O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 25
XXIV.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente :D Desculpem o super atraso. Acontece que quando chega nos caps finais eu tenho certas crises para finalizar. Enfim, espero que gostem ^^

Ps: O cap está bem violento.



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XXIV.

O que era para ser uma ação organizada de invasão ao cativeiro virou uma ação de seguir os fugitivos - ou esperar eles correrem para o FBI.

Com o tiroteio dentro da casa os capangas menos fiéis correram para fora tentando escapar de toda a merda que ia dar com os chefões brigando. Acabaram por encontrar em seu caminho os agentes do FBI que estavam prestes a invadir o local. O tiroteio então começou em volta da casa. Por este motivo os policiais demoraram a entrar, perderam muito tempo para render os peixes pequenos. Conseqüentemente Edward e Isabella tiveram que se virar sozinhos por mais tempo.

Sua mão tremia e suava entorno daquela pistola. Seu dedo esticado ao lado do gatilho. Não ousava aproximá-lo mais. Vai que dispara sem querer? Pois Masen deixara destravada caso fosse necessário ela atirar. O que não a deixou muito feliz, tudo o que queria era sair dali sem se machucar ou machucar qualquer pessoa. Leia-se o agente a sua frente.

O casal saiu do quarto de onde estavam escondidos e seguiram pelo corredor sorrateiramente. Ela concentrou-se ao máximo em imitar o modo como o agente se deslocava, só assim não entraria em completo pânico. Ele triplicou sua atenção, não deixaria que nada de ruim acontecesse a ela.

O cativeiro estava em pandemônio. Homens tentavam sair, mas voltavam gritando que o FBI estava do lado de fora. Com essa informação os chefões pararam de discutir e fizeram a única coisa viável no momento. Fugir.

Caius correu para uma das salas na qual estava escondida - embaixo de um tapete - a tampa de um alçapão. Não percebeu a corrida desenfreada de Aro a suas costas. Os dois pularam para dentro do buraco se empurrando e se xingando mutuamente. Acabaram por tropeçar na pequena escada caindo um em cima do outro. Então tudo se perdeu para os dois.

Começaram a discutir e simplesmente esqueceram que o FBI estava em seus encalces. Dali poucos minutos seriam descobertos e presos sem nunca parar de culpar um ao outro. Tanto ódio só poderia significar amor reprimido. Era o que Vladimir pensava.

Este não era covarde como os dois. Seu ódio por Charlie Swan superava o de todos que incorporavam o GTCCS. O então chefe do FBI se envolvera com a sua filha, magoara seu coração e isso não tinha desculpas. Iria fazer o filho da puta sofrer assim como ele sofreu ao ver a filha despedaçada.

Acompanhado de seus capangas seguiu para o quarto do cativeiro.

*/*/*

O homem de grande porte quase se viu louco com toda aquela correria. Mas que diabos! Fez sinal para seus subordinados e deu novas ordens. O grupo era amplo e logo cada agente trazia um homem algemado. Mas a preocupação de Emmett ainda era grande. Somente Corin e R. J. Fernandes haviam sido pegos enquanto tentavam fugir. Os dois eram os menos perigosos do grupo terrorista. McCarty não tinha idéia de que Eleazar e Laurent estavam mortos ou que Aro e Caius se embolavam em um túnel subterrâneo e muito menos sabia que tudo desmoronara na madrugada quando Marcus fugira com o dinheiro que Edward dera no falso resgate de Isabella, traindo assim seus supostos companheiros de crime.

Pouco a pouco a volta da casa ia ficando vazia de bandidos e cheia de agentes. Então mais tiros chamaram a atenção para a construção e fez Charlie Swan que observava a ação sem conseguir realmente se envolver sentir sua espinha gelar.

Um grito agudo soou desesperado e ele reconheceu ser de sua filha.

*/*/*

Meia sala. Meia sala era a distância que separava os terroristas de suas vítimas. Edward estancou ao ver o mafioso e seus capangas a sua frente. Com a arma em punha e sem deixar de fitar os bandidos deu um passo para trás. Teria que voltar para a ala dos quartos para não ficar tão exposto aos tiros.

Vladimir tinha um sorriso nos lábios. Seus olhos queimavam o casal em sua frente enquanto que seus subordinados apontavam suas armas.

O momento foi de grande tensão. Os corações dos envolvidos galopavam em seus peitos sendo por alguns segundos o único som o qual eram capazes de ouvir.

Enxergou um pequeno movimento no mafioso e soube naquele instante que a ordem para atirar seria dada. Colocou sua mão livre para trás procurando Isabella, puxou-a de encontro as suas costas, mas estranhou sentir as costas da morena contra as suas. Porque ela estava virada? Mas então Masen avistou a expressão do homem a sua frente mudar, os olhos correram para algo atrás do agente.

Isabella tremia enquanto segurava a arma com as duas mãos apontada para qualquer um dos quatro homens a sua frente. Somente um deles sorria. O loiro. James.

Quando sentiu uma mão em sua barriga e então a extensão do corpo do agente contra si, sentiu-se protegida. Ela tinha quatro armas apontadas para a sua cara e mesmo assim sentiu-se protegida. Uma coragem insana começou a surgir em seu peito. Em sua mente a imagem de sua tão amada família. Sua mãe tão diferente fisicamente, porém tão parecida com sua personalidade. Seu pai tão imponente e protetor, fazendo de tudo para que ela conhecesse o homem que agora estava as suas costas, agora Isabella sabia que Charlie Swan sempre soube quem a faria feliz. Por fim pensou em Alice, a irmã que mesmo não tendo laços de sangue a amava profundamente. Lembrou-se então do que tentaram fazer à pobrezinha.

Foda-se se eu morrer! Pensou. Pelo menos eles nunca mais tocarão em alguém que eu amo!

Ao contrário da mulher, Masen só pensava em uma coisa: Tenho que tirá-la daqui!

- De o fora Russo! Nós queremos a garota viva – rugiu Demetri sem paciência dando um passo em direção a Isabella.

Ela colou-se ainda mais no agente que firmou seu toque.

- Não se metam! Eu vou matá-la! – respondeu Vladimir dando sinal para os seus homens.

Tudo ocorreu rápido. Quando Edward viu os três a frente prontos para atirar virou-se puxando Isabella junto e então se jogaram ao chão. Tiros ecoaram sobre seus corpos enquanto os bandidos tentavam se matar.

O casal foi para baixo de uma mesa. Edward a virou para protegê-los. A garota Swan tinha seus olhos arregalados, a coragem que havia sentido anteriormente foi embora tão rápido quanto quando chegou. Definitivamente ela não queria morrer.

Com o coração na boca, Masen tentou ser racional naquele momento, mas tudo o que conseguiu fazer foi agir por puro extinto. Protegeu-se atrás da mesa, a arma preparada enquanto os tiros continuavam. Então não enxergou quando os capangas de Vladimir acabaram com os trigêmeos, nem quando James ergueu os braços rendido.

Foi então que as balas se voltaram para o casal.

Edward apressou-se para revidar, conseguiu acertar o capanga sobrevivente em cheio. O grande homem acabou por cair morto o chão. Desta forma somente o mafioso trocava tiros com o agente que acabou por levar um tiro em seu braço direito.

Isabella não viu nada disto. Abraçou seus próprios joelhos e fechou os olhos esperando que tudo aquilo passasse. Cada estampido de um gatilho puxado a fazia pular. O revolver que anteriormente havia recebido mantinha-se em suas trêmulas mãos.

Mas o repentino silêncio a fez abrir os tão espremidos olhos. A claridade machucou-se, mas logo se acostumou. Olhou para a sua esquerda e ficou completamente apavorada quando não encontrou o agente ali. A adrenalina correndo em suas veias fez com que seu cérebro captasse detalhes que em uma situação normal não conseguiria.

Percebeu os pequenos pingos de sangue no chão. Notou pela primeira vez o som das viaturas vindas do lado de fora. Os gritos dos agentes pareciam estar tão perto...

- Não vai encostar nela! – o rugido furioso vindo de uma voz rouca de cansaço a despertou de seus próprios pensamentos.

O estresse da situação estava a ponto de enlouquecê-la, mas aquela voz que por quase um dia e meio a reconfortou dando-lhe coragem trouxe-a de volta a razão.

Masen chocou-se contra o clone do poderoso chefão. A força de seus golpes muito maior do que normalmente seria contra qualquer bandido. O sentimento passional o comandando pela primeira vez em sua carreira policial. É perigoso agir desta maneira. O descontrole pode levá-lo a falta de atenção e foi exatamente o que aconteceu.

A morena ainda tremendo de medo segurou a arma com a máxima de força que pode e ajoelhou-se para espiar por cima da mesa tombada. Viu assustada os dois homens trocando golpes enquanto ao chão misturavam-se ao carpete sangue e suor. Também havia armas no chão – completamente descarregadas com o tiroteio anterior.

Chocou-se quando o ruivo empurrou o mais velho e o mesmo caiu após um jato sair de sua cabeça. Seu estômago embrulhou-se com tamanha violência, mas então sentiu o sangue fugir de seu rosto quando o homem que acabara de matar o mafioso apareceu empunhando sua arma. Em seu rosto um sorriso doentio e vitorioso.

O agente trincou seu maxilar só agora percebendo seu erro.

A raiva que conteve por todos esses dias devido a covardia com a doce Isabella viera a tona quando pode socar Vladimir. Seus fortes sentimentos o impediram de notar que faltava um corpo jazido ao chão. O corpo de James. Como a desistência do loiro fora silenciosa não havia outro modo de saber seu destino senão verificar entre os mortos.

Naquele momento Edward soube. Acabou. Estava morto. Rezou para que o FBI chegasse logo para impedir o homem de tocar em sua morena.

James também soube. Fora um golpe de mestre deixá-los se matar e guardar sua munição. Agora era só matar o ruivo e levar a mulher para o carro em que Amun o esperava para fugir.

Porém James não sabia que seu parceiro já havia fugido sem ele e acabado preso após uma perseguição.

Isabella olhou para tudo apavorada.

- Acabou Masen. – disse o loiro saboreando suas palavras.

- NÃO! – o grito agudo ecoou.

Em seguida um gatilho foi apertado e o corpo de um homem caiu ao chão.

Edward arregalou seus olhos chocado com o que acabara de acontecer. O grito da morena distraiu por segundos James que não esperava o tiro que recebera de Isabella e acabou caindo ao chão largando sua arma.

Retomando sua consciência apressou-se em chutar para longe o revolver que o loiro deixara cair. Em seguida andou com cuidado até a mulher que se mantinha em pé com seus dois braços esticados a frente segurando com suas duas mãos a arama. Grossas lágrimas desciam por suas bochechas.

O agente pousou sua mão direita sobre o revolver e fez peso fazendo ela descer lentamente seus braços. Manteve seus olhos no rosto de porcelana que agora estava tão machucado e apavorado.

Ainda com lentidão retirou o pedaço de ferro das delicadas mãos e o colocou em suas costas com apenas uma de suas mãos. A outra segurava as dela passando calor. Passando energia. Passando sentimento.

- Tudo bem. – sussurrou ele aproximando-se mais e repousando com delicadeza a palma de sua mão livre sobre a bochecha de Isabella.

Finalmente ela o olhou e neste momento ele disse as palavras que esperava ouvir há quase cinco dias.

- O pesadelo acabou.


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Notas finais do capítulo

Reta final meu povo...