Pov Draco Malfoy

Você me ensinou a rir
Você me ensinou a chorar
Quando eu desisti você até me ensinou a tentar
Há mais uma coisa a aprender antes que eu abra minhas
asas e voe
Você vai ter que me ensinar a dizer
Adeus, adeus
Gostaria de poder ver os sonhos essa noite
Eu gostaria de nomeá-los e torná-los realidade
Tentados a voltar atrás para mais um último beijo
Mas meu coração me diz que é ruim demais

É véspera de natal, estou arrumando minhas malas pra ir pra casa, Blás e Pan também vão pra casa apesar de quererem ficar na escola. Talvez eu ainda não tenha mencionado, mas Pan ta namorando o Weasley e Blás está com a Lovegood, e se quer saber descobri que eles ficam mais legais depois que se conhece.

-Ei cara, você viu minhas meias? – perguntou Blás distraído, ele está meio irritado porque o obrigaram a ir pra casa.

-Não! – respondi.

Ele começou a jogar as roupas que ainda estavam no closet no chão. Eu ri. Às vezes Blás é muito infantil. Olhei pra sua mala aberta e lá estavam as meias verdes dele, ao lado de uma gravata da Corvinal. Quando eu perguntei o porquê da grava, ele disse que era pra sentir o cheiro da loirinha dele.

-Blás, as meias estão na mala. – avisei.

-Não são destas que estou falando, eu quero as brancas!

-Já perguntou pra Winky?

-Não. – ele suspirou e gritou pro teto o nome da elfa.

No segundo seguinte a pequena elfa apareceu ao lado da sua cama. Ele olhou pra ela com os olhos lacrimejantes. Segurei o riso.

-Viu minhas meias brancas?

Winky olhou em volta do quarto, se agachou e pegou as meias no meio das roupas que ele havia jogado.

Blás sorriu e balançou a elfa pelos braçinhos finos.

-Valeu garota. – ele disse antes de ela desaparecer.

Voltei a arrumar minhas coisas. Encontrei a carta de mamãe e a joguei no chão. Blás viu.

-Ainda preocupado por causa do seu pai? – perguntou-me.

-Sim, tenho medo que ele descubra algo sobre a Granger e tente fazer algum mal a ela agora que está solto.

-Você acha que ele faria algo mesmo sabendo que você a ama?

-Até parece que você não o conhece. Blás, seu pai vai resmungar um pouco, mas depois vai ceder porque ela é uma Corvinal. O pai da Pan vai tentar separá-la do Weasley de qualquer maneira, mas no fim, vai acabar cedendo, porque ele é sangue-puro. Mas o meu...

-Quando ele vai chegar em casa?

-Hoje. Eu realmente não queria ter que ir pra casa!

-Nenhum de nós quer, mas não queremos encrenca não é?

Eu não respondi. Depois de alguns minutos ele mudou de assunto.

-Você não contou a Granger não é? – perguntou desconfiado.

-Não, ela iria tentar me fazer ficar na escola e o Lucius descobriria. –respondi entediado. – Vou deixá-la achar que vou passar o natal apenas com minha mãe, vai ser melhor.

Ficamos em silencio até que alguém bateu na porta do nosso dormitório.

-Pode entrar. – Blás disse meio incerto.

-Bom dia meninos! – disse Pan, entrando acompanhada da minha morena e Luna.

-Bom dia! – dissemos.

Hermione subiu na minha cama e me beijou. Eu ri baixinho quando ela passou a mão em meu peito.

-Presente de natal surpresa. – Pan disse.

-Obrigado! – Blás e eu fizemos coro.

-Pan, também temos algo pra você! – eu disse.

Peguei duas passagens de avião que estavam dentro do livro de poções e coloquei em suas mãos.

-o que é isso? –perguntou curiosa.

-São passagens de avião pra Athenas, e avião é um método trouxa de viajar. – explicou Hermione.

-É pra você e um acompanhante. – acrescentou Luna.

Pan sorriu maliciosamente, gritou e abraçou a todos nós. Depois saiu correndo, provavelmente pra contar ao seu acompanhante. Hermione riu em meus braços.

-Vem comigo, também tenho algo pra você!

Sai puxando-a comigo para fora do dormitório. Talvez as pessoas não saibam, mas as masmorras ficam em baixo da escola, e em baixo da escola está o lago da Lula gigante, por isso a vista é incrivelmente linda. Levei Hermione pra o antigo escritório do Snape, lá tem um vidro que dá pra ver boa parte do lago.

Hermione suspirou quando viu, ela colocou uma mão no vidro e sussurrou “É tão lindo!”.

-Hermione, isso é pra você. – eu murmurei em sua nuca lhe estendendo um colar de prata.

-Que lindo Draco!

Ela disse me olhando, ela pegou nas mãos o colar pra olhá-lo melhor, da ponta deste pendia uma pequena cobra de prata que reluzia um minúsculo brilho verde, não chamava atenção, mas significava muito.

-O que significa Sonserino? – ela perguntou baixinho.

-Enquanto a serpente ficar verde é porque você me ama, se ela ficar negra é porque seu mor por mim acabou. O mesmo acontece com o meu.

Mostrei-lhe u leão dourado em meu peito, pendendo do cordão de ouro.

-Você me ama? – ela perguntou.

-Como eu poderia não amar?

Beijei-lhe os lábios antes de me despedir e voltar pra casa, pro que seria meu inferno de natal.