A manhã estava passando absurdamente lenta e eu não conseguia me concentrar nas aulas, pois a cena que acontecera uma hora antes ainda ficava rodando na minha cabeça como uma roda gigante só que em uma velocidade muito rápida. Eu não entendia do por que eles fizeram tudo aquilo e ainda usarão o Pietro para ajudá-los, na era mais fácil eles ...

- Com licença Srta. Hoffmann mas a aula não está do seu agrado? – perguntou o professor Carlos ironicamente carrancudo para mim. Juro que pensei em dizer “não professor, não está” só que sabia que suspensão seria a pouco por que esse professor fazia a vida dos alunos virarem um inferno se eles o respondessem com falta de educação, então respirei fundo contei até cinco e respondi a mais educada e formal possível:

- Nunca professor, é que estou um pouco indisposta no momento e gostaria de lhe pedir autorização de poder ir lá fora tomar uma água para ver se melhoro. O senhor me autoriza? – perguntei fazendo cara de cachorro que acabou de cair da mudança. Ele deve ter acreditado por que depois disso ele fez uma cara que acho que é de pena, mas não era ele que me preocupava, tinha outras coisas na cabeça e um delas seria resolvida neste exato momento:

- Pietro – chamei e ele automaticamente se virou – posso falar com você? – ele me analisou mais saiu do grupinho e veio ao meu encontro.

- Pode falar o que você quer Sindy? – perguntou.

- Bom você já deve imaginar – ele assentiu que sim – então que teatro foi aquele antes de entrarmos na sala? – ele olhou para todos os lados. Para mim ele estava querendo ver se algum dos Kaulitz’s estavam por perto.

- Olha eu não quero me intrometer no assunto de vocês três, só que ... – e antes de ele terminar de falar Tom apareceu um tanto sério de mais ao me ver perto de Pietro – desculpa, me procura depois da aula que te conto tudo – sussurrou e saiu de perto de mim. Tom passou na minha frente e nem sequer olhou para mim, eu pensei em ir atrás dele e tirar satisfação, mas como Pietro pediu para eu ir procurá-lo depois da aula resolvi deixar para conversar com Tom após a conversa que terei com ele.

Quando voltei para a sala estava totalmente perdida na matéria e não fazia a mínima idéia onde tinha parado de copiar o texto sobre a segunda guerra mundial que o professor insistiu que copiássemos. Peguei o caderno de uma menina loira que sentava atrás de mim e comecei a me atualizar pois precisava fazer algo para passar o tempo se não enlouqueceria. Matéria devidamente copiada, exercícios devidamente feitos e caderno devidamente analisado pelo professor com um olhar de repreensão após ler meu resumo de dez linhas sobre a segunda Guerra.

- Da próxima vez preste mais atenção na aula mocinha! – disse dando o visto e fechando o caderno. Eu apenas disse um ‘Aham’ e fui ao meu lugar ansiosa e nervosa para dar onze - meia logo, mas ainda faltavam meia hora. Enquanto o relógio não estava querendo me ajudar resolvi deitar a cabeça na carteira e tirar um cochilo, em vão, não conseguia nem ao menos fechar os olhos, então resolvi conversar com alguém, só que todos estavam ocupados terminando a tarefa. Definitivamente eu teria que ficar no meu lugar tentando não olhar para o relógio. Quando finalmente a sineta tocou eu quase levei um tombo antes de sair da sala, após sair da sala e lá fora trombei com uma menina do ultimo ano do ensino médio, ela ficou me encarando e eu nem liguei, precisava encontrar o Pietro e isso era mais importante do que a cara feia dela.

- Sindy – reconheci a voz imediatamente – por aqui! – afirmou ele fazendo sinal com a mão para eu segui-lo.

- Por que você está indo tão afastado da escola? – perguntei desconfiada.

- O Tom está na minha cola desde daquela hora que agente estava se falando no pátio, se ele descobrir que te contei algo ... bem vamos dizer que você não me vera mais – ele sorriu – Bom eu acho que aqui está bom – eu disse que sim e pedi para ele falar rápido – O Tom me pediu para eu trombar em você por que ele precisava tirar um duvida que vinha incomodando, achei estranho no começo só que ai ele me contou tudo o que houve entre vocês, então resolvi ajudar – disse sempre atento aos lados.

- E o que o Bill tem haver com essa história? – perguntei.

- Não era para ele estar metido nisso tudo, ele sem querer ouviu o Tom dizer o seu nome e veio tirar satisfação. Eu nunca vi os dois tão bravos um com outro, pareciam que queriam se matar só com os olhos, enfim vou te mandar a real Sindy: os dois estão verdadeiramente apaixonados por você, até o Tom que tem a fama de Sex Gott.

- HAHA você é o primeiro menino que fala assim sobre o amor, tão verdadeiro, aliás, o segundo – disse com um pouco de pesar ao saber da história.

- É que sei lá tenho o dom para estas coisas só que prefiro deixá-las em Off. Agora eu preciso ir mesmo, desculpa qualquer coisa viu e boa sorte, qualquer coisa estamos aqui! – afirmou indo em direção oposta da onde ele realmente deveria ir. Eu não gostaria de saber que os Kaulitz’s estariam brigando por minha causa, não faz parte do feitio deles fazerem isso um com outro e outra isso já estava ficando insuportável, nenhum dos dois olhava mais na minha cara sendo que eles fizeram esse teatro todo

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAA – gritei – cansei Bill e Tom, enquanto vocês não pararem com essa frescura eu é que não irei mais falar com vocês! – afirmei para mim mesma com ferocidade e fui para a minha casa sem se importar com a chuva.