- Shizune, algum problema? – Perguntou Kakashi.

            - Não, só imagino o que Tsunade pensaria se me visse sendo carregada. Sabe, ela sempre tem uma carta na manga capaz de fazê-la sair ilesa das coisas...

            - Você acha que... Ela pode ganhar de Pein?

            - Kakashi-sensei – disse Sakura – Eu treino com ela a dois anos, e não conhece nem um ínfimo de sua habilidade, Pein já está fadado a morte desde o momento em que não conseguimos pará-la.

            - É difícil acreditar que ela ainda lute tudo isso. – comentou Kakashi.

            - Acredite, ela luta. – Disseram as duas.

            - Bem Sakura, acha que ela vai voltar pacificamente para a vila depois do embate?

            - Creio que ela fuja com Jiraya, acho que a paz é o que ela mais quer.

            - Bom, então tenho que lhe pedir que vá na frente, e peça reforços. Infelizmente não podemos deixá-la fugir, mas contanto que ela esteja em konoha, a livrarei de acusações.

            - Certo Kakashi-sensei! – Dizendo isso, Sakura sai na frente em disparada e logo some de vista.

            - Kakashi, eu já posso andar.

            - Não é incomodo carregá-la.

            - É que... Eu me sinto meio constrangida.

            - Bom, se ajuda, eu posso invocar um cão para carregá-la.

            - Não, não. Melhor ir carregada mesmo. Diz você sempre complica as coisas assim?

            - Só quando posso.

            - Fiquei sabendo que você e a Rin já não se falam há algum tempo. – Disse Shizune, vendo se conseguia algum tipo de confissão.

            - É. Mais ou menos isso.

            - Como sempre, fugindo da sua vida pessoal.

            - Não é uma questão de fugir, só prefiro escolher não falar sobre ela.

            - Sobre sua vida, ou sobre Rin?

            - Sobre tudo.

            - Está bem. – E se cala, pensando se havia perguntado algo que não devia.

            - Jiraya. Você me deve um beijo.

            - Ele ainda não morreu.

            - Eu sei, mas eu disse que acertaríamos a perna em cheio, e que o kuchiyose não funcionaria se fossem dois adversários. Até porque, não dá para fazer uma invocação de um inimigo de nós dois somente olhando para os nossos rostos.

            - É, acabei de lembrar, no campo de batalha, você sempre se gaba.

            - Não, eu só gosto de saber que as coisas saem como planejadas.

            - Está bem, está bem. Por onde agora?

            - Um segundo, a sim, por baixo.

            Jiraya estava pasmo com como a experiência de Tsunade era aplicada pela Kunoichi em tão pouco tempo. Ele (assim como Naruto) nunca havia sido bom nessas coisas; mas ela, já havia dado três instruções para ele.

            Flashback On

            - Escute Jiraya, Pein, apesar de tudo, não deixa de ser usuário de doujutsu. O básico desse tipo de técnica: contanto direto com os olhos; no sharingan, para genjutsus, e no byakugan, para ler as reações do inimigo. E como os outros tipos de doujutsu, muito provavelmente o rinnengan só funcione direito se olhar diretamente para o olho do inimigo. Então, a primeira coisa, Fique de olhos fechados.

            Agora, de olhos fechados, você não irá conseguir desviar dele. Mas eu ainda estou conectada a toda água, então posso sentir, pela vibração, por onde ele irá atacar. Por isso, segunda coisa, preste atenção em meus comandos.

            E por último, apesar da minha velocidade ser maior, precisarei manter contato direto com você para não haver dúvidas de que os dois escaparemos do ataque, por isso, não terei muitas chances de encontrar uma abertura para atacá-lo. Então, depois de desviar, você deve usar um jutsu rápido no local da onde acabamos de sair.

            - Incrível...

            - Nada de mais, eu simplesmente tomei parte da consciência de Tonton e analisei como Pein fazia seus movimentos. Agora, a melhor forma de ficarmos, é um de costas para o outro.

            - Certo, vamos lá.

            Playback off.

            Jiraya efetuou o contra-ataque. Soltou uma bola de fogo no lugar onde estavam.

            - Parabéns, acertou a perna direito. Ele está manco.

            - Como sabe?

            - Há muito peso na outra perna.

            - No fim, você realmente merece o título de a mais forte dos três.

            - Pare de me bajular. Pela esquerda agora, consegue prendê-lo?

            - Talvez! Doton Yominuma (Elemento terra: Pântano do Além).

            - Muito bom, pode abrir os olhos.

            Como descrever a cena? Jiraya não podia acreditar que estava de frente para um Pein muito machucado em várias partes do corpo, preso em um pântano, enquanto os dois não tinham nenhum ferimento.

            - E como vamos acabar com ele? – Perguntou Jiraya.

            - Tente matá-lo.

            - Não dá, ele volta à vida, eu matei três deles quando lutei. Inclusive o original.

            - Hmm, então você não morreu sem fazer estragos?

            - Bom, ganharia se a luta não tivesse sido injusta.

            - Claro, claro. Bom, agora, o que vamos fazer com ele? Por que não o transforma em sapo?

            - Ele tem chakra de mais para isso.

            - Droga, parece que eu tenho que fazer tudo?

            Tsunade andou até Pein, e esse sussurrava desesperado, por falta de poder gritar.

            - Saia de perto! Não toque em DEUS! NÃO TOQUE EM DEUS!

            - Quem está implorando pela vida agora? Uma vez Orochimaru me disse algo interessante. Você pode ser imortal, mas se eu arrancar sua cabeça... Você continuará sendo imortal?

            - SAIA DE PERTO DE DEUSSSSSSS!

            - Pare de chorar, não arrancarei sua cabeça. Sabe por que Katsuyu nunca acaba? Eu geralmente mando inimigos quase mortos para lá, e ela suga o chakra deles, cresce e ainda os transforma em lemas. Já pensou, “Deus”, em ser uma lesma?

            Após mandar Pein para o mundo das lesmas, Tsuande vira e fala para Jiraya.

            - Você me deve um beijo, seu velho tarado.

- Kakashi! O que estamos fazendo?

            - Ãn, me desculpe Shizune-kun, não sei o que deu em mim. –Disse o ninja subindo a máscara.

            - Sabe, achei que você e a Rin...

            - Sabe Shizune, me desculpe por isso de novo. – Abaixa a máscara e torna a beijar a moça no seio da floresta.

Fim.