The Oc: Pecados no Paraíso escrita por The Escapist


Capítulo 14
Capítulo 14:– AND HERE WE GO AGAIN




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/123557/chapter/14

De todas as vezes que Summer precisou se preparar para encarar um novo semestre escolar, aquele certamente era o mais especial, afinal, era o primeiro dia do último ano, quer dizer, não era um ano qualquer, era o fim do colegial, um ano que tinha que ser vivido intensamente, porque depois tudo mudaria. Além disso, era a primeira vez que teria um namorado lhe esperando para matar as saudades e não era um namorado qualquer, era o mais fofo, o mais legal, mais lindo de todos os garotos.
— Ok, talvez mais lindo seja exagero. – disse a si mesma enquanto terminava de se arrumar; tinha apostado num visual meio “Alícia Silverstone em As Patricinhas de Beverly Hills”, ou seja, saia xadrez, blusa branca, a sua tinha as mangas fofas com lacinhos e, ao invés de usar meias vermelhas até o meio da perna, preferiu o tênis All Star de cano longo; prendeu o cabelo de lado e colocou a boina; faltava apenas arrumar a bolsa quando seu pai gritou atrás da porta.
— Summer, você quer carona para a escola, ou não?
— Só mais cinco minutos, pai.
— Você tem dois. Porque se arrumar tanto, você só vai pra escola. – Summer preferiu não explicar ao pai que a escola nunca foi só a escola, é um espaço de interação social.
— Se ele acha que eu demoro, imagina se fosse pai da Coop! – arrumou a bolsa, mas depois resolveu não levar o notebook, por isso teve que trocar de bolsa e quando transferiu tudo para a Prada escolhida, seu pai já estava chamando outra vez. – Ok, já estou pronta.
— Acho que não vai ser difícil escolher seu presente de aniversário. – Summer sorriu, finalmente ganharia seu próprio carro. – Mas, em se tratando de você, é sempre difícil escolher, não é?
***
Entre todas as desvantagens que Zach tinha que encarar por estar de castigo – sem carro e sem mesada até que seus pais esquecessem a maldita maconha que ele fumou “só pra ver como era” –, pegar carona com Taylor talvez fosse a menos pior, apesar de ter que ouvir Tchakovski no caminho da escola, a prima era divertida.
— Quer saber, Taylor, você deveria dar uma chance para as pessoas te conhecerem, quer dizer, fazer algum amigo não ia te matar, ia? Talvez se você saísse um pouco dessa sua bolha.
— Zachary, se alguém quiser gostar de mim, tem que ser do meu jeito.
— Só que ninguém sabe qual é o seu jeito, Taylor, você vive atuando, fingindo ser essa dama de ferro, escondida atrás desse visual brega.
— Porque você tá falando sobre isso agora, Zach? Qual é?
— É o ultimo ano do colegial, você já pensou em fazer as coisas diferentes? Mudar, sair do Facebook e ser você no mundo real? – Taylor deu uma freada brusca porque outro carro cortou sua passagem quando ela ia estacionar; ela xingou baixinho vendo a Ferrari ocupar a vaga que deveria ser sua e o carro que estava atrás começou a buzinar.
— Passa por cima, idiota. – disse ela enquanto procurava outra vaga para estacionar; a BMW, o carro que estava logo atrás buzinando estacionou ao seu lado e uma loira de 1,80m desceu, de óculos escuros, balançando os cabelos lisos compridos. Zach abriu a boca, fechou e abriu de novo e finalmente engoliu em seco; Taylor deu uma risadinha. – Eu não quero viver nesse mundo que você chama de real. Olha só para essas pessoas, o que você acha que é verdadeiro? – a loira passou em frente ao carro de Taylor e caminhou em direção a Ferrari.
— Discutir com você é mesmo inútil, não é?
— Se manda Zachary, se algum dos seus amigos te vir comigo, vai pegar mal para sua reputação. – Zach apenas balançou a cabeça e deixou Taylor com a sua mania de achar que mundo todo estava errado.
Summer e Seth tinham acabado de se encontrar e ainda não tinham se abraçado o suficiente para ter certeza de que eles eram realmente namorados, porque, afinal, isso era tão bom que às vezes nem parecia real. O radar de Summer localizou primeiro a Ferrari preta cantar pneu e depois a BMW azul parar mais à frente e a loira descer “causando” e atraindo para si todos os olhares; Summer olhou para a roupa dela, uma blusa regata, saia curta e botas de salto alto e cano longo.
— Chanel, Chanel, Chanel, Chanel! Oh meu Deus! – Summer exclamou quando viu a loira encontrar o dono da Ferrari e os dois se beijaram. – O Caleb realmente segue à risca aquela história de que a fila anda e eu não tô falando do carro novo. Mas, quem é essa garota? Ela é tão... Alta... – Seth também estava olhando a garota loira, embora ela parecesse diferente à luz do dia e sem a lata de cerveja na mão, ele sabia quem era.
— Alex McKuin.
— Alex o que? Você sabe o nome dela? Desde quando você conhece uma garota assim, Cohen?
— Summer, calma, eu posso explicar.
— Hum, com certeza você vai explicar. – Summer deu um beliscão no namorado, depois sorriu quando Cal e a amiga se aproximaram. – Caleb, hey!
— Summer, Seth, hey. Ei, vocês conhecem a Alex?
— Oi, pessoal.
— Oi, Alex, prazer te conhecer. – disse Seth.
— Bem vinda a Harbor.
— Ahm, valeu, você é do comitê social? – Alex deu um sorriso debochado e Seth segurou a mão de Summer antes que ela apontasse o dedo na cara daquela novata. – É que eu preciso ir até a secretaria, alguém quer me mostrar o caminho?
— Ahm, em frente, esquerda, escada, direita. – Cal disse, mas não se dispôs a acompanhá-la.
— A gente se vê, então. – Alex se virou e saiu na direção da secretaria e os três começaram a andara caminho das salas de aula. Seth se despediu dos dois e foi pra aula de Física.
— Estou livre de Física esse ano. – disse Cal
— Eu agradeço por isso. – Seth gritou de longe.
— Eu tenho Francês agora.
— Eu também. – Summer disse e Cal percebeu que ela estava irritada.
— Oh, Summer, você foi mais simpática comigo quando eu mudei pra essa escola.
— Desculpe por não mostrar a escola a sua nova namorada, loira e alta, Baby Nichol. – Cal deu uma risada. Partindo do princípio de que Summer e Seth ainda estavam juntos e aquela história dela ser a fim dele tinha ficado no ano passado, só havia um motivo para a garota estar brava com ele.
— Ok, primeiro, a Alex não é namorada e segundo, foi a Marissa quem me deu o fora. – Summer deu de ombros.
— Eu não falei nada. – ela sentou na última mesa vazia e Cal sentou de frente pra ela. – Você não entende nada, Nichol, ela não queria brigar com a mãe, a relação delas é complicada.
— Você acha que o meu pai achou bonitinho eu namorar a filha da mulher dele? Ok, esquece, deixa pra lá. – Cal tirou o livro da mochila.
— Que papo é esse que ela não é sua namorada? A Alex? – Cal deu de ombros.
— A gente se conhece.
— A gente se conhece e você nunca me beijou.
— Summer...
— Não, eu já superei aquele amor platônico por você, Baby Nichol. A questão é, trocar saliva com outra pessoa é um ato de intimidade, muito comum entre namorados do que entre conhecidos.
— Summer. A gente está em 2010, as pessoas se beijam sem compromisso.
— Ok.
— Além, eu não namoro mais, namorar significa compromisso, fidelidade, confiança, eu não me relaciono bem com essas coisas, ou elas não se relacionam bem comigo.
Taylor entrou na sala e olhou em volta, desanimada quando viu que todas as mesas estavam ocupadas e os únicos lugares vagos eram na mesa de Summer e Caleb; “mas, podia ser pior”, pensou ela caminhando pra lá e olhando de rabo de olho para Lana e as amigas dando aquelas risadinhas estúpidas. Ela sentou ao lado de Cal, mas nem ele nem Summer lhe deram qualquer atenção; Taylor não se incomodou, já estava acostumada e entre ser invisível e ser a palhaça, a primeira opção era preferível.
A professora já estava na sala quando Alex ocupou o último lugar vazio à mesa e ao ver o jeito como a Garota Chanel olhou pra ela, Taylor ficou pensando que uma Lana era demais; Summer estava pensando algo parecido, a escola não merecia outra Lana, nem o Caleb, apesar de tudo, merecia e a novata passou a aula de Francês inteira falando besteiras com ele e pra ele e combinando de se encontrarem depois da aula pra fazer “besteiras”, pensou Summer e antes que pudesse ficar contente pelo fim do tempo de Francês, estavam juntos novamente na aula de Matemática e de novo, Alex e Cal não pararam de conversar; melhor, Alex não parou de conversar, porque Cal não parecia interessado no que ela estava falando.
Summer encontrou Marissa comprando café e se deu conta de que mal tinha falado com a amiga e desistiu de ir procurar Seth, afinal ele estava monopolizando a sua atenção, mesmo quando ela estava em Seattle só teve tempo de responder os recados dele no Facebook; agora podia conversar com Marissa.
— Hey, Coop! Um café pra mim também, por favor.
— Summer, hey! Você precisa ir até a minha casa, eu tenho umas coisinhas pra você. Chanel!
— Ah, nem fala em Chanel que eu fico enjoada.
— Qual é o problema?
— Nenhum. Como foi em Paris?
— Ótimo, mas eu não conheci nenhum francês bonitão. – Marissa pegou o café, entregou o de Summer e elas foram sentar no sofá. – Sabe, eu fiquei pensando no meu pai e no...
— Namorado dele?
— É e eu resolvi não fazer drama e ver o que acontece. Se ele não foi feliz com a minha mãe, talvez possa ser com... O... Matt.
— Que decisão madura, Coop! E o Cal, você já falou com ele?
— Não, eu não sabia o que dizer a ele, por isso estou evitando vê-lo desde que eu voltei de Paris. Eu pensei que ele estivesse chateado, mas a minha mãe disse que uma loira dormiu com ele. Então, acho que ele já me superou.
— Então você já sabe da Alex?
— Alex?
— É, ela está aqui na escola, e eles parecem bem íntimos.
— Sério, eu não me importo, sabe, você tinha razão, o Caleb é alguém muito propenso a problemas, ele não leva nada a sério; ele tem um beijo delicioso, mas...
— Não rola química?
— Acho que sim. No dia do baile, eu pensei que, de repente poderia ser ele, você sabe...
— Hum... Mas?
— Mas não era ele. A gente não tinha uma história, eu nem sei qual é a banda favorita dele, ou o filme, essas coisas. A gente mal chegou a conversar. – Marissa percebeu que era a primeira vez que pensava na questão daquele modo, na verdade tinha pensado muito pouco em Cal durante o verão e mesmo depois que voltou não sentiu vontade de procurá-lo. – Eu pensei que gostava dele, Sum, mas agora, ele não me parece ser o cara certo pra mim. Será que pode ser assim, eu de repente percebo que não gosto dele? – Cal estava parado bem atrás do sofá e ouviu o que Marissa falou.
— Oh, oh, oh, Cal. – Summer o viu primeiro, depois Marissa se virou.
— Você podia ter dito isso quando me deu o fora, Marissa.
— Eu vou deixar vocês conversarem.
— Não, Summer, a gente não tem muito o que conversar.
— Preciso ver o Seth, a gente se vê, pessoal. – Summer foi embora, mesmo cheia de curiosidade, era melhor esperar que depois um dos dois contasse como foi a conversa, afinal eles eram seus amigos. Cal comprou um copo de café e sentou ao lado de Marissa.
— Aí, desculpa, por ter ficado ouvindo a sua conversa, eu tenho esse problema, de ouvir conversas alheias.
— Não, tudo bem, você tem razão. Eu deveria ter sido sincera, Cal, só que quando eu pedi aquele tempo, eu não tinha certeza do que estava sentindo.
— Então você foi para Paris e percebeu que não sentia minha falta?
— Acho que foi isso. Eu sinto muito, Cal.
— Não, tudo bem, Marissa, eu... Eu não senti sua falta também. – Cal tomou um gole de café e sorriu. – Quer saber, você é uma garota certinha demais pra mim.
— Vou entender isso como um elogio.
— Então, amigos? – Cal estendeu a mão e Marissa apertou.
— Amigos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Oc: Pecados no Paraíso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.