POV Clarisse La Rue

- Clarisse, você gostava do Chris? - Percy perguntou, já nervoso.

- Infelizmente sim.

- Como você anda, Clarisse? Muitos anos que não nos vemos. - Chris falou, esse idiota, depois de tudo que ele fez, tem coragem de vir falar comigo.

- Para que você quer saber Chris? Pra esfregar de novo na minha cara que você esteve muito bem com aquelazinha esse tempo todo?

- Não, Cla... - Continuei o que não tinha terminado.

- Você pelo menos quis saber por que eu fui embora? Então saiba que eu fui por causa do que você fez, meu pai havia falado para mim ficar com uma amiga, mas não, eu prefiri ir com ele, por sua culpa.

Percy naquele momento, já estava fervendo de raiva, e não o culpo. E Chris estava sem fala, assustado.

- Clarisse, fala que isso é mentira, por favor. - Disse Percy, respirando fundo.

- Er... então, eu vou indo, tchau Clarisse... e Percy. - Chris disse, saindo correndo dali, pois sabia que se continuasse, Percy iria mata-lo, no sentido literal da palavra.

Ficamos 5 minutos em um silencio desagradável, até que Percy o quebra.

- Clarisse La Rue, porque você escondeu isso de mim?

- Desculpe Percy, mas foi o melhor para mim.

- Melhor pra você? Você não pensou que tinha amigos aqui Clarisse? Que faria muitas pessoas sofrerem?

- Percy, deixe-me explicar.

- Explicar? Explicar o que, Clarisse? O que eu precisava saber já sei, já sei que você mentiu o tempo todo pra mim, e pra quem tem uma melhor amiga assim, não precisa nem de inimigo. - Nessa hora eu já estava chorando (leia-se caindo aos prantos).

- Percy, desculpe. - Percebi que meu amigo estava levantando e estava com um olhar maníaco. - Aonde você vai?

- Ter uma conversa com Chris.

- Me promete que não vai machucá-lo. - Disse olhando nem seus olhos, que estavam um verde escuro, muito escuro.

- Desculpe Clarisse, mas isso eu não posso prometer. – E saiu, eu precisava impedi-lo, mesmo porque eu ainda amava Chris.

POV Percy Jackson

Sai de lá, nervoso, ignorando todos os olhares que vinham para mim. Escutei alguns mexericos entre as meninas “Percy está namorando a namorada do Chris?” ou senão “O que Percy vê em Clarisse?”, estava ficando nervoso com isso, mas eu tinha um objetivo: “quebrar” a cara de Chris. Ah, Chris, o causador da minha dor, durante cinco anos.

- CHRIS? – Gritei pelo meu chalé.

- O que foi... P-Pe-Percy?

- Ah moleque, se considere um idiota morto. – Parti para cima dele, preste a mata-lo. Eram socos, chutes, tapas, e por fim, segurei o pelo pescoço.

- O. Que. Você. Fez. Para. Clarisse? – Disse pausadamente.

- Eu... Beijei... Uma... Menina... Na... Quarta... Série... E ela viu. – Disse Chris tentando respirar o Maximo possível.

- E por que você fez isso?

- Eu não... Sei.

- Não sabe? Faça-me o favor, moleque. – Soltei-o.

- Percy, eu sei que você está querendo defender sua melhor amiga, mas me desculpe.

- Quem tem que te desculpar é ela, e acho que nem ela não quer.

- Eu entendo. Fiz muito mal para ela. – Disse abaixando a cabeça.

- Olhe aqui Chris, não se faça de coitadinho, tá legal?

- Mas eu não estou me fazendo de coitadinho, Perseu, eu estou falando apenas que eu fiz mal a ela.

- Não quero discutir mais, você sabe o que fez, não vou brigar mais.

Sai do meu chalé, e fui caminhar um pouco, avistei Katie de longe, e dessa vez não procurei fugir.

- Percy? PEEEEEEEEERCY.

- O que você quer Katie?

- Nossa, eu vim ficar com você.

- Tá, vamos sentar ali para conversarmos.

Sentamos um uma pedra grande que tinha logo à frente, e contei a ela sobre minha briga com Clarisse. E quase percebi que ela era alguém legal, quase.

- Nossa Percy, e você gosta de Clarisse? – Ela abaixou a cabeça.

- Não Katie, na verdade, sim, mas não, ér...

- Já entendi você gosta dela como amiga, não é? – Percebi um pequeno sorriso nascer no rosto dela.

- Isso mesmo. Mas... – Nesse momento aconteceu uma coisa que me surpreendeu, e eu podia ter gostado, mas era Katie.

Ela estava segurando meus braços contra a parede, e imaginei que isso deveria ser ao contrário. Percebi que não tinha como fugir dali e cedi. Ela me beijava com urgência, e acabei por perceber que alguém estava caminhando até ali.

- Percy e... Gardner? – Percebi que era uma voz conhecida, e acho que Katie também, porque logo que escutou a voz me soltou, e virou-se.

- Dare, o que está fazendo aqui? Não viu que eu estou com MEU namorado? – Deu ênfase no meu.

-Katie, nunca mais chegue perto de mim. – Disse me afastando dela. – E não somos namorados, muito menos ficantes. – Quanto terminei essas palavras, sai de lá.

POV Katie Gardner

-Katie, nunca mais chegue perto de mim. –Ele disse às palavras que partiram o meu coração – E não somos namorados, muito menos ficantes.

- É Gardner, levou um baita fora.

- Dare, se enxergue, não sou como você, para levar um fora.

- A claro que não, você não é como eu, você é pior que eu.

- A Dare, cale essa boca. – Sai andando de lá, em direção ao meu chalé, mas infelizmente mais cedo ou mais tarde, iríamos nos encontrar, pois estávamos no mesmo chalé.

POV Percy Jackson

Sai de lá, estressado, e a fim de bater em alguém. Cheguei ao meu chalé, e Luke e Chris estavam lá. Tinha certeza que estavam falando de mim, porque quando cheguei, Chris simplesmente apontou.

- Ora, Percy. Então você bateu no Chris, não foi?

- O que você tem a haver com isso Luke?

- Sei lá, acho que ele é meu amigo, e o que é de meus amigos, é meu. Então poderia me explicar o porquê?

- Ele traiu Clarisse.

- Haha, agora entendi, estava defendendo a namorada. Superou-se Perseu, catando a novata.

- Primeiro: ela é minha AMIGA. – Dei ênfase no amiga – E segundo: manda o seu amiguinho se afastar da Clarisse, antes que eu faça com ele algo muito pior.

- Percy, Percy, sempre defendendo os amigos. Foi por isso que deixamos de sermos amigos, mas neste caso você acusou os amigos.

- Não te acusei, só fui honesto.

- Foi honesto? Eu fiquei um mês de castigo. Minha mãe tirou tudo o que eu tinha, eu fiquei no meu quarto, sem nada para fazer. Não tinha computador, televisão, nem nada. Apenas minha cama e a mochila.

- Luke, eu não sabia disso. Me desculpe.

- Desculpe? Haha, você é um falso mesmo, não é moleque? – Luke cuspiu no meu rosto.

- Não, você não fez isso.

- Claro que não, isso foi só uma miragem.

- E isso, - peguei um vaso de vidro que estava na mesa – foi sem querer – e quebrei o vidro na cabeça dele.

Depois disso Luke não disse mais nada, apenas me deu um soco no nariz, e outro na cabeça. Senti tudo girar, estava perdendo o sentido. Minha cabeça doía muito, achava que não conseguiria suportar, e bem, iria morrer. Senti minhas pernas tremerem, e senti que estava indo em direção ao chão. Quando cai, bati minha cabeça, e tudo virou preto.