The Past Always Comes Back escrita por Lininhasilva
PV Bella
À medida que Edward ia contando sobre como ficava quando perdia o controle de si mesmo eu ficava mais assustada com o que ele era capaz de fazer.
Mas o medo logo deu lugar à necessidade enorme de confortá-lo.
Ficamos algum tempo em um silêncio confortável. Eu estava mexida com a maneira que ele confiou em mim para contar algo que não havia dito nem mesmo a Gabrielle, a vampira com quem ele havia vivido durante seus anos como um Volturi.
- Acho que sou o primeiro vampiro a enlouquecer – ele comentou quebrando o silêncio.
- Eu usaria o termo descontrolado – sorri para deixar o clima mais leve.
- O que é outra maneira de me chamar de louco – sorriu também.
- Deve ser chato ser Edward, o todo-poderoso, aquele cujo dom não pode ser parado por ninguém – disse divertida. A verdade era que eu não acreditava que Edward estivesse louco, mas que estivesse sendo sobrecarregado pelo próprio dom.
- Você pode me parar – comentou e logo pareceu se arrepender do que havia dito.
Parei de sorrir e o encarei.
- O que você disse? - acho que quem estava enlouquecendo era eu.
Ele pareceu considerar se respondia ou não a minha pergunta.
- O que você disse, Edward? – voltei a perguntar.
- Eu disse que você pode me parar – ele disse enfatizando o você.
O olhei incrédula e esperei que ele se explicasse.
Com um suspiro cansado ele começou a falar:
- Bella, todo dom se manifesta de maneira diferente. Alguns acreditam que seja assim porque ninguém é igual e outros, como o próprio Carlisle, acreditam esses nossos dons sejam o aprimoramento de algo em que éramos muito bons quando humanos.
- Ele me falou sobre isso uma vez.
- Os dons são divididos em duas categorias: os ofensivos e os defensivos. Os ofensivos, como o meu, são aqueles utilizados para ataque. Em contra partida existem os defensivos, que de alguma maneira irão repelir esses ataques. Normalmente chamamos vampiros com dons defensivos de escudos.
- Esses escudos repelem os ataques de que forma?
- Como eu havia dito, cada um é diferente. Renata, a guarda-costas pessoal de Aro, é um escudo físico. Se, por exemplo, alguém tentar atacar Aro, essa pessoa se verá indo em uma direção diferente da que pretendia – fez uma pausa e disse – Existem também os escudos mentais, como você.
Sua expressão era uma mistura de divertimento e frustração.
- Já vi muitos desses escudos mentais, mas você é a única que consegue realmente se defender de mim. Todos os outros falharam – continuou.
- Como assim? – a ficha ainda não havia caído.
- Agora, por exemplo, eu estou tentando ler a sua mente ou fazê-la me dizer o que está pensando e não consigo.
- Mas eu não estou fazendo nada – e não estava mesmo.
Ele pareceu considerar por um momento.
- Se você já me repele inconscientemente, imagina o que seria capaz de fazer se tivesse controle sobre o seu próprio dom – disse por fim.
- E você me ajudaria nisso? – perguntei esperançosa.
- Pode contar comigo – ele respondeu prontamente.
De repente algo me passou pela cabeça.
- Isso não te incomoda? Saber que eu posso barrá-lo?
- Sim, mas não da maneira que você deve estar imaginando.
Antes que eu pudesse perguntar como isso o incomodava ele me encarou intensamente me deixando sem palavras.
- E quer saber?
- Humm – foi minha resposta brilhante.
Ele riu e disse:
- O silencio de sua mente a cada dia me deixa mais curioso.
- Não a nada demais em minha mente, se você quer saber – o provoquei em tom divertido.
- Isso é o que eu vou descobrir.
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