The Oc: Pecados no Paraíso escrita por The Escapist


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bom,chega de papo, vamos para a fic! A música que o Cal estaouvindo nesse capítulo é "Run This Town" do Jay-z.



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SAN FFRANCISCO, CALIFÓRNIA

A música de Jay-Z ecoava nos alto-falantes potentes do som do carro. A porta estava aberta e, sentados na carroceria da Ranger Rover preta, estava um casal de namorados. O rapaz loiro de olhos castanhos, tomava uma cerveja e abraçava a garota. O carro estava estacionado numa rua deserta, latas de lixo tinham sido viradas por perto e havia umas garrafas e latas de refrigerante espalhadas pelo chão.

— Aí, vocês acham que ele vem? — outro rapaz perguntou. Ele estava escorado no capô de outro carro; tinha os cabelos e a barba mal feita ruivos. — Eu aposto que ele não vem, aquele covarde. — O rapaz que estava na Ranger Rover começou a rir sem motivo, acompanhado pela namorada. — É sério, ele não vem, então a gente pode ir nessa, não é? — disse o rapaz ruivo, trocando um olhar significativo com a namorada do amigo; eles tinham combinado de convencer Cal a desistir daquela aposta, mas antes disso, duas luzes piscaram no fim da rua e o barulho dos pneus cantando no asfalto soou alto. Cal se animou e terminou de beber a cerveja.

— Ei, Cal, por que você não esquece essa bobagem? Ham, você já bebeu pra caramba, cara. — Cal abriu um sorriso, mostrando seus dentes brancos e, beijou os lábios da namorada.

— Minhas chaves — disse e estirou a mão, a garota tentou desconversar, mas ele continuou insistindo. — Minhas chaves, Anabelle — falou com o bom humor típico de quem já bebeu além da conta. Anabelle pegou as chaves no bolso da calça e entregou na mão de Cal. Ele deu um chute numa lata de coca no chão e fez sinal para Dean, o amigo ruivo, sair do capô do seu Porsche. O outro carro acelerou e parou com uma freada brusca, riscando o asfalto.

— Cal.

— Você fica aí, ok?

— Se a polícia aparecer, a gente vai tá encrencado.

— A Ana tem razão, cara, e, bom, você já tá bastante encrencado.

Não adiantou Anabelle e Dean tentarem argumentar, Cal entrou no carro e fez o motor roncar; ele tinha que resolver aquela parada com David. Os dois carros se alinharam, ambos pisando no acelerador, fazendo a fumaça subir; o ronco dos motores impediu que ouvissem o som das sirenes se aproximando.

— Ana, vamos embora, entra no carro.

— Dean, a gente vai embora e deixar o Cal se ferrar?

— Qual é, o Cal não ia querer que você se ferrasse, anda, vamos logo. — Anabelle entrou no carro e Dean saiu, de longe ainda ouviram o som do carro da polícia.

Os dois carros partiram para resolver aquela história que tinha começado na escola na primeira semana de aulas; mesmo sabendo que os “pegas” eram completamente proibidos, essa tinha sido a única maneira que os dois encontraram para acertar as contas. O velocímetro no Porsche de Cal marcava 200 km/h, e quase bateu com a roda dianteira no carro de David; de repente a BMW azul começou a ficar para trás, Cal reduziu a velocidade e procurou David no retrovisor, mas o que encontrou foram as luzes da viatura policial.

Teve que encostar o carro, e colocou as mãos no volante quando o policial mandou; estar participando de um racha já seria o bastante para deixá-lo encrencado, ele também estava bêbado, dessa vez com certeza haveria motivo para se preocupar. Telefonou para a tia Patrícia e ela não demorou a ir até a delegacia levando um advogado, que conseguiu fazer com que Cal fosse liberado uma hora depois.

— Ele ainda vai responder a um processo — disse Stuart, o advogado. Cal estava com as mãos no bolso, olhando a tia patricinha fazer cara de nojo para a delegacia, colocando o cabelo atrás da orelha.

— Ele vai ser preso?

— Não, provavelmente não.

— Obrigada, Stuart, eu nem sei como te agradecer, te tirar da cama a essa hora da noite.

— Não se preocupe, Patrícia. Bom, é melhor nós irmos.

Cal viu que a tia não estava de bom humor, mas estava sendo fácil demais. Assim que chegaram em casa ela deixou que ele fosse dormir, simples, sem broncas; era por isso que gostava de morar em São Francisco com a família da mãe, afinal no dia seguinte provavelmente Patrícia já teria esquecido aquele incidente. Dessa vez Cal estava enganado.

— Isso não é possível, Cal, eu realmente não entendo.

A cabeça de Cal ainda estava doendo e só piorava com o barulho dos saltos dos sapatos de Patrícia batendo no piso de mármore; ela estava furiosa e tinha praticamente o arrastado da cama.

— Expulso da escola, preso, bêbado. O que mais você vai fazer? Você achou que poderia esconder que tinha sido expulso? Pelo menos a mamãe não sabe. Imagina como ela ia ficar se soubesse que você foi preso! Você já parou pra se preocupar um minuto com a saúde da sua avó, Cal? — Dessa vez, Cal baixou a cabeça, não era justo a tia dizer que ele não se importava com a avó.

— Desculpa, tia Patrícia, eu sei que pisei na bola, mas eu ia dar um jeito, por isso eu não te contei, não queria que você se preocupasse, eu esperava resolver tudo antes que vocês soubessem. — Apelar para a emoção sempre funcionava com a tia Patrícia, mas não dessa vez, ela ainda estava séria, e parecia realmente chateada.

— Que jeito você ia dar, Cal? Você conseguiu ser expulso da melhor escola da cidade! Como eu vou olhar para o seu pai?

— Meu pai? Tia, você não vai...

— Chamar o seu pai? É claro que eu vou! Sinto muito, Cal, mas você passou dos limites, eu não posso mais lidar com isso. Agora eu quero que você volte para o seu quarto e não saia de lá sem autorização.

— Eles vão voltar atrás, eu posso resolver isso, tia, essa expulsão foi completamente injusta, eu vou voltar pra escola.

— Bom, isso é o seu pai quem vai resolver.

Cal voltou para o quarto e tomou banho para amenizar a ressaca, mas ficar em casa e esperar que o seu pai chegasse e resolvesse estragar sua vida, ele não ia, embora duvidasse que o rei tivesse tempo de largar o seu império para se preocupar com o filho. Ele nunca vinha, não era porque o filho tinha sido expulso da escola e preso que ia aparecer. Foi encontrar Anabelle e um jeito de ser aceito de volta na escola, mas de jeito nenhum iria para Newport.


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Notas finais do capítulo

E aí, eu mereço um review? Manda aí!



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