La Mia Amata escrita por Chocotan Yuu


Capítulo 6
Capitolo Quinto - Bontà


Notas iniciais do capítulo

Depois de três meses...
Por fim criei uma vergonha na minha cara e consegui terminar ontem a noite de fazer um rascunho T T
Desculpa pela demora, e aproveite.
Boa leitura.



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“A gentileza dela não era a sua qualidade, e sim a sua própria natureza.

Luce era bondosa, independente de tudo. Ela era bondosa...”



Capitolo Quinto - Bontà


Colonello voltou a falar comigo no dia seguinte como se nada estivesse acontecido no dia anterior. Tinha minhas suposições: ou ele sofre de alguma síndrome crônica que afeta a sua memória, ou ele é um idiota de verdade.

– Eu já não falei ontem que... Que diabos é isto!? – ele me interrompeu esticando um pedaço de papel para a minha direção.

– Olha direito, kora! Aqui!! – empurrou tanto que tive que despregá-lo da minha cara para poder lê-lo. Apertei os meus olhos, e não compreendi. O que isso significa? – São as duplas, kora – oh, que novidade! –... Não entendeu isso, Reborn? – logo que ele terminou de dizer isso, senti um pavio saltar da minha testa.

– Claro que eu entendi, seu imbecil. Mas o que significa is...

– São divisões para se encarregar de cozinhar, kora! – ele me interrompeu para poder esclarecer, mas arqueei a sobrancelha.

– Isso não vai funcionar. Ademais... Viper e Verde? Só pode estar de brincadeira, até parece que eles vão perder o tempo fazendo uma refeição – falei aborrecido relembrando o quanto antissociais são e também quão egocêntricos e narcistas são. Ficar parado na cozinha descascando uma cebola ao invés de poder terminar um projeto ou encontrar algo para ganhar mais dinheiro? Eles não são loucos para fazer isso...

– Isso é isso, aquilo é aquilo, kora! Devemos colocar em prática isso o quanto antes, você sabe que Luce faz sozinha os trabalhos domésticos por aqui, não é? – eu ia falar algo a mais, porém ao escutá-lo dizer sobre ela, eu parei na mesma hora.

Já tinha a noção disso por não ter nenhuma empregada ou pessoa contratada para poder fazer as limpezas deste lugar, mas nunca a via trabalhando, nem parada na cozinha, das poucas vezes que presenciei foi dela ir preparar chá ou o meu espresso.

– O que concluí é de diminuirmos essa carga de trabalho dela, kora!

Ideia do Colonello não era inaceitável, muito pelo contrário, era uma sugestão que deveríamos adotar. Mesmo que não diminuísse completamente o trabalho dela, pelo menos colocando em prática isto, deveria servir de algo... Mas.

–... Mas por que esta divisão? – estava convencido de aprovar a ideia, mas franzi ao perguntar, olhando para a primeira dupla escrita no velho papel. Ele apenas me devolveu um sorriso satisfeito antes de responder.

– Sem reclamações. E hoje é a vez da dupla de vocês, kora! Nem pense em fugir disso. – apenas suspirei. Só tentei não imaginar até a hora de eu pisar naquela cozinha.


– O que foi Reborn? É raro ver você aqui na cozinha – ela pareceu surpreendida ao me ver aqui, e eu apenas franzi a minha testa.

– O que? Colonello não te...

– ? Colonello-san? – ela pareceu não compreender nada, então... ele não a avisou sobre isso?

Exclamei baixo quando a ficha finalmente caiu, e eu percebi, havia caído completamente na armadilha daquele idiota, e nem ao menos eu suspeitei disso.

– Aquele... cretino... – resmunguei levando a minha mão até a minha visão, tampando-a enquanto abaixava a minha cabeça. Eu não posso dizer se aquele idiota tem cérebro grande o suficiente para ter concluído isso, mas que ele planejou isso para me deixar a sós com ela o suficiente para compensar sobre o incidente de ontem, eu tenho certeza...

– Reborn? Está com dor de cabeça...? – ela perguntou com uma voz suave, e pude ver os seus pés surgindo no campo da minha visão restrita, o que me fez erguer de volta. Por segundos os nossos olhares encontraram, e pude ver a sua face um pouco preocupada.

– Estou bem, não é nada – respondi seco, olhando para o lado. Ela ficou parada por um instante, mas não duvidei no sorriso desfocado que a minha visão captara em um segundo depois.

– Mas o que o traz aqui? Quer tomar um espresso? – ela retornou a perguntar com gentileza.

... Ela também parece agir como se não estivesse acontecido nada.

–... – olhei para a pia, mas não vi nenhum vestígio de algo a ser preparado. –... O que pretende fazer para a janta? – perguntei ainda olhando para lá.

– Hm...? – Luce pareceu desentender, mas não demorou em responder. – Bem, ainda estava pensando sobre isso... Reborn? – ela pareceu desentender ainda mais ao ver que eu estava despindo o meu smoking e tirando a minha gravata. Dei alguns passos para chegar até a cesta de verduras atrás de tomates.

– Estão frescos? – perguntei enquanto peguei uma, a cor estava bem viva e a consistência também estava boa, não estava mole.

– Ah, são sim. – ela respondeu em tom claro, chegando perto de mim. Peguei algumas cebolas, alhos e manjericão. E ao tal ponto, acho que ela já percebeu o porquê de eu vir aqui, pois ela exclamou baixo.

– Foi Colonello que teve a ideia – comecei a falar enquanto que voltava para a pia, coloquei as verduras lá para poder dobrar as mangas da minha blusa social branca. – Separou todos em duplas para se encarregarem de preparar as refeições a cada dia, pelo menos assim você não vai ficar tão cansada... Mas não pense que vim aqui para te ajudar pessoalmente, só estou vindo aqui porque ele decidiu que a minha dupla é você – esclareci com clareza antes que ela pensasse uma tolice, mas quando fui abrir a torneira para lavar as verduras, pude escutar um riso abafado, o que me fez olhar para ela. – O que foi?

– Mas... No final das contas você está aqui para me ajudar, não é? – ela falou entre pequenos risos enquanto que levava a sua mão para tampar a sua boca em um gesto gracioso. E senti um leve rubor na minha face, mas antes dela puder vê-lo, eu voltei a minha posição anterior.

– Deixa de conversa, vamos fazer logo esse ravióli – falei sem alterar a tonalidade da minha voz, e a meu ver soou indiferente, como eu visei. Escutei outro riso sendo abafado, mas continuei a lavar os tomates.

– Sim senhor. Hoje é você quem manda – a voz dela estava animada ao vir do meu lado. Pude enxergar a brancura da sua mão, mas os seus dedos roubaram-me as verduras do nada, apenas fiz fitá-la. – Eu cuido daqui, poderia fazer a massa por mim? – solicitou lançando-me outro sorriso terno. Afastei-me antes de me perder no azulado olhar dela, supostamente para pegar os ingredientes na prateleira.

–... Tudo bem.

– Mas sabe, é muito esquisito ver uma pessoa tão séria como você cozinhar... – ela comentou sorridente enquanto fechava a torneira, e apenas franzi brevemente a minha testa.

– Não é minha culpa que não combino com lugares como esse. – respondi com muita rispidez, era de fazer qualquer um se sentir ofendido. Só depois de ter expulsado aquelas palavras que temi se eu havia sido muito arrogante, mas nada, só a escutei rir um pouco mais.

– Mas é galante pela sua parte, Reborn. – falou-me assim que ficara do meu lado. O seu sorriso me atravessou com único olhar, mas logo desviei, fitando para a mesa, tratando de não aparentar rígido. Por momentos ficamos em um total silencio, mas ainda pude sentir o seu olhar sob mim. –... Ainda bem que você parece estar bem, Reborn – o comentário dela foi repentino e me pegou desprevenido, até cheguei a me surpreender, mas ao voltar a olhá-la só tive um breve segundo para enxergar o seu típico sorriso. – Vou pegar esta aqui emprestada, ok? – e dizendo assim tirou o pote de margarina da minha mão, voltando todos os passos até a pia.

Ela está agindo como se não estivesse acontecido nada?

...Até parece. Então por que ela comentaria algo como isso?

Ela se preocupou comigo? – um pensamento tolo como esse pairou pela minha mente, mas não durou, pois não permiti. Não iria me mostrar afetado na frente dela.


Não importava como eu agisse ou o que eu falasse, ela sempre me respondia com um terno sorriso. E muitas vezes a sua bondade aquecia suavemente o meu ser... Pensamentos como esses, naquela época os ignorava e os considerava tolos demais.


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Notas finais do capítulo

Fin.
Breve, La mia Amata está bem breve mesmo =/
O que complica e o motivo de demora é por eu não ter muito ideia planejado, sabe, o trecho para seguir até o fim do fic -_-' Mas vamos lá, ainda tem continuação, e muito para acontecer!
Breve romance, será? *-* Mas quero aprofundar o romance♥ *O*
P.S: Bontà é BONDADE em italiano.
P.S²: Hipótese minha, mas a meu ver Reborn cozinha bem, relembrando do capítulo dos 10 anos depois, onde ele comentava que faltava tempero no cozido de carne =D
Até o próximo capítulo (espero que seja breve), e kissu~♥



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