso no rosto.

Ela suspirou ,dando de ombros,e pegou o recipiente em que a lasanha estava,colocando com uma colher um pedaço grande em meu prato.Fiquei observando ela fazer aquilo,esperando que ela respondesse a minha pergunta.Parecia preocupada com algo,e eu no gostava de vê-la assim.

- Vó,por que você acha que eu não iria? – Perguntei novamente,esperando que ela respondesse dessa vez.

Ela colocou um pedaço de lasanha em seu prato e depois olhou para mim com um sorriso no rosto.

- Não é nada,minha querida. – Falou apenas.Mas sua voz estava tão baixa que eu sinceramente percebi que não se tratava de nada demais.

- Vó... – Falei com a voz divertida. – Eu conheço a senhora.Não adianta mentir para mim.Vamos,fale.O que está lhe incomodando? – Perguntei,colocando um pedaço de lasanha na minha boca.

Ela me olhou por alguns segundos,como se pensasse se deveria ou não falar e depois suspirou pesadamente.

- Bella,eu sei que você pediu para eu não falar sobre... – Quando percebi do que ela ia falar,engoli a comida rapidamente e olhei mais séria para ela.

- Vó,não venha me falar... – Interrompi-a,querendo que ela não continuasse.

- Bella,eu sei que você quer que pareça que está tudo normal,mas minha filha,no está. – Ela falou com seu semblante bastante preocupado.

- Está vovó,para mim está. – Falei um pouco mais séria e determinada.

Sinceramente não estava a fim de falar sobre aquilo.Conseguira seguir tão bem essa manhã,que quase me esqueci dos problemas,não queria voltar a lembrar.

- Bella,eu sei que você gosta muito do seu trabalho,mas não acha que ira se esforçar demais?

Olhei para ela meio surpresa.Não acreditava que ela queria que eu parasse de fazer uma das coisas que eu mais gostava de fazer nessa vida.Meu trabalho,era o melhor trabalho que se podia ter.Porque era algo de que eu gostava de fazer e fazia com tanto esforço e dedicação,que nem me importava se no final estava cansada ou não.

- Cantar? – Perguntei meio surpresa. – Cantar no esforça nada,vó.A senhora sabe que isso é importante para mim.

- Eu sei,filha.Mas é que o médico falou...

- Falou que eu não podia me esforçar. – Interrompi-a. - Fazer exageradamente atividades físicas,me estressar,ficar ansiosa,ou qualquer coisa que piorasse minha situação. – Ergui as mãos para o ar,meio exasperada. - Eu sei vó,eu sei exatamente o que ele me disse,tá legal? Mas eu não vou parar de viver por causa disso.Cantar só vai me fazer bem.Será que a senhora não pode entender isso? – Perguntei com a voz um pouco alterada.

Ela suspirou pesadamente e ficou me fitando por alguns segundos.Até que balançou a cabeça negativamente e sorriu.

- Tudo bem Bella.Eu... – Parou de falar e ficou meio agoniada. – È que eu fico meio preocupada com você,minha filha. – Fechei os olhos e inspirei o ar,tentando me acalmar.Depois abri-os novamente. – Diga que vai ao menos tomar os remédios que ele lhe recomendou?

- Nós já conversamos sobre isso. – Sibilei um pouco raivosa,desviando o olhar para a comida que agora apenas remexia com uma certa fúria.

- Bella...

- Vó. – A interrompi com a voz forte e olhando-a novamente. – Eu não vou me entupir de remédios,querendo prolongar uma vida que um dia nós sabemos que vai acabar.Você ouviu o que o médico disse,mesmo que eu tome os remédios os sintomas continuaram vindo.Eu não quero ter que viver a base de drogas para parecer um vegetal e ficar dependendo dos outros nos últimos momentos da minha vida.

- Bella,mas você pode ter alguém que lhe doe um coração. – Ela falou persistente.

- Quantos por centos de chances? – Perguntei irônica. – O próprio médico disse que as chances eram pouquíssimas,porque eu sou a última na lista de espera.Vó,eu escolhi o meu futuro dentro do destino que tenho que seguir.A senhora concordou comigo.Eu não quero ficar parecendo alguém doente,que tem que se preocupar com horário de comer,com horário de tomar remédio,com horário de tudo.Eu não quero passar meus últimos dias em um hospital,vendo minha vida se acabar com algo tão monólogo.Eu não escolhi isso para mim,então tenho que aceitar da melhor forma possível.Por tanto vovó,não tente mudar minha opinião,porque eu não vou mudar.Não quero minha vida tão limitada desse jeito. – As últimas palavras saíram como um grito.

Quando percebi com quem estava gritando, abaixei a cabeça meio sem graça,por está fazendo aquilo com a pessoa que eu mais amava.Era só que,eu pedi tanto para ela não começar com aquelas conversas,começar a querer controlar tudo.Eu não queria ter que ficar me lembrando a todo momento que minha vida estava prestes acabar e isso acabar causando uma tristeza em mim.Ficar pelos os cantos,me fazendo de coitadinha,era o que eu menos queria nesse momento.

Olhei para minha avó,que estava com a expressão meio desolada,de a cabeça abaixada.

- Me desculpe. – Falei em um sussurro e suspirei.-  È que a senhora sabe que eu fico meio nervosa com esse assunto.A senhora sabe que eu vou lutar,mas da minha forma.

Ela ficou mais algum tempo com a cabeça abaixada,e eu fiquei olhando-a até que ela levantou a cabeça com um sorriso meio desanimado no rosto e colocou a sua mão em cima da minha que estava sobre a mesa.

- Tudo Bem Bella,tudo bem.Sei que é caso perdido discutir isso com você.Então eu vou tentar te compreender. – Suspirou e eu sorri,apertando a sua mão.

- Obrigada. – Murmurei.

- Eu estou aqui, minha netinha. Para o que der e vier, sou velha mais ainda sou forte. – Sorri mais animada. Ela sempre falava aquilo. – Bella... – Me chamou de novo,fazendo com que eu a fitasse novamente. – Só me deixe um pouco mais tranqüila e tome um único remédio. – Ela pediu quase implorativa.

Sabia de qual remédio ela falava.O que diminuiria as dores dos sintomas quando eles começassem a vim.Eu podia aceitar aquilo,pois eu mesma não queria ter que ficar sentindo tantas dores fortes perto de pessoas que eu gostava e que não sabiam do meu problema,dando assim motivos para preocupações,para eles.

Fitei minha avó que me olhava quase como se estivesse se ajoelhando no chão e depois de alguns segundos,sorri torto.

- Tudo bem. – Concordei,fazendo ela suspirar aliviada. – Mas,só esse hen Dona Margareth? – Falei brincalhona e ela assentiu freneticamente,como se concordasse totalmente com aquilo.Sorri e levei sua mão até meus lábios,dando um leve beijo.Não saberia viver sem minha avó.

Levantei meus olhos um pouco mais animada e sorri.

- Será que agora podemos comer? – Perguntei fingindo impaciência. – Estou morrendo de fome e aposto que essa lasanha está uma delicia.

Ela sorriu tirando a sua mão da minha e gesticulou para que eu fosse em frente.Suspirei e peguei a colher colocando uma quantidade enorme de lasanha na minha boca,vendo que minha avó ainda me analisava divertida.

(...)

Assim que terminamos de comer,minha avó tratou logo de pegar o remédio que eu havia prometido tomar,para mim dar o primeiro comprimido.Logo depois que ela fez isso,se arrumou para ir ao restaurante,dizendo que não demoraria muito e que estaria em casa antes mesmo de eu sair para o meu trabalho.Disse para ela não se preocupar com o horário,pois eu sabia me cuidar.Ela muito insistente e cuidadosa disse que queria trazer um jantar gostoso e forte para que eu saísse de casa.Não querendo e achando impossível de mudar a cabecinha da minha avó concordei e assim que ela saiu fui lavar a louça que havia ficado na pia.Terminando em pouco tempo e me preparando para ir para cima,estudar e ensaiar um pouco as músicas que iria tocar hoje a noite.

Antes que subisse,percebi que a cozinha e a casa estavam muito escuras e só vendo agora foi que percebi a janela da sala fechada por minha avó que sempre fechava de manhã cedo e sempre esquecia de abri-la pela a tarde.

Sorrir lembrando o quanto ela podia ser as vezes esquecida e fui até a janela abri-la,querendo que entrasse um pouco de luz naquela casa.

Ao tirar a cortina da frente da janela e olhar para o lado de fora,procurando ver um pouco do movimento,vi de repente um garoto de cabelos acobreados,atrás de uma árvore em que ficava do outro lado da rua e enfrente á minha casa,olhando para a mesma parecendo meio curioso.

Ei,espera ai! Ele não parecia com o garoto que eu tinha tombado no corredor do colégio? Perguntei para mim mesma meio confusa e olhei novamente mais atenta para árvore,constatando que não havia ninguém atrás dela.

Franzi o cenho e ergui uma sobrancelha para mim mesma.Talvez eu só estivesse ficando louca ou qualquer coisa do tipo.Tudo poderia sair dessa minha cabeça maluca.

Balancei a cabeça negativamente,reprovando minha própria visão doida e subir as escadas para o meu quarto.

Edward PDV

Vi a garota de cabelos castanhos olhar pela a janela bem na mesma direção da rvore que eu estava escondido e bem na hora que inventei de olhar em direção á sua casa.No mesmo momento em que percebi que ela poderia ter me visto,me escondi atrás da imensa árvore,ficando quase sem respirar.

Esperei mais alguns segundos ali e depois olhei vagarosamente,vendo se ela não estava mais por ali ou se não estava vindo em minha direção.Para o meu bom alivio e pela a primeira vez uma coisa não dando errada para mim,a garota já havia sumido.

Não entendia o motivo de ter ficado tanto tempo por ali.A esperança de que a garota poderia sair de casa a qualquer momento ou aparecer em algumas de suas janelas para eu poder ver o seu rosto e descobrir porque ela me deixava daquele jeito,me mantiveram por um logo tempo atrás daquela árvore sem nem ao menos ficar entediado como sempre ficava.

Sabia que tinha que ir embora,afinal já fazia quase uma hora e meia que tinha saindo do colégio e minha mãe poderia está preocupada comigo,se por algum motivo,percebesse minha ausência em casa.Portanto,mesmo sabendo disso,sentia a necessidade de querer conversar com a garota,de perguntar seu nome e ouvi a sua voz mais uma vez.

Queria ver e dizer para a minha mente persistente que passava aquelas sensações pelo o meu corpo,que a garota era como qualquer outra e que não tinha que ficar me atormentando desse jeito,sempre mostrando em minha cabeça,os olhos doces chocolates da garota.

Bufei para mim mesmo e balancei a cabeça negativamente.Acho que a falta do que fazer era que me deixava assim.Talvez amanhã eu estivesse melhor ou talvez não,mas sinceramente,esperava que sim.

Peguei minha bicicleta jogada no chão,montei nela e sair pedalando rua fora em direção da minha casa que eu descobrir que não ficava muito longe dali.

(...)

Cheguei em casa,coloquei minha bicicleta na garagem e entrei dentro de casa batendo a porta e indo me sentar  no sofá vermelho da sala.

Estava impaciente comigo mesmo.Em todo o percurso da casa da garota até a minha,sentia a necessidade de voltar e vigiar mais da sua vida.Isso era novo para mim e eu nunca me senti to atraido por uma garota.Não podia deixar de admitir que era isso.Atração ou algo que eu vi nela,como seus olhos cheios de vida,que me chamaram a atenção.

Vi minha mãe aparecer na porta da cozinha,com sua expressão de sempre e me olhando meio confusa.

- Edward,chegou agora? – Perguntou como se estivesse confusa de não saber se eu estava em casa ou não.Ela nunca mais prestava atenção nas horas que eu chegava.

Balancei a cabeça para ela,absorto em meus pensamentos e preocupado comigo mesmo.

- Houve alguma coisa,filho? – Ela perguntou se aproximando de mim e sentado ao meu lado.

Olhei para ela por alguns segundos e me perguntei se deveria falar dos meus sentimentos.Se deveria falar do que havia acontecido de estranho nesse meu dia que finalmente mudou em alguma coisa.

- Mãe,como você...? – Comecei a falar,mas parei me lembrando que talvez minha mãe não fosse a pessoa ideal para ter aquela conversa.Poderia ser que ela lembrasse do meu pai e sua expressão ficasse mais desolada do que já estava.

Ela ergueu um sobrancelha,esperando que eu continuasse,mas eu desviei o olhar do dela.Olhei para o chão e balancei a cabeça negativamente.

- Não,não é nada.È besteira. – Murmurei e depois olhei para ela sorrindo,demonstrando-lhe que estava tudo bem.

Ela suspirou e assentiu,se levantando do sofá.

- Tudo bem meu filho,se o que você diz. – Deu de ombros e se levantou,sumido pelo o corredor que dava nos quartos logo depois.

O problema dela era justamente isso.Ela podia perguntar ou notar que algo acontecia comigo,mas nunca insistia para eu falar com medo de que os problemas que me atingiam também atingissem-na.Bem,eu tinha que manter sempre as aparências de que estava tudo bem,mesmo não estando.Principalmente agora que essa confuso e dúvidas tomava, o meu coração e minha mente.

Suspirei chateado e joguei minha bolsa que estava em cima do sofá no chão,me deitando no sofá logo depois e ficando por ali mesmo.

Bella PDV

Ajeitei meus livros em cima da escrivaninha e desliguei o computador na pesquisa que estava na tela,assim que terminei de estudar.O assuntos eram fáceis e eu consegui pegar com facilidade terminando minha tarde de estudos exatamente ás quatro horas da tarde.

Quando terminei de organizar os livros,fui até ao meu Violão Cutway Yamaha APX 500 preto,que ficava ao lado da minha cama,pegando-o,tirando a capa e deixando minha paixão a mostra.Quando fui colocar a capa no chão,para começar a ensaiar algumas músicas vi um papel jogado ali e me abaixei já sabendo do que se tratava.

O exame que comprovava o meu problema de Insuficiência cardíaca estava amassado e manchado pelas as lágrimas do dia seguinte.Agora que estava mais calma pude visualizá-lo direito.

Lembrei quando o médico me deu aquele exame e eu quis abri-lo só quando chegasse em casa,mesmo que o médico já tivesse falado o que eu tinha. Claro que fiquei nervosa quando eu ouvi-lo dizer que meu coração estava parando de bater minimamente a cada minuto da minha vida.Disse que por enquanto não estava tão forte e que eu ainda podia ter esperanças de sobreviver caso aparecesse algum doador disponível de coração que se adaptasse ao meu organismo.

O problema era que eu era umas das últimas na lista de quase mil pessoas que esperavam por isso também.

Não queria viver na esperança de que algum dia chegasse a minha vez para depois me decepcionar.Sabia como eram essas coisas e o quanto elas eram demoradas.Pelo o que o médico e o  exame diziam,eu não tinha muitos meses de vida pela a frente.Talvez uns seis meses,um ano ou até menos.

Os sintomas não estavam aparecendo tão fortemente,só umas dores de coração que as vezes me atingiam de repente,mas nada que eu não conseguisse suportar.

Sabia que,de com acordo com o tempo eles iriam vim mais fortes,podendo me deixar mais fraca ou prolongar mais as dores no coração.Bem,isso era um conseqüência que teria que agüentar e o remédio que estava tomando era justamente para isso.

Suspirei e olhei mais uma vez para aquele papel que era deprimente de se olhar.Ele dizia todo o meu futuro ali.Morte,morte rápida.

Bufei,amasse-o com força nas minhas mãos e joguei-o no cesto de lixo que havia ali no meu quarto,acertando em cheio.

- Eu no vou ficar olhando para você como se fosse uma carta de tarô. – Murmurei para mim mesma,como se o papel pudesse escutar.

Depois balancei a cabeça e me concertei na cama,me encostando na cabeceira da mesma,com meu violão nas pernas e pronta para ensaiar alguma coisa que esvaísse aquele problema da minha cabeça.

(...)

- E ai,Pernalonga? – Comentei em voz divertida,cumprimentando Mike,quando cheguei batendo no balcão do Bar StarBucks e me sentando em um banquinho.

O Bar StarBucks era um dos melhores do bairro em que eu morava.Não ficava muito longe da minha casa.Era um bar,digamos assim,diversos tipo.Em cada noite era decorado de uma forma diferente,de acordo com o tema do dia.

Na segunda,country.Na terça,rock.Na quarta,salsa.Na quinta,romântico e na sexta,pop Music.Em cada dia desses,havia música ao vivo cantadas de acordo com o tema especifico.

Hoje,por exemplo,era o meu dia.Romântico.O bar estava decorado de uma forma suave e doce,com vários casais sentados em suas mesas de madeira e sendo iluminados com as luzes fracas de tom de roxo e rosa dando mais um clima para o local.

Eu gostava de trabalhar ali,o salário não era lá muitas coisas,mas eu pelo menos ganhava por algo que gostava de fazer.

- E ai Bellinha? Anda sumida hen garota ? – Mike,o gerente do bar e também Barman,por ser filho do dono,me cumprimentou.

Era um garoto de olhos azuis,cabelos loiros e cara de anjinho.Era um bom garoto e eu gostava muito dele por ser um amigo que sempre podíamos contar na hora do aperto.Além de ser super responsável no trabalho.Dizia sempre que também gostava de fazer o que fazia e que tinha nascido para ser barman,fazendo suas loucuras com as bebidas e também em ajudar o seu pai a tocar tudo aquilo.

- Alguns problemas pessoais,nada de importante. – Falei dando de ombros.

Por causa da insuficiência cardíaca que me manteve ocupada tempo o bastante para ter que ir atrás de médico após médico,tive que me manter por umas duas semana afastada dali.

- Mas,tem uma vaguinha para mim ai,não é? – Perguntei para Mike que se divertia com as manobras que fazia na bebida e servia a um cliente logo depois.

- Claro que tem,sempre tem. – Mike comentou agora vindo até mim e se concentrado mais na nossa conversa. – Sabe que meu pai me mataria se eu dispensasse você. Bella,você é o sucesso desse bar nas quintas e sextas. – Falou empolgado e eu gargalhei. – As pessoas sentiram falta de você e de sua música. – Finalizou meio pesaroso.

Suspirei e por algum momento senti um aperto no coração.Saber que algum dia teria que me afastar de vez daquela vida e daquele lugar que tanto gostava.

- Você sabe que eu acho que você não deveria está aqui,não é ? – Mike perguntou meio irônico.

Sorri e balancei a cabeça negativamente.

- Você e a sua boca para me dizer que eu tenho talento. – Brinquei.

- Você sabe que tem. – Falou me servindo uma bebida de misturas de frutas,sem álcool,sem nem ao mesmo eu pedir.Ele sabia que eu gostava daquilo. – Você não deveria está aqui Bella.Você tem talento,tinha que está tocando para milhares e milhões de pessoas.

- O que? Rebaixando seu próprio Bar,Mike Newton? – Perguntei sarcástica enquanto ele colocava o copo em minha frente e eu tomava um gole da bebida servida.

- Não,só tentando abrir seus olhos para seu talento.Sabe que deveria está na Live Music Clubs. È o seu maior sonho.

Dei de ombros.

- Eu sei que eles não vão me aceitar lá. – Falei com um tom de descaso.

- Como sabe sua bobinha? Se nunca tentou. – Perguntou com um sorriso no rosto,e me fitando,esperando que eu respondesse.

Abrir a boca para falar algo ou responder,mas nada saiu.Ele revirou os olhos e sorriu,saindo para atender um cliente,logo depois de dar um peteleco no meu nariz como sempre fazia.

Suspirei quando ele saiu.Mike era um bom garoto,e sempre insistia para eu fazer um teste para o Live Music Clubs.Era o local dos meus sonhos,onde os melhores talentos de Seattle tocavam para milhares de pessoas como Mike acabara de dizer.

Eu não tinha coragem de ir até lá e fazer um teste.Na verdade tinha medo de ser rejeitada pelos os júris críticos e dessa forma acabar achando que eu não era boa no que eu fazia.

Sabia que quando críticos não gostavam de alguma coisa,eles não hesitavam em dizer o que havia de errado.Talvez,se eu fosse lá e acontecesse isso,acabaria me afastando da música por pensar que não era boa o bastante para continuar.

Era um medo bobo,mas era só que eu não queria ficar decepcionada comigo mesma,sabendo que nunca fiz algo direito,nos últimos momentos da minha vida.

- Bella... – Ouvi Mike gritar do outro lado do bar me tirando dos pensamentos. – Tua vez. – Falou com um sorriso empolgado no rosto e apontando para palco.Me mostrando para ir até lá e fazer,de acordo com ele,o que eu mais sabia fazer de melhor.

Tomei um gole da minha bebida e me levantei do banco,indo até o palco onde me sentia tão bem.

(...)

- Olá. – Falei no microfone quando já estava devidamente organizada em meu lugar,em cima de um banquinho e o violão na perna,no palco baixo do Starbucks. – Eu fiquei um tempo sem vim,mas agora estou de volta. – Comentei e aplausos e assobios vieram da turma apaixonada.

Olhei para Mike que estava ao lado do palco e ligava a caixa de som,levantando o dedo polegar logo depois indicando que eu começasse com o show.

- Essa música se chama Hero. – Falei no microfone,sendo aplaudida de novo e concentrada,comecei a tocar as primeiras notas da música que tinha ensaiado de tarde.

- Hero – Paramore.-

“Too alarming now to talk it out
Take your pictures down and shake it out
Truth or consequence, say it aloud
Use that evidence, race it around
There goes my hero
Watch him as he goes
There goes my hero
He's ordinary”

A letra saia pelo os meus lábios fluentemente,sem quer eu fizesse esforço nenhum para que a voz ficasse bonita ou não.Apenas tocava com o coração e sabendo que estava feliz por fazer aquilo.

- Mobile – Avril Lavigne -

(...)

Os dias foram se passando rapidamente e bastante bons.Estava já começando a me adaptar no meu novo Colégio e gostando bastante disso.

Pegara os cadernos de Alice para copiar todo o assunto perdido nos primeiros dias de aula e consegui estudar,entendendo o assunto mesmo sem a explicação do professor,conseguindo acompanhar o resto da turma.

Estava fazendo amizades com outras pessoas da minha turma.Não que eu me importasse com isso,mas ficava feliz em está me enturmando com pessoas que nunca pensei que poderia me enturmar.

Em compensação,Alice eu e seu namorado,éramos como chiclete naquele colégio.Sempre estávamos andando juntos de lá para cá e sempre que podia,Alice dormia lá em casa e nós assistíamos variados filmes divertidos.

Estava virando uma amizade verdadeira e ás vezes eu me achava um pouco egoísta de está escondendo meu problema,mas sempre pensava que o melhor era continuar daquele jeito e não infligir uma dor na minha amiga antes do tempo.

Além do mais,eu sempre me divertia ao seu lado e quando ela ou Jasper estavam por perto eu me sentia mais viva que nunca.Não queria acabar com isso.

Por um lado,as coisas estavam indo bem,mas por outro, algo bastante estranho estava acontecendo em todo esses dois primeiros meses em que eu estava no meu novo colégio.

O garoto de olhos verdes estava sempre me perseguindo e me rondando e eu já estava ficando,de uma certa forma,com medo disso.

Na hora do recreio,ele sempre sentava em uma mesa em frente a minha,sempre que eu ia para o meu armário de livros,ele estava um pouco perto e sempre me observando.O pior era percebê-lo todo dia em frente á minha casa,escondido na mesma árvore de sempre.

No começo achava que era ilusão ou coisa da minha cabeça,mas depois que minha avó começou a percebê-lo também,já no podia me enganar de que realmente fosse ele.

Abria a porta da varanda da minha casa e lá estava ele do outro lado da rua se escondendo.Abria a janela da minha sala e lá estava ele se escondendo.Ia para fora de casa para jogar algum lixo ou pegar o jornal e mesmo não conseguindo vê-lo,sabia que estava atrás da arvore.Freqüentemente,saia do colégio e já havia me acostumara com a sua presença e a sensação de que estava sendo seguida por ele.Me perguntava se ele realmente não via que eu estava percebendo sua vigilância a mim.

Comecei a achar que ele poderia ser de alguma agência secreta de espiões e que eu tinha alguma coisa muito importante escondida em algum lugar que ele queria pegar.Claro,era um pensamento ridículo,mas era a única explicação que eu podia achar para vê-lo todo o dia em frente minha casa e me perseguindo no colégio.

Por mais estranho que fosse,quando algum dia eu abria a janela ou a varanda e não o percebia do lado de fora da minha casa,sentia a falta da sua presença.Era como se eu já estivesse me acostumando com sua vigilância e isso fosse absolutamente normal.

O pior era que eu queria encará-lo e perguntar o que ele tanto procurava na minha vida.Portanto parecia ter um certo medo de ouvir a verdade e era como se eu gostasse de percebê-lo do lado de fora.

Sabia que um dia isso teria que acabar e eu teria que encará-lo,mas eu sempre estava adiando isso.Tinha medo de que começasse a falar com ele e coisas que não queria que acontecesse nessa parte da minha vida,acontecesse.Como por exemplo,eu me apaixonar.

O único lugar da qual nunca percebi ele me vigiando ou me seguindo,era quando eu saia nas quintas e sextas para cantar no StarBucks.Agradecia isso,não queria que ninguém do colégio soubesse sobre o meu trabalho.Nem para a Alice eu contara.Parecia ser algo pessoal e de outra Isabella,tinha uma certa vergonha de cantar para pessoas conhecidas.

Sempre que podia saia a noite com a Alice e Jasper e minha avó dissera que adorava o jeito meigo e alegre da minha amiga maluca.Sempre quando eles dois iam para lá,minha avó e nós três nos divertíamos bastante nas conversas.

Nunca comentei para a Alice,sobre a perseguição do garoto,mas quando um dia ela comentara comigo sobre isso,percebi que a situação não estava tão transparente como eu pensava que estava.

Começava a decidi de uma vez por todas que tinha que enfrentá-lo e dizer para que acabasse com aquilo.Ás vezes era meio desconfortável e por mais que eu gostasse,teria que dar um basta de uma só vez.

(...)

- Aquele seu namorado está escondido de novo detrás da árvore. – Minha avó comentou certo dia,divertida,olhando pela a janela,enquanto eu estava na sala estudando e assistindo televisão.

- Ele não meu namorado,vovó. – Comentei,prestando atenção no exercício  de exatas que eu fazia.

- Tem certeza? – Ela perguntou vindo até mim,com um sorriso meio irônico no rosto,enquanto se sentava no sofá. – Não está escondendo nada de mim,não é senhorita Bella? – Ela perguntou se divertindo com a situação.

Olhei para ela com um olhar assassino e ao mesmo tempo incrédulo,fazendo-a tirar o sorriso presunçoso que tinha nos lábios,do seu rosto.

- Ele não é meu namorado. – Neguei novamente.Nem se quer tinha falado com ele e nem sabia o seu nome.

Ela pigarreou,passando os canais de televisão como se não estivesse acreditando em mim.

- Ah! Não acredita,não é? – Perguntei meio sarcástica.

Ela se virou para mim e sorriu.

- Não haveria outro motivo para ele está por dois meses do lado de fora da sua casa,sempre lhe vigiando,minha netinha.Atrás de mim é que ele não está.

Cruzei os braços e lhe encarei por alguns segundos fingindo aborrecimento.

Não sabia se minha avó estava certa,mas eu sabia que já estava na hora de parar com aquilo,ou poderia se tornar mais incontrolável e o garoto começar a me seguir por todo canto.Se eu tinha que enfrentá-lo,teria que fazer isso de uma vez por todas.

Tirei meu óculos de grau,que tinha que usar para estudar e coloquei em cima da mesinha que estava meus livros.Me levantei e olhei para minha avó que me olhava divertida.

- Eu vou mostrar para a Senhora,como ele não é meu namorado. – Falei meio aborrecida.

Ela gesticulou com a mão como não se importasse,prestando atenção na televisão.

- Vai,vai em frente,querida. – Ela se fazia de conta que não estava curiosa,mas eu sabia que assim que eu saísse por aquela porta para enfrentar o garoto,ela iria para a janela vigiar e tirar onda da minha cara.

- Vou mesmo. – Falei erguendo o queixo em sinal de desafio e sair marchando pela a sala. Abrir a porta para sair e vendo minha avó já se levantando do sofá,antes mesmo que eu a fechasse.

Lá fora,pude ver que assim que eu sair de casa,o garoto de escondeu de detrás da árvore.Suspirei e segui em frente.Era hora de desafiá-lo a falar o que tanto queria.

Edward PDV

Me escondi rápido detrás da árvore quando vi a garota de olhos chocolates sair de casa.

Estava naquilo de perseguição a praticamente dois meses.O mais engraçado era que eu não me cansava disso,e aquilo já fazia parte da minha rotina.

Era como se eu não resistisse e tivesse que está sempre tentando ver o seu rosto.Era algo que eu gostava e achava muito estranho.Portanto,queria conhecê-la,mas o medo e a hesitação de está me precipitando ou de me iludir com sua pessoa,pensado que era diferente de outras garotas,me impediam de chegar mais perto dela.Então tudo o que eu podia fazer,era continuar a vigiá-la.

Podia ver,freqüentemente,que ela já estava percebendo minha perseguição.No entanto mesmo com isso,não conseguia tomar um chá de semancol e parar de fazer o que eu fazia.Agradecia por ela não vi nenhuma vez me enfrentar e me perguntar o que eu sempre fazia ali.

Achava isso meio estranho,já que outra pessoa absolutamente normal,iria se senti incomodada e pedi para que eu parasse de persegui-la.Então,por enquanto que ela não fazia isso,eu continuaria a vigiá-la.

Suspirei ainda escondido na árvore e percebendo que já podia relaxar.Ela por mais que tivesse me visto,não iria vim atrás de mim,como nunca vem.

Sabendo disso,me virei para poder vigiar a casa novamente e meus olhos esbugalharam quando eu dei de cara com a garota na minha frente com uma expressão não muito amigável e de braços cruzados.

Sorri meio sem graça e sabia que era aquela a hora.Tinha que ter coragem para falar com ela.Se a decepção de ela ser como as outras garotas viessem,eu sabia que poderia superar.

- Oi. – Falei com a voz baixa e um sorriso amarelo no rosto como se não estivesse fazendo nada de errado.

Ela ergueu um sobrancelha,depois franziu o cenho,como se estivesse incrédula com minha atitude e depois voltou ao seu olhar meio acusador.

- O que pensa que está fazendo? – Perguntou com a sua voz doce,um pouco firme.

- Eu? – Perguntei querendo me fazer de desentendido e engoli em seco.A garota estava fazendo meu coração bater freneticamente.

- Sim,você mesmo. – Suspirou e balançou a cabeça. – Por que fica todo dia vigiando a minha casa? – Perguntou como se cobrasse algo.

Pensei comigo mesmo se deveria ou não dizer que estava vigiando sua casa porque se tornara um passatempo bastante divertido para mim.Ahh! E também porque queria entender por que ela sempre causava aquelas sensações em mim.

Ela ergueu a sobrancelha como se estivesse esperando uma resposta,enquanto eu olhava para ela meio sem graça,pensando no que dizer.

- Sabe o que é ? – Comecei de repente. – È que minha casa fica por esse caminho. – Apontei a em direção rua dela para ser mais convincente.A desculpa fajuta foi a única coisa que saiu da minha boca.

- Aaaaaah! – Ela exclamou meio irônica. – Por isso você para toda vez em frente a árvore em frente da minha casa e fica olhando para lá? – Perguntou retoricamente.

- Eehhh. – Foi a única coisa que saiu da minha boca primeiramente. – Talvez as coisas não sejam assim.Só sento aqui para descansar.

- Hmmmmm. – Ela concordou e depois gesticulou com as mãos como se estivesse desistindo de achar uma resposta para aquilo. – Tudo bem garoto de olhos verdes.Se você está falando a verdade,peço,por favor,que não se sente mais aqui. – Suspirou e chegou mais perto de mim,como se contasse um segredo.Pude senti seu cheiro de morangos entrar pelo o meu nariz. – As pessoas estão começando a achar meio estranho. – Sussurrou, e depois sorriu para mim,batendo em meu ombro. – Então,por favor,queria que parasse com isso. – Finalizou mais séria e começou a andar em direção a sua casa.

Ela não havia sido brusca ou qualquer coisa do tipo por perceber eu fazer aquilo.Seria normal pessoas agir dessa forma quando se sentiam vigiados por alguém estranho,mas aquela,como sempre agia de maneira diferente.Sempre mudando minhas visões sobre ela.

Eu tinha que conversar com ela,agora era como se fosse uma necessidade e já que finalmente nos falamos novamente depois do dia do corredor,não iria perder a chance e esperar mais dois meses para ouvir sua voz novamente.

- Ei,espere ai. – Gritei quando vi ela já do outro lado da rua e corri até lá.

Ela parou e se virou,me olhando meio confusa.

- O que houve? – Perguntou.

Estendi minha mão para cumprimentá-la.Não queria parecer um retardado,pois já fazia dois meses que a “conhecia” e nem ao menos seu nome eu sabia.

- Eu queria me apresentar.Eu sou Edward Cullen. – Continuei com a mão estendida até ela olhar para a mesma e parecer pensar se deveria apertar ou não,e no final acabar apertando firmemente.

- Prazer,meu nome é Isabella Swan,mas prefiro só Bella. – Falou com um sorriso no rosto.

Ao nossas mãos se tocarem,senti mais ainda uma necessidade de está ao seu lado.Era como se ela fosse um imã que sempre me induzia a chegar mais perto dela.Como eu poderia imaginar que eu estaria agora me apresentando para uma garota? Coisa da qual nunca fiz e pensava que nunca iria fazer.

- Belo nome,combina com você. – Elogiei quando sacudi nossas mãos e a separamos cedo demais.

Percebi ela corar levemente,deixando seu rosto um pouco vermelho e quando ela percebeu isso abaixou a cabeça,parecendo meio envergonhada.

- Obrigada. –Ouvi-a a murmurar e eu percebi o quanto ela era doce.

- Bem,Bella,me desculpe se deu a entender a você que eu estava lhe seguindo. – Falei como se aquilo realmente fosse um absurdo. – Sabe eu realmente não sou de ficar seguindo ninguém. – Balancei a cabeça como se quisesse confirmar isso para mim mesmo.

- Oooh! Claro. – Ela exclamou,e depois gargalhou batendo as mãos. – Claro que você não estaria fazendo isso.Afinal,você no tem motivos para isso,não é não? – Perguntou ainda parecendo meio sarcástica.

- Sim,exatamente. – Afirmei com precisão,mesmo sabendo que ela não estava acreditando em mim.Bem,era uma mentira mesmo.

Ela deu de ombros e sorriu.

- Bem,acho que está resolvido o problema então,não ? – Perguntou parecendo satisfeita.

- Sim,sim,claro. – Falei bufando logo depois.

Ela assentiu e mordeu os lábios,me olhando por alguns segundos olho a olho.Por um momento senti a necessidade de  saber o que ela estava pensando dentro daquela cabeça.

Depois de alguns segundos me olhando,ela balançou a cabeça como se saísse de um transe.

- Então eu acho que vou entrar.Te vejo no colégio,certo? – Perguntou como se aquilo fosse inevitável.

Balancei a cabeça em afirmativa e coloquei as mãos no bolso da calça.Ela me deixava meio nervoso,e eu não gostava de ficar nervoso,era como se ela tivesse controle sobre mim.

- Claro,claro. – Concordei.

- Então tchau. – Falou gesticulando um tchau com a mão se despedido e já começando a ir em direção á sua casa.

- Tchau. – Murmurei baixo,mas sabia que ela havia escutado.

Quando a vi se aproximando da sua porta,percebi que não queria aquilo,que não queria me distanciar dela ainda.Justamente agora que a gente tinha tido uma conversa quase “normal.”

Talvez eu estivesse solitário e estava precisando de uma amiga com as características dela para conversar.Resumindo,ainda não estava preparado para deixá-la entrar pois ainda precisava lhe perguntar algo.Algo que nunca perguntara a garota nenhuma e sempre pensei que não iria perguntar.

- Aliás,Bella.... – Gritei antes mesmo dela chegar em sua porta,fazendo-a se virar para mim,meio apreensiva – Será que- será que,não gostaria de sair hoje...a noite...comigo? – As palavras saíram devagar e meio hesitantes por eu não ser acostumado a fazer aquele tipo de pedido.

Bella PDV

Fiquei meio paralisada ao ouvir a pergunta de Edward.Finalmente poderia associar o rosto dele a um nome.Não esperava que ele fizesse aquela pergunta me convidando para sair.Ele estivera aquele tempo todo me vigiando,só esperando que eu fosse tirar satisfações com ele para logo depois me chamar para sair?

Não podia esperar uma coisa dessa vindo dele.Ele pareceu tão tímido e tão hesitante quando conversava comigo que eu até concluir que ele era meio medroso para se aproximar das pessoas.No entanto,de alguma forma,ele estava me convidando e eu me sentia tentada a aceitar,no entanto sabia que não podia.

Não ele! E não agora! Só vim saber o seu nome nesse mesmo dia e tudo o que nos aproximou foi ele ficar vigiando minha casa e a mim,tardes sem fim.Afinal,o que ele queria?

Não queria me aproximar dele e agora percebia que a vida podia ser sim,bastante traiçoeira comigo para colocar um garoto para me apaixonar justamente agora.

Não queria isso.Ia evitar o bastante me aproximar de garotos que podiam fazer me apaixonar por eles,principalmente Edward Cullen,que estava no meio da rua,me olhando especulativamente e esperando um resposta.

Olhei para ele meio triste por ter que negar o seu pedido.

- Me desculpe,Edward.Eu não posso. – Murmurei com a voz baixa e entrei em casa sem falar mais nada,percebendo que ele continuou no meio da rua, parecendo me olhar confuso.

Não era certo eu me aproximar dele sabendo de suas intenções.Não podia machucar mais ninguém quando a minha hora chegasse.Me aproximei de Alice e agora não havia como voltar atrás,ela se tornara uma grande amiga.Portanto,era só isso,não queria me aproximar de meninos que achavam que podiam ter algum relacionamento normal comigo.Porque não podiam,e eu sabia bem disso.

Ao entrar em casa,minha avó saiu da janela e me olhou meio debochada.

- Quer dizer que ele realmente não é seu namorado? – Perguntou meio sarcástica.

Sorri,indo até a janela e olhando para fora cautelosa,vendo que Edward já montava com em sua bicicleta prata,com uma expressão meio confusa no rosto.Começando logo depois a se distanciar da minha casa.

Suspirei e fechei os olhos.Sentia as sensações que senti naquele dia do corredor ,começando a voltar e eu sabia que teria que lutar contra isso por está errado.


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Notas finais do capítulo

Músicas:
Hero - Paramore.
Link 1 :http://www.youtube.com/watch?v=rQ8R5Ax2vW8

Mobile - Avril Lavigne.
Link 1 :http://www.youtube.com/watch?v=lxKHZX1RDGg

*O 4shared tava de brincadeira comigo. ¬¬'
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E ai? Continuo? Gostaram? Comentem. :)
Vídeo da fanfic:
http://www.youtube.com/watch?v=xSIsHfqPA2U