The Oc: Pecados no Paraíso escrita por The Escapist


Capítulo 22
Capítulo 22:TURNING BACK




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/123557/chapter/22

Voltar às aulas no último semestre do colegial parecia sacudir os alicerces da Harbor High School; os alunos estavam de volta aos pátios e corredores da escola, conversas por todos os lados, havia muito o que comentar depois das férias. Summer já saiu da biblioteca no primeiro dia com uma pilha de livros e sentiu falta de Seth para ajudá-la, acabou esbarrando em alguém e derrubou os livros na entrada da sala da aula de Francês.
- Desculpa.
- Sem problemas. – disse Zach e se abaixou para apanhar os livros da garota. – Tanta coisa para estudar no primeiro dia, Summer? – ele sorriu, mas Summer arregalou os olhos, com certeza, estava assustada, por que por um instante pareceu que Zach Stephens sabia seu nome. – Summer?
- Você sabe o meu nome? – Zach riu de novo, um pouco sem graça. – Quer dizer, que legal.
- Eu também acompanho o seu blog.
- Mentira! Eu quero dizer, você não acompanha o meu blog.
- Eu acompanho sim, Summer, e até comento, aliás, o seu último post foi perfeito, você gostou do que eu comentei?
- Você comentou? No meu blog? Como assim?
- Eu sou o Christopher, é o meu segundo nome.
- Não! Você é o Christopher? Eu adoro os comentários dele, seus. Que coisa engraçada, não é?
- É, bom, eu, vamos entrar para a aula? – como Cal ainda não estava de volta, o lugar dele na mesa de Summer estava vazio, e Zach sentou lá, exatamente ao lado de Taylor, que sempre agia como se não conhecesse o primo na escola, Zach não entendia por que ela fazia isso, mas concordava e, a recíproca era verdadeira, também não deu muito atenção a Taylor, ficou conversando com Summer, como nunca tinham conversado antes, aliás, tinham estudado juntos desde que ela se mudou para Newport e raramente se falavam, não era à toa que Summer pensava que ele não sabia seu nome.
- É impressão minha ou você está babando pela Roberts? – disse Taylor quando eles saiam da sala, Summer já tinha ido na frente para encontrar Seth.
- Do que você tá falando? – Taylor deu de ombros. – Eu só conversei com ela, qual é o problema com isso?
- Nenhum, Zach, mas cuidado, a Summer Roberts não vai se apaixonar por você, ela tem namorado e mesmo que não tivesse, o Caleb Nichol Junior vai voltar logo para a escola, então, eu não acho que você tenha muita chance.
- Você faz isso para me deixar para baixo?
- Não, para te avisar. Eu te avisei sobre a Nikki, mas você não me escutou, tenta me ouvir dessa vez. – como sempre, Zach achou que a prima estava exagerando, ele não ia se apaixonar por outra pessoa assim de uma hora para outra, não era possível algo assim acontecer principalmente com alguém que ainda estava apaixonado pela ex, que nem era ex de verdade, já que eles nunca tinham chegado a namorar de fato. Que confusão, pensou Zach; abriu o notebook e entrou no blog se Summer; só Taylor mesmo para pensar que ele poderia gostar daquela garota, mas numa coisa, ela tinha razão, Summer Roberts não se apaixonaria por ele; quando uma garota inteligente como ela poderia gostar dele? Estava sentado nas mesas no pátio da escola, e de longe viu Summer encontrar o namorado e abraçá-lo, não podia deixar de admitir que eles formavam um excelente casal.
***
    Cal estava de volta a sua casa, passou tantos dias fora que de repente não se sentia mais à vontade naquele quarto rodeado por móveis caros; talvez não fosse tanto por ter ficado todos aqueles dias no hospital, a verdade era que não gostava daquela casa, mesmo sendo a casa mais bonita da Califórnia segundo a Newport Living, era fácil sentir aversão a uma casa onde as pessoas não tinham o costume de ser feliz.
    A rotina era quase a mesma, repouso e remédios nas horas certas, mas agora tinha as muletas e podia ir sozinho ao banheiro, o que certamente era mais agradável. O Dr. Eliot recomendou que ele esperasse um pouco mais antes de voltar à escola, ao que Cal não fez nenhuma objeção, afinal, nunca foi do tipo que sentia falta da escola. Ainda tinha o notebook, mas esperou por sua amiga o dia inteiro e ela não apareceu; “ridículo”, pensou Cal ao se dar conta que sentia falta dela, embora nem mesmo soubesse quem era ela. Enquanto esperava que a Miss Vixen entrasse online, ficou assistindo filmes, só esperava visitas mais tarde; Marissa tinha avisado que Seth e Summer iriam vê-lo, então quando ouviu a batida na porta pensou que fosse o seu pai com mais regras. Mas quem entrou no quarto foi Alex e de repente Cal pensou que ela era a última pessoa que gostaria de ver, preferia que fosse o pai.
- Harry Potter, ham?! – disse ela olhando para a TV.
- Mal posso esperar pelo final. – Cal respondeu sem dar muita atenção à garota. – Como você entrou aqui? Meu pai não quer que eu ande com você.
- Eu sei. Eu usei meu charme e o Agente Smith me deixou entrar para falar com você. Você fica bem sexy com essa cara de doente. – Alex tentou brincar, mas Cal não demonstrou reação e ela sentou na ponta da cama. – Cal, me desculpa.
- O que você quer, Alex? Por sua culpa todo mundo está pensando que eu sou um viciado.
- Não, eu não...
- Você colocou ecstasy na minha bebida no dia do aniversário da Summer, lembra? Aliás, porque você estragou tudo? Você só queria mesmo me ferrar por eu ter te dado o fora?
- Por você ter me dado o fora, isso mesmo, eu estava com muita raiva porque você me chutou por causa da geek da Summer Roberts.
- Você é tão estúpida, Alex.
- Cal! Ok, você tem razão, tem toda razão, gostar de você é uma estupidez muito grande. – Alex encarou Cal com seus lindos olhos azuis, não era para se envolver emocionalmente com ele, o lance com Cal era físico.
- Eu joguei limpo com você o tempo todo, Alex.
- Eu sei, eu sei, não estou colocando a culpa em você, mas, certas coisas não tem como controlar e o seu efeito em mim foi uma dessas, e eu perdi a cabeça quando você me descartou daquele jeito. Eu sou uma garota, Cal, é difícil para uma garota ser deixada de lado. O ciúme é um motivador e tanto.
- Ciúme? – Cal deu um sorrisinho irônico. – Você estragou o aniversário da Summer porque estava com ciúme de mim? Ah, por favor Alex, qual é?
- Cal, é sério, eu estava com raiva e queria que ela percebesse que você tinha muito mais a ver comigo do que com ela. Cal, se eu soubesse que você ia pirar daquele jeito...
- Você sabia que eu ia pirar, Alex, ficar doidão não é o motivo para alguém tomar ecstasy?
- Você vai ficar com raiva de mim pra sempre? – Cal deu de ombros.
- Pode ficar com a sua consciência tranquila, Alex, eu não vou colocar a culpa pelo meu acidente em você, até porque o juiz não aceitaria. Foi só por isso que você veio?
- Não, na verdade eu vim me despedir, eu vou me mudar, vou para um internato. – Cal soltou uma risada e Alex riu. – Ok, pode rir.
- É sério? Vai mudar de escola no último semestre?
- É, o seu pai não quer mesmo que você ande comigo e o meu quer manter o contrato com o Newport Group, então, chegou a hora da Alex sair de cena.
- Oh, eu sinto muito, Alex. Não acredito que o meu pai...
- Persuadiu o meu a me transferir de escola. nossos pais são dois sacanas, Cal. Mas tudo bem, eu vou ganhar um carro novo. Acho que é melhor eu ir antes que o Sr. Nichol apareça, não é? – Alex se levantou para sair.
- Alex, eh, me desculpa por... ser tão irresistível. – Alex voltou e subiu na cama, passando uma perna de cada lado de Cal e encostou os lábios nos dele.
- Eu vou te superar, mas se você começar a se sentir entediado, me liga. – Alex mordeu o lábio inferior de Cal, no mesmo instante Caleb escancarou a porta do quarto.
- Mas o que é isso? Cal, o medico mandou você ficar em repouso. – Alex pulou da cama. – Sra. McKuin.
- Hey, Sr. Nichol.
- Se você não se incomodar, o meu filho precisa descansar.
- Ok, bye. – Alex piscou para Cal, era alguém com quem poderia contar sempre que quisesse irritar o pai; ele sorriu vendo-a sair com aquele jeito de quem não liga pra nada.
- Eu não quero essa garota aqui, Caleb.
- Pai, não enche o saco.
- Escuta garoto, você não vai me tirar do sério. Você acha que pode descer para conversar com o advogado? Ou eu mando-o subir?
- Não, eu não estou a fim de falar com nenhum advogado.
- Nós estamos falando do seu futuro, garoto, então pare de bancar o engraçadinho. – Caleb saiu do quarto, mas antes que Cal pensasse que ele tinha desistido, voltou acompanhado pelo advogado; a audiência estava marcada e eles precisavam decidir o que diriam na defesa.
- Nós vamos propor um acordo...
- Espera. Acordo? Você disse que eu não seria preso.
- Você vai ser condenado, mas nós podemos fazer um acordo para que você cumpra a pena em liberdade.
- Afinal, porque eu estou perdendo o meu tempo com você, Dr. Griffin, se você tem tanta certeza que eu serei condenado? – o advogado coçou a cabeça sentindo que, em breve perderia os poucos cabelos que lhe restavam.
- Sr. Nichol, eu já expliquei mais de uma vez...
- Ok, eu não quero mais ouvir explicações. Você pode ir.
- Chega, Caleb, veja se você entende uma coisa, o juiz Mercer me odeia e odeia você por extensão, logo, ele fará de tudo para jogar um Nichol na cadeia. Portanto, trate de ouvir o Griffin. – mesmo assustado com a probabilidade de ainda ser preso, Cal não ficou feliz em ter que ouvir o advogado falar. A defesa que Griffin tinha preparado era tão boa que fazia Cal sentir-se um verdadeiro criminoso; era preciso que o tal juiz Mercer tivesse muita raiva dos Nichol para condená-lo, não que isso fosse impossível, é fácil sentir raiva dos Nichol, pensou Cal.
- Porque o juiz Mercer te odeia, pai? – perguntou depois que o Dr. Griffin foi embora; Caleb deu de ombros.
- De acordo com você, todo mundo me odeia, então me diga, por quê? – Cal ficou sem palavras, por algum motivo não quis dizer ao seu pai naquele momento que as pessoas o odiavam por ele achar que era melhor que qualquer pessoa e estava acima de todos.
- Você acha que eu vou ser condenado?
- Você ouviu o Griffin.
- E você entendeu o que eu quis dizer.
- Eu já falei que faço o que for possível para não ver você na prisão, Cal, mesmo que você não mereça. Descanse, por favor.
- Uma cara de doente pode ajudar na audiência. – Caleb deu aquela balançada de cabeça antes de sair.
***
    Cal fez a melhor cara de doente durante a audiência, e o Dr. Griffin foi perfeito na defesa, mas mesmo assim não evitou que ele fosse condenado, e o melhor acordo que o advogado conseguiu não foi totalmente satisfatório.
- Você deveria ficar feliz por não ir para a cadeia. – disse Caleb.
- Feliz? Você quer dizer, feliz?
- Pelo que você fez, Cal, você merecia estar preso.
- E eu estou cansado de ouvir isso. Saco. – Cal saiu mancando, andando com as muletas e foi para o carro.
- Muito obrigado, Griffin.
- Sr. Nichol, o Cal tem que cumprir o acordo, se não...
- Ele vai cumprir, não se preocupe. – Griffin balançou a cabeça, duvidava bastante que Cal Nichol comparecesse às sessões com o psicólogo, e fizesse trabalho voluntário, mas considerou o acordo uma grande vitória, e o garoto tinha sorte por não ter que cumprir a pena na prisão. Apertou a mão do chefe e foi pegar o carro. Quando Caleb entrou no carro, percebeu que o filho ainda estava com a cara amarrada. – Ora, Cal, admita, foi um excelente acordo.
- Se o seu sonho sempre foi me ver limpar privadas, então, foi mesmo um excelente acordo. Posso fazer uma pergunta?
- Claro.
- Por que você não deu uma grana alta ao juiz Mercer para ele me livrar de todas as acusações? – Caleb olhou para o filho, fitando-o com seus profundos olhos azuis, como poderia explicar ao filho que queria fazer as coisas do jeito certo com ele, queria acertar, mas não conseguia, de alguma forma acabava fazendo a coisa errada, não importava quanto fossem boas as suas intenções, Cal sempre interpretaria do jeito errado; é claro que poderia ter pago ao juiz, não seria a primeira vez, ter atitudes assim fazia parte da pessoa que era; mas naquele caso, certamente conseguiria fazer com que Cal tivesse cada vez mais raiva dele.
- Cal... Nunca mais fale comigo nesse tom.
***
Trey ouviu tantas vezes Kirsten falar sobre a casa, mesmo assim não conseguiu fingir que não estava surpreso quando entrou; era inacreditável como as coisas em Newport ainda o deslumbravam; aquela casa enorme, margeada por jardins, com piscina e vista para o oceano atlântico nem de longe tinha qualquer semelhança com a casa onde ele cresceu, ou mesmo com o apartamento que alugara.
- Então, essa é a sua casa!
- Meu pai mandou construir quando eu me casei, foi o último presente dele, por isso é tão importante para mim.
- Entendo. – Trey deixou a caixa com as coisas de Kirsten no pé da escada, e olhou para ela, estava realmente feliz em voltar; Ryan apareceu no alto da escada e correu para abraçar a mãe.
- Você voltou!
- Ah, querido, eu senti tanta falta de vocês. Seth! – Kirsten soltou Ryan e abriu os braços para Seth que entrava vindo da cozinha.
- Mãe! Que bom que você voltou. Hey, Trey.
- Hey. Ahm, eu vou pegar o resto das coisas no carro.
- Ah, obrigada, Trey. – Kirsten deu um beijo no rosto de Trey sem perceber o quanto ele estava constrangido; era como se ela fosse a única pessoa a não achar nada estranho naquela situação. – Vocês vão se entender. – disse aos filhos quando Trey saiu para o jardim para apanhar as coisas no carro. – Esse ano vai ser diferente.
    A primeira coisa que Kirsten fez foi preparar um jantar na sua enorme e equipada cozinha, enquanto Trey ficou na sala com os garotos; bem que ele queria conversar, mas Ryan gostava do Red Sox e ele gostava dos Yankees, Ryan gostava do Los Angeles Lakers e ele do Cleveland Cavaliers, enfim, não havia muita coisa que pudessem conversar; Seth embora parecesse mais amigável que o irmão, não era de conversar também.
- Você gosta do Legion?
- O que é Legion? – Seth fez uma careta e Trey percebeu que tinha dito alguma coisa errada.
- Liga da Justiça, significa alguma coisa para você? Homem Aranha?
- Hmm, eu gostei do filme. – Seth se contorceu, como se estivesse sentindo alguma dor, “definitivamente eu falei alguma coisa muito errada”, pensou Trey. Ele ficou feliz quando Kirsten chamou para jantar; foi um pouco mais agradável, pelo menos com a mãe, os garotos saíram daquele silêncio constrangedor; logo que terminaram de jantar, os dois saíram de casa. Trey ajudou Kirsten com a louça, mas quando eles subiram para o quarto, ele não conseguiu ficar à vontade. – Eu não posso ficar.
- O que?
- Desculpe, Kirsten, mas eu não posso.
- Do que você tá falando, Trey? Qual é o problema? – Trey suspirou, como se tentasse encontrar as palavras certas para falar.
- Eu não pertenço a esse mundo, Kirsten.
- Que bobagem é essa que você está dizendo? Trey?
- Desculpe. – Trey não conseguiu explicar como estava se sentindo, não sabia como explicar que não se sentia parte da vida de Kirsten naquela casa, que era tão diferente do seu mundo.
- Trey, espera, você não pode ir embora. – Kirsten o alcançou na escada; Trey parou e encarou-a. – Eu não entendo, nós vamos nos casar, você concordou em morar aqui, qual é o problema agora?
- Essa casa me faz lembrar... me faz lembrar de tudo que você teve que abrir mão para ficar comigo, e, principalmente, me faz lembrar que eu nunca vou poder te dar essa vida. – Trey apontou com a mão mostrando a sala, e seus móveis finos e caros. – Sinto muito. – Kirsten não conseguiu convencê-la a ficar, e Trey acabou indo embora.
***
    Cal olhou através dos vidros escuros do carro os colegas no pátio da escola Harbor; assim que saísse do carro todos aqueles olhos estariam fixos nele, como se já não bastasse o que os jornais locais tinham feito, ninguém gosta de ver o próprio rosto nos noticiários. O motorista abriu a porta e entregou as muletas; Cal pensou um pouco e saiu.
- Cal! Você voltou! – era Summer, como sempre, nada escapava ao olhar daquela garota. – Por que você não disse que vinha hoje? – perguntou, afinal, esteve na casa dele ontem e ele disse que ainda não sabia quando voltaria para a escola.
- Surpresa?!
- Pode deixar que eu levo isso. – Summer pegou a mochila das mãos do motorista. – Então, você está bem?
- Estou ótimo, Summer. Ahm, obrigado, Agente Smith. – o motorista balançou a cabeça e sorriu, entrou no carro e foi embora.
- Por que você chama ele de Agente Smith?
- Por que eu não sei o nome dele.
- Sério?
- Cal! Você voltou do lado negro!
- Hey, Seth. – se toda a recepção tivesse sido agradável como encontrar Summer e Seth, Cal até teria ficado contente, mas ficar ouvindo os cochichos pelos cantos da escola não era de que ele realmente sentisse falta, ainda mais quando não conseguia andar rápido por causa das muletas; parecia que as pessoas nem faziam questão de disfarçar, e tudo que Cal queria era que alguma coisa acontecesse naquela escola para que as pessoas esquecessem que ele existia.
- Eu pressinto uma nova fofoca, Cal, então, logo você deixará de ser o assunto da escola.
- Você me anima, Summer.
- Por nada, querido. Agora eu vou até a biblioteca. – Summer saiu e deixou Cal sentado no pátio; ele ligou o notebook, que agora não se separava mais, e ficou muito contente por encontrar Miss Vixen on-line, claro que Summer era uma ótima amiga, mas fazia tempo que não se sentia tão bem com alguém como se sentia com Miss Vixen. Levantou a cabeça um instante e viu que Seth estava de pé perto da mesa onde ele estava sentado, olhando para Summer que ia em direção à biblioteca, e encontrara uma companhia, e andava conversando com Zach Stephens.
- Hey, Seth.
- Hey.
- Está tudo bem entre você e a Summer?
- Está. Por quê? Alguma coisa parece estranha? Você acha que ela está estranha, não é? Eu sabia que não era coisa da minha cabeça, eu sabia.
- Seth, eu só, perguntei, você sabe, é de praxe fazer essa pergunta, ‘está tudo bem entre vocês?’ A não ser que você não ache que está tudo bem.
- Está, claro, bem demais para falar a verdade. Summer e eu nunca fomos tão...  Amigos.
- Seth, você está com ciúme da Summer por que ela está conversando com aquele cara do time de pólo?
- Não, eu não estou com ciúme, eu só... Desde quando a Summer conversa com o Zach Stephens?
- Você deveria ter um pouco mais de autoconfiança, Seth, a Summer está com você, e é de você que ela gosta.
- Ok, promete não contar para ela o que eu vou te dizer? – Cal balançou a cabeça. – Eu acho que a Summer está estranha desde que nós decidimos ir... Para a faculdade juntos. – Cal abriu a boca, sem entender exatamente o que Seth estava dizendo.
- Ok, por que você acha isso? A Summer não quer ir para a mesma universidade que você? Ou o que?
- Eu não sei, mas, sempre que eu falo em Harvard ela fica estranha.
- Por que a Summer ficaria estranha por você falar em Harvard? – Cal conversava com Seth ao mesmo tempo em que prestava atenção ao computador, teria apenas mais dez minutos antes da próxima aula, tinha que aproveitar o máximo possível o tempo com a Miss Vixen, também não precisava dar tanta importância a Seth, ele estava viajando, o namoro dele e Summer era tão certinho que aparentemente o amigo estava tentando encontrar algum defeito.
- Sei lá talvez ela tenha percebido que eu não sou o cara certo para ela.
- E o que Harvard tem a ver com isso? – Seth deu de ombros. – Seth, isso tem alguma coisa a ver com, sexo? – Seth não respondeu, mas aquele silêncio soou como um sim; Cal pensou um pouco e começou a entender do que Seth estava falando, embora aquilo fosse uma completa novidade. – Vocês ainda não transaram, e você pensa que na universidade vai ser diferente, mas a Summer não quer falar no assunto, e você não sabe o que ela acha realmente? – Seth balançou a cabeça. – Por que vocês não transaram ainda, Seth?
- Na verdade, eu... A gente nunca chegou a falar no assunto.
- Vocês estão juntos há um ano! – Seth ficou vermelho. – Seth, você é virgem? – Seth não queria olhar para Cal e ver aquele jeito zombeteiro que normalmente Ryan usava para tirar onda com ele por causa da sua anormalidade, mesmo assim levantou a cabeça, e para sua surpresa a expressão de Cal era normal. – Sério?
- É.
- Ok, não vou dizer que seja exatamente uma surpresa, mas, por que você está preocupado?
- Eu não deveria me preocupar?
- Sinceramente? Você ama a Summer, então vai ser ótimo que a sua primeira vez seja com ela, não é verdade?
- A não ser que a Summer não queira.
- Você não vai saber se não falar com ela a respeito, Seth.
- Faz sentido. Eu poderia apostar que você ia me zuar mais que o Ryan.
- Eu não gosto que as pessoas se metam na minha, Seth, então, procuro não me meter na vida dos outros, principalmente quando o assunto é, bem, você sabe; o que você faz, ou deixa de fazer, não é da minha conta, nem motivo para eu te zuar, cara, mas se você precisar conversar, quiser uns toques, ou algo do tipo.
- Eu agradeço, mas parece que você anda ocupado demais com o seu notebook. – Seth falou, reparando como Cal não tirava os olhos da tela do computador. – Será que você largou as drogas e agora está viciado em internet?
- Primeiro, eu nunca fui viciado em drogas, e também não estou viciado em internet. – Cal disse, e desligou o notebook. – Vamos para aula?
- Claro, deixa que eu te ajudo. – Seth pegou a mochila de Cal e levou até a sala onde Cal teria aula de História, e antes de seguir para sua aula de Física, viu novamente Summer conversando com Zach Stephens, realmente iam precisar ter uma conversinha, pensou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Oc: Pecados no Paraíso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.