Aurora Boreal escrita por Leeh


Capítulo 12
Um Baile, Uma Visita e Um Passado Revelado.


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooooolha quem voltou, pessoal! *todos grita e comemora*
Isso mesmo, não é ilusão, eu voltei com um capítulo quentinho de AB para vocês! o/ *grita*
Eu quero me desculpar de coração pela demora. Minha vida está mais atribulada do que eu imaginava e não tenho tido tempo de fazer nada. Nada de nada mesmo, nem escrever.
Além do fato da minha criatividade ter dado as mãos à minha inspiração e, juntas, elas terem ido morar na Terra do Nunca. Maaaaaas, elas vieram me visitar essa semana e eu consegui produzir algo que, ao meu ver, está bom.
Espero que gostem!



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Disclaimer: Personagens de Crepúsculo pertencem à Tia Steph, mas a Marie e o enredo são MEUS, portanto NADA DE COPIAR. Plágio é crime, nunca se esqueçam disso.

Este capítulo contém palavreado de baixo nível e algumas cenas meio fortes. Devidamente avisados, cada um sabe o que lê, não venham reclamar depois.

Reviews, indicações, pontos de popularidade e tudo isso são extremamente bem-vindos. Quero muito que vocês falem comigo para eu saber o que preciso melhorar e se estão gostando das baboseiras que eu escrevo.

Sem mais, aproveitem o capítulo!

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Um Baile, Uma Visita e Um Passado Revelado.

POV – Bella

Depois daquele dia no Paintball, Edward e eu nos tornamos um casal. Papai ficou confuso quando soube, mas deu de ombros ao constatar que eu estava realmente feliz. Marie ficou exultante, sorrindo abertamente quando lhe contei a novidade e me abraçando. Jacob, por outro lado, ficou com raiva e brigou comigo por não ter juízo algum, mas calou-se quando Marie brigou com ele.

Sinceramente, eu não me importava com opiniões alheias; estava apaixonada novamente e de uma forma boa. No momento em que senti os lábios de Edward nos meus, eu tive a confirmação do que já sabia há muito tempo: eu o amava! E não somente como meu melhor amigo, mas como o homem que pode me fazer feliz! E eu sabia que desta vez seria diferente. Não só por Edward ser um perfeito cavalheiro, mas porque eu estava diferente agora.

No colégio, as pessoas já não nos encaravam com espanto. Nossa relação de amizade para eles era um namoro, então quando virou namoro mesmo, já era fofoca antiga e ninguém mais ligava. O que estava na mente e na boca do povo era o bendito Baile da Primavera. Eu mesma estava pirando!

Com duas semanas para o grande dia, Alice disse que estava cansada de procurar e não encontrar a perfeição em forma de vestido que queria, portanto resolveu costurar ela mesma. E isso não se resumiu a ela, sua decisão abrangia a mim, Rosalie e Marie. Ou seja, ela estava tremendamente atrasada! E a função de auxiliar sobrou pra quem? Pra pobrezinha da Bella, lógico, já que Rosalie disse que não se estressaria com aquela baboseira e que preferia dar uma personalizada em sua BMW. Eu a entendia perfeitamente e preferia ajuda-la, mas fiquei com dó de deixar Allie na mão. Maldito coração mole.

Por conta disso, na segunda-feira antes do baile, eu estava na casa dos Cullen, dentro da sala de mídia ajudando Alice na confecção. Edward estava comigo. Disse a ele que seria chato e tedioso, mas ele disse que queria passar mais tempo comigo, mesmo que fosse me assistindo furar o dedo. Passados cinco minutos ao meu lado, ele começou a me acariciar passando o nariz por minha nuca, ou tocando meu braço, ou beijando-me os cabelos e isso era uma puta distração. Até que uma hora eu me enfezei.

- Edward, meu amor, você está atrapalhando. Toma aqui 20 dólares – falei, tirando a nota da minha carteira – e vai lá no centro. Compra algo bem bonito e brilhante pra você, ok? – concluí com um sorriso e dois tapinhas carinhosos em sua bochecha.

Embasbacado, ele saiu pisando duro sem pegar o dinheiro enquanto Alice rolava de rir no chão. Sorri malevolamente para minha linda cunhada e voltamos ao nosso trabalho.

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Finalmente, o baile chegou. Eu e Marie fomos para a casa das Cullen nos arrumar, pois nossa casa era muito pequena. Jacob não gostou muito da ideia. A dança seria somente às oito da noite, mas nos consideramos atrasadas ao chegar à mansão duas horas. Tínhamos muito trabalho pela frente.

Quando entramos, encontrei a família sentada na sala de estar. Fiquei um tanto apreensiva quando cumprimentei Edward, mas relaxei ao vê-lo interagir normalmente com minha irmã.

Nós garotas subimos ao quarto de Alice, que era o maior da casa – sem contar o closet gigantesco – e começamos o processo de salão de beleza. Era incrível a quantidade de produtos de beleza que Allie e Rose tinham, daria inveja em qualquer cabeleireira!

Aquilo durou a tarde toda e foi uma das coisas mais engraçadas e divertidas que já fiz na vida. Falamos besteira o tempo inteiro e demos muita risada, mas os resultados foram mais do que satisfatórios. Eu e Allie mandamos muito bem nos vestidos, enquanto Rosalie arrasara em nossos cabelos e Marie se superou com nossas maquiagens.

Como prevíamos, nós demoramos muito e eram oito e quinze quando finalmente descemos para nos encontrar com os rapazes – menos Jacob, que encontraria Marie na FHS. Eles também estavam muito bonitos, com seus smokings pretos e gravatas das mesmas cores de nossos vestidos.

Ansiosa, mordendo os lábios e corada, caminhei cautelosamente até Edward, que beijou minha mão e disse em meu ouvido:

- Bella, você é a pessoa mais linda que eu já vi!

Sorri como uma boba apaixonada e me afastei um pouco para ver seu rosto. Como sempre, meu coração pulou uma batida ao encontrar aquele sorriso torto que eu tanto amava e falei:

- Você também não está tão mal!

Ele riu e, junto dos outros dois casais e a minha irmã, entramos na limusine alugada pelos rapazes e tomamos o caminho do baile.

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Tudo estava ótimo: a iluminação, o som, a decoração, o buffet... O comitê do baile realmente se superou.

Para ouvir:

Just Dance – Lady Gaga feat. Akon

http://www.youtube.com/watch?v=mPzKDP_-4Yk

Chegamos durante uma música animada da Lady Gaga e fomos direto para a pista de dança. Eu me remexia como podia sem causar nenhum acidente, tanto comigo quanto com as pessoas ao meu redor, até que Edward me puxou para cima e colocou meus pés em cima dos seus. Sorri divertida e ele disse, presunçoso:

- Não disse que a questão é quem conduz? Você está dançando senhorita Swan. – mostrei-lhe a língua, num gesto infantil e pedante que o fez rir e me beijar.

A noite estava perfeita e eu estava adorando, mas quando fui pegar um copo de ponche, eu percebi que estava perfeita demais para durar. Vi de relance aqueles frios olhos verdes, o que foi suficiente para fazer um calafrio percorrer minha espinha; respirei fundo e olhei em volta de mim, procurando aquelas orbes novamente, porém não encontrei nada. Fechei os olhos e respirei pelo nariz, tentando me acalmar, e continuei meu caminho chegando à mesa das bebidas.

- Oi, Bella, tudo bem? – era Mike que estava conversando com alguém, mas parou para me cumprimentar.

- Tudo bem, Mike, e com você?

- Estou bem. E aí, o que está achando do baile?

- Ótimo! O pessoal realmente caprichou e o DJ é muito bom. E você, está se divertindo?

- Pra caramba! Vim pegar um pouco de ponche para Jéssica e para meu primo de Nova Jersey. Ele veio passar alguns meses aqui e eu o convidei. Inclusive, ele quer te conhecer; vem comigo.

Estranhei um pouco, mas o acompanhei mesmo assim. Seria rude não me apresentar ao rapaz. Mike me conduziu em meio ao mar de adolescentes e entre as mesas, chegando a um grupo de pessoas que estava sentado em uma mesa grande. Reconheci Jessica, Ângela, Ben, Lauren e Erick, mas havia um rapaz de costas que presumi ser o tal primo. O tom de loiro de seus cabelos me era familiar.

- Bella, este é Riley, meu primo. – congelei ao ouvir aquele nome – Riley, esta é a Bella.

Quando ele se virou para me cumprimentar, quase desmaiei. Era ele! Eu não acredito, o que ele estava fazendo aqui?! Com dificuldade, eu o cumprimentei. Como sempre, ele sorria friamente e agiu como se realmente não me conhecesse. Eu suava frio e tremia da cabeça aos pés quando Edward me encontrou.

- Amor, até que enfim te encontrei! Está todo mundo te procurando, Alice quer tirar fotos e... – sua voz foi morrendo conforme ele via meu estado – Está tudo bem, pequena?

- S-s-sim, Edward, está tudo bem. Ahn, Mike queria me apresentar ao seu primo, o Riley. – disse, apontando o ser.

- Olá, Riley, muito prazer. Sou Edward, o namorado da Bella.

Riley deixou a mão que Edward estendera vagar e se retesou ao ouvir que ele era meu namorado. Me senti estremecer e meu atencioso namorado percebeu. Olhou fundo em meus olhos e viu que algo estava errado. E algo estava muito errado mesmo! Sob o pretexto de fazer a vontade da irmã, Edward me tirou daquela mesa e abraçou-me pelos ombros de modo protetor.

- Quem é aquele rapaz, Bella?

- Alguém que pensei nunca mais encontrar. – respondi fria.

Ele percebeu que eu não ia falar daquilo e me levou até nossa mesa, onde todos perceberam que alguma coisa acontecera. Marie, principalmente, me encarava tentando descobrir o que era, mas eu tentei alertá-la com o olhar. Acho que funcionou, pois no momento seguinte ela chamou todo mundo para uma foto.

Me recompus rapidamente e nos juntamos para tirar as tais fotos, aquela atmosfera pesada de quando cheguei se desfazendo enquanto ríamos para a câmera e brincávamos entre nós.

Depois de algum tempo, eu me levantei para ir ao banheiro. Precisava passar uma água fria no rosto e me acalmar. Marie foi comigo até a porta do ginásio, mas eu garanti que não precisava me acompanhar, eu estava bem.

- Bella, não tenta me enganar. Somos gêmeas, esqueceu?

Olhei para ela e cedi, fazendo um sinal para que ela me seguisse. Chegando ao banheiro, me certifiquei de que não havia ninguém e tranquei a porta. Apoiei-me numa pia, segurando com firmeza suas bordas e falei:

- Riley Biers está aqui. – ouvi Marie arfar.

- Como?! Não é possível! Você tem certeza?

- Claro que tenho, Marie, eu o vi. Ele é primo do Mike.

Assustada, ela encostou-se à parede e depois veio até mim, colocando a mão em meu ombro. Olhei para cima, vendo seu reflexo, e vi que ela me encarava com preocupação.

- Edward sabe dele?

- Não. Eu nunca falei dele pra ninguém além de você e queria continuar assim. Não é uma coisa agradável de se contar...

- Tem razão, mas ele é seu namorado e te ama de verdade, Bells. Não acha que deve isso a ele?

- Não quero falar daquele cara, Marie; isso não me faz bem! – falei, a voz embargada pelas lágrimas que queriam sair. Graças a Deus minha maquiagem era a prova d’água.

- Tudo bem... – ela disse, me abraçando.

Pedi a ela que me deixasse sozinha alguns minutos e ela saiu do banheiro. Eu precisava me recompor para voltar para Edward. Ele não precisava saber de tudo aquilo e eu não estava lá muito disposta a contar. Respirando fundo, me arrumei e saí do banheiro só pra dar de cara com Riley.

- Saudades, meu bem? – perguntou, aquele sorriso nojento brincando-lhe nos lábios cheios.

Olhei para ele com desprezo e fiz menção de contorna-lo, mas ele não me deixou passar.

- Me dê licença, sim?

- Na-na-não. Que história é essa daquele babaca ser seu namorado?

- Eu não te devo satisfações, Riley, agora me deixa passar!

- Ah, mas você me deve sim. Esqueceu que você é minha? Esqueceu que ninguém além de mim pode ter você? Aposto que você já fez com ele as coisas que fazia comigo! – ele disse, apertando meu braço.

- Riley, me solta!

- Você é minha, Bella! Só minha e eu vou te mostrar que você não pode me trair!

Com isso, ele começou a me arrastar mais para dentro do prédio, procurando uma sala vazia. Desesperada, tentei me soltar, mas ele era forte demais. Ele sempre fora forte demais.

- Eu não te traí, Riley, - falei enquanto tentava me soltar – nós terminamos! E eu não sou sua!

- Cala a boca. – disse, abrindo a sala de biologia.

Apavorada com o que aconteceria a seguir, comecei a me debater e a pedir socorro, mas ele foi mais rápido e, com a fita adesiva que encontrou na mesa do professor, amarrou meus braços nas minhas costas e me calou a boca.

Eu chorava, lembrando das tantas outras vezes que ele fizera isso comigo. Ele, por outro lado, ria malignamente, um riso maníaco que me assombrava durante a noite. Pegou-me no colo e me colocou em cima de um dos balcões, se posicionando em cima de mim. Tranquei minhas pernas com toda a força que tinha e ele gargalhou ao perceber isso.

- Bellinha, Bellinha, você sabe muito bem que vai ceder a mim. Agora para de se contorcer e abre a porra dessa perna!

Eu me debatia e ele tentou me imobilizar com uma mão enquanto usava a outra pra soltar o cinto e abrir a calça. Como eu não parava de me mexer, ele me deu um soco tão forte que me desnorteou. Fiquei mole, eu via estrelas e sentia o gosto de sangue na boca.

Ouvi quando ele rasgou a lateral do meu vestido, apertou rudemente minha coxa direita e arrancou minha calcinha, me arranhando. De tão desnorteada, nem senti dor quando ele me penetrou brutalmente, mas pude sentir algo gosmento e quente descendo por minhas coxas.

- Isso, amor, assim. – ele gemia – Porra, Bella, não importa quantas vezes eu te foda, essa bocetinha continua apertada!

Eu estava desmaiando, sentia isso. Antes de apagar completamente, ouvi a voz de Edward gritar meu nome.

###

Lentamente, eu ganhava consciência das coisas ao meu redor. Ouvia um bipe esquisito e sentia algo estranho no meu nariz. Devagar, abri meus olhos, que arderam até se acostumarem com a claridade, e olhei em volta. Eu estava em um quarto de hospital. As paredes verde-camomila e o soro pendurado ao meu lado não me deixavam dúvidas. Virei a cabeça e me deparei com um par de orbes ocre.

Edward! Seus olhos encaravam-me intensamente, cheios de preocupação e eu me lembrei do que talvez fosse o motivo para eu estar no hospital.

Riley.

Vagarosamente, me sentei na cama e tirei aquele tubo irritante do meu nariz, estava me dando vontade de espirrar. Segurei a cabeça nas mãos, fechando os olhos e esfregando minha têmpora. Respirei fundo algumas vezes antes de encarar meu namorado nos olhos.

- Bella, você está bem? – perguntou, o rosto sério.

- Estou. – falei fraca. Pigarreei para recuperar a voz e repeti – Estou.

- Olha, Bella, a única coisa que me impediu de matar aquele desgraçado assim que o vi foi minha preocupação com você. E a confusão na qual me encontrei depois que sua irmã me contou todas aquelas coisas. Por que você nunca me disse nada? – perguntou, me encarando com mágoa. Mordi o lábio.

- Nunca pensei que fosse encontra-lo de novo. Já fazia muito tempo que Riley e eu...

- Não repita o nome dele. – Edward me interrompeu. Olhei para ele, espantada com seu tom de voz ríspido – Conte-me tudo, Bella. Desde o começo.

Respirei fundo algumas vezes – isso estava se tornando um hábito – e mordi os lábios, pensando em onde começar.

- Quando eu tinha quinze anos, Riley se mudou para a minha rua. – Edward estremeceu ao som do nome – Ele tinha 19 anos e se mudara para a casa dos avós por causa da faculdade. Nós nos tornamos bons amigos e acabei me apaixonando por ele. Depois de dois meses, ele me pediu em namoro e eu aceitei. Tudo era lindo e colorido; eu estava apaixonada e feliz! Ou era isso que eu pensava.

“Cinco meses depois de começarmos a namorar, ficamos sozinhos na casa dele e ele começou com essa história de que queria fazer amor comigo. Fiquei nervosa e neguei, disse que ainda não estava pronta, mas ele não quis saber. Disse que era meu dever como namorada satisfazê-lo e naquele dia ele me estuprou pela primeira vez.”

Edward rosnou, trancando o maxilar e fechando as mãos em punhos quando eu disse a palavra “estuprou”. Bem, ele pedira para saber tudo, eu estava contando tudo. Senti as lágrimas se formando em meus olhos e pigarreei mais uma vez para que minha voz não falhasse.

“Isso continuou por quatro meses, até que minha mãe descobriu. Eu sempre tinha umas marcas roxas espalhadas pelo corpo e minha irmã, que era a única que sabia dessa história, não se aguentou e contou para mamãe. Fomos à polícia e prestamos queixa; eu fiz um exame de corpo-delito e Riley foi considerado culpado e recebeu não sei quantos anos de prisão.”

- Bella...

- Minha vinda para Forks não era só por causa de minha mãe. Eu queria fugir dele, apesar de saber que ele estava preso. Na verdade, esse tempo todo eu pensei que ele estivesse preso! Meu pai não sabia de nada, ninguém lá em casa teve coragem de contar e eu queria esquecer que tudo aquilo, então surgiu a oportunidade de me mudar; de sair do Arizona e deixar meu passado para trás!

Precisei parar de falar, já que as lágrimas começaram a me atrapalhar. Edward somente me abraçou e começou a cantar minha canção de ninar na esperança de me acalmar. Lentamente meu choro foi cedendo, até que parei completamente de soluçar. Olhei para cima e Edward enxugou meus olhos.

 - Desculpe por ter escondido isso de você... – falei – Eu só não conseguia e não queria falar disso...

- Eu entendo, pequena, mas me promete que nunca mais vai fazer isso? – ele disse, sua mão em meu rosto me impedia de desviar os olhos. Ele estava à beira das lágrimas – Se eu soubesse daquilo, teria te tirado do baile muito antes de...

- Eu sei. – interrompi, vendo sua dor em lembrar daquilo – Sinto muito.

Edward simplesmente abaixou-se levemente e me beijou. Naquele momento senti plenamente todo o amor que ele sentia por mim e vi quão boba fui ao esconder Riley dele. Mas também aprendi que, se eu tivesse qualquer problema, eu poderia confiar em Edward; ele estaria sempre lá para mim, não me abandonaria.

Quando nos separamos, eu o abracei e, assim, deitamos na pequena cama de hospital. Acabei adormecendo e, desta vez, Riley com seu sorriso maníaco não me perturbou.

Acordei algum tempo depois. Edward continuava ao meu lado, mas desta vez meu pai, minha irmã e os Cullen também estavam no quarto. Minha família quase completa, só faltava minha mãe.

Carlisle apareceu mais ou menos uma hora depois, me examinou e me deu alta. Feliz da vida, eu saí do hospital rodeada pelas pessoas que eu mais amava no mundo e fui para casa.

- Marie, o que aconteceu ao Riley? – perguntei, quando estávamos sozinhas na segurança do meu quarto. Estávamos sentadas frente a frente na minha cama.

- Quando Edward chegou, ele se assustou e pulou da janela. Não sobreviveu. Os Cullen se livraram do corpo e todos pensam que ele desapareceu ou que foi atacado por algum animal ou coisa do tipo.

Por pior que fosse, eu fiquei aliviada ao ouvir isso.

- E quanto ao papai, ele descobriu?

- Não. Ele pensa que você se desequilibrou, caiu e bateu com a cabeça. Não contei nada à ele, acho que é você quem deve contar, se quiser.

- Obrigada por manter meu segredo! – falei apertando-lhe carinhosamente as mãos. Ela sorriu-me em resposta – E eu acho melhor não falar nada. Para quê fazer com que ele sofra sendo que não corro mais perigo?

- É, faz sentido. Ah, Bella, você não sabe como estou feliz por aquele desgraçado ter morrido!

- Não fale assim, Marie! – ralhei.

- Vai dizer que você está triste? – perguntou, me olhando com desdém.

- Não, claro que não. Estou aliviada porque não preciso mais me preocupar com ele, mas também não queria que ele morresse. Se ele pudesse apenas ter se tornado alguém melhor...

- Bella, você não existe! – minha irmã disse, sorrindo maternalmente para mim – Bem, vou deixar você descansar. Boa noite, Bells, até amanhã.

- Até amanhã, Marie.

Suspirei tranquila ao ouvir o clique da porta se fechando e me virei de lado, assustando-me ao ver Edward sentado em minha cadeira de balanço.

- Jesus Cristo! – falei, levando a mão ao coração – Edward, você me assustou!

- Desculpe por isso. – ele disse, se levantando e deitando ao meu lado na cama.

Seus olhos encaravam-me com amor e admiração, enquanto ele acariciava minhas costas com suas mãos; seus lábios abertos no meu sorriso favorito.

- O que foi? – perguntei.

- Sua irmã está certa, Bella, você não existe! Você é uma das pessoas mais puras e boas que eu conheço.

- Do que está falando, Edward?

- Você não desejava a morte de Riley, mas sim que ele se tornasse alguém melhor. – esclareceu-me, sorrindo – Eu te amo. Muito mais do que você imagina.

Não passou despercebida que essa era a primeira vez que ele dizia que me amava. Sorrindo abertamente, me aconcheguei melhor nele e, com um suspiro satisfeito, falei:

- Eu também te amo. Muito mais do que você pensa.


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