Kingdom Hearts: Three Keys, One Heart escrita por nekohime_yami


Capítulo 17
XVI – Olympus Coliseum


Notas iniciais do capítulo

UAU, quase dois meses desde a última vez que postei aqui!
Peço perdão a todos!!!
Ainda estou enrolada com a faculdade, mas acredito que entro de férias dia 20/12; e então terei mais tempo livre...

As [músicas para ambientação] deste capítulo foram as da OST do filme do Hércules mesmo (tem playlist com todas no Youtube!), porque não gosto muito da BGM de Olympus Coliseum...

Boa leitura!



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Hikaru foi em busca do próximo mundo no qual pousar, maravilhando-se com a melhora na velocidade e na capacidade de manobra do seu keyblade glider depois de ter sido consertado por Cid em Radiant Garden.

Foi então que sentiu uma forte escuridão vinda de algum lugar próximo, e ao segui-la viu-se olhando para um mundo. Resolveu pousar.

Desta vez o pouso foi tranquilo, e Hikaru fez o keyblade glider sumir e desativou a armadura sem maiores problemas... exceto que a roupa desta vez era muito esquisita. Por que raios estava usando um vestido e sandálias?

Mas isso não era o mais importante no momento. Primeiro, precisava encontrar a origem da escuridão que sentia. Foi atrás dela, ao mesmo tempo olhando em volta numa tentativa de reconhecer aquele mundo (e quase conseguindo) quando...

– AI! Quem colocou uma parede aq... – olhou para cima, massageando o nariz, e viu que a “parede” era uma pessoa. Alguém que parecia... familiar...?

– HERC!/VEN! – Hercules e Hikaru exclamaram ao mesmo tempo, apontando um para a cara do outro.

– Pensei que nunca mais veria você! – disse o herói, puxando Hikaru para um abraço de urso que quase o matou sufocado.

Assim que foi solto e conseguiu recuperar o fôlego, Hikaru virou-se para o antigo amigo com as sobrancelhas franzidas num olhar de estranhamento.

– Você era... menor da última vez que nos encontramos. – disse.

Hercules riu.

– Você também, mas não muito. – disse, e então, sob o olhar que Hikaru lhe lançava, levantou as mãos em rendição – Desculpa, ok? Paz! – vendo que o olhar se suavizara abaixou as mãos – O que te traz aqui? – perguntou, curioso.

– Eu senti algo... ruim vindo de algum lugar por aqui. Alguma ideia do que possa ser? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

– Além de Hades? – coçou o queixo – Agora que você falou, eu vi um homem estranho, todo vestido de preto, se inscrever para os Jogos ontem...

– Esse homem... ele usava um longo casaco preto com capuz? Parecia que não era daqui? – perguntou Hikaru com uma ansiedade atípica dele.

– Sim... por que? – perguntou Hercules, surpreso com a reação do amigo.

– Ainda tem vagas nos Jogos? Eu preciso encontrar esse homem. – o olhar dele não deixava dúvidas de que era sério.

– Acho que ainda tem vagas sim... posso pedir para o Phil te inscrever. No caminho... me conta por que está atrás desse homem? – disse Hercules, guiando Hikaru até o Coliseu.

– Ele e os “amigos” dele raptaram uma pessoa muito importante para mim. E também é culpa deles um amigo meu ter desaparecido. – Hikaru tinha os punhos cerrados, sem perceber – Eu só... – suspirou, relaxando os punhos – quero trazer os dois de volta. Não quero perder mais ninguém. – terminou numa voz quase inaudível, carregada de dor.

Hercules sorriu, pondo a mão sobre o ombro de Hikaru.

– Vamos te inscrever para os Jogos, você vai encontrar aquele homem, e tenho certeza que vai conseguir encontrar essas pessoas que você procura. – disse, confiante.

Hikaru riu, quase sem querer.

– Valeu, Herc...

– HERC! – os dois se surpreenderam com o grito repentino – Onde você se meteu numa hora dessas, garoto? HERC!

Logo o dono da voz, um familiar fauno gordo, apareceu.

– Ora, aí está você! Isso é hora de sumir? Os Jogos já vão começar! – tagarelava o fauno, até que finalmente pareceu perceber o garoto ao lado de seu pupilo – E quem é esse aí?

Hikaru riu.

– Oi, Phil. Pode me chamar de Hikaru. – disse com um sorriso.

– Hikaru? – perguntou Hercules.

– Longa história. – dispensou a questão com um aceno de mão.

– Certo... Phil, pode inscrever ele para os Jogos? – perguntou o herói.

– Que? Esse moleque não sobrevive nem o primeiro round! Além disso, você ficou com a última vaga. – respondeu o fauno com um gesto de desprezo e dispensa.

– Então acho que ele vai ter que ficar com a minha vaga. – retrucou Hercules, braços cruzados determinadamente.

– O QUE? Eu acabei de dizer que...

– Phil... – as sobrancelhas dele se franziram.

– Está bem, está bem! – então virou-se para Hikaru – Mas três palavras para você, garoto: Não perca no primeiro round!

E então o fauno virou-se para o lugar de onde tinha vindo, indo trocar o nome do herói que tinha inscrito, deixando Hikaru a contar as palavras na frase, que definitivamente não eram três.

– Valeu, Herc... mas não tem problema você dar sua vaga para mim? – perguntou Hikaru, deixando a contagem de lado.

– Vai ficar tudo bem. Desta vez você precisa mais dessa vaga do que eu. E vai ser divertido assistir os Jogos para variar. – respondeu Hercules com um sorriso.

Hikaru riu. E então estavam frente a frente com o Coliseu e um Phil emburrado.

– Já troquei as inscrições. Boa sorte, garoto. Vai precisar. – disse o fauno emburrado.

Hikaru riu.

– Obrigado, Phil. Não vai se arrepender. – sorriu.

E então uma voz vinda sabe-se lá de onde chamou os competidores para a arena, e Hikaru adiantou-se para ir.

– Boa sorte lá dentro, garoto. Espero que tenha ficado mais forte desde a última vez. – disse o fauno, sarcástico.

– Então você lembra de mim, Phil. – sorriu – Eu não diria mais forte. Mas vou ficar bem. – então, com um ultimo aceno de cabeça, entrou na arena.

Quando os Jogos estavam para começar, Hikaru olhou para suas roupas com as sobrancelhas franzidas, pensando que seria muito melhor se estivesse usando calças. Assim que ele pensou isso, o vestido foi trocado por roupas parecidas com as que Zack usava quando o encontrara da outra vez que estivera ali. Bem melhor. Aliás, falando em Zack, onde será que ele...?

E então o primeiro round começou, e Hikaru teve que cortar seus pensamentos e se concentrar na luta. Como esperado, o primeiro round era um battle royale contra toda sorte de heartless, nobodies, e inimigos mais fracos.

Hikaru passou pelo primeiro round como um furacão. Era verdade que não havia ficado muito mais forte, mas estava muito mais rápido que da última vez que Phil e Hercules o viram.

Antes que pudessem dizer “Pelos raios de Zeus!”, Hikaru tinha passado voando pelos rounds iniciais e estavam no intervalo que precedia a final.

– Eu disse que o garoto ia conseguir sem problemas! – disse Phil, arrogante.

Hercules balançou a cabeça e Hikaru riu.

– Ainda falta... a final. Me desejem sorte. – sorriu e, assim que a voz misteriosa chamou os finalistas para a arena, virou-se e entrou. O sorriso desapareceu, e em seu lugar ficou pura determinação.

Como esperado, seu oponente vestia o uniforme da Organization XIII. Tinha também o dobro da largura de Hikaru, e era claramente mais alto. Hikaru reconheceu a enorme espada-machado que o oponente carregava, mas não se lembrava muito bem de quem ele era – sua identidade devia estar na parte de suas memórias que ainda não estava muito clara.

O homem pareceu surpreso ao ver Hikaru.

– Roxas! Não acreditei quando Larxene disse que tinha voltado, mas parece que era verdade. – disse o homem, e Hikaru também reconheceu a voz. Alguma coisa clicou em sua mente.

– ...Lexaeus. – constatou, sério.

Foi dado o sinal para o início da luta. Como na luta contra Riku, quando percebeu, Hikaru estava empunhando a Oblivion e a Oathkeeper (ao contrário, como Ventus).

– Meu nome é Hikaru, não Roxas. – disse, pondo-se em guarda – O que vocês fizeram com ela?

– “Ela”? A garota de Disney Town? – perguntou o nobody. A resposta estava clara no olhar de Hikaru – Isso é informação confidencial.

– Então eu vou ter que arrancar de você! – disse, sobrancelhas franzidas, e então desapareceu.

A audiência prendeu a respiração para ver o duelo entre os dois finalistas, incomensurável força bruta contra uma velocidade vertiginosa que era difícil de acompanhar com os olhos.

Lexaeus atacava com força capaz de abrir crateras na arena, enquanto Hikaru praticamente voava com seus ataques sem muita força, mas incrivelmente rápidos. O embate se arrastou pelo que pareceu quase uma eternidade, nenhum dos combatentes cedendo. Não havia como determinar o vencedor...

De repente, sem aviso, a enorme arma do homem de negro voou, aterrissando longe de seu alcance, e o homem caiu de costas no chão com o garoto loiro em cima, as estranhas espadas apontadas para seu coração e sua garganta.

– Onde ela está? – perguntou Hikaru, sério.

Lexaeus, seu capuz já não cobrindo mais o rosto, deu um sorriso sarcástico.

– ONDE ELA ESTÁ? – perguntou Hikaru outra vez, aproximando mais as keyblades de seus alvos.

– Você... nunca vai encontrá-la. Nenhum de nós vai te ensinar o caminho para o lugar onde ela está. – respondeu Lexaeus, arrogante.

– Vou encontrá-la, sim. Não importa o que eu precise fazer para isso. – levantou as keyblades – Adeus, Lexaeus.

Com um ultimo golpe, o nobody desapareceu. Desaparecido o mestre, a enorme arma também se desintegrou.

Hikaru levantou-se, e as duas keyblades desapareceram de suas mãos. Percebendo que tinham um campeão, o público levantou-se e gritou para aclamá-lo.

Hikaru, entretanto, não parecia feliz com a vitória. Havia derrotado um integrante da Organization, mas não descobrira nada sobre Flamma ou Ivan.

Foi de cabeça baixa e com uma expressão pensativa que andou até onde Hercules e Phil estavam... com uma moça? Reconheceu-a então pelas memórias de Sora.

– Por que essa cara de enterro, garoto? Você venceu os Jogos! – disse Phil, dando-lhe um tapa nas costas (feito apenas possível por ele estar alguns degraus acima na arquibancada).

– É, mas... continuo sem saber nada sobre as pessoas que estou procurando. – suspirou.

– Tenho certeza que vai ter mais sorte da próxima vez. Sei que vai encontrar seus amigos. – disse Hercules, confiante, uma mão sobre o ombro de Hikaru.

– Valeu, Herc. Espero que esteja certo. – Hikaru sorriu de leve.

– Olha, por que vocês dois não vão lá pegar o prêmio e me deixam conversar com o garoto? Acho que um toque feminino vai resolver as coisas. – disse a moça (Megara, se lembrava-se bem), tomando uma das mãos de Hikaru e enxotando os outros dois.

Enquanto Hercules e Phil foram pegar o prêmio, Meg levou Hikaru para um ponto onde podiam conversar.

– Eu ouvi mais ou menos aquela sua conversa com o grandalhão... você está procurando uma garota, certo? – perguntou.

Hikaru acenou positivamente com a cabeça.

– Você gosta dela, não gosta? – sorriu.

Outro aceno positivo, desta vez com bochechas levemente coradas.

– Eu não acreditava muito em amor, sabe? Mas é uma força poderosa. Ela liga você e aquela garota. – segurou as duas mãos dele, sorrindo – Tenho certeza que você vai conseguir encontrá-la.

– Obrigado... Megara? – Hikaru sorriu.

– Pode me chamar de Meg. E boa sorte, garoto. Acredite e você vai encontrar sua garota. – sorriu, bagunçando os cabelos dele, e Hikaru riu.

Neste momento, Phil e Hercules voltaram com o prêmio: uma estranha caixinha de vidro. Quando Hikaru a abriu, ela se desfez num jorro de luz... Luz. Devia ser por isso que a Organization mandara um agente para os Jogos.

– Ora, grande prêmio! – Phil bufou.

– Ele tem valor, Phil... Bom, talvez não agora que sumiu. Mas tenho certeza que vai tornar esse mundo melhor. – Hikaru sorriu.

– Se você diz. – Phil deu de ombros.

Todos riram.

– Bom... agora eu preciso ir. Herc, Meg, Phil... obrigado por tudo. Nos vemos por aí. – disse Hikaru, por fim.

Despediram-se e, com um último aceno, Hikaru saiu do campo de visão dos três. Então abriu uma passagem, ativou sua armadura, chamou seu keyblade glider e se foi.


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Notas finais do capítulo

Pode demorar de novo até sair o próximo capítulo, mas espero que não desistam de mim!

Espero que tenham gostado!

Vejo vocês no próximo capítulo, ou nas respostas aos comentários!