O sábado demorou absurdamente para chegar, cada minuto que se passava parecia uma eternidade para mim. Hoje de manhã acordei e vi que os meus pais não estavam em casa e em cima da mesa estava um bilhete que dizia:

Bom Dia querida!
Eu e seu pai fomos ao centro comprar roupas para o
casamento de sua tia hoje á noite.

Com Amor!
L.

Quando finalmente terminei de ler o bilhete já estava branca e a ponto de gritar bem alto por ter esquecido do casamento São tantos dias, tantas horas e foi marcar justo no dia da festa na casa do Tom e ainda para ajudar no mesmo horário. O que falta mais acontecer? disse para mim mesma a caminho da porta para ver quem estava tocando a campainha tão desesperadamente. E para minha surpresa ao abri-la me deparei com......

- Tom? – disse curiosa.

- Olá! – cumprimentou ele com aquele sorriso torto que particularmente me fazia sair da realidade – Bom dia, aliás, me desculpa por ter vindo a essa hora da manhã na sua casa é que eu não vou conseguir agüentar até a noite para te dizer uma coisa. Posso entrar? – disse apontando para dentro de casa. Eu acho que demorei para responder por que quando finalmente consegui dizer algo ele estava me olhando com uma expressão de dúvida.

- É-é-é...... – gaguejei – claro que pode! – afirmei dando espaço para ele passar.

- Que bom por um momento pensei que você diria não – disse entre sorrisos e eu também sorri. Tom se sentou em um sofá e eu sentei em outro na frente dele esperando ansiosa o que ele iria me falar – Por onde eu posso começar......bom...... – dava para perceber que ele estava totalmente confuso e não sabia como iria me dizer - ......você já deve ter percebido o que eu...... – ele estava muito nervoso e muitas vezes não olhava para mim e sim para o chão. Eu levantei do sofá fui até ele peguei seu rosto com as duas palmas das mãos, olhei bem nos seu olhos e disse Seja breve, não precisa ter que ficar me dando explicações e ele seguiu a risca o que eu falei. Depois de ficarmos nos olhando por uns bons e constrangedores minutos ele aproximou seu rosto do meu e......

- Espero não estar atrapalhando nada! – afirmou meu pai com os olhos arregalados. Na mesma hora eu fui para trás e Tom se encostou no sofá -  Olá! – meu pai conseguia ser muito desagradável quando queria, mas naquele momento ele não sabia se expulsava Tom de casa ou se me colocava de castigo. Tom deu uma pigarreada e levantou para cumprimentá-lo.

- Bom dia senhor...... – Peter disse meu pai antes que eu pudesse me manifestar – Ahh sim desculpe. Bom dia senhor Peter é um prazer conhecê-lo! – afirmou estendendo a mão para ele. O constrangimento só foi quebrado depois que minha mãe chegou e viu o que estava acontecendo. Como à senhora Lillian conseguia fazer um momento de tensão o mais calmo do mundo logo colocou as sacolas de roupas em cima da mesa e foi para a sala

- Tom querido tudo bem? Como a sua mãe está? – perguntou abraçando-o e olhando de canto de olho para mim.

- Estou ótimo senhora. Minha mãe vai muito bem obrigado por perguntar a gripe dela já passou! – afirmou um pouco mais descontraído. O único que não cedia era meu pai que continuava parado de braços cruzados olhando de mim para Tom – Peter amor você não lembra de Tom Kaulitz, filho da Simone e Jörg Kaulitz, irmão gêmeo do Bill? – perguntou sentando ao meu lado e apontando para o Tom se sentar também.

- Eu não......nossa é verdade nem tinha te reconhecido, como você está grande moleque eu lembro de você ainda pequeno sempre atrás do seu pai – quando finalmente meu pai falou alguma coisa ele estava um pouco mais calmo e menos com raiva.

- É mesmo, sinto muitas saudades daqueles tempos, mais fazer o que meus pais se separaram e eu e meu irmão ficamos com a minha mãe. Ai ela conheceu o Gordon e está vivendo com ele até hoje – era a primeira vez que via o Tom daquela forma, um garoto doce, sem armaduras, natural. Um lado ver ele daquele jeito foi bom por que pude descobrir quem é o verdadeiro Tom Kaulitz mais por outro lado foi péssimo por que isso só me fez apaixonar mais por ele.

- Mais temos que seguir em frente mesmo assim filho. Pensa o lado positivo você tem sua mãe e seu irmão e soube que você é muito apegado a ele. – disse dando tapinhas amigáveis em suas costas

- É sou sim. Eu sinceramente não sei o que seria da minha vida sem o Bill, ele é tudo para mim, nós somos tão ligados que só de olhar para ele sei o que ele está pensando, muitas noites temos o mesmo sonho, é difícil de descrever – isso era verdade todos que convivem com Bill e Tom Kaulitz sabem a conexão forte que um tem com outro e muitas vezes eu me emociono ao ver a forma que um fala do outro e dessa vez não foi diferente quando Tom acabou de falar eu estava segurando as lágrimas mais não agüentei muito tempo disfarçadamente enxuguei uma lágrima que escorreu sobre o meu rosto e acho que só o Tom percebeu por que vi que ao olhar para mim ele deu um pequeno sorriso.  

Os dois conversaram por um bom tempo pareciam que eram grandes e melhores amigos, isso me deixou feliz por que se algo acontecesse entre mim e ele meus pais estariam de acordo......pelo menos é o que eu espero. Enquanto eles conversavam eu e minha mãe fomos guardar as roupas e arrumar algo para comermos,  mais é claro que minha querida mamãe não iria deixar aquela história por ali mesmo, quando percebeu que estávamos totalmente sozinhas e que os dois não iriam nós escutar olhou para mim e foi direta e curta:

- O que está acontecendo entre você e Tom Kaulitz? – perguntou dobrando uma blusa que com certeza parecia ser minha. Eu só balancei a cabeça negativamente e disse que nada estava havendo entre nós – Aham conta outra Sindy, seu pai e eu chegamos em casa encontramos você e ele quase aos beijos e você vem me dizer que não está acontecendo nada, por favor filha eu já fui adolescente e sei como é as coisas. Pode se abrir comigo eu sei que você gosta dele eu li no seu....... – minha mãe se calou no instante que iria terminar a frase -......diário – meu olhar foi de repreensão e alivio por que sabia que poderia contar com mais alguém em relação a esse amor.

- Engraçado, que eu sabia adolescentes também merecem privacidade – ela riu – mais eu não estou brava que você leu o meu diário estou até aliviada por que poderei contar tudo para você do que vai ou não acontecer entre nós, só depende dele. – minha mãe sentou na cama quando eu terminei de falar, olhou para mim com uma expressão assustada – E daí que ele tem dezoito anos e eu dezesseis o que eu posso fazer, no coração agente não manda, ainda não inventarão uma receita para isso – disse apontando para a lado esquerdo do peito. Ela com certeza iria insistir mais nesse assunto só não fez mais perguntas por que meu pai apareceu na porta e disse que o Tom queria se despedir de mim. Eu queria mostrar para eles que eu não estava interessada e fui descendo a escada o mais devagar que pude mais minhas pernas já não estavam mais obedecendo, elas queriam chegar lá fora o mais rápido possível e antes de eu pisar no antepenúltimo degrau escutei uma voz gritar de dentro do meu quarto “Eu sei que você que ir correndo não precisa ficar fingindo” depois disso eu comecei a rir da forma que o meu pai colocou a frase. Eu cheguei no carro do Tom ainda me recuperando do acesso que tive lá dentro.

- Meu pai disse...... – antes de eu terminar a frase ele me beijou e não foi um beijo qualquer, nesse pelo menos  parecia que realmente tinha amor, paixão. Eu ainda um pouco desnorteada não sabia o que fazer, mas depois de um tempo meus braços se enroscaram em seu pescoço e quando ele finalmente se afastou de mim eu estava sem ação e não sabia o que iria dizer.
- Um sonho realizado! – afirmou com um sorriso entrando no carro e saindo a toda velocidade.