Kingdom Hearts: Three Keys, One Heart escrita por nekohime_yami


Capítulo 1
Prólogo - Two Hearts


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi escrito com a música Shine On You Crazy Diamond, do Pink Floyd... Ela ajuda a criar o clima certo.
http://www.youtube.com/watch?v=t3AosAlaODw
Essa é minha versão favorita dela, do David Gilmour no Live in Gdánsk. Ouçam, e boa leitura!



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Duas plataformas com vitrais sobre elas são a única fonte de luz de um espaço que, de outra forma, seria puramente escuridão.

Um dos vitrais mostra um garoto de cabelos dourados espetados e olhos azuis como o céu de verão, vestindo uma capa branca. Sobre ele está um garoto igual, porém um pouco mais velho, vestindo o que seria o uniforme da Organization XIII (capa, luvas, calças, e botas pretas) não fosse a cor da capa, que era branca, e o estranho pedaço de metal sobre seu ombro esquerdo.

O outro vitral mostra um garoto de olhos azuis como os do outro e cabelos castanhos ainda mais espetados, vestindo roupas um tanto peculiares: calças bufantes vermelhas, colete de mangas curtas branco e azul, cinto azul, luvas brancas e enormes sapatos amarelos; com uma corrente de coroas prateadas presa ao cinto e outra corrente no pescoço, na qual está pendurado um pingente em forma de coroa. O garoto sobre ele é o mesmo, apesar de ser um pouco mais velho, e estar vestindo roupas um pouco diferentes, mas que mantêm o mesmo estilo: calças bufantes, colete, luvas, sapatos enormes, corrente com coroa.

Os dois garotos se encaravam do centro de seus respectivos vitrais, tão diferentes e tão parecidos. O garoto do pingente de coroa se adiantou.

– O que está acontecendo? Por que tem duas plataformas? – perguntou, confuso.

– Quando eu havia perdido parte do meu coração, você se ofereceu para uni-lo ao seu até que eu pudesse me recuperar. – respondeu o outro garoto – Isso foi há vários anos, e você passou por muitas coisas nesse tempo. – sorriu – Eu também, mesmo que indiretamente. E com o tempo, recuperei a parte do meu coração que havia perdido. – suspirou – É hora de voltarmos a ser dois.

– Mas se você for embora, eu... Depois de tanto tempo, ficar sozinho é...

– Você não está só. Tem Kairi, e Riku... e Donald, Pateta, Mickey, e todos seus outros amigos. – sorriu –Você não precisa mais de mim.

– Mas... nenhum deles está dentro de mim! Não é a mesma coisa!

O garoto de capa franziu as sobrancelhas. Quando aquele moleque ia amadurecer?

– Pode não ser. – o outro ia abrir a boca para dizer algo, mas ele não deixou – Mas seu corpo não pode suportar dois corações. É muita pressão, você simplesmente explodiria. Entenda, eu preciso sair. Não posso correr o risco de explodir alguém que salvou minha vida. Mais importante ainda, que salvou meu coração.

– Mas... – entendia o que o outro queria dizer, mas ainda assim hesitava.

O garoto de capa balançou a cabeça, sério.

– Sem mas. – então sorriu – Enfrente a situação como um verdadeiro escolhido da Keyblade.

O outro garoto então recuou e olhou para o chão, punhos cerrados, como se forçando-se a engolir a realidade. Então voltou a olhar nos olhos do outro.

– Nos veremos outra vez? – perguntou.

O garoto de capa sorriu, pensando que talvez aquele moleque tivesse amadurecido sim, afinal.

– É claro.

Então estendeu a mão à frente, e um tipo de chave grande e estranha apareceu. Ele a segurava com o corpo estendido ao longo do antebraço, como se fosse uma adaga.

– Nós dois temos a chave. Sua Kingdom Key vai encontrar minha Wayward Wind.

O outro garoto então também estendeu a mão à frente, e uma chave grande e estranha, diferente da do outro, apareceu. Ele a segurava como se fosse uma espada.

– Então... Nos vemos por aí, Ven.

Ventus sorriu.

– Até a próxima, Sora.

E desapareceu, junto com seu vitral, sua plataforma e sua Keyblade.

Flamma passeava tranqüilamente pelos arredores de Disney Town, admirando a luz das estrelas, quando viu algo cair do céu num foco de luz. Correu até lá, e encontrou um garoto desmaiado, vestindo algo que lhe lembrou imediatamente o uniforme da Organization XIII, exceto pela cor da capa e o pedaço de metal preso ao ombro esquerdo.

Levantou o garoto (ele era mais leve que parecia) e levou-o para a casa dela, deitando-o numa cama. Por algum motivo, o rosto dele lhe parecia familiar...


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Notas finais do capítulo

Bem, aí está!
Tem mais capítulos, mas só vou publicá-los quando receber reviews neste!