Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 63
Contagem regressiva - parte 2




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Depois de matar Takeshi á sangue frio, Ryukosei foi até á sala de informática onde estavam Natsume e Kageorumaru. O prefeito de Tóquio ficou observando a ex. amante de Naraku conversando com Miroku enquanto Kageroumaru mexia no computador para desconectar os links.


NATSUME – Já fiz tudo que me pediu. Agora cumpra sua parte do trato.


MIROKU – Não cumpriu não. Minha filha ainda não está curada. O médico detectou a presença da bactéria em seu sangue.


NATSUME – Eu sei que detectou. Fazia parte do meu plano.


MIROKU – O que quer dizer?


NATSUME – Ora Miroku. Não achou mesmo que confiaria em você sem ter um ás na manga e o meu é o retardamento da saída do DDM-145. Fiz isso para conseguir o endereço de onde está Koharo e sua filha. Rua Soun, 58. Acertei o endereço, não?


MIROKU – Não faça nada contra minha filha ou...


NATSUME – Você não está mais em condições de me ameaçar, portanto abaixe o tom de voz. E tem mais uma coisa, Miroku.


MIROKU – O que?


NATSUME – O DDM-145 ainda pode ser ativado e se não cumprir a sua parte no trato, farei com que sua filha morra bem devagar, sofrendo muito.


MIROKU – Mas ela é só uma criança. Não lhe fez mal algum. Por que essa crueldade toda?


NATSUME – Você e seus amigos é que foram cruéis comigo quando me tiraram o que mais amava. Meu amado Naraku.


MIROKU – Você é doente.


NATSUME – Pense o que quiser de mim, mas se não cumprir a sua parte no trato, sua filha pagará.


Natsume desliga a comunicação com Miroku. Ela parecia um pouco emocionada por mencionar Naraku, mas Kageroumaru, interrompe o que estava fazendo, para chamar sua atenção para um fato estranho.


KAGEROUMARU – A senhora disse que podia ativar o DDM-145, mas isso só pode ser feito se estiver á alguns metros de distância dele.


NATSUME – Exato. Por isso eu disse que sabia o endereço de onde está a filha.


KAGEROUMARU – Mas a senhora mandou o Ryoma ir para outro lugar. Ele não está mais indo para lá.


NATSUME – Eu sei disso. Você sabe disso, mas Miroku não sabe.


KAGEROUMARU – Entendo. (ele sorri) Bem pensado. (Ryukosei se manifesta)


RYUKOSEI – Isso é muito bom, mas temos outros problemas. Seus capangas ainda não conseguiram pegar Gatenmaru.


NATSUME – Essa região é isolada. Ele não tem muito lugar para se esconder. Mais cedo ou mais tarde iremos capturá-lo. E depois matá-lo.


RYUKOSEI – Acho bom mesmo, pois ele sabe da nossa união. Ele pode contar isso á alguém o que seria péssimo para minha campanha de reeleição.


NATSUME – Ele também sabe de parte dos nossos planos originais. Eu, mais do que você, quero ver Gatenmaru morto.


RYUKOSEI – É bom mesmo. (ele se afasta) – Eu tenho que ir. Minha esposa deve estar preocupada.


NATSUME – É claro que está. (sorrindo sarcasticamente) – E o esconderijo?


RYUKOSEI – Vai estar tudo preparado quando chegar.


Natsume ordena, com gestos, que um capanga guiasse Ryukosei até a saída e enquanto isso, perto dali, Gatenmaru fugia dos capangas de Natsume ao correr no meio de uma floresta.


GATENMARU – A densidade dessa floresta pode me ajudar.


Gatenmaru se esconde atrás de uma arvore ao perceber as luzes das lanternas dos capangas, mas para sua infelicidade, acabou pisando em um galho o que produziu um barulho imediatamente ouvido pelos capangas.


CAPANGA – Por ali.


GATENMARU – “Droga!” (pensando)


Devido á isso, Gatenmaru voltou a correr, com os capangas em seu encalço sob uma chuva de tiros, até chegar á um penhasco. Vendo que não tinha nenhuma chance de sobreviver enfrentando os capangas, o ex. parceiro de Sango se viu obrigado a saltar o penhasco, mas mesmo assim os capangas atiraram contra ele acertando um tiro em suas costas. Os capangas observaram o corpo de Gatenmaru sumir na escuridão do penhasco.


CAPANGA – Esse é o fim dele.


Satisfeitos com o resultado, os capangas decidiram voltar para o esconderijo e enquanto isso Miroku, pelo celular, falava com Koharo, que observava Kuno examinando Tamira.


MIROKU – A bactéria ainda está no corpo dela?


KOHARO – Ainda está, mas Tamira parece bem. Ela ainda está inconsciente.


MIROKU – Ouça Koharo. A Natsume sabe da localização dessa casa.


KOHARO – Mas como?


MIROKU – Não sei! Deve ter rastreado, mas isso não importa. Vocês têm que sair daí o mais rápido que puder.


KOHARO – Mas não dá com a Tamira assim. Isso pode agravar o estado dela.


MIROKU – Não posso arriscar a vida da minha filha. Vou ter que fazer o que Natsume quer.


KOHARO – Mas Miroku...


MIROKU – Está decidido, Koharo! Deseje-me sorte.


KOHARO – Tenha sorte.


Koharo desliga seu celular e vai para junto de Kuno, que observava Tamira dormindo.


KOHARO – Precisamos ir. Natsume sabe o endereço daqui. Não podemos ficar.


KUNO – Tem certeza?


KOHARO – Miroku deu certeza e para mim isso já basta. (ela pega Tamira no colo)


KUNO – Você pode levá-la. Pegue o meu carro e vá para um local seguro.


KOHARO – Mas e o senhor?


KUNO – Eu vou ficar bem. (ele se aproxima dela para observar Tamira) - Ela parece um anjo quando dorme. (ele passa a mão no rosto da menina) – Como pode ter gente que faz uma monstruosidade com uma criança?


KOHARO – São monstros em forma humana. Eles não ligam se são crianças, idosos ou doentes. Eles só querem chegar ao seu objetivo e nada mais.


KUNO – Miroku fará aquilo mesmo?


KOHARO – Ele disse que sim, mas ele não me parecia seguro. (ela acaricia o rosto de Tamira) – Kagome é uma grande amiga dele, assim como InuYasha. Isso é uma escolha impossível.


KUNO – É mesmo. Agora vá antes que algum capanga de Natsume chegue.


Koharo olhava para o relógio de pulso que marcava quase dez horas da noite para em seguida sair daquela casa sem saber que não estava mais em perigo e enquanto isso no parque industrial abandonado, Miroku andava de um lado para o outro pensando no que tinha que fazer. Zuza o observava e ria de sua situação.


ZUZA – Vai ter que matar Kagome para que sua filha viva.


MIROKU – Cale-se!


ZUZA – Essa é a verdade. Mesmo que grite comigo. (rindo)


MIROKU – Droga.


Miroku se afasta de Zuza para ir até a sala onde Kagome era mantida prisioneira. Ele abre a porta da sala, vai até o fundo onde Kagome estava algemada á tubulação.


KAGOME – Miroku. O que vai fazer comigo?


MIROKU – A sua hora está chegando e por isso vou te contar a verdade.


KAGOME – A verdade?


MIROKU – Do porquê estou fazendo isso com você. Merece isso.


Miroku começou a contar com detalhes o que aconteceu com ele nos últimos cinco anos e enquanto isso, InuYasha guiava seu carro em alta velocidade para a região norte da cidade e naquele momento seu celular começou a tocar. Percebendo que era o filho, InuYasha colocou o aparelho no viva-voz para continuar a dirigir velozmente.


INUYASHA – Conseguiu localizar o endereço, Shippou?


SHIPPOU – Sim. Rua Grant, 57.


INUYASHA – Sabe o que tem lá?


SHIPPOU – Um parque industrial abandonado há anos.


INUYASHA – Perfeito para um esconderijo. Estou indo para lá agora. Bom trabalho, Shippou.


Sem perder mais tempo, InuYasha desliga o seu celular para seguir seu caminho e enquanto isso, Shippou mostrava uma expressão de preocupação. Soten, que estava ao seu lado, notou isso.


SOTEN – Ora Shippou! Você conseguiu localizar o endereço de um link. Devia estar feliz.


SHIPPOU – Mas eu estou feliz.


SOTEN – Não parece.


SHIPPOU – É que foi fácil demais. É como se a pessoa, que estabeleceu os links, quisesse que eu descobrisse o endereço. Isso é muito suspeito.


SOTEN – O que pode ser?


SHIPPOU – Provavelmente queriam que eu me concentrasse em achar somente um e deixasse os outros dois para depois. Um deles deve ser o esconderijo de Natsume.


SOTEN – E o que você vai fazer?


SHIPPOU – Não vou cair nesse truque. Vou restabelecer o link com o endereço que dei a InuYasha e ao mesmo tempo localizar o endereço de um dos dois links restantes.


Shippou usaria seus conhecimentos de informática para fazer o serviço e enquanto isso no esconderijo de Natsume com capangas arrumando as coisas para a mudança, Kageroumaru percebia a capacidade do filho de InuYasha, pois estava tendo dificuldade de desconectar os links restantes.


KAGEROUMARU – Aquele moleque é melhor do que eu pensei.


NATSUME – O que está acontecendo?


KAGEROUMARU – Eu deixei um dos endereços de propósito para que ele deixasse os outros dois em paz, mas ao que parece ele consegue fazer duas coisas simultaneamente. Está difícil.


NATSUME – Ele não pode saber o endereço daqui.


KAGEROUMARU – A senhora deveria ter deixado o endereço onde estão Koharo e Tamira e não o de onde estão Miroku, Kagome e Zuza.


NATSUME – Fazer com que o grupo de InuYasha encontre o corpo de Kagome faz parte do meu plano. Eles ficarão tão atordoados que nem perceberam minha fuga.


KAGEROUMARU – Então é melhor entrar logo em contato com Miroku para que ele execute a missão dele.


NATSUME – Ele vai ligar.


Natsume se afasta de Kageroumaru para voltar a coordenar a retirada do grupo para um novo esconderijo e enquanto isso, Ryukosei era deixado, por um dos capangas de Natsume, no local onde estava seu carro e antes de entrar nele, seu celular tocar. Ao ver o numero no visor, sabia que se tratava de Hank, um aliado americano.


RYUKOSEI – Senhor Hank?! Está aqui no Japão?


HANK – Estou no meu jato particular prestes a aterrissar. Quero saber mais sobre o andamento de nossa operação de destituir o Imperador.


RYUKOSEI – Não tinha por que o senhor vir até aqui e...


HANK – Tinha sim senhor prefeito. Soube que está tendo dificuldades adicionais, devido á libertação de um prisioneiro.


RYUKOSEI – Aquilo foi para tentar pegar uma foragida da justiça.


HANK – Mas não deu certo, não? (pergunta retórica) – O senhor sabe muito bem que membros do governo do meu país querem muito que seja estabelecida uma republica no Japão.


RYUKOSEI – Ainda mais o senhor que é subsecretário de comércio exterior. Com o constante crescimento da China, os americanos precisam de um parceiro forte na região. Com uma republica isso seria mais fácil.


HANK – Exato! Por isso avalancar sua reeleição é prioridade para nós. Há muito dinheiro em jogo.


RYUKOSEI – Eu sei disso, senhor.


HANK – Passarei amanhã na prefeitura para tratar do financiamento de sua campanha.


RYUKOSEI – É claro, senhor.


Ryukosei desliga seu celular para em seguida afrouxar a gravata. Seja que papel esteja desempenhando na conspiração contra o Imperador, Ryukosei era inferior ao subsecretário de comercio exterior dos EUA. Era a prova de que membros do governo americano querem interferir na política japonesa e enquanto isso Miroku acabara de contar, para Kagome, todos seus motivos para sua ação naquele dia.


KAGOME – Então é isso? Implantaram uma bactéria nano tecnológica chamada DDM-145.


MIROKU – Exato, portanto não tenho outra escolha.


KAGOME – Acha mesmo que eles irão deixar Tamira em paz depois de me matar? Isso não vai acontecer, Miroku.


MIROKU – Mas eu tenho que seguir ás ordens de Natsume.


KAGOME – Tem que haver outro jeito.


MIROKU – Mas não há. (ele aponta a arma contra ela) – Eu sinto muito, Kagome, mas é minha filha ou você. Eu escolho Tamira.


Miroku tira as algemas de Kagome para em seguida levar a esposa de InuYasha para junto de Zuza, que esfregava as mãos de ansiedade com a proximidade de seu sonho se concretizar.


ZUZA – Achei que esse momento não chegaria nunca.


KAGOME – Está cometendo um erro, Miroku. Pense em Tamira. Quando crescer, ela nunca vai te perdoar pelo que está prestes a fazer.


MIROKU – Ela pode até não me perdoar, mas pelo menos irá crescer.


Miroku aponta a arma para Kagome fazendo encostar contra a parede. Tudo isso sendo observado por Zuza, que estava muito excitado com a situação. Sem abaixar a arma, Miroku usa seu celular para ligar para Natsume.


NATSUME – Miroku.


MIROKU – Estou prestes a fazer minha parte no acordo.


NATSUME – Então o que está esperando? (ela olha Kageroumaru mexendo no computador) – Faça!


MIROKU – Não vai querer ver-me atirando em Kagome?


NATSUME – Não há necessidade. Zuza está aí. Depois que acabar, peça para ele me ligar.


Natsume desliga seu celular e se aproxima de Kageroumaru, que continuava a digitar no computador para que Shippou não descobrisse aquela localização.


NATSUME – Por causa de Shippou mexendo nos links não posso ver Miroku matando Kagome. Não posso me arriscar.


KAGEROUMARU – Zuza está lá. Não tem ninguém mais interessado nisso do que ele.


NATSUME – É isso que me tranqüiliza. (ela chega mais perto ainda) – Está conseguindo driblar Shippou?


KAGEROUMARU – Ele consegue ficar na minha frente.


NATSUME – Então ele vai descobrir o endereço daqui?


KAGEROUMARU – Infelizmente vai.


NATSUME – Ta! (ela tenta se controlar) – Você não pode impedi-lo, mas pode pelo menos atrasá-lo?


KAGEROUMARU – Sim, mas vou ter que fornecer o outro endereço á ele para ganhar tempo.


NATSUME – Então faça isso. Eu vou acelerar a mudança e você fica aqui para atrasá-los o máximo que puder.


KAGEROUMARU – Mas isso pode demorar um pouco. Como vou achar o novo esconderijo?


NATSUME – Não se preocupe. O endereço está no seu carro. Eu ainda preciso muito de você.


KAGEROUMARU – Ta.


Kageroumaru volta a trabalhar no computador e Natsume coordena os capangas para saírem do esconderijo e enquanto isso no prédio em que ficava o apartamento de Momiji, Sango falava com patrulheiro que tinha chegado ao local antes dela.


SANGO – Eu quero que isolem o apartamento e não deixem ninguém entrar nele.


PATRULHEIRO – Tudo bem, detetive, mas quanto á suspeita...


SANGO – Deixe que eu mesma cuide disso pessoalmente. (o celular dela toca e ao ver no visor já sabe de quem se tratava, mas ainda não o atende) - Vocês tratem de pegar os depoimentos de todos os moradores do prédio.


PATRULHEIRO – Mas isso vai demorar muito e...


SANGO – Não importa o tempo. (o celular continuava a tocar) - Faça.


PATRULHEIRO – Sim senhora.


O patrulheiro se afasta e assim Sango atende o celular sabendo que era Shippou no outro lado da linha. Ela tinha esperanças de notícias sobre o paradeiro de Tamira.


SANGO – Desculpe a demora por atender. Pode falar, Shippou.


SHIPPOU – Acho que já sabe que estou trabalhando na localização de três endereços que tem link digital com o local que estou.


SANGO – Sim. Já sei disso.


SHIPPOU – Eu já localizei um e dei á InuYasha. Agora acabo de localizar outro. Se puder eu gostaria que fosse até lá.


SANGO – Olha Shippou. Bem que gostaria, mas no momento estou ocupada. Eu consegui identificar quem tentou matar Momiji.


SHIPPOU – Sério?! Quem?


SANGO – Ling, secretária de Ryukosei. Eu vi imagens dela no circuito interno das câmeras de vigilância. Provavelmente Ling seja a fonte de Momiji. Estou indo até a casa dela para saber mais detalhes.


SHIPPOU – Mas e o endereço que consegui? Pode ser onde esteja Tamira.


SANGO – Eu sei, Shippou. Gostaria muito de ir, mas se eu não for falar com Ling outro policial irá fazer e aí não poderemos controlar o fluxo de informação. (ela fica pensativa enquanto entra em seu carro) – Já sei. Vou falar com Sesshoumaru. Ele pode ir até lá.


SHIPPOU – Tudo bem. Vou continuar trabalhando na localização do último endereço.


SANGO – Mantenha-me informada.


Sango desliga seu celular para em seguida ligar seu carro e ir até a casa de Ling e enquanto isso Shippou voltou a digitar no laptop enquanto era observado por Soten.


SOTEN – Sango vai até o endereço?


SHIPPOU – Não. Ela vai á outro lugar, mas deve pedir que o pai de Satsuki vá até lá.


SOTEN – Pai de Satsuki? Ele é seu tio. Por que não o chama assim?


SHIPPOU – Pelo mesmo motivo que não chamo InuYasha de pai. Costume.


SOTEN – Ele sabe?


SHIPPOU – Sabe do que? (continuando a digitar e sem olhar para ela)


SOTEN – Que ele vai ser avô. Ele não sabe, não é?


SHIPPOU – Não! (ele para de digitar e olha para ela) - Ainda não, mas Satsuki vai contar assim que tiver oportunidade. Eu não quero falar nisso agora, por favor.


Soten se afasta um pouco de Shippou, que voltou a trabalhar no laptop. Ficar naquele local com Shippou era meio constrangedor para Soten levando em conta que ele não eram mais namorados por causa da gravidez de Satsuki, mas ela precisava estar ali para saber qualquer coisa sobre Tamira, sua nova irmã.


SHIPPOU – Você pode ir embora se quiser. Vai ser mais fácil assim.


SOTEN – Mais fácil para quem de nós?


SHIPPOU – Para ambos e... (na tela do laptop aparece algo que chama a atenção dele) – Olha só o que consegui.


SOTEN – O que foi? (se aproximando de novo)


SHIPPOU – Consegui restabelecer o link com o parque industrial. (ele digitava mais rápido) – Logo vou conseguir imagens de lá.


Shippou trabalhava para restabelecer o link e enquanto isso no Hospital Memorial, Botan e Tanuki estavam na sala de espera aguardando notícias da operação de Momiji.


BOTAN – Por que estão demorando tanto?


TANUKI – Tenha calma, Botan. É assim mesmo. O que houve com sua irmã foi muito grave. Ela caiu de uma altura de quatro metros.


BOTAN – Eu sei. (ela o abraça) – Esse dia deveria ser tão importante para mim com a indicação do senhor Gakusajin como candidato, mas agora nada disso me interessa. O que me importa é a saúde da minha irmã.


TANUKI – Procure ter fé. Momiji vai sobreviver.


Botan continuava abraçada á Tanuki e naquele momento Sesshoumaru apareceu diante deles.


SESSHOUMARU – Eu tenho que ir á outro lugar á pedido de Sango, mas antes disso tenho algo á falar com você, Botan.


BOTAN – Comigo? (ela deixa de abraçar Tanuki) – O que foi?


SESSHOUMARU – É a respeito da sua irmã, mais precisamente de quem fez isso com ela.


BOTAN – Então fale, Sesshoumaru.


SESSHOUMARU – Sango me contou que foi Ling.


BOTAN – Está falando da secretária de Ryukosei?


SESSHOUMARU – Ela mesma. Sango já está indo até a casa dela.


BOTAN – Mas por que Ling faria isso com Momiji? Eu sei que minha irmã escreveu artigos contra o prefeito, mas isso não era motivo para uma atitude tão extrema.


SESSHOUMARU – Particularmente desconfio de que Ling era uma informante de Momiji, mas não consigo imaginar o que a levaria a tentar matá-la.


TANUKI – Mas que loucura.


SESSHOUMARU – Bem, eu já vou indo.


Sesshoumaru se afasta para ir até o endereço passado por Sango que foi conseguido por Shippou e enquanto isso no parque industrial abandonado, Miroku ainda apontava uma arma contra Kagome encostada na parede. Zuza só observava a hesitação.


ZUZA – O que está esperando? Atire nela. Só assim vai poder rever sua filha.


KAGOME – Vamos Miroku. Eu sei que não vai atirar em mim. Tanto eu como InuYasha e Sango podemos te ajudar a encontrar Tamira.


MIROKU – Não preciso encontrar Tamira. Eu sei onde ela está. O que quero fazer é tirar o que está dentro dela. Só te matando é que posso conseguir isso e...


Miroku para de falar ao perceber que o laptop estava com o link restabelecido. Pensando que era Natsume querendo olhar a cena, Miroku abre o laptop e para sua surpresa, vê a imagem de Shippou e Soten na tela.


MIROKU – Você?!


SHIPPOU – É o Miroku.


Mesmo surpreso com aquilo, Miroku não desliga o link permitindo que o rapaz observasse a cena. Ele se afasta um pouco e assim eles podiam ver a cena mais amplamente percebendo mais duas pessoas.


SHIPPOU – É Kagome! Ela está viva. (observando Zuza) – Quem é esse?


ZUZA – Me nome é Zuza.


SHIPPOU – Zuza?! Hei Miroku, por acaso está de conluio com esse verme?


MIROKU – Não devia estar aí, Shippou, mas já que está, verá tudo.


SHIPPOU – Soten! Ligue para InuYasha.


Soten se afasta um pouco para usar o celular de Shippou para ligar para InuYasha. Todos no parque industrial podiam ouvir muito bem Shippou, pois o link era muito bom, mas apenas Shippou, que estava com o fone de ouvido, podia se comunicar com eles. Kagome, pressentindo o que estava por vir, se manifestou.


KAGOME – Se vai fazer o que acho que vai fazer então desligue o link. Não quero que Shippou veja isso.


MIROKU – Não! Vai ser melhor assim. (ele olhava para o laptop) – Quanto mais gente testemunhar, melhor.


Miroku mostrava muita determinação diante da situação e percebendo o que estava prestes á acontecer, Shippou tentava falar com Miroku.


SHIPPOU – Escute, Miroku. Eu já dei esse endereço á InuYasha. É uma questão de tempo de ele chegar até aí.


MIROKU – Então vou ter que me apressar.


ZUZA – Atire nela!


Miroku engatilha a arma contra Kagome que apenas rezava mentalmente para que InuYasha aparecesse, mas infelizmente ele não estava perto dali. Sabendo disso, Soten tomou o fone de Shippou para que pudesse falar com Miroku.


SOTEN – Senhor Miroku. Sou eu. A Soten.


MIROKU – Também não deveria estar aqui, Soten.


SOTEN – Eu sei que o senhor não quer fazer isso. Quando fiquei no templo do Mestre Zhi, ouvi algumas estórias suas. De como o senhor, mesmo treinando apenas oito meses, aprendeu muito bem suas técnicas de luta. Fiquei sabendo de como ocorreu às mortes de seus pais e como arquitetou um plano para levar o tal de Naraku para trás das grades. O Mestre Zhi contou também que o admirava, pois podia viver como um playboy, mas ao invés disso o senhor lutava pela justiça e para defender aqueles que eram fracos demais para se defender sozinhos. Tudo isso com a ajuda do senhor InuYasha. O senhor tem um currículo de um homem que tenho orgulho de chamar de pai.


MIROKU – ...


SOTEN – Sim, o senhor é meu pai e Tamira minha irmã. Agora tenho uma família. Eu preciso de vocês dois. Por favor pai, não faça isso. Pense em sua família.


Miroku ouvia calado todo o relato de Soten, fato que o deixou um pouco emocionado, pois sabia que estava magoando a jovem que era sua filha adotiva, mas antes disso pensava em sua outra filha. A vida de Tamira é que estava em jogo e por isso, sem hesitar, ele atira contra Kagome várias vezes na região do peito. Kagome, ainda vestindo uma roupa de soldado, cai imediatamente depois dos disparos para em seguida formar uma poça de sangue no local. Soten e Shippou, incrédulos, observaram a cena.


SHIPPOU – Ele matou a Kagome.


SOTEN – Não pode ser. (Shippou pega o fone de Soten)


SHIPPOU – Como pode fazer isso, Miroku? Kagome era sua amiga.


Miroku ouviu as palavras desesperadas de Shippou, mas parecia que não ligava tanto que, calmamente, foi até o laptop e desligou o aparelho para que se encerrasse o link.


 


Próximo capítulo = Contagem regressiva - parte 3


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