Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 4
A aniversariante - parte 1




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Ainda dentro da sede do partido trabalhista e sabendo de tudo que aconteceu com Kagome do lado de fora do prédio, Gakusajin conversava com Botan enquanto olhavam os noticiários.

BOTAN – O senhor acha que esse atentado foi um crime político?

GAKUSAJIN – Não acho, mas uma publicidade dessas pode ajudá-la.

BOTAN – Eu vi o rosto dela depois que aquele mascarado desarmou a bomba! Ela parecia bastante assustada.

GAKUSAJIN – Assustada o bastante para desistir das prévias?

BOTAN – Isso eu não, senhor! (ela olha para ele) – Por acaso o senhor está preocupado que Kagome possa ser um problema para sua indicação?

GAKUSAJIN – Isso não! Serei indicado com tranqüilidade! O que não gosto dessa prévia é que ela vai adiar nossa campanha e também vai mostrar para os eleitores que nosso partido não está unido, que não sabe entrar em consenso.

BOTAN – Eu também acho! Fui falar com Kagome e tentar demovê-la dessa idéia.

GAKUSAJIN – Esquece isso, Botan! Depois que a candidatura dela ficar publica, não tem como voltar atrás! Se ela quer me enfrentar nas prévias do partido é o que terá.

Gakusajin, ainda um pouco contrariado, sai do prédio, Botan vai atrás dele e enquanto isso em seu gabinete, Ryukosei assistia os noticiários na companhia de Rakusho, seu secretário de segurança, e também de Loki, seu chefe de campanha, o prefeito ria muito do que assistia.

RYUKOSEI – Gakusajin vai ter que disputar as prévias do partido?! Eu não poderia esperar notícia melhor.

LOKI – Isso vai ajudá-lo muito, senhor, pois só vai enfraquecer Gakusajin.

RYUKOSEI – Escute Loki! Temos que enfatizar para os eleitores a desunião do partido trabalhista.

LOKI – Isso será providenciado.

RAKUSHO – Não querendo estragar a comemoração de vocês, mas já estragando! Vocês deveriam se concentrar no atentado contra a vida de Kagome.

RYUKOSEI – O que foi, Rakusho? Está com medo de uma novata?

RAKUSHO – Não é medo! É precação! Mesmo que seja difícil, Kagome pode ser escolhida como candidata deles e o que aconteceu com ela, pode impulsioná-la na campanha.

RYUKOSEI – Loki.

LOKI – O que aconteceu com Kagome apenas dará publicidade á ela! O que vai acontecer é o seguinte, Kagome não consegue levar a disputa com Gakusajin até o final, pois no meio do caminho ela desiste para concorrer a uma vaga de vereadora ou com muita sorte possa ser convidada a ser vice na chapa.

RYUKOSEI – Concordo Loki, mas por vias das dúvidas, encomende uma pesquisa com o nome de Kagome! Quero ser o desempenho dela.

RAKUSHO – Muito bom Rakusho! Está sendo prudente. (o interfone toca e ele atende) – Sim, Ling?

LING – Sua esposa está aqui fora! Eu disse que o senhor está em uma reunião e que pode demorar, mas ela insistiu em vê-lo.

RYUKOSEI – Já acabamos! Peça que entre.

LING – Sim senhor.

Ryukosei desliga o interfone e volta a dar atenção aos seus amigos.

RYUKOSEI – Loki! Quero que organize a equipe de campanha para uma eventual agressividade de Gakusajin! Algo me diz que ele deve usar o fato da polícia não conseguir prender o estrangulador.

LOKI – Pode deixar, senhor.

RYUKOSEI – Rakusho! Eu quero que acompanhe de perto o progresso da polícia nesse caso! Estou achando que Jinenji não está tão concentrado no caso como deveria.

RAKUSHO – Então deveria demiti-lo.

RYUKOSEI – Só farei isso em um momento extremo.

Nesse momento Elisa, esposa de Ryukosei entra na sala, era o sinal para Rakusho e Loki saírem do local, e é o que fazem depois de cumprimentarem a primeira dama, feito isso Elisa beija o marido.

ELISA – Tudo bem aqui?

RYUKOSEI – Sim! A campanha para a minha reeleição vai de vento em popa. (ele puxa uma cadeira para que ela se sentasse) – Mas há que devo essa surpresa? (ela se senta)

ELISA – Nós podemos estar em um problema.

RYUKOSEI – Problema?! (ele se senta) - Do que está falando, querida?

ELISA – Se lembra daquela detetive que você demitiu pessoalmente?

RYUKOSEI – Sango! O que tem ela?

ELISA – Ela foi até Yokohama falar com Eri, Ayumi e Yuka.

RYUKOSEI – Quem são essas?

ELISA – Antigas colegas de Kagome. (ela tira um papel de dentro da bolsa e o entrega ao marido) – Lê com atenção.

Ryukosei faz o que a esposa pediu, o prefeito da cidade de Tóquio estava surpreso com o que lia e depois lançou um olhar enigmático para Elisa.

RYUKOSEI – Você não disse que isso era irrelevante e que não nos afetaria?

ELISA – Eu sei o que disse! Estava enganada! (ela se levanta da cadeira e fica de costas para ele) – Não tinha como saber que alguém ia conseguir ‘ligar’ as coisas.

RYUKOSEI – Sango está conseguindo e daí? Ainda não vejo o perigo disso. (ela volta a olhar para ele)

ELISA – Eu achava isso quando vim para cá, mas ao ver os noticiários, eu começo a mudar de idéia.

RYUKOSEI – Ainda não estou entendendo sua preocupação, Elisa.

ELISA – Trabalhando como detetive particular Sango não pode fazer mais do que especular, mas com Kagome é diferente! Caso ela consiga ser prefeita, terá poder político para chegar à verdade.

RYUKOSEI – Quanto á isso não se preocupe! Se ela for indicada pelo partido trabalhista, o que não acho, ela terá que me enfrentar! (se levantando e indo até ela) - Ela não tem chance. (começa a massagear suas costas) – Portanto, relaxe.

ELISA – Por que diz isso? Por que ela é novata? (ela se vira para olhar nos olhos do marido) - Ou por que ela é mulher?

RYUKOSEI – Por ser novata, é claro! Sei muito bem que não posso desprezar a força de uma mulher! Você é a prova disso, querida.

ELISA – É bom saber.

Ryukosei e Elisa se beijam, eles já estavam casados há mais de vinte anos, Elisa era americana e conheceu o futuro marido nos EUA quando Ryukosei foi fazer lobby para as fabricas de armas naquele país e ela era uma subsecretária de um estado americano, sem falar que ela já foi informante free lance da CIA, emprego que abandonou quando se mudou para o Japão.

RYUKOSEI – Já que está aqui, eu queria fazer um pedido.

ELISA – Pode fazer, querido.

RYUKOSEI – Gostaria que falasse com alguns de seus antigos colegas da CIA e veja se eles sabem algo sobre Natsume e Kageroumaru.

ELISA – Ainda preocupados com eles?

RYUKOSEI – Claro que sim! Preciso que esses dois sejam presos e eliminados! Sabe muito bem o que está em jogo.

ELISA – Eu posso falar com meus antigos colegas, mas duvido que me falem algo relevante sem uma boa justificativa.

RYUKOSEI – Se está insinuando que devemos falar sobre a informação que Renkotsu roubou da Segurança Interna há cinco anos, pode esquecer! Os americanos não podem nem desconfiar.

ELISA – Mas aí fica difícil e...

RYUKOSEI – Eu disse não! (ele volta a se sentar) - Se os americanos souberem da verdade, podem cancelar o acordo comercial com o Japão.

ELISA – Tudo bem, querido! Você é quem sabe! Eu vim só para lhe informar o que descobri! Estou indo para me reunir com ‘as adoráveis de Tóquio’! Isso é tão chato.

RYUKOSEI – Eu sei, mas como estrangeira, você tem que interagir com a sociedade japonesa! Afinal você é a primeira dama.

ELISA – Eu sei! Vemos-nos mais tarde. (ela manda um beijo de longe)

RYUKOSEI – Tchau.

Elisa sai da sala do marido deixando-o á sós com seus pensamentos, o prefeito ainda estava preocupado com os acontecimentos de cinco anos atrás e enquanto isso já estando em sua casa, Kagome estava sentada no sofá da sala enquanto era consolada por InuYasha.

INUYASHA – Tem certeza de que está bem?

KAGOME – Estou bem sim, InuYasha! Não posso deixar essas coisas me abalarem.

INUYASHA – Mas te abalou! Kagome! Tentaram te matar, você é humana, é natural que sinta medo.

KAGOME – Olha InuYasha! Eu não quero mais discutir isso. (ela olha ao redor) – Onde está Genku?

INUYASHA – No quarto dele! Brincando com os brinquedos que trouxe. (sorrindo)

KAGOME – Parece que ele não ficou abalado com o que houve. (sorrindo também)

INUYASHA – Tem razão, mas não é ele que me preocupa e sim Shippou.

KAGOME – O que tem Shippou?

O telefone começa a tocar antes que InuYasha pudesse responder a pergunta de Kagome, assim ele se afasta da esposa para ir até o telefone e atender o aparelho enquanto Kagome foi ver Genku.

INUYASHA – Alô.

SESSHOUMARU – InuYasha! Sou eu! Acabei de saber o que houve na frente da sede do partido! Como está Kagome?

INUYASHA – Ela está bem. (olhando para a esposa subindo as escadas) – Ela parece frágil, mas é durona! Sabe como é?

SESSHOUMARU – Acha que esse atentado tem algo haver com nossas reuniões?

INUYASHA – Eu não sei o que pensar, Sesshoumaru! No momento estou preocupado com a segurança dela! A bomba foi para ela! Existe alguém por aí que quer ver minha esposa morta e eu nada posso fazer.

SESSHOUMARU – Eu também soube do desejo dela de ser prefeita! Isso foi uma surpresa e tanto.

INUYASHA – Nem me fale disso! Já estou até vendo as nossas vidas como assunto principal nos tablóides de jornais sensacionalistas, mas a vida é assim mesmo! Miroku sempre afirmou que Kagome tinha vocação política e o desejo dela ser prefeita só prova que ele estava certo.

SESSHOUMARU – Vai se acostumar. (sorrindo)

INUYASHA – É o que eu espero.

SESSHOUMARU – InuYasha! Pelo que aconteceu hoje, talvez não queiram vir até a festa de aniversário de Satsuki e...

INUYASHA – Não! Não! Nós vamos sim! Isso vai ser bom para distrair Kagome, mas me fale! Satsuki aceitou a idéia de ter festa?

SESSHOUMARU – Ela vai ter uma festa de aniversário e acabou.

INUYASHA – Vai com calma, Sesshoumaru! Satsuki vai fazer dezoito anos! Ela já tem idade para sair de casa! Não vai querer que ela faça isso? Ou quer?

SESSHOUMARU – Claro que não, mas não é só eu que deveria se preocupar com que os filhos vão fazer ou fazem agora, não é InuYasha?

INUYASHA – Você também percebeu?

SESSHOUMARU – Claro que sim! Quem ele acha que ia enganar com aquela mascara?

INUYASHA – E diz isso para mim! Quando o vi desarmando aquela bomba sabia que era o Shippou! Aquele moleque vai me ouvir.

SESSHOUMARU – Vai com calma, InuYasha! Shippou tem dezoito anos! Ele já tem idade para sair de casa! Não vai querer que faça isso? Ou vai?

Com um tom bem irônico, Sesshoumaru repetiu para InuYasha exatamente os conselhos que recebeu do irmão, mostrando como ‘pimenta nos olhos dos outros é refresco’.

INUYASHA – Ok Sesshoumaru! Eu mereci ouvir isso! A gente se vê mais tarde.

SESSHOUMARU – Ok! Até mais tarde.

Sesshoumaru desliga seu celular para em seguida voltar a ficar em frente ao computador pensando no que ia escrever no seu blog até que percebeu o olhar que Momiji, que estava em uma mesa perto dali.

SESSHOUMARU – O que foi desta vez, Momiji? (sem olhar para ela)

MOMIJI – Você sabia das pretensões de Kagome?

SESSHOUMARU – E por que eu saberia de algo? (ainda sem olhar para ela)

MOMIJI – Ela é sua cunhada! Casada com seu irmão

SESSHOUMARU – Mesmo?! Se você não me contasse, nunca saberia. (sendo irônico e ainda sem olhar para ela)

MOMIJI – Você e seu irmão não conversam sobre isso? Ele seria um ótimo contato.

Ao ouvir as justificativas de Momiji para sua curiosidade, Sesshoumaru para de digitar no computador para olhar nos olhos da colega.

SESSHOUMARU – Eu não misturo o meu trabalho com política! O dever do jornalismo é colocar o dedo na ferida, jogar luz sobre os fatos, mostrar o que está errado independente de quem nos governe, portanto não discuto esse assunto com meu irmão e nem com minha cunhada! Jornalismo é uma coisa e política é outra.

MOMIJI – Deixa ser se eu entendi! Se você tiver acesso á algo que possa manchar a reputação de Kagome quanto à honestidade dela ou algo assim, você colocaria no jornal sem problema?

SESSHOUMARU – Verificaria a veracidade da informação e se fosse confirmada, colocaria sim! A partir do momento que aceitou fazer parte da política, Kagome ficou sujeita á isso.

Depois de demonstra total convicção e firmeza em sua profissão, o jornalista volta a escrever para seu blog e enquanto isso perto de uma fabrica de brinquedos, o mascarado, que desarmou a bomba, verificava o local como se procurasse algo que devia estar lá e não estava.

????? – Um caminhão daqueles não podia sumir.

Naquele momento o celular dele começa a tocar fazendo-o sair dali a fim de tirar o disfarce, quando o faz acaba mostrando que era realmente Shippou, confirmando as afirmações tanto de InuYasha quanto de Sesshoumaru, enquanto olhava o numero no visor.

SHIPPOU – Satsuki?! O que ela quer? (ele atende o celular) – Alô Satsuki.

SATSUKI – Shippou! Por acaso ficou louco! Eu vi nos noticiários! Poderia ter morrido! E nem tente negar que sei que é você.

SHIPPOU – Eu salvei a minha família e faria de novo! E por que está tão preocupada? Nem somos mais namorados.

SATSUKI – Mesmo assim me preocupo com você! Essa idéia de imitar o tio Inu era aceitável quando seus atos heróicos eram quase desconhecidos, mas agora vai todo mundo querer saber quem é o mascarado e tudo isso por quê? Pela Soten.

SHIPPOU – Do que está falando?

SATSUKI – Eu sei de tudo Shippou! Sei que mantém contato com Soten! Foi ela quem te incentivou a pegar o disfarce do tio Inu! Viu, Shippou? Eu sei de tudo mesmo.

SHIPPOU – Satsuki! Nós temos que conversar! Eu posso explicar...

SATSUKI – Não temos nada o que falar Shippou! Como disse, nem somos namorados! (ela desliga)

SHIPPOU – Espere Satsuki! Satsuki!

Shippou tenta, em vão, argumentar com Satsuki, ao perceber que a ex. namorada desligou na cara dele, o rapaz encosta na parece, arrastando-se nela até ficar sentado, ele exibia sinais visíveis de abatimento, pois começava a entender porque Satsuki se separou dele e enquanto isso, depois de falar, pelo celular, com o ex. namorado, Satsuki voltou para a companhia da amiga Maya em frente à loja em que iriam trabalhar juntas, a amiga estranhou o certo nervosismo da filha de Sesshoumaru.

MAYA – O que foi amiga? Parece chateada.

SATSUKI – Não é nada demais! Só tinha que dar um telefonema lá em casa.

MAYA – Puxa! Até pensei que fosse por do que você viu na TV.

Maya sorria inocentemente sem saber que Satsuki tinha realmente ficado chateada com ato heróico de Shippou, mas o que a deixava chateada mesmo era saber que ele tinha feito aquilo por Soten, mas a filha de Sesshoumaru não iria admitir isso para os outros, mostrando cada vez mais as características de sua mãe, Kagura.

SATSUKI – Seja quem for aquele mascarado, era um exibido, isso sim! (ficando de costas para a amiga) - Como a maioria dos homens.

MAYA – Mas aqueles no carro não eram seus tios?

SATSUKI – Eram sim! (ela fica de frente com a amiga) - Eles estão bem! Ninguém morreu! Olha Maya! Não quero falar mais disso.

MAYA – Ok! Ok! (ela abre um grande sorriso) – Satsuki! Vamos dar uma passada no shopping? Tem umas coisinhas que quero comprar.

SATSUKI – Ta! Mas não posso demorar! ‘Tenho que cair de cabeça nos livros’ ou já se esqueceu que temos um vestibular para passar?

MAYA – Eu não me esqueci de nada! Hoje não é dia de estudar! Hoje é dia do seu aniversário e por isso nós ‘vamos cair na balada’.

SATSUKI – Por falar no meu aniversário, agora lembrei que meu pai preparou uma festa de aniversário! Que saco!

MAYA – Mas e agora? O Xolan vem também! Vai dar ‘bolo’ na gente?

SATSUKI – Eu dou um jeito de escapar do meu pai! (ela coloca o braço em volta do ombro da amiga) – Vou sim.

MAYA – Ótimo! Quem sabe nessa balada você conhece algum ‘gatinho’?

SATSUKI – Quem sabe.

Satsuki e Maya sorriem uma para outra antes de irem ao shopping e enquanto isso em seu consultório particular, o pediatra Zakira recebia a visita de Rin que estava junto com sua filha Sara e mais Tamira, que aliais, parecia muito mal, exibindo alguma alergia no rosto, fora outros sintomas.

ZAKIRA – Me conta de novo o que aconteceu.

RIN – Quando soube que Tamira vomitava se comece torta, resolvi dar um suco de laranja para ela e em seguida fui até a um outro cômodo e quando voltei a encontrei desse jeito. (mostrando a alergia no rosto da menina)

ZAKIRA – Isso não é nada do que já tinha visto! Estou muito preocupado com Tamira.

RIN – O senhor não pode fazer alguma coisa, doutor?

ZAKIRA – Eu preciso primeiro saber o que está acontecendo. (ele pega Tamira no colo) – Está doendo, querida?

TAMIRA – Não, doutor... cof... cof...

RIN – Essa tosse vem acompanhada da alergia.

ZAKIRA – Já ligou para Sango? (começando a examinar a menina)

RIN – Sim! Fiz isso quando estava saindo de casa.

Zakira examina cuidadosamente Tamira, primeiro a língua para ver se a garganta não estava inflamada, depois examinou os olhos para ver se as pupilas estavam dilatadas, mediu a temperatura, ou seja, fez todos os exames preliminares.

ZAKIRA – Aparentemente ela não tem nada.

RIN – Mas sabemos que ela tem alguma coisa, não é doutor? Pois do contrário, ela não estaria assim.

ZAKIRA – Eu sei! (ele se afasta de Tamira para falar com Rin) – Vou interná-la para que faça exames mais detalhados! Vou ligar para um médico amigo meu.

RIN – Sara.

SARA – Sim mamãe?

RIN – Fique um pouco com Tamira, pois preciso falar algo com o doutor.

SARA – Ta.

Obedecendo as ordens da mãe, Sara foi para junto de Tamira enquanto Rin levava Zakira para um canto da sala paras que pudessem conversar sem que as meninas ouvissem.

RIN – Interná-la?! Acha que é preciso?

ZAKIRA – Acho sim! Com criança dessa idade não se pode brincar com saúde.

RIN – Claro! Tem razão! (ela coloca as duas mãos no rosto) – É que estou com tanta coisa para fazer! Tem a festa de aniversário da minha enteada e...

ZAKIRA – Sério?! Quantos anos faz?

RIN – Dezoito! E ela não que festa, mas o pai insiste! Agora isso não importa! Vou ficar aqui até Sango chegar e...

ZAKIRA – Não precisa! Pode ir.

RIN – Mas eu não posso! Sango deixou a filha sob minha responsabilidade e...

ZAKIRA – Eu cuido de Tamira! Afinal sou o pediatra dela! Ela está em boas mãos! (ele olha para as meninas) – Afinal ela é filha de Sango.

Rin sorriu, pois sabia que Zakira e Sango estavam namorando, o que mostrava que Tamira realmente estava em boas mãos sob os cuidados de Zakira.

RIN – Tudo bem, doutor! Vou deixá-la com o senhor.

ZAKIRA – Vou ligar imediatamente para o médico amigo meu, com licença.

Zakira sai da sala deixando Rin a sós com as meninas, ela olhava o jeitinho fraco de Tamira e não podia deixar de sentir pena da filha de Sango e enquanto isso no topo de outro prédio, o helicóptero que transportava Zuza tinha acabado de aterrissar, ao sair da aeronave, ele é recebido por Kageroumaru.

KAGEROUMARU – Venha comigo!

ZUZA – Para onde?

KAGEROUMARU – Apenas, siga-me!

Sem entrar em mais detalhes, Kageroumaru segue em frente e só resta a Zuza segui-lo, ambos vão até um elevador, para que descessem vários andares até chegar ao subsolo, depois de saírem do elevador, ambos dão de cara com um enorme telão onde aparecia a imagem de Natsume em tempo real, ou seja, era uma teleconferência.

ZUZA – O que foi agora?

NATSUME – Enquanto aí no Japão está anoitecendo, aqui nos EUA está de madrugada, o que significa que estou acabando de acordar, portanto cale a boca e me escuta. (Zuza percebeu que vinha bronca por aí)

KAGEROUMARU – Pode falar, Natsume! Ele vai ouvir tudo.

NATSUME – Kageroumaru me contou sobre sua fracassada tentativa de eliminar Kagome.

ZUZA – Eu ia conseguir, mas aquele mascarado se intrometeu e...

NATSUME – Chega de desculpas! Você falhou e colocou em risco a operação.

ZUZA – Claro que não!

KAGEROUMARU – Claro que sim! O tal mascarado viu o seu rosto, ou seja, ele pode te reconhecer.

NATSUME – E por outro lado, você não viu o rosto dele, o que quer dizer que nada.

ZUZA – Está me dizendo o óbvio! Kageroumaru me disse que irão assumir essa missão, isso é verdade?

NATSUME – Sim! Embora devêssemos ignorar sua missão, você ainda é importante para a operação.

ZUZA – Claro.

NATSUME – Mas você terá que voltar ao EUA imediatamente e sem questionamentos.

Zuza entendeu o recado e saiu do local deixando Kageroumaru sozinho no subsolo.

KAGEROUMARU – Eu não gosto desse Zuza! Ele me parece muito instável emocionalmente.

NATSUME – Mas ele serve ao seu propósito! E ao nosso é claro, por isso vou usar nossa arma secreta! Vamos usar um mascarado contra o outro. (sorrindo) – Isso vai ser até divertido.

KAGEROUMARU – Esse mascarado que salvou Kagome, ele é quem nós estamos pensando?

NATSUME – Shippou?! É ele sim.

KAGEROUMARU – Então não deveríamos ‘cuidar’ dele?

NATSUME – Não! Temos outros planos para Shippou! Ignore-o por enquanto, deixe-o brinca de herói.

KAGEROUMARU – Mas como ele soube o que Zuza ia fazer com Kagome? Essa informação foi compartilhada por poucos, não tinha como ele descobrir.

NATSUME – Acontece que eu já sei como ele fez isso, mas já cuidei para que isso não se repita! Agora você devia voltar junto com Zuza! A Segurança Interna está atrás de você! Já se arriscou demais estando aí.

KAGEROUMARU – Concordo! Só tenho que ‘limpar’ o local a fim de não deixar pistas, depois disso sairei imediatamente.

Kageroumaru desliga a comunicação com Natsume para ir embora e enquanto isso no departamento de polícia, o detetive Guy e o capitão Jinenji olhavam o legista fazendo a autopsia no corpo da mulher que tinha sido vítima do estrangulador das meias de nylon.

GUY – Eu preciso encontrar esse desgraçado!

JINENJI – Calma, Guy! Sei que está fazendo tudo que pode.

GUY – Mesmo assim é frustrante! Tem um maníaco á solta e não temos a menor idéia de que seja, temos somente...

JINENJI – Espere Guy! Depois nós conversamos.

Jinenji interrompeu a fala de Guy ao ver Rakusho, secretário de segurança, entrando no departamento, o capitão sabia que ele tinha vindo á mando do prefeito Ryukosei, então ele foi ao encontro do capitão.

JINENJI – Senhor secretário. (se curvando para ele)

RAKUSHO – Capitão.

JINENJI – Acredito que veio saber do progresso da investigação, não é?

RAKUSHO – Entre outras coisas.

Percebendo a expressão séria do secretário, Jinenji o conduziu até sua sala onde poderiam falar mais a vontade.

RAKUSHO – Eu não gosto de rodeios e por isso vou ser bem direto, capitão.

JINENJI – Pois não?

RAKUSHO – O senhor tem uma semana para pegar esse estrangulador, caso contrário receberá bilhete azul.

JINENJI – Mas senhor secretário, estamos fazendo o máximo de esforço e...

Interrompendo a fala de Jinenji, de forma rude, Rakusho coloca em cima da mesa do capitão uma série de documentos retirados de sua pasta, deixando Jinenji sem entender o que estava acontecendo.

JINENJI – O que é tudo isso?

RAKUSHO – Esse é o relatório do ‘Assuntos Internos’ que acabei de receber! Ele mostra que o senhor tem feito muitas ligações para a ex. detetive Sango.

JINENJI – Estava me espionando?

RAKUSHO – Sim! Estava! Esse relatório prova que o senhor não está tão dedicado assim á busca desse estrangulador, já que Sango não faz mais parte da polícia! Pode me dizer o que fala tanto com ela?

JINENJI – Sango é uma grande amiga minha! Mesmo sendo expulsa da polícia.

RAKUSHO – Não me interessa a natureza da sua relação com Sango! Por mim o senhor tinha sido expulso junto com ela, mas o prefeito Ryukosei levou em consideração seu currículo no departamento resolvendo mantê-lo.

JINENJI – É só isso, senhor secretário?

RAKUSHO – Sim! Eu já vou indo. (ele se levanta) – Mas lembre-se, capitão! O prazo é de uma semana! Depois disso é bilhete azul para o senhor.

Depois de dizer essa frase, Rakusho vai até a porta da sala para sair, deixando Jinenji a sós, mas isso não fica por muito tempo, pois no instante seguinte da saída de Rakusho, o detetive Guy entra na sala.

GUY – Tudo bem capitão? (percebendo a expressão no rosto do capitão) – O secretário foi duro com o senhor, não é?

JINENJI – Já estou acostumado. (ele se levanta) – Me lembro que tinha algo para me falar sobre a investigação, o que era?

GUY – Eu achei uma ligação entre todas as vítimas, fora o aspecto físico.

JINENJI – Prossiga.

GUY – Todas as dez vítimas tinham entrado em site de relacionamento pouco antes de desaparecerem.

JINENJI – Está dizendo que é possível que esse estrangulador selecione as vítimas pela internet?

GUY – Acho sim! Todas as mulheres eram solteiras, em busca de um novo amor, mas acabaram encontrando a morte. Agora é oficial.

JINENJI – Ok! Vamos deixar a imprensa fora disso! Não queremos causar mais pânico do que já existe.

GUY – Pode deixar! Eu já tenho também aquela lista com homens que já fizeram da polícia ou de outra agência.

JINENJI – Ótimo! Reúna uma equipe para que eles consigam acesso ao sites visitados pelas vítimas para que em seguida cruzemos os dados recebidos com a lista que fez.

GUY – Já fiz isso, capitão.

JINENJI – Bom trabalho, Guy! Cuide de tudo.

Guy se afasta de Jinenji, que preferiu omitir o prazo dado por Rakusho para não botar mais pressão no trabalho do detetive.

Próximo capítulo = A aniversariante – parte 2


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