An Angel In My Life - One-shot escrita por Gragra


Capítulo 2
Capítulo Único - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a segunda parte!



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Depois de vestida, com uma maquiagem que destacava seus belos olhos azuis claros e com o cabelo desfiado caindo em camadas brilhantes em torno de seu belo rosto, Sarah saiu de casa animada com o encontro.

Ela nem pensou em como era estranho o encontro ser em um lugar tão isolado do centro da cidade de New York.

Sarah pegou o primeiro táxi que viu, estava preocupada com o fato de chegar atrasada e o gato cansasse de esperar.

O motorista estranhou o destino dado por Sarah.

Ele tinha lindos olhos verdes e cabelos negros que pareciam macios. Sarah se viu encantada com ele e quase se esqueceu do encontro. Quase.

Tanta beleza só poderia ser divina. Mas, além da beleza ela estava pensando que ele parecia muito familiar.

“Besteira. Você sabe que não existe nem Céu nem Inferno e muito menos alguém com essa gostosura toda além do gato de sua escola. Sarah, Sarah... Você realmente é obcecada por esse garoto. Tão obcecada que pensa que o vê em todos os cantos.” disse a si mesma tentando não olhar mais para o jovem e belo motorista.

— Aqui estamos. – falou o motorista gostosamente familiar depois de uns minutos – Cuidado.

Sua voz soou estranha para Sarah. Parecia que ele sabia que havia algum perigo em um encontro de adolescentes.

Ela assentiu ao motorista e pela última vez perdeu-se no verde de seus olhos.

Não eram uns verdes com que estava acostumada.

Era verde gelo, sua cor favorita desde pequena quando comprou o vestido para um casamento. A cor simplesmente a encantou. Aliás, continuava encantando.

Sarah balançou a cabeça para dispersar os pensamentos e saiu para a brisa gélida da noite.

Andando pelas sombras ela nem percebeu que alguém a seguia escondido pelas sombras da noite. Esse alguém não era um adolescente. Muito menos o adolescente gostoso que ela esperava.

O corpo deste estava com a garganta cortada, mas sua alma estava presente e protegeria a garota por quem deu a vida.

Sarah continuou andando e procurando seu encontro.

Começava a ficar nervosa e estava com uma sensação ruim que sempre a alertava quando ela corria algum perigo.

Depois de muito andar decidiu voltar. Na certa seu encontro cansara de esperar ou até talvez não tivesse encontro nenhum. Talvez fosse apenas uma farsa. Uma brincadeira de mal gosto de seus colegas que sabiam que ela era caidinha por ele.

Ela teria uma conversinha séria com o pessoal amanhã.

Quando estava dando a volta para voltar pelo caminho de onde viera a sombra que queria sua alma decidiu ficar a vista e acabar logo com a sua vida de adolescente.

Sarah deu um berro e virou-se novamente e começou a correr. Um esforço inútil, pois a sombra a perseguia com tamanha rapidez e logo a encurralaria.

Ela fez uma coisa que nunca antes tinha feito na vida. Rezou.

Sua respiração ofegante dificultava-se ainda mais enquanto ela sussurrava preces a Deus.

Ele pareceu escutá-la, coisa que ela pensou que não aconteceria, afinal ela nunca acreditou em Deus e agora – no momento em que perderia sua vida – começava a rezar.

Em um estante ela parecia ver a morte de perto, parecia ver seu sangue escarlate escorrer pela calçada imunda de um bairro vagabundo. Em outro a cena de sua visão mudou totalmente.

Com um estrondo, uma luz divina pareceu a acolher.

Quem a perseguia parou e ficou olhando a luz com uma cara desgostosa, afinal seu plano fora por água abaixo.

Sarah conseguiu ver o seu perseguidor que a queria morta.

Era o professor “pé no saco” que ela tanto odiava.

Ela ofegou e cambaleou para trás. Quando pensou que cairia, braços fortes a pegaram e a afirmaram sobre seus joelhos fracos que estavam tremendo.

Sarah olhou bem na cara do anjo e se surpreendeu.

Era o motorista do táxi. O motorista jovem que a recordava o seu garoto amado...

Com outro ofego ela percebeu que não só parecia ele, como era ele.

— Você...? Como? – ela se viu perguntando.

— Shhhh... Depois explico. – Mike – esse era o nome do garoto-anjo – Você! – disse Mike apontando com o queixo perfeito para o professor – Me matou e pretendia matá-la. Tudo porque ela tinha opinião própria e era mais esperta que você.

— Ela vai me pagar. Por tudo que me fez. A alma dessa menina intolerável pertence a mim. Pertence as sombras.

Mike não disse nada para o professor chato dos infernos (literalmente nesse caso), apenas fez com que a luz que cobria Sarah se expandisse em direção ao professor, que gritando de dor sumiu por entre as sombras.

— Vai ficar tudo bem agora, sua alma está salva e vamos ficar juntos... No Céu. – murmurou Mike.

— Então você realmente gosta de mim? – perguntou Sarah – E a cachorra que você agarrava?

— Eu estava cego. Mas, agora posso ver tudo muito bem. Posso ver a alma espetacular que você tem. – Mike deu um sorriso lindo e, só então a ficha caiu.

— No Céu? Eu não posso. Não to morta... – a voz de Sarah sumiu.

— Olhe para baixo. – foi tudo o que Mike disse.

Ela obedeceu e percebeu que estava flutuando... Mas como?

Esse fato foi esquecido quando ela viu o que havia acontecido no plano terreno.

Ela morrera. Sem dor, mas morrera. Talvez fosse por isso que não percebera que estava morta.

Mas o que importava era: seu professor conseguira a matar.

Só sua alma fora salva...

— Eu. Morri. – ela pronunciou as duas palavras calmamente, como se sua vida não tivesse acabado. Literalmente.

— Sim, mas sua alma se salvou. É o que importa. Seu corpo é apenas uma concha para sua alma. O que importa realmente é a alma.

Lágrimas escorriam lenta e silenciosamente por seu rosto.

— Hora de irmos. – Mike deu um belo sorriso – Vamos para o Céu, onde poderemos ficar juntos para sempre.

— Para sempre.

Sarah olhou novamente seu corpo sem vida na calçada e mais lágrimas ameaçaram escorrer por seu rosto.

Mike a abraçou, o que fez ele perder uma pena de uma de suas asas...

Peraí... Asas?

Sarah depois de muito tempo percebeu que ele tinha asas, já que virara um anjo e, depois de mais tempo ainda percebeu que agora também tinha asas. Lindas asas.

Ela então sorriu e se aconchegou mais nos braços do anjo.

“Um anjo em minha vida” pensou

Uma luz intensa os cobriu e os levaram diretamente para onde ficariam agora. Para o céu.

A pena que havia se soltado da asa de Mike flutuou até o chão manchado de sangue.

Apenas um lembrete dos Céus para quando os policiais acharem o corpo. Um lembrete que deixava claro que ouve um anjo na vida de Sarah Coney.


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Notas finais do capítulo

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