Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 64
Contagem regressiva - parte 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/12481/chapter/64

Depois de ter encerrado o link, Miroku olhou para Zuza, que ficava observando o corpo inerte de Kagome em volto á uma poça de sangue. Quase que não acreditando no que estava vendo.


ZUZA – Você atirou mesmo.


MIROKU – Eu falei que a matava. (ele joga o celular para Zuza) – Conte á Natsume o que houve.


ZUZA – Isso é para já.


Miroku foi até o corpo de Kagome e agachou diante dele apenas o observando enquanto Zuza ligava para Natsume, que naquele momento estava dentro de uma vã em movimento, com seus capangas, rumo á um novo esconderijo.


NATSUME – Fale.


ZUZA – Kagome está morta.


NATSUME – Então Miroku fez mesmo? Bem, se é assim, cumpra sua parte no acordo.


ZUZA – Com todo o prazer. O código é beta16570-74.


NATSUME – Beta16570-74! Certo.


ZUZA – Isso lhe dará acesso ao prisioneiro que tanto quer.


NATSUME – Ótimo. Foi bom fazer acordo com você, Zuza.


ZUZA – Igualmente.


Depois de falar com Natsume, Zuza desliga o celular e fica observando Miroku diante do corpo de Kagome. Ele não conseguia parar de sorrir com a conclusão do seu objetivo e naquele momento, mesmo de costas para o bandido, Miroku se manifesta.


MIROKU – InuYasha está vindo para cá. Melhor sair daqui.


ZUZA – Se InuYasha está vindo para cá, é uma ótima notícia. (ele se afasta indo até a saída) – Vou esperá-lo na frente do parque.


MIROKU – Não tem medo do que ele possa fazer com você quando souber que Kagome está morta?


ZUZA – Não. (ele olha para Miroku que ainda estava de costas para ele) – Vou poder rever minha amada Kikyou e isso vai acontecer pelas mãos de InuYasha. Isso é poético, não acha?


MIROKU – Não vai querer saber o que acho. (ele se levanta) – Mas também prefiro ficar aqui esperando o meu destino. Provavelmente InuYasha nos matará. Só que eu vou ficar bem aqui.


ZUZA – Como quiser.


Depois disso, Zuza deixa o local para ir para frente do parque industrial abandonado e enquanto no armazém, Soten tentava consolar Shippou que estava muito abalado com a cena que tinha acabado de ver e chorava muito por causa disso, mas até a própria Soten não ficava atrás.


SHIPPOU – Eu não posso acreditar que a Kagome está morta.


SOTEN – Eu também não posso acreditar nisso, Shippou, mas vimos com nossos olhos.


SHIPPOU – Eu tenho que falar com o InuYasha.


SOTEN – E o que vai dizer á ele?


SHIPPOU – Como o que vou dizer á ele? A verdade.


Shippou pega seu celular e começa a discar para o numero do celular de InuYasha, que ainda não havia chegado no parque industrial.


INUYASHA – Shippou?


SHIPPOU – Sim, sou eu.


INUYASHA – O que foi, Shippou?


SHIPPOU – Eu não sei como contar isso.


INUYASHA – Contar o que? Anda Shippou. O que quer me dizer?


SHIPPOU – Eu vi tudo, InuYasha. Vi tudo com meus olhos. Miroku atirou em Kagome várias vezes.


INUYASHA – O que?! (ele para o carro imediatamente ao ouvir aquilo)


SHIPPOU – Ela está morta, InuYasha.


InuYasha deixa o celular cair no assoalho do carro de tão chocado que estava com aquela notícia e imediatamente começa a chorar copiosamente se lembrando de todos os momentos que viveu com Kagome desde que a conheceu dez anos atrás. De repente a tristeza da lugar á raiva e como ele apenas tinha deixado o celular cair, sem desligá-lo, ele ainda podia ouvir a voz de Shippou chamando pelo seu nome. Ele pega de volta o celular.


INUYASHA – Shippou.


SHIPPOU – O que foi, InuYasha?


INUYASHA – Soten disse que Miroku estava acompanhado de Zuza no parque industrial, não é?


SHIPPOU – Sim, mas o que pretende fazer?


INUYASHA – Simples. Matar ambos. Se Miroku fingiu estar morto esses cinco anos, vou providenciar que não finja mais.


Depois dessas palavras duras, InuYasha desliga seu celular e da a partida no carro para chegar ao parque industrial. Shippou, ainda abalado, digerir aquela situação e Soten não sabia o que pensar diante daquilo.


SOTEN – O que o senhor InuYasha disse?


SHIPPOU – Que você vai ser órfã de pai pela segunda vez.


SOTEN – Mas ele não pode...


SHIPPOU – Não pode o que?! Miroku matou a minha mãe. Se estivesse no lugar do InuYasha faria o mesmo.


SOTEN – Shippou, você não é assim. (ela percebeu o nervosismo dele) – Você ainda tem que encontrar o outro endereço e...


SHIPPOU – Você ainda não percebeu a situação?! Kagome está morta. Nada mais me interessa.


SOTEN – Mas Tamira não foi encontrada e...


SHIPPOU – Já chega, Soten! (gritando com ela) – Acabou!


Shippou sobe as escadas para sair da parte secreta do armazém abandonado. Soten fez menção de ir atrás, mas concluiu que não era uma boa idéia. Era melhor deixá-lo sozinho. Apesar de tudo Soten não conseguia ficar com raiva de Miroku. Ela ficava imaginando o tipo de pressão que ele sofreu nesses cinco anos e tudo tinha acabado de uma forma tão trágica, mas nada se poderia fazer e enquanto isso na Agência Imperial, Azuma continuava a ser ‘enrolado’ por Abi, que não queria de jeito nenhum entregar a documentação referente ao depoimento de Guy.


AZUMA – Até quando pensa em me enrolar, senhora Abi? Não vou sair daqui até ter acesso ao depoimento do meu detetive.


ABI – Capitão. (ela se aproxima calmamente) – Isso é uma questão de segurança nacional. Tem muita coisa em jogo.


AZUMA – Se um detetive meu está envolvido, preciso saber caso meu departamento esteja comprometido.


ABI – O departamento de polícia já está comprometido, capitão. (ela o encara) – Por exemplo, soubemos que alguém usou indevidamente o sistema de monitoramento de chamadas de banda larga e também soubemos que a detetive Sango, que deveria nos auxiliar na busca pela filha, não entrou mais em contato com minha gente.


AZUMA – O acesso não foi indevido. Foi com a minha senha.


ABI – O senhor será investigado depois, capitão.


AZUMA – Que seja. Quanto á Sango, saiba que ela está em outro caso.


ABI – Com a filha desaparecida ela ficou encarregada de outro caso? Não me aprece lógico á não ser que esse caso tenha a ver com o que estamos investigando.


AZUMA – Já que a Agência Imperial se apoderou do departamento de polícia, você ficará sabendo mais cedo ou mais tarde. Sango está investigando uma tentativa de assassinato sofrida pela jornalista Momiji.


ABI – Isso não me interessa. Vou voltar aos interrogatórios.


AZUMA – Já conseguiu algo de Tikaru e de Bujin?


ABI – Isso é confidencial.


Azuma dá outro sorriso sarcástico diante da resposta da superintendente da Agência Imperial e naquele momento seu celular começa a tocar. Era Sango.


SANGO – Azuma.


AZUMA – O que foi, Sango?


SANGO – Eu já verifiquei o apartamento de Momiji e o local está isolado. Quero que libere a perícia.


AZUMA – Isso será liberado. Descobriu alguma pista?


SANGO – Melhor que isso. Sei quem tentou matar Momiji. Foi Ling, a secretária de Ryukosei. Alguma coisa me diz que o prefeito terá muito que explicar.


AZUMA – Por que Ryukosei mandaria sua secretária matar uma pessoa? Empurrar alguém da varanda parece um crime mais pessoal.


SANGO – Quando eu falar com Ling, saberei a verdade. Estou ligando também para que mantenha a Agência Imperial fora desse caso.


AZUMA – Não vou precisar me esforçar muito, pois apesar de saber de sua investigação, Abi não se interessou muito por ela.


SANGO – Melhor assim.


Depois de falar com o capitão, Sango desliga seu celular para continuar a guiar seu carro rumo á casa de Ling e enquanto isso InuYasha chegava ás proximidades do parque industrial e para o carro ao ver a figura de uma pessoa um pouco á frente. Ele estava reconhecendo. Era Zuza. E estava rindo. Aquilo foi um insulto para InuYasha, que tomado pelo ódio, por causa do que aconteceu com Kagome, pega uma arma no porta-luvas e sai imediatamente do veículo para começar a andar em direção á Zuza, que estava imóvel, aguardando a chegada do rival.


ZUZA – Há quanto tempo, meu caro InuYasha?


INUYASHA – Vá para o inferno. (apontando a arma contra Zuza)


ZUZA – Vamos! Atire. Eu sei é o que mais quer. Posso ver o ódio nos seus olhos pela morte de Kagome.


Zuza ainda mantinha aquele sorriso o que deixava InuYasha ainda mais irritado, mas o marido de Kagome não podia matá-lo, pois precisava de respostas á suas dúvidas.


INUYASHA – Por que quis matar a minha Kagome? (ele abaixa a arma) - Por que ela? (ele o agarra pelo colarinho) - Fale maldito.


ZUZA – Porque era o desejo de Kikyou.


INUYASHA – Kikyou?! (ele o solta) – Kikyou está morta há cinco anos. Eu duvido que o desejo dela era ver Kagome morta.


ZUZA – Quando tivemos uma conversa reservada, Kikyou me confidenciou que o maior desejo dela era que ela fosse sempre a ‘numero um’ em sua vida, InuYasha.


INUYASHA – Hã?!


ZUZA – A partir do momento que passou a viver com Kagome, a minha querida Kikyou deixou de ser sua ‘numero um’, portanto eu eliminei a concorrência e...


Zuza nem conseguiu completar a frase, pois InuYasha desferiu um soco em seu rosto. Não satisfeito com isso, InuYasha começou a esmurrar sem para Zuza. Era como se descarregasse toda sua raiva pela morte de Kagome, mas ao ver o sorriso que Zuza insistia em exibir no seu rosto ensangüentado, ele decide parar com a surra.


INUYASHA – E acha que agora, com Kagome morta, Kikyou voltou a ser minha ‘numero um’? Kagome era a mulher da minha vida e você a matou.


ZUZA – Fiz isso por Kikyou. Pelo meu amor.


InuYasha percebeu o quanto Urasue mexeu na cabeça de Zuza. O americano era realmente obcecado por Kikyou e depois de cumprir o que ele acha que era sua missão, estava se dando por satisfeito. InuYasha não tinha muito que fazer.


INUYASHA – Onde está Miroku?


ZUZA – Lá dentro com o cadáver de Kagome. (ele volta a sorrir) – O cadáver estava lá, em cima de uma poça de sangue. Uma imagem linda e...


Zuza não tem tempo de completar a frase, pois é alvejado por um tiro disparado por InuYasha, que apesar de saber que Zuza era uma marionete, não sentiu um pingo de remorso. Mas ainda não tinha acabado.


INUYASHA – Agora é você, Miroku.


InuYasha guarda a arma na cintura e vai correndo para o interior do parque industrial a fim de encontrar Miroku e o corpo de Kagome. Ao se aproximar do local, ele o adentra com cuidado, olhando de sala em sala, sempre com a arma em punho para qualquer eventualidade. Por Miroku ser a arma X, InuYasha sabia que tinha que ter o máximo de cuidado no confronto.


INUYASHA – “Onde está você, Miroku? Apareça.” (pensando)


Já aquela altura, InuYasha parecia meio impaciente até que ele nota uma poça de sangue, mas não tinha corpo nenhum. InuYasha não estava entendendo nada.


INUYASHA – O que está havendo por aqui?


Depois de se fazer essa pergunta, InuYasha continuou a busca pelo resto do parque industrial e enquanto isso na Agência Imperial, Azuma ainda não tinha conseguido ter acesso e de repente viu alguns enfermeiros saindo da sala de interrogatório com Guy em cima de uma maca. Lógico que o capitão do departamento de polícia foi atrás de Abi para alguma explicação.


AZUMA – O que houve?


ABI – Ele vai ficar bem.


AZUMA – Vocês fizeram um interrogatório médico, não?


ABI – Ele é suspeito de um crime contra a segurança nacional.


AZUMA – Mas que crime ele cometeu? Pode me falar ou não tem autorização para isso?


ABI – Eu não posso falar mais nada e...


AZUMA – Já chega! Não me interessa se recebe ordens do Imperador. Se acontecer alguma coisa com um detetive do meu departamento sendo que ele é inocente, a senhora sofrerá as conseqüências.


ABI – Não me ameace, capitão. Esse é um caminho muito perigoso. O detetive Guy será bem cuidado até porque ainda achamos que ele não nos contou tudo. Mas Tikaru e Bujin parecem mais suscetíveis ao interrogatório.


AZUMA – O que descobriu?


ABI – Sabe que não posso contar.


Abi se afasta de Azuma para falar com outro agente imperial a fim de que este buscasse mais informações sobre Natsume, pois o nome dela foi citado por Bujin e Tikaru no interrogatório. Azuma via tudo aquilo de longe sem poder fazer nada e naquele momento o seu celular começa a tocar


AZUMA – Fale.


SANGO – Sou eu. Já estou na casa de Ling.


AZUMA – Mesmo? (ele vai para um canto isolado) – Já falou com ela?


SANGO – Esse é o problema. Eu não a encontrei em casa e sim o marido. Ele está morto.


AZUMA – O que?! Isso está ficando sinistro.


SANGO – Está sim. Estou sentindo algo terrível ‘no ar’.


AZUMA – Achar Ling é a prioridade. Vou mandar uma equipe de legistas até o local.


SANGO – Ótimo. Enquanto espero, vou interrogar os vizinhos para saber se virão algo.


Sango desliga seu celular e depois fica olhando o corpo do marido de Ling que tinha um ferimento á bala na região do peito, sinal de que foi executado e enquanto isso, Shippou, ainda abalado com a morte de Kagome, estava, na frente do armazém abandonado, olhando para o ‘nada’, pensando na vida. Soten se aproxima dele por trás. Ele percebe e acaba se lembrando da forma como a tratou agora pouco.


SHIPPOU – Soten. (ele olha para ela) – Desculpe-me por ter sido grosso com você.


SOTEN – Tudo bem, Shippou. Eu entendo seu nervosismo.


SHIPPOU – Eu sei que entende. É uma boa pessoa. (ele volta a olhar para o nada) – Sabe de uma coisa? A primeira vez que Kagome me levou na Torre de Tóquio, pude ver a cidade por cima, observando as pessoas transitando e naquela ocasião ela me disse que uma pessoa de bem poderia espalhar o bem ao maior numero de pessoas possível. Ela disse que esse era seu sonho.


SOTEN – Ela queria espalhar o bem?


SHIPPOU – Não só isso. Ela queria que eu fosse essa pessoa. (uma lágrima cai de seus olhos) – Eu fiquei apavorado quando soube que Satsuki estava grávida e fiquei mais apavorado ao temer a reação de Kagome. Agora tudo isso parece pequeno, insignificante.


SOTEN – Por que está falando isso?


SHIPPOU – Porque acho que não fui um filho tão bom quanto achei que era. (ele chora copiosamente)


SOTEN – Não fale assim, Shippou. (ela o abraça) - Tenho certeza que Kagome teve orgulho de tê-lo como filho. Você é um rapaz descente, honrado e leal. Toda mãe teria orgulho de ter um filho como você.


SHIPPOU – Eu queria poder voltar no tempo e dizer a ela o quanto a amava. (ele deixa de abraçá-la) - Chamá-la de mãe mais vezes.


SOTEN – Eu não sei o que dizer e...


Soten para de falar ao ouvir o som do toque do celular de Shippou, que imediatamente olhou no visor. Era o número do celular de InuYasha que estava aparecendo.


SHIPPOU – É InuYasha.


SOTEN – E aí? Não vai atender?


SHIPPOU – Eu não sei. Pode parecer estranho, mas estou com medo. Medo de ele confirmar você sabe o que. Entende, não é?


SOTEN – Mais do que imagina. (ela segura a mão dele) – Mas imagina como seu pai deve estar se sentindo. Acho que ele quer ouvir sua voz.


Shippou se deu conta que ele não era o único que sofria com a morte de Kagome. Ele imaginou que InuYasha deveria estar arrasado. Então Shippou resolveu atender.


SHIPPOU – InuYasha.


INUYASHA – Shippou, já descobriu o endereço do último link?


SHIPPOU – Ora InuYasha. Depois do que houve com Kagome, não estou com cabeça para ver isso e...


INUYASHA – Mas é por Kagome mesmo que tem que descobrir isso.


SHIPPOU – O que houve aí? Miroku e Zuza conseguiram fugir mesmo?


INUYASHA – Zuza não fugiu. Ele quis ficar e debochar de mim. Por isso eu o matei.


SHIPPOU – Entendo. Acha que Miroku fugiu para esse outro endereço?


INUYASHA – É possível, mas isso não é o único mistério. Por alguma razão, ele levou o corpo de Kagome.


SHIPPOU – O que?! Como assim?


INUYASHA – O que você ouviu. Quando adentrei no parque industrial só encontrei uma poça de sangue.


SHIPPOU – O que Miroku faria com o corpo de Kagome. Isso não faz sentido.


INUYASHA – Será que o corpo de Kagome tem algum segredo que não saibamos?


SHIPPOU – Segredo?! Por que teria?


INUYASHA – Eu não sei. Kagome era filha de militar. Talvez o pai dela tenha deixado algo no corpo dela, sei lá. Zuza era louco e desajustado. Natsume não ajudaria um ser destes se não fosse por uma razão forte.


SHIPPOU – Ou talvez tenha acontecido outra coisa que não conseguimos entender.


INUYASHA – Shippou.


SHIPPOU – Sim?


INUYASHA – Tem absoluta certeza de que Miroku atirou contra Kagome?


SHIPPOU – Sim, InuYasha. Eu vi através do link digital. Ele atirou várias vezes. Eu queria que fosse, mas não há indicio de armação.


INUYASHA – Entendo, mas mesmo assim tudo está misterioso. (ele olhava ao redor) – Volte a trabalhar na localização do endereço do ultimo link.


SHIPPOU – Ta. Agora mesmo.


Shippou desliga seu celular e volta para o interior do armazém abandonado. Soten vai atrás dele.


SOTEN – O que houve?


SHIPPOU – Lá dentro eu te explico. Não podemos demorar.


Eles descem a escada para chegarem ao local secreto do armazém a fim de Shippou voltar a trabalhar no laptop e enquanto isso depois de falar com o filho, InuYasha usa novamente seu celular para desta vez falar com o meio irmão, que estava no interior da casa de Kuno.


SESSHOUMARU – Fale.


INUYASHA – Sou eu, Sesshoumaru. Conseguiu encontrar algo no endereço que Sango deu?


SESSHOUMARU – Nada. A casa está vazia.


INUYASHA – Não encontrou nenhuma pista?


SESSHOUMARU – Talvez. (ele olha para a sala de operação) – Há instrumentos médicos que foram usados recentemente.


INUYASHA – Então alguém foi operado aí?


SESSHOUMARU – Eu diria que sim. (ele nota um diploma médico em uma moldura na parede) – A casa é de um médico chamado Kuno. Já ouviu falar nele?


INUYASHA – Nunca! Acha que ele tem relação com Natsume ou Kagome?


SESSHOUMARU – Temos que presumir que sim. Você pode pedir ao seu filho que cheque isso e...


INUYASHA – Não! Shippou está muito ocupado e com a cabeça cheia.


SESSHOUMARU – O que houve InuYasha?


INUYASHA – Depois eu te falo. Tenho que desligar.


InuYasha desliga o seu celular. Ele não quis falar da morte de Kagome para o irmão, que estranhou tal comportamento.


SESSHOUMARU – O que será que houve?


Depois de se fazer essa pergunta, Sesshoumaru ficou procurando por mais pistas que ligassem Kuno á Miroku ou Natsume e enquanto isso Satsuki e Sara estavam sentadas á mesa, jantando, ou pelo menos no caso de Satsuki, tentando, pois os recentes acontecimentos tiravam completamente sua fome.


SARA – A mamãe disse que você tem que comer, mana.


SATSUKI – Eu não consigo comer nada enquanto não saber algo sobre a tia Kagome.


SARA – O que houve com a tia Kagome?


SATSUKI – Olha Sara! Estou falando da tia Kagome porque ela quer ser prefeita. É só isso.


Satsuki não falou do seqüestro de Kagome para não assustar a irmã e também porque ela não iria entender e naquele momento Satsuki observa Rin falando ao celular ao mesmo tempo e que ia para o escritório particular do marido. Vendo que a irmã estava se comportando á mesa, ela resolve ir atrás da madrasta, que já tinha desligado o celular e estava mexendo no laptop do marido.


SATSUKI – Rin. (entrando sem fechar a porta do escritório)


RIN – Satsuki?! Devia estar jantando. Tem que se alimentar por causa do seu estado.


SATSUKI – Eu estou bem. (ela se aproxima) – Quem era no celular?


RIN – Seu pai. (ela abre o laptop) – Ele quer que eu descubra tudo que puder sobre um médico.


SATSUKI – Por quê?


RIN – Um dos endereços de um link que Shippou descobriu é da residência de um médico chamado Kuno. Ele pode estar ligado á Miroku ou Natsume ou á ambos. Seu pai está lá nesse momento.


Rin faz uma pesquisa rápida no banco de dados do laptop e acaba descobrindo que Kuno era um renomado infectologista, mas que teve a carreira arruinada por um erro médico há doze anos e que depois disso ele não deixou rastro, ou seja, Rin não tinha pista alguma sobre ele, mas Satsuki, ao ver a foto de Kuno na tela do laptop, o reconhece.


SATSUKI – Eu conheço esse homem.


RIN – O que?! Tem certeza?


SATSUKI – Sim.


RIN – De onde conhece esse homem?


SATSUKI – Estou com um pouco de vergonha em dizer e...


RIN – Olha Satsuki! Sesshoumaru e os outros não têm pista alguma do que está acontecendo. Isso pode ajudar a encontrar Kagome e Tamira. Se você sabe de alguma coisa, diga. Esse não é momento para vergonha.


SATSUKI – Ok. (ela respira fundo) – Eu e Maya o vimos na clinica dele.


RIN – Clinica?!


SATSUKI – Clinica de aborto.


RIN – Aborto?! Quer dizer que você pensou...?


SATSUKI – Em fazer um aborto? Sim. Quando descobri que estava grávida, pensei nisso sim, mas isso não importa agora, não é?


RIN – Ta bom! Ta bom! Dê-me o endereço. Talvez seu pai descubra algo.


SATSUKI – Rua Gyodara, 95.


RIN – Ok. (ela pega seu celular) – Mas vou ter que omitir como consegui essa informação. Pelo menos por enquanto.


SATSUKI – Obrigada. Vou ver se a Sara comeu tudo.


Satsuki sai do escritório particular do seu pai para voltar para junto da irmã deixando Rin sozinha. Rin fica esperando o marido atender a ligação até que Sesshoumaru atende.


SESSHOUMARU – Descobriu algo?


RIN – Kuno era um renomado infectologista, mas por algum motivo interrompeu a carreira na comunidade médica sumindo no mapa por doze anos. Ele cobriu todos os rastros.


SESSHOUMARU – Ou alguém fez isso por ele.


RIN – Também há essa possibilidade, mas eu descobri que ele tem uma clinica na rua Gyodara numero 95.


SESSHOUMARU – Mesmo?! Mas você não disse que ele não deixou rastro algum?


RIN – Olha amor, eu descobri isso por outra fonte, mas eu te conto outra hora. Agora não perca tempo e vá ao endereço.


SESSHOUMARU – Ok, mas eu quero saber dessa história depois. Até mais e manda um beijo para as meninas.


Sesshoumaru desliga seu celular para sair da casa e ir ao endereço fornecido por Rin e enquanto isso, Ryukosei retornava á sua casa e Elisa já o recebia com um singelo beijo.


ELISA – Finalmente chegou, meu amor.


RYUKOSEI – Vamos conversar no quarto.


ELISA – E temos muito que conversar.


Ryukosei não queria dar a chance de ser interrompido por algum empregado e por isso levou a esposa para o quarto a fim de conversar um assunto muito sério. Por sinal ela também.


RYUKOSEI – Você cuidou para que a morte de Ling não me prejudique?


ELISA – Sim. (ela sorri) – Eu consegui fazer com que o crime tivesse caráter passional. Como te falei por telefone.


RYUKOSEI – Não quero que a imprensa fique me importunando pela morte de Momiji.


ELISA – Eu não vou permitir que nada interfira em seus planos, meu amor.


RYUKOSEI – Eu sei. Você é um anjo vigilante por cuidar de mim.


ELISA – Eu cuidei de tudo, mas desconfio de que essa não é a única preocupação.


RYUKOSEI – Você me conhece mesmo, não? (ele respira fundo e se senta na cama) – Por confiar completamente em você, vou te contar.


ELISA – Fale amor.


Elisa se senta ao lado do de Ryukosei, que fala, detalhadamente, sobre o acordo que fez com Natsume oferecendo um novo esconderijo em troca da morte de Takeshi e de não divulgar uma gravação em que ele ordena Toutoussai a matar Myuga. Isso complicaria sua reeleição e conseqüentemente seus projetos secretos de acabar com a Monarquia Japonesa. Elisa ouviu tudo e fingiu surpresa.


ELISA – Então você está nas mãos dessa bandida. Como isso foi acontecer?


RYUKOSEI – Mas isso não vai ficar assim. Estou obrigado á ajudá-la, mas quando descobri algo contra Natsume, vou poder usar isso contra ela.


ELISA – Entendo.


RYUKOSEI – Mas por enquanto eu e ela seremos aliados.


ELISA – E o que quer de mim?


RYUKOSEI – Eu vou indicar você como minha representante. Quero que tente descobrir algum podre de Natsume. Eu sei que é pedir muito, mas não confio em mais ninguém.


ELISA – E Rakusho?


RYUKOSEI – Ele é meu amigo, mas teve o neto seqüestrado por gente de Natsume. Duvido que concorde com isso. Vou ter que deixá-lo de fora.


ELISA – Tudo bem. (ela coloca os braços em volta do pescoço dele) – É só isso que veio me dizer?


RYUKOSEI – Também quero que fala com Hank.


ELISA – Está falando daquele financiador americano.


RYUKOSEI – Como vocês são compatriotas, acho que é melhor você falar com ele. Eu estarei ocupado com meu comitê político.


ELISA – O que eu não faço por você, chorando, o que você me pede, sorrindo?


Eles se beijam e Ryukosei nem imaginava ou desconfiava de que a esposa era a verdadeira espiã de Natsume e que aquela atitude dele só facilitaria o trabalho dela e enquanto isso na casa de Ling, vários policiais, sob o comando de Sango, vasculhavam o local á procura de alguma coisa que explicasse o crime de lá até que um foi falar com a detetive.


POLICIAL – Detetive! Encontrei algo. (ele trazia um bilhete enrolado em saco plástico)


SANGO – O que é isso?


POLICIAL – É algo que talvez explique os dois crimes.


SANGO – Deixe-me ver.


Sem tirar do saco plástico, Sango lê o bilhete que dizia claramente que Ling descobriu que Momiji estava tendo um caso com o marido dela.


POLICIAL – Parece que Ling quis se vingar.


SANGO – Um crime passional. Muito clichê. Leve o bilhete para perícia. Mais do que nunca precisamos encontrar Ling.


Sango estava meio desapontada, pois o caso se encaminhava para um simples crime passional, sem conspiração alguma em relação aos paradeiros de Kagome e Tamira.


 


Próximo capítulo = Contagem regressiva – parte 4


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Noite sem Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.