Amor Maroto escrita por Duda Monteiro, CassyDeschamps


Capítulo 36
Capitulo 37




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A mesma cena acontecia em casas diferentes, na dos Potter e dos Malfoy.

Scorpius e Alvo finalmente haviam tomado coragem e resolveram falar com seus pais.

–Pai, eu sou o melhor amigo de Scorpius Malfoy/ Alvo Potter. –disseram os dois, a seus pais, que por acaso estavam lendo o profeta diário.

–COMO É QUE É? –perguntaram os dois, abismados.

–Quero que você, pai, escreva para o pai do Scorpius/Alvo, para convidar ele para vir aqui em casa. –os dois filhos responderam, calmamente.

–VOCÊ QUER QUE EU ESCREVA UMA CARTA PARA O MALFOY/POTTER? –ele perguntaram, incrédulos.

–Isso.

–O que há com você? –eles perguntaram, colocando a mão na testa dos filhos- Amor, acho que nosso filho está doente!

~*~

–Cara, o que está fazendo aqui? –perguntou Daniel Wood, ao abrir a porta e ver Jared ali- Entra! –ele convidou, puxando-o para dentro de casa.

–Vim ver a Natasha. –Jared respondeu, sorrindo.

–JARED! –exclamou Natasha, correndo escada abaixo, e pulando em cima do garoto. Ela deu um gritinho de felicidade, e beijou-o de forma ardente.

Amélia desceu as escadas logo após a irmã, e lançou um olhar significativo a Daniel.

Thomas veio da cozinha animado, mas parou assim que viu a cena.

–O que está acontecendo aqui? –ele perguntou, com raiva.

Jared e Natasha se separaram.

–O que ele está fazendo aqui? –voltou a perguntar.

–Ele veio me ver, Thomas. –disse Natasha, estressada com as atitudes do irmão.

–Você não vai namorar ele. –Thomas queixou-se, indignado.

–EU. JÁ. NAMORO. –retrucou à morena.

–Eu não vou permitir. –ele disse.

–Desde quando mandamos uns nos outros? –perguntou Daniel.

–Pelo que sei, você é nosso irmão, não o nosso pai. –retrucou Amélia.

Thomas bufou, e saiu para seu quarto, profundamente irritado. Todos os jogavam pedras, mas afinal ele só estava tentando proteger a irmã.

~*~

Estavam todos reunidos na’ Toca. De alguma maneira, Alvo e Scorpius haviam convencido os pais de deixarem o loiro passar um final de semana ali. Alvo convidou Dulce, a garota aceitou, mas o que ela esperava era uma festa onde ela poderia conhecer seus colegas sonserinos, e não para conhecer sua ‘futura família’. Todos se reuniram na sala, estavam só os adolescentes em casa, os adultos faziam as compras de natal, ou estavam trabalhando. Decidiram-se por fim, jogar verdade ou consequência. Lembrando-se que não podiam mentir, se não a garrafa ficava vermelha.

Tiago X Roxanne:

–Então Rox... Verdade, Consequência, Nota, Situação ou Se eu fosse? –perguntou Tiago, sorrindo para a garota.

–Hum... Nota. –ela respondeu, com medo do primo.

–Que nota você dá para... a feiúra do Fred? –ele perguntou, e todos da roda riram.

–Ah, nota... 10! –ela respondeu, rindo.

–Valeu mana. –disse Fred, mas também ria com os outros.

Scorpius X Rose:

–Vamos lá Weasley, escolha logo! –exclamou Scorpius, vendo a demora de Rose.

–Verdade então. –ela respondeu, sem pensar. Scorpius deu um sorriso maligno.

–É verdade que você me acha um Deus Grego? –a menina ficou mais vermelha que todos os Weasley juntos multiplicados por dois.

–Bem... –ela começou.

–Lembre-se, do feitiço na garrafa, Weasley. Se você mentir, ela vai ficar vermelha. –Scorpius falou, debochando.

–Não é verdade. –a ruiva disse, deixando a garrafa azul.

“Eu o acho mais bonito que eu deus grego” ela pensou, aliviada.

Duda X Louis:

–Loisinho... –cantarolou Duda.

–Verdade. –ele cortou.

–Ok, é verdade que você beijou mais de quinze meninas? –perguntou a garota.

–É... –ele começou a contar nos dedos. Tirou os sapatos e começou a contar nos pés- é, é verdade si. –algumas pessoas riram, outras ficaram meio chocadas.

Fred X Alvo:

–Verdade. –disse Alvo. Fred deu um sorriso.

–É verdade que você está caidinho pela sonserinazinha ali? –perguntou o ruivo, com um sorriso debochado.

–Er... –Alvo coçou a nuca- é verdade sim. –Dulce ficou bem vermelha, enquanto todos riam.

O jogo continuou por um tempo, com as perguntas deixando cada vez mais gente vermelha, mas antes que começassem os desafios os adultos chegaram, acabando com a brincadeira.

~*~

A campainha soou na grande mansão Malfoy. Scorpius desceu as escadas indo em direção a porta pensando “Deve ser o Alvo”.

Ele abriu a porta, e viu Karina parada ali.

–Ah, entra Karina. –disse o loiro, não entendendo o que Karina fazia ali.

–Oi Káh, vem, vou te mostrar o quarto. –disse Olívia, aparecendo atrás de Scorpius.

Scorpius subiu, deixando as duas ali.

–Nossa, sua mala pesa Káh. –comentou a loira, enquanto as duas tentavam sem sucesso levantar a mala e subir as escadas.

A campainha tocou de novo, Olívia abriu a porta e fechou imediatamente, vendo quem estava ali.

–SCORPIUS MALFOY VEM AQUI AGORA! –berrou a loira. Scorpius desceu correndo.

–O que foi? –Olívia abriu a porta.

–Se explique. –ela mandou.

–Hey Al, entra! –exclamou Scorpius, mas a loira bateu a porta novamente.

–O que ele está fazendo aqui, Scorpius? –perguntou Olívia, se apoiando na porta.

–Eu o convidei para passar uns dias aqui. –ele respondeu, depois empurrou a irmã, e abriu a porta. Alvo finalmente entrou.

–Malfoy, Karina. –Alvo cumprimentou.

–MÃE! –gritou Olívia.

Heidi Malfoy apareceu na sala de entrada.

–O que foi, querida? –ela perguntou a filha.

–Olha quem ele trouxe! –reclamou ela, chamando atenção para o convidado.

–Ah, você deve ser um dos filhos de Harry Potter, imagino. São muito parecidos. –ela disse, rindo- seja bem-vindo querido. Espero que se sinta confortável. –ela sorriu.

–Mamãe! Ele é um Potter! Eu odeio ele, e ele não pode ficar aqui! –exclamou Olívia, indignada.

–Não seja mal educada Olívia Malfoy! Alvo é convidado do seu irmão. Faça isso por ele. –Heidi respondeu, e depois saiu.

Olívia lançou um olhar fulminante a Alvo.

–Você não é um basilisco Malfoy. Não vai conseguir me matar com o olhar. –disse Alvo, rindo.

–Ah, mas eu posso te matar de outras maneiras Potter. –retrucou à loira.

Depois pegou a mão de Karina, e subiu correndo para seu quarto.

–O que seu pai falou sobre vir aqui? –perguntou Scorpius, a Alvo.

–Ele ficou assustado. Depois deixou. Meu pai não é chato com relação a amizades. –Alvo respondeu- mas o que seu pai vai falar?

–Não sei, acho que ele vai dar um ataque, mas depois passa. –Alvo riu.

–Olívia é muito estressada. Ela não era assim antes de Hogwarts. –comentou o loiro.

–Ela deve ter puxado isso do seu pai, pois sua mãe é bem legal. –comentou Alvo.

–Minha mãe falou que é amiga da sua tia... Keissy, eu acho. –disse Scorpius.

–Não sei, teve um tempo que ela foi da Sonserina, verdade. –comentou Alvo, se jogando na cama.

Ouviu-se uma batida na porta. Em seguida a porta se abriu e ali estava Olívia. Uma Olívia muito irritada.

– Ô Malfoy, vem ajudar a Karina a subir com a mala. –disse ela, ao irmão. Scorpius desceu sem discutir.

–Ah, Scorpius, você vai me ajudar? –perguntou Karina, começando a ficar vermelha.

–É, a tpmica da minha irmã ordenou. –disse o loiro, rindo.

–Ela não está de TPM, só esta chateada. –Scorpius pegou a mala. Com um grande esforço começou a subir novamente as escadas.

–Você é tão lindo. –disse Karina, sem pensar. Em seguida percebeu o que havia dito e corou.

–É, muitas garotas me falam isso. –disse o nada modesto loiro. Karina ficou mais vermelha ainda. Mas era de raiva.

–Eu levo a mala daqui Malfoy. –ela disse, arrancando a mala da mão dele, levantando a alça, e arrastando para o outro quarto. Scorpius deu de ombros, e voltou ao quarto.

–A doida da sua amiga deu um ataque. –falou ele para a irmã.

Olívia revirou os olhos, largou a almofada que estava prestes a lançar em Alvo, e seguiu para o próprio quarto.

–Káh, você esta bem? –ela perguntou, acariciando os cabelos da amiga.

–Estou. É que... é que... seu irmão é um idiota sabe? –Karina disse, chorando.

–É, eu sei. Às vezes não sei como ele é meu irmão gêmeo. Não chore por ele Káh. Muitos garotos gostam de você. –disse Olívia, reconfortando-a.

–Liv, você é a melhor amiga que alguém pode ter, mas... eu queria que fosse minha cunhada. –a morena disse, chorando mais ainda.

Enquanto Olívia servia de ombro-amigo, sua cabeça trabalhava furiosamente. Karina foi tomar banho. E conhecendo a amiga, Olívia sabia que ela ficaria mais de meia hora no banheiro.

Ela saiu decidida em direção ao fim do corredor.

–Scorpius. –a loira falou o nome com raiva. O loiro olhou para porta. Assim como Alvo.

–Potter, isso é um assunto entre irmão, por favor, saia daqui.

–O que foi agora, Olívia? –Scorpius suspirou. Olívia o empurrou para a parede, ficando cara a cara com o irmão, olhou fundo nos olhos exatamente iguais aos dela.

–Olha, você tem que dar uma chance para a Káh. Ele realmente gosta de você. A dois anos eu escuto isso. Então... por favor, não seja o cego egoísta insensível que você tem sido. –ela disse, dando um tapinha no rosto dele, e saindo.

Sorriu, ao ver o olhar intrigado do irmão.

~*~

Eles estavam discutindo qual era a resposta certa da questão. Acabaram correndo pelos jardins, Hugo foi mais rápido e conseguiu alcançar a garota, a abraçando por trás, e rodando-a. ambos caíram na grama. Eles riram. Acabaram tendo a mesma ideia, e se levantaram no mesmo segundo, esbarrando seus rostos, e selando seus lábios.

–HUGO WEASLEY! –eles ouviram a você de Ronald Ciumento Weasley vir da porta da casa.

–LÍLIAN! –essa era a voz de Harry Protetor Potter.

A única coisa que os dois primos pensaram na hora foi “ferrou”. Ambos estavam lascados.

~*~

Draco Malfoy estava pronto para voltar para casa. O dia tinha sido muito cansativo no Ministério da Magia, ele trabalhava ajudando os aurores, não era um auror realmente, mas podia ajudar em muita coisa, considerando que ele sabia como os bruxos das trevas pensavam.

Ele nunca chegou a cumprir pena, por participar dos seguidores de Lord Voldemort, porém seu pai teve que prestar serviços comunitários.

Não durou muito, até que ele se casasse com Heidi. Com quem teve Olívia e Scorpius, nenhum dos dois, nunca o havia decepcionado, bom, pelo menos até aquela noite...

Um Potter. Um Potter estava sentado, em sua sala, dentro da sua casa, jogando com o seu filho.

Ele ficou como um pimentão, olhando com raiva o que acontecia na sala. Resolveu ignorar. Pensando ser apenas uma miragem. Ele estava vendo coisas, óbvio.

–Querida, cheguei. - ele disse, pendurando a capa no gancho perto da porta.

–Draco, querido, o jantar está quase pronto. – Heidi sorriu, agitando a varinha e fazendo pratos surgirem na mesa de jantar. Seis pratos. Seis.

–Seis pratos? –ele perguntou, estranhando.

–Ah, sim, Liv trouxe uma amiga para passar uns dias aqui em casa, eu falei a você, semana passada.

–Sim, eu me lembro, mas você disse só UMA amiga, porque seis pratos?

–É para o Alvo pai. – Scorpius respondeu, aparecendo na porta da sala de jantar, com o cicatriz filho, ao lado.

–Alvo? –Draco perguntou, ainda descrente.

–Ah, desculpe, sou Alvo, Alvo Potter, senhor. – Alvo estendeu a mão.

Ela ficou levantada, porém ninguém a apertou.

–Potter? UM POTTER?-Draco berrou.

–Não, o Chapolin Colorado, pai. –ironizou Scorpius.

–UM POTTER? NA MINHA CASA?

–Acredite pai, eu tive a mesma reação... –comentou Olívia, chegando com Káh.

–Draco, se acalme, não é para tanto. –repreendeu Heidi, apertando o braço do marido.

–Não é para tanto? SCORPIUS MALFOY!

–Me ferrei, ele chamou pelo nome todo. –sussurrou Scorpius, fazendo Alvo rir.

–Draco, venha comigo, vocês, comecem a jantar. –Heidi disse, puxando o marido para o escritório.

Ela fechou a porta atrás de si, e ficou observando o marido quase arrancar os fios de cabelo.

–Como... como... –ele balbuciava.

–Alvo e Scorpius são amigos.

–Como? Não da pra imaginar uma coisa dessas e...

–Eles pertencem à mesma casa, é normal. Ainda mais sendo do mesmo ano, e dividindo o mesmo dormitório.

–Eu queria tanto ver a cara do cicatriz quando soube que o filho virou um sonserino. –Draco riu.

–Parece que ele reagiu muito melhor que você. Alem do mais, ele veio aqui hoje, veio conferir se era verdade que os dois fossem amigos, ou que Alvo estivesse tentando pregar alguma peça nele.

–Eu... ESPERA AI! POTTER PAI ESTEVE AQUI? Que diabos...

–Não sei por que você insiste tanto com essa rixa! Ele é incrivelmente gentil, educado, e parece bem normal, não um idiota como você vivia dizendo...

–Ótimo, se acha ele tão perfeito, porque não casa com ele de uma vez?

–EI! Você já esta perdendo a cabeça, sabia? Você sabe muito bem que você é o único homem que eu amo, Draco Malfoy! –ela o prensou na parede- oras, não fale besteiras como essas.

–Er... eu... –ele balbuciou.

–Er... eu... –ela imitou-o rindo.

–Desculpe, não gosto quando você elogia outros caras.

–Eu sei, mas gosto de te ver se roendo de ciúmes. –ela disse provocante, se afastando dele.

–Por quê?

–Porque isso só prova que você me ama.

–Preciso dizer alguma coisa?

–Diga.

–Eu te amo.

E com isso, eles se beijaram, apaixonadamente.

~*~

“Era véspera de Natal. Keissy aparatou em frente aos números onze e treze do Largo Grimmauld. As duas portas começaram a se afastar e em poucos segundos o número doze apareceu, estando diante dela.

Ela tocou a campainha e esperou. Pode ouvir passos do lado de dentro, e os berros da Sra. Black.

–MESTIÇOS IMUNDOS! POLUINDO A MINHA CASA! –os gritos foram abafados pela cortina. Segundos depois, Harry Tiago Potter estava a porta, sorrindo para a irmã.

–Keissy! –ele exclamou feliz, abraçando-a.

–Harry. –ela retribuiu o abraço.

O moreno deu espaço, deixando-a entrar na casa. A ‘mui antiga e nobre casa dos Black’ estava com uma ótima aparência. Não havia mais nenhuma teia de aranha, e nenhum resquício de pó. As luminárias estavam todas acesas, dando um ar mais alegre ao local. A decoração continuava a mesma, porém não havia mais nenhum resquício de que algum dia a casa ficara desabitada.

–Nossa Harry! –exclamou Keissy, maravilhada- Esse lugar ficou incrível!

–Coisa do Monstro. –ele respondeu, sorrindo- quando ele soube que eu voltaria, começou a arrumar e limpar tudo. Agora ele mantém tudo ajeitado.

Ambos foram até a cozinha, onde Monstro trabalhava feliz e cantarolante.

–Monstro. –Harry chamou.

O pequeno elfo se virou, ele usava um “lençol” novo e limpo. Harry estava tentando acostumá-lo a usar roupas. Hermione insistia tanto, que ele decidiu libertar o elfo, mas Monstro preferiu continuar a trabalhar para os Potter, ele não tinha as mesmas ideias que Dobby.

–Ah! Srta. Potter! –ele exclamou feliz, fazendo uma pequena reverencia- Monstro preparou um belo jantar para meus senhores! Preparou sim! E veja, veja os móveis! –ele passou o dedo sobre a estante e levantou para mostrar- Monstro limpou toda a casa! Monstro deixou tudo brilhante pra Harry Potter e sua irmã! Monstro preparou o quarto de hospedes para a senhorita!

–Muito obrigada, Monstro. – Keissy sorriu para o pequeno elfo.

–Não foi nada senhorita! Monstro só quis... –ele de repente começou a bater com as mãos em sua própria testa- Monstro bobo! Monstro bobo! Esqueceu a batata para cozinhar junto com a carne! Monstro bobo! Com licença meus senhores, Monstro precisa se retirar para comprar o que falta. –e com isso, o elfo estalou os dedos, e desapareceu.

–O que... –ela começou a perguntar.

–Ele sempre faz isso. –respondeu Harry, rindo- não se preocupe.

Os dois subiram para o terceiro anda, onde Keissy deixou sua mala e logo voltaram para o segundo, na sala de estar, onde começaram a por o papo em dia.

Em junho Harry havia vencido Voldemort e todos haviam tido muitas perdas. Agora já estavam no final de dezembro, sete meses depois, primeiro natal sem as vítimas, e fora ai que os dois haviam tido a ideia de passarem esta data tão importante longe de tudo isso.

Era o primeiro natal só dos Potter. Não. Tecnicamente era o segundo. O primeiro havia sido com seus pais: Lílian e Tiago Potter. Mas hoje era o primeiro natal somente dos irmãos Potter. Harry e Keissy já haviam passado natais juntos em Hogwarts, porém nunca haviam estado sozinhos, conversando, sem que ninguém se envolvesse.

–Então, como vão as coisas? Eu estou tão sumido com os trabalhos de auror que me distanciei de todo. –perguntou Keissy, se sentando ao lado do irmão no sofá.

–Ah, os Weasleys estão bem. Talvez agora eles dêem uma recaída nas épocas festivas, mas eles entenderam que a vida continua... Eu, Rony, Hermione e os outros que perderam parte do ano letivo, voltamos a Hogwarts para terminar os estudos. Minerva é a nova diretora, o que deixou todos felizes. Hogwarts já está como antes, obviamente que com magia ficou muito mais fácil reconstruir tudo. –ele sorriu.

–Mas e você? Como esta? – Keissy perguntou, novamente.

–Eu... eu estou bem pra quem tem metade do mundo bruxo sobre os ombros. –ele respondeu, rindo.

–E Gina? –ela insistiu, com um sorriso maroto.

–Ah, Gina esta bem. –ele comentou, envergonhado. –ela já esta sendo procurada por alguns times famosos e...

–Sabe que não é disso que estou falando, Harry Potter. –ela interrompeu, rindo.

–Er... –Harry ficou extremamente vermelho.

–Tomou alguma atitude? –a ruiva perguntou. Ele suspirou pesadamente- Harry! Você precisa fazer algo! Voldemort esta morto! Você não tem mais desculpa.

–Eu sei... –ele respondeu- eu só não acho que seja a hora de falar com ela sobre isso...

–Ela já esta esperando a dois anos, Harry! Se você não correr, ela pode cansar de te esperar!

Harry pareceu pensar por uns instantes.

–Certo, vou fazer algo. –ele disse, por fim.

Os dois permaneceram em silencio, por uns instantes, até Harry perguntar.

–E você?

–Eu? –ela perguntou, perdida.

–É, como anda? [na: com as pernas]

–Eu... bem, o trabalho no Ministério anda pesado. Estamos na busca pelos Comensais que haviam fugido da guerra. Sem falar nos milhões de relatórios que temos que dar baixa. Fora isso, eu estou bem. –ela respondeu, suspirando pesadamente.

–E Gui? –Harry perguntou, com um sorriso de deboche.

Keissy riu.

–Não vejo Gui a mais de um mês, se quer saber. –ela respondeu, triste- e a última vez foi no trabalho, nem tivemos tempo para conversar...

–Nem parece que vocês vão se casar. –Harry riu.

–É.

–Ei, pense que amanhã vamos almoçar com os Weasley, e vocês vão se ver...

–Não. –interrompeu Keissy- ele não vai poder vir.

–Ah...

Os dois retornaram ao silencio.

–O jantar esta pronto. –disse monstro, entrando na sala.

~”~

–O jantar estava ótimo Monstro. Obrigada. –agradeceu Keissy, sorrindo para o elfo.

–Monstro fica feliz por ter agradado. –disse o elfo, fazendo uma reverencia.

–Então... –Harry começou, enquanto os dois saiam da cozinha- o que fazemos agora?

–Eu não faço ideia. –Keissy deu de ombros.

Os dois voltaram para a sala e se sentaram novamente próximos a lareira. Permaneceram assim, em um momento reconfortante.

–Esta feliz? –ela perguntou, mexendo nos cabelos do irmão.

–Muito. –ele respondeu, sorrindo.

Ficaram ambos em silencio, envoltos em seus próprios pensamentos, até que adormeceram.

~”~

–Harry Potter! Harry Potter! Acorde! –chamava Monstro, desesperado.

–O... o que foi, Monstro? –Harry perguntou, se remexendo no colo da irmã.

–É natal! É natal! –Monstro gritava.

–Ahn? –Keissy perguntou, também se acordando aos poucos.

–Dormimos no sofá? –Harry perguntou, ele se levantou, se arrependendo eternamente depois, ao sentir uma imensa dor nas costas- é dormimos.

Keissy estava pior, ela havia ficado sentada, com as costas apoiadas no braço do sofá e a cabeça nas costas do móvel, suas pernas estavam no estilo índio, ela havia estado desse jeito a noite toda.

–Pelo menos VOCÊ estava deitado! –ela reclamou com o irmão.

Harry riu.

–Ah. –ele se lembrou- feliz natal Monstro!

–Feliz natal Monstro. –Keissy concordou.

Monstro sorriu.

–O café esta na mesa, Monstro preparou-o.

–Obrigado, Monstro. –Harry agradeceu, enquanto o elfo saia.

Após o grande café da manhã, Harry e Keissy se aprontaram para o almoço na casa dos Weasley. Ele vestia calça jeans, e uma blusa verde de malha, nos pés um tênis. Keissy vestia um vestido azul até os joelhos, nos pés um saltinho básico prata, e seus cabelos estavam soltos.

–Esta ótima. –disse Harry, sorrindo quando a irmã desceu.

–Você também. –ela elogiou-o.

Os dois Potter, e Monstro, aparataram da entrada da casa, indo aparecer na frente da Toca. Do lado de fora, uma enorme mesa estava montada. Como em quase todos os natais, o almoço seria servido ali fora, pela enorme quantidade de pessoas que estaria ali para o almoço. Da janela do primeiro andar, podia-se ver uma pequena nuvem de fumaça saindo. Keissy e Harry se entreolharam antes de saírem correndo desesperados para a casa. O cheiro de queimado invadiu-os.

–Molly deve estar longe do fogão! –disse Keissy, ela abriu a porta da casa, confirmando sua conclusão. A ruiva correu para o fogão, tentando achar o causador do cheiro.

–É o cheester! –Harry disse, tirando a ave de um dos fornos- AI! Ajudinha ajudinha!

Keissy pegou um pano, e colocou embaixo da travessa, tirando a mão de Harry dali.

–Muito estrago? –Keissy perguntou.

–Só queimou um pouco, ainda da pra comer. –Harry respondeu. Keissy revirou os olhos.

–Estou falando da sua mão!

–Ah, queimou um pouco, mas não é comestível.

A ruiva riu.

–Ei! Keissy! Harry! –chamou Jorge, aparecendo na escada- quando foi que vocês chegaram?

–Harry? Alguém disse Harry? –perguntou a voz de Rony, do penúltimo andar.

–Harry esta ai? Keissy já veio? De onde vem esse cheiro de queimado? –perguntou a voz de Hermione, um pouco mais próxima.

–Estão aqui em baixo. –Jorge respondeu, aos dois- o que aconteceu?

–Chegamos e... –começou Harry.

–Sentimos um cheiro de queimado, então corremos e salvamos o cheester. –continuou Keissy.

–Estranho, mamãe nunca deixa nada no forno. –comentou Jorge- Sem ter certeza de que não esta seguro.

–Mamãe esta la fora com a Gina. –disse Rony, aparecendo sorrindo na escada- feliz natal!

–Feliz natal! –disseram os dois.

–Harry! –chamou Hermione, passando pelo lado de Rony e abraçando o amigo- Keissy!

–Oi. –eles disseram.

–Vem Keissy, vamos lá com a Sra. Weasley. –disse Hermione, puxando a ruiva pelo braço.

–Ah, certo. –concordou Keissy, saindo com a morena.

As duas foram até a antiga barraca de ferramentas do Sr. Weasley. Lá dentro, Gina e Molly mexiam em uma pilha de caixas.

–ACHEI! –berrou Molly, feliz.

–Onde estava? –Gina perguntou, se aproximando da mãe.

–Junto com as chaves de fenda. –ela respondeu.

–Keissy! –Gina exclamou, vendo as duas paradas na porta- quando você chegou?

–Acabei de chegar... Molly, você tinha esquecido o... –ela explicava.

–AI MEU MERLIN! ESQUECI O CHEESTER NO FORNO! –ela gritou, desesperada, já saindo do barracão.

–Esta tudo bem, tiramos ele a tempo. –acalmou-a Keissy.

Ela pareceu grandemente aliviada.

–Ótimo, vamos voltar para a casa, e arrumar o almoço, Arthur e Carlinhos devem chegar logo logo! –Molly exclamou feliz, seguindo para a casa, com as três logo atrás.

–Você antes tinha dito ‘Tiramos a tempo’, tiramos? –perguntou Gina.

–É, eu e Harry. –Keissy deu de ombros, sorrindo.

Ao chegarem à casa, Molly colocou todos para ajudarem a servir o almoço. O lado exterior estava todo decorado com as cores vermelho, verde e branco. Os gnomos de jardim estavam com gorros vermelhos, e petrificados para não incomodarem. A neve que havia caído na noite anterior deixou um clima bem natalino ao local, onde ao longe era possível ver o brancor sobre as arvores.

–As comidas traremos mais tarde. –concluiu Molly, olhando a mesa já com as louças postas- esperaremos Arthur e Carlinhos chegarem- não quero que a comida esfrie antes.

Todos assentiram, e voltaram para dentro de casa. Quando Carlinhos e Arthur chegaram, se colocaram a desejar feliz natal a todos, o que demorou o suficiente para que Molly se estressasse, dizendo que a comida esfriaria. Todos sentaram-se a mesa, enquanto as travessas de comida flutuavam até a frente deles. Eles se serviram do enorme banquete.

Após muito papo, risos e comida, todos estavam satisfeitos, e já se preparavam para tirar a mesa. Molly havia acabado de se levantar quando ouviram o barulho de aparatação próximo a mesa. Ali estava Gui Weasley.

–Oi família. –ele disse, sorrindo.

Keissy parecia ter virado pedra em seu acento.

–Ah, Gui! –disse Molly, maravilhada- que bom que pode vir querido!

–Quis fazer uma surpresa, mas acabei me atrasando na saída do trabalho. –ele disse, abraçando a mãe.

–Sente-se Gui. –disse Arthur, também abraçando o filho.

Gui se sentou, sorrindo para todos. Ele passou o olhar pela mesa, até parar em Keissy. A ruiva estava mais vermelha que seus cabelos, e a forma que o encarava deixa claro que não era de vergonha que ela estava assim. Ele achou melhor desviar o olhar, e esperar ela se aquietar um pouco.

–A comida estava ótima, mãe. –ele elogiou, terminando de comer.

–Vamos aos presentes então? –Carlinhos perguntou.

Todos pegaram os pacotes que estavam embaixo da arvore, e começaram a presentear uns aos outros. Gui desculpou-se, mas não tinha presente pra ninguém, não teve tempo pra sair as “compras” e não tinha certeza se poderia mesmo vir à festa.

No final da festa, todos já se retiravam para dormir, bom, pelo menos Molly e Arthur, que estavam pra lá de cansados.

–Boa noite, não fiquem acordados até muito tarde. –disse Molly, antes de se retirar.

–Boa noite, mãe/Sra. Weasley. –disseram eles.

Assim que os dois subiram, o povo da sala começou a conversar. Passados alguns minutos, Keissy se sentou ao lado do irmão, e cutucou-o, sussurrando dizendo:

–Vai fazer algo ou não? –ela perguntou, indicando Gina.

–Você, vai fazer algo, ou não? –ele retrucou, indicando Gui.

–Porque eu faria algo? –ela retrucou- ele que devia vir até mim pedir desculpas. Se eu for até ele, será um Weasley a menos no mundo.

Harry riu.

–O que os irmãos Potter estão conversando? –perguntou Jorge.

–Podemos saber? –concordou Fred.

–Nada demais. –disse Keissy, dando de ombros.

–Ótimo, então podem compartilhar. –eles disseram, sorrindo.

–Keissy esta braba porque Gui havia dito que não viria. –Harry entregou.

–HARRY! –Keissy brigou com ele.

Os gêmeos riram.

–Porque contou? –Keissy perguntou, ficando mais vermelha ainda.

–Não sei, você ia acabar falando mesmo. –ela deu um tapa na nuca dele.

Harry e Keissy se entreolharam. E ficaram vermelhos.

–Eu vou la pra fora. –Keissy disse, saindo.

–O que aconteceu com ela? –Jorge perguntou.

–Ela não vai falar com o Gui se ele não falar com ela antes. Orgulho Potteriano, sabe como é. –Harry deu de ombros.

Os gêmeos se entreolharam, e Jorge jogou a primeira coisa que viu pela frente na cabeça de Gui: uma uva. Gui olhou assustado para os irmãos. Enquanto Fred fingia estar chorando como uma garota, Jorge imitava Gui. E depois ambos apontaram para o lugar vazio ao lado de Harry. Gui, ainda parecendo meio confuso, saiu da casa.

Keissy estava sentada em baixo de umas das arvores que haviam ao redor da casa. A neve ainda não caia, mas o clima já estava mais frio do que antes, o que fez a ruiva fechar mais ainda o casaco que havia pegado emprestado de Gina. Ela se arrependera eternamente de ter saído de casa de vestido, com esse frio, pensava em voltar para dentro, e era o que ela pretendia, mas antes que pudesse chegar mais perto da porta, o ruivo saia de lá, parecendo confuso. Ele sorriu ao vê-la. Se aproximou mais e disse:

–Oi.

–OI? Você fica um mês sem me ver, e diz OI? –ela perguntou, incrédula.

–O que queria que eu dissesse? –ele perguntou, assustado com a reação dela- “Nossa como esta frio aqui fora”?

Ela bufou, irritada.

–O que foi? Porque esta assim? –ele perguntou, encarando-a.

–Não sei... deve ser pelo fato de que você me deixou deprimente a semana inteira quando me disse que NÃO vinha hoje! –ela disse, virando os olhos.

–Eu não tenho culpa que meu chefe resolveu dar uma folga em cima da hora e...

–‘Quis fazer uma surpresa, mas acabei me atrasando na saída do trabalho’ –ela o imitou, ironicamente.

–Você me imita muito mal, sabia? –ele disse, rindo, e recebendo um tapa no braço- AI!

Ela virou as costas pra ele, ainda mal humorada. Ele sorriu.

–Kess... qual é, não vai ficar braba por uma besteirinha dessas?”

–Que fofinho! –interrompeu Jade, com os olhos brilhando.

–É... nojento. –disse John, mexendo a cabeça.

Keissy riu dos netos.

–Não é nada nojento! –protestou Jade.

Gui apareceu na porta do quarto, onde Keissy contava a história para as crianças dormirem.

–Contando a história de natal? –Gui perguntou, abraçando a mulher por trás.

–É. –ela disse, sorrindo- muito bem, véspera de natal, amanhã querem acordar cedo para abrir os presentes. Então já pra cama!

–Vovó, já estamos deitados. –disse John, rindo.

–Durmam então. –Gui respondeu, rindo também.

–Boa noite. –Keissy disse, indo para a porta.

–Boa noite vovó, boa noite vo. –disseram os dois.

A luz do quarto foi apagada. E eles dormiram, numa perfeita noite de natal.


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Notas finais do capítulo

Grandinho esse né?



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