An Angel In My Life - One-shot escrita por Gragra


Capítulo 1
Capítulo Único - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oie...
Tive que dividir o capítulo em dois, pois estava muito grande.
Espero que gostem!



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An Angel in my Life

Capítulo Único

Sarah estava em frente a seu armário, com a sua garrafa de água mineral na mão.

O sinal toca a assustando. Um momento de fraqueza, pois nunca sentira medo em sua vida. “E nunca vou sentir” fala mentalmente para si própria.

Ela pega rapidamente seus livros e cadernos e corre para aula sabendo que chegará atrasada.

— Obrigado por se juntar a nós, senhorita Coney. – fala o professor chato “pé no saco” como todos o chamavam.

Sarah não abaixa a cabeça como faziam aquelas nerds que uma vez ou outra chegavam atrasadas. Ela não. Fazia questão de empinar o queixo e entrar de queixo empinado.

Aquilo fazia o professor se roer por dentro e fazia Sarah sorrir.

Sentindo que o professor a fuzilava com os olhos ela seguiu para sua carteira ao lado de sua melhor amiga, Megan.

— Oi. – Megan sussurrou quando Sarah se sentou.

Megan era uma das nerds que se encontravam nesse lixo de escola.

— Oi. – Sarah respondeu, mas não sussurrou, falou em alto e bom som, ganhando alguns olhares irritados dos outros nerds que se encontravam na sala.

Ela fez questão de não olhar para nenhum deles. Preferiu olhar diretamente nos olhos do professor irritadíssimo.

Os olhos dele eram tão negros que pareciam que não tinham pupila. Algo mais do que irritação projetava-se nos olhos do professor, mas Sarah não ligou ou não viu.

— Já que nos interrompeu pode ler a página 234 do livro que deveria, mas não está em cima de sua carteira, senhorita Coney? – perguntou o professor.

— Claro! – Sarah deu um sorriso sarcástico para o professor e pegou seu livro e abriu na página que o “pé no saco” mandou.

Ela leu perfeitamente e sem qualquer pausa a página.

Eles estavam estudando fantasmas e demônios em lendas urbanas agora.

A cada palavra que lia, Sarah tinha vontade de gargalhar. Era ridículo.

“Somente numa escola de merda para se ter assunto de merda” disse a si mesma enquanto lia.

— O que achou desse texto? – perguntou o professor a Sarah.

“Uma grande merda!” ela queria responder, mas ao invés disso respondeu: — Interessante.

O professor arqueou as sobrancelhas como quem dizia que não estava nem um pouco satisfeito com o comentário dado por Sarah, então ela complementou.

— Interessante. Mas eu não acredito em nada disso. É tudo invenção do povo que não tinha nada melhor pra fazer.

— Não acredita? – o professor parecia rir de sua cara – Tem certeza?

— Sim, absoluta. – ele estava abrindo a boca para discordar dela e lhe dar uma lição de moral que isso não era a baboseira que ela pensava e outras coisas idiotas, mas ela o interrompeu – Aliás, minha opinião não vai mudar nem se o senhor começar com um discurso imbecil. Tenho meu livre-arbítrio para acreditar no que quiser acreditar. Nós somos um país democrático e não vivemos mais em ditadura. – ela deu um sorrisinho petulante que fez os olhos do professor senhor Mané se ascenderem de raiva.

— Muito bem senhorita Coney.

Completamente irado o professor deu meia volta e foi para o quadro negro.

— Graças a sua querida colega de sala, todos vocês vão ter que fazer um relatório de duas mil palavras. – ele fez uma pausa desnecessária – Para amanhã.

Olhares de raiva foram dirigidos para Sarah, mas ela continuou sorrindo como se nada tivesse acontecido e como se já não tivesse dever de casa atolado a quase duas semanas para se preocupar com mais um.

“Droga, como se não tivesse zilhões de deveres a serem feitos” murmurou mentalmente para si mesma e quase que revira os olhos. Quase.

O sinal tocou dispensando aquele professor idiota.

Alguns dos alunos saíram para sua próxima aula, mas Sarah e Megan continuaram sentadas enquanto todos saiam.

— Valeu Sarah! – Megan revirou os olhos.

Sarah apenas deu de ombros e começou a se levantar.

— Pra você vai ser fácil. Você é uma nerd.

Megan suspirou. Não ligava mais para o apelido de nerd que puseram nela quando entrou nesse estúpido colégio.

— Antes nerd do que uma loira sem cérebro. – falou ela.

Sarah apenas arrumou os cabelos loiros e passou um gloss vermelho perfeito. Demorara meses até achá-lo.

— Novidades? – ela perguntou depois que seus lábios estavam perfeitos.

— Nada que você não saiba. E você?

Sarah fez que não com a cabeça. Seus delicados cachos se mexeram quase imperceptivelmente, mas ao virar novamente a cabeça viu uma sombra perto de seu armário.

Ela apertou os olhos, mas a figura que antes estivera ali não estava mais.

Aquela sombra era familiar.

— Ei, Megan... Você viu alguma coisa no meu armário? Tipo uma sombra.

Megan virou a cabeça. Sarah a deixara confusa, mas não achou nada quando olhou diretamente para os armários. Tudo estava como tinha que estar.

— Não, não vi nada. – Megan fez uma pausa e em seguida um sorrisinho começou a se formar em seus lábios – Que foi? Tá com Medo Sarah?

A patricinha loira que era sua melhor amiga revirou os olhos.

— Lógico que não. Já me viu ter medo de alguma coisa?

Não. Megan nunca vira.

Sarah sempre fora a mais corajosa em toda a escola. Aceitava qualquer desafio que Megan nunca aceitaria.

Elas continuaram andando no corredor apinhado de alunos que conversavam e riam, esperando o próximo sinal que os devolveriam para um mundo de tédio.

— Ah que Inferno! – “ainda falta muuuuuito para o recreio” pensou Sarah.

Megan ficou quieta, já conhecia o jeito emburrado da amiga para falar alguma coisa que a deixaria mais irritada ainda. Ou seja, se falasse alguma merda que fosse ia ter que ouvir reclamações até o último sinal.

Cada uma se separou brevemente para pegar o material da próxima aula.

Quando Sarah abriu seu armário um papel rosa caiu no chão imaculadamente branco da escola. “Pelo menos eles cuidam da faxina” pensou enquanto se abaixava para pegar o papel.

Nele em letras computadas estava escrito um endereço desconhecido e a assinatura do menino que ela paquerava a mais de um mês.

“Finalmente!” disse para si mesma. Ela já cantava o garoto faz tempo e ele nem olhava para ela. Ficava de agarração com a cachorra da escola “Eeeeeca, ainda bem que ele se tocou”.

Depois de pegar seu material para aula seguinte e enfiar o papel cuidadosamente dobrado no bolso de sua calça jeans ficou tagarelando mentalmente sobre que roupa devia usar e que sapatos combinariam com as roupas.

Continuou pensando nisso que nem reparou uma sombra sorrindo do lado de seu armário.

***

Depois de mais quatro aulas, finalmente estava em casa.

Faltava menos de duas horas para seu encontro com o garoto gostosíssimo de sua escola.

Animada com o encontro, saiu correndo escada acima para tomar um banho e se vestir com a roupa nova que estava em seu guarda-roupa à espera de uma ocasião para vesti-la.

“Beeeem a ocasião é esta!” falou para si própria e deu um largo sorriso.

Sarah retirou seu uniforme ridículo daquela escola ridícula e foi tomar banho.

Quando saiu uma névoa de fumaça a acompanhou.

Antes de se vestir era preocupou-se com o cabelo e com a maquiagem, só em seguida se vestindo com a roupa nova que estava em cima da cama...

“Ahn? Eu tenho certeza que ainda não havia tirado a roupa do armário...” ela deu de ombros, certa de que fora ela quem pusera a roupa em cima de seu colchão.

Ela sabia que não fora ela, mas ainda assim não ligou e foi se vestir.

Sua mente fútil não percebia o risco que correria essa noite fria de inverno.

***


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Notas finais do capítulo

E ai?
Mereço reviews?