As Leis de Victoire escrita por keemi_w


Capítulo 5
A melhor troca de presentes.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAH, MEU DEUS! ESTAMOS NO ÚLTIMO CAPÍTULO. OMG! OMG! OMG!
JÁ VOU AVISANDO QUE TEM EPÍLOGO E ESSA HISTÓRIA VAI VIRAR UMA TRILOGIA. POR ISSO NÃO SURTEM QUANDO ACABAR KKKKKKKKKKK
CARA, ESTOU TÃO FELIZ POR TER REALMENTE ACABADO DE ESCREVER ALGUMA FANFIC.. A MAIORIA DAS MINHAS ESTÃO ABANDONADAS NO MEIO -Q
MAN, SÉRIO, APROVEITEM! EU ADOREI ESCREVÊ-LA Õ/
É ISSO. BEIJOOOOS.
ps: não leiam as notas finais antes de ler o capítulo, contêm spoillers.



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— Feliz Natal, Vic! — Louis falou vindo me abraçar quando eu acabei de descer as escadas. 

Meu cabelo parecendo um ninho de ratos, meus olhos quase fechados pelo sono e ainda estando de pijama. Lindo modo para se apresentar logo pela manhã em uma casa onde estava o possível garoto que você sentia uma forte atração. E Teddy não deixou passar comentário. 

— Pijama de ursinho, em? — Falou ao instante que me sentei na mesa apoiando a cabeça entre as mãos. 

— Cala a boca, Ted. Já comentei a estranha sensação de me sentir bem toda a vez que eu o chamo de Ted? Parece que realmente somos amigos. Realmente parece. Ele também já deveria ter notado porque levantou uma sombrancelha. 

— Vai chover hoje? — Dom perguntou. 

— Acho que não, por quê? — Perguntei. 

— Você passou mais de vinte e quatro horas sem agredir Teddy. 

— E ainda o chamou de "Ted". — Completou Louis. 

— Acho que temos uma pessoa acalmando os nervos da adolescência, não é? — Papai perguntou me deixando vermelha. 

Qual é? Eu não posso mais ser legal com uma pessoa que todo mundo acha que é porque meus hormônios estão se ajeitando. 

Eu. não. tenho. hormônios. hiperativos. 

Por que ninguém acredita em mim? 

— Eu acho que Teddy é que está começando a ser legal comigo — fiz birra — aí eu sou legal com ele também. É uma troca. 

— Uma troca? — Papai arqueou as sombrancelhas.

— É, uma troca. 

— Acho que tem alguém apaixonada — cantarolou mamãe entrando na cozinha. Parece que eu e Teddy tivemos a mesma reação, eu quase cai da cadeira e ele cuspiu todo o suco na panqueca que estava comendo. 

Como assim? Azeitonas agora são fofoqueiras? Porque isso é uma tremenda mancada comigo! Eu odeio traição suas azeitonas traíras! Vou fazer uma macumba para vocês apodrecerem nessa lata de conserva! E acho que todo mundo ficou encantado olhando para mim. Oops. Devo ter dito alguma coisa em voz alta. Por favor, digam-me que eu estou sonhando... por favor. 

— Eu não estou apaixonada! — Reclamei mesmo tendo certeza que estava vermelha — Se eu estivesse apaixonada, e graças a Deus eu não estou, eu não esconderia meus sentimentos. 

— Eu dizia a mesma coisa, Vic — papai me falou — Mas acho que está na hora de você se abrir mais para... você. 

— Eu não estou apaixonada! Droga! Vocês não entendem? 

— Hum... não — todos menos Teddy responderam.

Teddy estava ainda olhando para sua panqueca cheia de suco de abóbora. Nota-se, ele estava desiludido por perder seu café da manhã enquanto todos falavam que eu estava apaixonada por ele. Isso não é normal. Se houvesse qualquer boato, que eu estivesse apaixonada por um garoto, esse garoto não ficaria triste e nem prestaria atenção no resto contanto que eu o beijasse. Não mesmo.

Eu não entendo o Teddy. Aposto que eu conseguiria todos os caras do mundo... mas por que Teddy tem que ser tão estranho? Tão anormal? Por que ele não pode simplesmente me achar atraente? Por que ele não me agarra logo? Fala que sempre foi apaixonado pelas nossas brigas. Ah, entendo o lado dele. O que você sentiria por uma pessoa que passou 16 anos brigando com ele e depois do nada vira amiga? Ficaria confuso. Mas eu sou Victoire! Todo mundo gosta de mim... menos Teddy. Droga de vida. Levantei-me e fui para o quarto. Sem pensar duas vezes eu peguei o pote de azeitonas e joguei pela janela. Quem eu queria enganar? Eu não conseguia ter Teddy para mim e ainda achava que as azeitonas falavam comigo. Como sou estúpida. Tomei um banho e deixei meu cabelo solto com cachos nas pontas, logo comecei a me trocar. Vesti um vestido de festa vermelho com alças finas. Desta vez eu não esqueci que dentro de casa havia aquecedores. Coloquei um salto prateado. Do mesmo jeito não consegui ficar muito alta. Deveria estar em torno dos 1,70 cm. Ok, eu não sou uma anã mas também não sou alta.

Hoje era o grande dia. O dia que eu daria o presente para Teddy (e mais a família). Batidas na porta. 

— Pode entrar — falei pegando o quit de maquiagem que estava em cima da minha cama. 

— Sua mãe está falando para você descer e ajud... — Teddy falou mas sua voz ficou no ar por alguns minutos, ele percebeu essa gafe porque continuou mais firme do que antes — ajudar a montar a árvore. — Fala para ela que eu já estou vestida e que não posso me sujeitar a rasgar o vestido — respondi simplesmente olhando-o com curiosidade — que cara é essa?

— Cara? A minha cara de sempre, oras. 

— Não, está mais para cara de: ahn? 

— É a minha cara — riu-se. — Bom, eu vou descendo. E fechou a porta. Esquisito. Juro, eu fiquei o resto da tarde tentando me maquiar. Minhas mãos pareciam manteiga porque eu sempre borrava na hora de passar o rímel e consequentemente tinha que tirar a sombra. Até que uma ideia genial passou pela minha cabeça. Primeiro passar o rímel e depois a sombra. E quando eu consegui acabar de me maquiar e tal já eram 18h. Sai do quarto com os presentes em mãos, embrulhados e com etiquetas que pertenciam à Victoire. Deixei-os perto da árvore de Natal e me juntei aos outros que riam e conversavam. Teddy nem se deu ao trabalho de me olhar. Continuou conversando. 

— Vic — mamãe me chamou —, você sabe quem jogou o pote de azeitonas que caiu bem em cima da nossa estufa? Oops. 

— Não sei, não. Ela pareceu convencida de que eu não havia feito nada. Por isso voltou a conversar com Teddy. Então chegou a hora do jantar. E tipo, eu estava muito tensa. Não sei porque, mas eu sentia que deveria falar com Teddy. Era agora ou nunca. Já que quando ele estivesse em Hogwarts não rolaria de jeito nenhum. Só que o jantar começou muito agitado, Dom e Louis riam muito. Mamãe e papai conversavam animadamente. Parecia que só eu e Teddy ficávamos em silêncio. O tempo todo. Nem nos olhamos. Então um rato começou a passear pela nossa mesa. Isso mesmo. Um rato. Na nossa mesa. Onde tinha toda a comida da ceia. Eu logo desconfiei que era de borracha, mas Dom e Louis começaram a gritar instatâneamente. Ahá! Já sei quem são os culpados. 

— Dom! Louis! — Chamei em meio a confusão — Foram vocês não, é? Seus pestinhas. 

Eles começaram a rir e decidimos que jantaríamos mais tarde. Fomos trocar nossos presentes. Eu dei para mamãe o colar. Para papai a blusa, para Louis o conjunto legal de roupas e para Dom as bijouterias. Eu só estava ensaiando como eu daria o presente de Teddy. Os meus irmãos e meus pais também me deram bastante coisa. Tipo, roupas legais e cosméticos. Porém... Teddy estava com a mesma cara que eu. Não sei que cara eu estava mas supus que estávamos com a mesma cara. 

— Hum... Teddy — chamei discretamente.

— Eu — ele saiu de seus pensamentos. Era a primeira vez que ele olhava para mim... de verdade. 

— Ér, vem aqui. Peguei o presente discretamente e puxei a manga do casaco de Teddy para a cozinha. Eles nem notariam a nossa falta já que estavam ocupado demais cantando musicas irritantes... quer dizer, natalinas. Era do tipo "deixei meu sapatinho na janela do quintal, papai noel deixou o meu presente de natal". Isso porque Louis e Dom já sabem que não existe mais papai Noel. 

— Então... ér. Para você — entreguei o presente à ele. Ele ficou surpreso por uns instantes até que decidiu abrir. Ele desenrolou a fita da caixa demoradamente... parecia aqueles filmes que quando abrem o presente o rapaz faz uma cara totalmente forçada para parecer que estava surpreso mas que parecia que ele tinha dor de barriga. Mas Teddy não fez essa cara, ele estava pensativo. Ao abrir a caixa foi aí que ele se sobressaltou. Tirou lá de dentrou um porta retrato com uma foto minha brigando com ele. Era uma briga que tivemos quando eu tinha dez anos. Foi hilária. A foto se mexia e eu parecia gritar, estar totalmente nervosa e descabelada. Teddy só apontava para mim e ria. Com alguma ajuda de magia eu fiz o cenário mudar, agora era a foto de família que tiramos, só que eu dei um jeito de focalizar só nós dois. Estávamos abraçados e sorrindo falsamente. No porta retrato estava escrito: Teddy Lupin e Victoire Weasley. 

— Uau! — Ele exclamou por fim — Eu adorei! E eu ainda lembro porque você estava nervosa.

— Eu também — confessei. 

— Mas não precisava ter feito todo aquele escândalo. Eu só tinha colocado uma bomba de bosta no seu quarto. 

— E esse já não é um motivo suficiente para eu ficar nervosa? 

— Achei que poderia ser divertido. 

— Lupin, a sorte foi que eu já esperava alguma peça idiota vinda de você aquele dia. 

— Sério? Por quê? — Era meu aniversário. Você odiava meu aniversário porque tinha que me dar presentes. 

— Ah... eu lembro. 

— Que bom que lembra. Eu estou devendo uma até hoje. 

— É para eu ficar com medo?

 — Era para você tremer de medo! 

Ele começou a imitar alguém com mal de Parkinson. Logo desatamos a rir novamente. 

— Eu não sei como dar o seu presente de Natal — ele concluiu. 

— É outra bomba de bosta? — Perguntei. 

— Não... — ele fez uma pausa — eu só não sei se você irá gostar. 

— Não importa se eu não gostar... se é dado com carinho. 

— Você falando isso para mim é diferente, sabia? 

Assenti sorrindo. Era realmente estranho ter uma conversa civilizada com Teddy já que eu sabia que eu me apaixonei tão rápido e tão fácil por Teddy como eu não tinha me apaixonado por mais ninguém. E ainda mais depois de todos esses anos de briga. Em uma semana conseguímos: a) ser amigos b) eu me apaixonar e c) eu rir com ele, e não rir dele. 

— Vai me dar o presente ou não? Se não for me dar eu posso me retirar.

Aí que eu me toquei, ele não estava com nada nas mãos.

 — Hum... tem certeza?

 — Onde está o presente, Teddy? 

— Aqui a trás. Ele apontou para suas costas, e eu, curiosa, fui até ele. Mas quando decidi espiar ele não deixou. No momento seguinte ele tinha me puxado pela cintura e me encurralado entre a pia e seus braços. 

Então ele me beijou.

Na boca. 

Eu não pensei duas vezes antes de retribuir. Nesse momento eu não pensei em mais nada, só pensei no que ele me falara: que tinha medo de não gostar.

Como não gostar do beijo de Teddy? Caramba! Foi bem melhor do que todos os beijos que eu já dei na minha pequena vida multiplicados por dois. Ou só diga isso porque foi o único beijo que eu realmente entreguei. E ainda um dia disse que seria nojento se alguém beijasse Teddy.Cara, aprendi mais uma coisa: Nunca subestime o beijo de Teddy Lupin. Acho que um beijo fala mais do que mil palavras, porque nós viramos oficialmente namorados. Aí eu digo: ah, moleque! Quem disse que Victoire não ia conseguir essa missão impossível? Quem? Isso mesmo, você me subestimou. Tenho certeza que pensou que essa história era invenção ou que teria um final infeliz com Victoire velha, barriguda, com bigode, tomando cerveja amenteigada, numa casa sozinha e mais setenta e dois gatos. Não, não! 

Nos separamos e vi que o cabelo de Teddy estava loiro, parecido com o de seu pai em uma foto. Ele sorriu e encostrou sua testa na minha, sorri quase incontrolavemente. Agora eu tinha certeza que Teddy era meu. Somente e apenas meu. E não tenho medo de dizer que foi o melhor Natal da minha vida. 
FIM.


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Notas finais do capítulo

PODEM CHORAR COM ESSE FINAL *-* TEDDY DECLAROU QUE SE MEMOFORMAGA õ/
E AINDA NA FRENTE DA VIC Õ/ MAAAAAAN, FALTA APENAS O EPÍLOGO! SOMENTE O EPÍLOGO. IREI MORRER LENTAMENTE -Q KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ESPERO QUE GOSTEEM.