Save Her escrita por little_lys


Capítulo 6
Reencontro inesperado.


Notas iniciais do capítulo

Mas uma lembrança, e agora Marie vê seu querido primo Dave. E então, ela o verá novamente? E sua situação com Johnny?



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Dias depois...

Finamente eu já estava recuperada o bastante para ir de volta ao trabalho. Estava usando a muleta so em caso de extrema necessidade.

Levantei empolgada da cama. Não agüentava mais ficar so dentro de casa! Tomei meu banho rápido e desci para tomar café.

Seu João e a dona Ger já estavam de pé, como sempre.

- Bom dia todo mundo! – hm, Johnny também estava aqui.

- Bom dia – falam em coro. Alem de Johnny, percebi que havia outra pessoa à mesa. Uma mulher, mais ou menos da idade de dona Ger. Essa eu não conhecia.

- Marie – disse-me dona Ger, todos agora se referiam a mim com ‘Marie’ – essa é uma amiga de muitos anos, Melina.

- Olá – falei simpática.

- Oi querida.

- Está disposta para ir ao trabalho hoje, Marie? – dona Ger perguntou.

- Sim, não agüentava mais ficar dentro de casa!

- Ótimo então – disso seu João.

Seu João ficou lendo e jornal, dona Ger e aquela amiga dela, a dona Melina, ficaram conversando seus assuntos. Johnny e eu estávamos calados.

- sabe – falou ele – conheci direito aquela sua amiga do trabalho, uma baixinha, no hospital.

Mônica?

- É. Bem legal ela. – ãã? O que ele queria com ela. Ora Marie! Isso não é da sua conta. Mas poxa, logo a Mônica!

- Sim, muito legal.

- Fico feliz por meu amigo ter conhecido alguém tão gente boa como ela.

- Amigo?

- Ah sim. Ela, Mônica, namora um amigo meu, Lucca. Ele está na capital resolvendo uns assuntos de família.

- Ah. – um alívio passou por mim. Ah, quer dizer. É melhor deixar para lá.

Olhei para o relógio e vi que estava quase na hora de ir para o mercado. Levantei com meu prato e meu copo e os deixei ali na pia. Johnny fez o mesmo.

Dona Ger estava tão entretida na sua conversa com a dona Melina. Seu João continuava a ler seu jornal atentamente.

- Vamos? – perguntei, ele assentiu – Tchau a todos, to indo!

Nenhum deles falou, apenas acenaram rapidamente. Subi para pegar minha bolsa enquanto Johnny ia ate o carro, para quando eu descesse era so dar a partida.

Cheguei ao quarto e o vi da janela, encostado na porta de seu carro, olhando para o nada. Peguei a bolsa, mas continuei a ficar olhando-o.

É. Johnny era um homem muito bom. Cavalheiro, bonito, simpático... E um ótimo amigo. Mas, com certeza ele não era só meu amigo. Ele já começara a me ver de uma forma diferente há um tempo. Eu estou começando a o ver agora...

Virei-me para descer assim que ele ameaçou olhar para a janela. Desci correndo as escadas, e pelo menos não cai.

- Tchau de novo! – passei correndo por eles, nem parei para ouvir um tchau de volta.

- Demorou. – falei Johnny abrindo a porta para mim

- Obrigada – falei entrando, ele fechou e logo entrou – é que eu havia me esquecido onde tinha deixado a bolsa – menti.

Ele fez apenas um ‘hm’ e deu partida. Hoje eu estava mais feliz, não sei por quê. Algo parece que vai acontecer...

Chegamos e eu e Johnny nos despedimos, depois ele foi embora. Entrei e todos vieram falar comigo, ate mesmo Catharine, que eu achei não tinha gostado muito de mim.

Perguntaram se eu estava realmente bem, e eu disse que estava. Nem doía tanto assim. Assim fui para o meu lugar e os outros faziam o mesmo.

Depois de certo tempo apareceu um homem, um rapaz jovem para ser mais exata, acho que da minha idade. Moreno, alto e musculoso. Assustador para um adolescente dessa idade. Deve malhar muito. Hm... Comprou uma caixa de leite e um cereal... Ele estava de óculos escuros, mas tirou e o colocou na camisa. Pegou o dinheiro na carteira e o entregou a Catharine.

Quando veio a eu pegar as coisas ele me olhou e paralisou. Parecia que estava vendo um fantasma.

- Tudo bem? – perguntei – posso ajudá-lo? – ele pareceu que havia perdido a fala.

- Er... – ele tentou se recompuser – Não... Quer dizer, sim! – ele pôs seu óculos de volta ao rosto. – Qual seu nome?

Parei. Como assim? Nem conheço o cara. E por que essa reação a me ver? Algo está errado.

- Por quê? – perguntei.

- Só pra saber.

- Hm – eu pensei um pouco, é não custa nada dizer – Bê, ou Marie. – ele então deixou a sacola com suas coisas.

Rapidamente pegou suas coisas e se levantou. Olhou para mim uma ultima vez e disse:

- Tudo bem. Ate mais. – saiu às pressas.

- Mas... – tentei pará-lo, mas de nada adiantou, ele já havia entrado no seu carro. Uma bela Ferrari vermelha, diga-se de passagem.

- Conhece aquele cara Marie? – Catharine me perguntou.

- Não... Pelo menos acho que não...

POV NARRADOR

O jovem chega ate a sala de seu chefe, o todo poderoso. Estava aflito, não sabia como dar aquela noticia a ele.

“Porra!” – exclamou mentalmente – “Só alguns dias e todo esse pesadelo teria acabado! Por que Marie ainda estava viva?! Já fazia semanas que ela havia ‘desaparecido’. Era para ela estar morta caralho! M-O-R-T-A!”

Saiu de seus devaneios quando se viu diante da porta de James Williams, o chefe de todos ali. O rapaz ficou hesitante por um momento, mas por fim deu duas batidinhas de leve na enorme porta de madeira escura, pedindo para que não houvesse ninguém ali.

- Entre – uma voz de dentro surge. O garoto parecia que estava suando frio de tanto nervosismo.

Enfim tomou coragem e entrou na sala. James estava sentado na sua enorme poltrona com as pernas encima da mesa, com um charuto na boca.

- Olá pa... – o menino ia falar, mas o olhar repreensivo de James o fez parar rapidamente e concertar suas palavras. – Olá mestre.

- Olá David. Boas novas, meu rapaz?

- Não James, eu tenho más noticias. Péssimas por sinal. – Rapidamente James desfez seu sorriso. Tirou as pernas de cima da mesa e pôs-se a ficar de pé, jogando o charuto fora.

- O que está esperando? Fale! – esbravejou. O jovem David deu um pulo de susto. Apesar dessa aparência de homem duro, David, ou Dave, era um garoto muito bom, simpático, amoroso.

Só é desse jeito por causa de James, que o fez ficar assim. David não tinha mais ninguém alem de James – sua mãe morrera de câncer há uns três anos atrás. Se fosse do jeito que era, James nunca o aceitaria, mesmo sendo... Ah, o pobre garoto não gostava nem mesmo de pensar nisso. Era um desgosto muito grande para ele.

Tinha um ódio mortal da sua família, menos dos seus tios Damon e Eliza e sua prima Marie. Marie... Não queria fazer nada disso com ela. Ele a amava, mas como Irma. Isso era uma tristeza para ele.

Mas ele tinha que fazer! Não podia ter pena das pessoas...

- Er – ele então respirou fundo e disse – Marie Williams está viva.

James arregalou os olhos, estava com raiva, muita raiva. E ninguém gostava quando James Williams estava com raiva.

- Como é que é?! – perguntou batendo forte com seu punho contra a mesa. David estava com medo dessa reação. Ora, o grande David com medo? Sim, ele nada temia somente James. Mas James era temido a todos.

- E-eu também não entendo – tentou se explicar. James já havia saído de trás de sua mesa, indo para mais perto – quando os caras voltaram me afirmaram que estava realmente morta!

- Seu imbecil! – James deu-lhe uma bofetada forte, seu rosto parecia estar pegando fogo – idiotas! Todos vocês! Incompetentes! Não conseguem nem mesmo matar uma garotinha de 17 anos?!

- Desculpe... – disse David. Irônico para ele, nem ao menos tinha 17 anos.

- Não me venha com desculpas, eu quero resultados! Quem falou a você que ela estava viva?

- Ninguém – respondeu – A vi com meus próprios olhos em um pequeno mercado de uma vila pequena por onde estava passando. Acho que trabalha lá agora.

- Ela reconheceu você?

- Pelo visto não. Acho que pela pancada na cabeça que recebeu naquele dia perdeu a memória.

- Certo – falou James, voltando a sentar na poltrona – Eu quero que você volte imediatamente a essa vila e de cabo da vida dela de uma vez por todas! Não quero nem pensar se o meu plano não der certo. A culpa vai ser sua! Agora vá!

- Sim James. – falou e saiu. Estava puto da vida. Cansado de se submeter a essas coisas! Queria mesmo é dar um surra bem dada nesse James. Por isso que queria que Marie morresse logo, assim se livraria de James.

Mesmo com um peso enorme em sua consciência.

Adentrou na sala onde seus capangas estavam sentados bebendo, fumando e jogando uma partida de pôker.

- Ah, você roubou! – um deles gritou para o outro.

- Parem agora! – gritou David. Estava com tanta raiva de James que não estava nem um pouco se importando em descontar toda sua ira nesses vagabundos.

Vagabundos, idiotas e assassinos, era isso o que eles eram para David.

- Calma ai patrãozinho. – falou um loiro. David já estava muito enfurecido. Foi ate o cara e deu-lhe o soco bem no meio do nariz. Os outros só observavam, não ousariam desafiar David. Todos sabiam do potencial do garoto, mesmo tão novo.

- Seus inúteis! Acabei de levar uma bronca do filho da puta do James por causa de vocês! Agora NÓS vamos voltar àquela porra de vila pra acabar de vez com minha priminha. Dessa vez eu vou junto, para ver se o trabalho foi concluído.

- Pode deixar chefe, dessa vez nós da cabo dela direito. Não vai nem dar tempo de ela dizer um “ai”.

- Eu espero mesmo. E como... Como não viram que ela estava viva?!

- Foi mau ai patrão. Quando a gente a jogou do carro naquela estrada ela nem tava respirando! Era obvio que ela já tinha morrido.

- Sim, mas ela está viva! E vamos logo, liguem a droga do carro! – ordenou e os homens foram pegar o carro.

Doía muito para Dave fazer isso. Sua prima, sua irmã. Mas não tinha escolha, ele não estava mais agüentando aquele inferno!

Só tinha que matar Marie Williams. Só isso.

FIM POV NARRADOR

MARIE.

Já era de noite, Johnny disse que viria me buscar hoje. Tive que ir para outro local mais longe de onde eu sempre pegava o ônibus. Era assustador andar pelas ruas desertas a noite. E sim um ladrão aparecesse? É melhor nem pensar nisso.

Vi um carro lá longe. Seria Johnny? Não sei. Não deu tempo de eu ver isso, alguém colocou a mão na minha boca, me impossibilitando de gritar. Oh droga! Mas o que era isso?!

Arrastaram-me um beco escuro e depois me imprensaram contra parede. Quando a pessoa tirou a mão da minha boca foi à oportunidade perfeita para eu gritar. Talvez alguém tivesse passando.

Mas foram mais rápidos que eu. Outro cara apareceu por trás quando eu ia gritar e amarrou um lenço na minha boca e amarrou as minhas mãos. Meu Deus! Ajude-me!

De repente apareceram cinco caras encapuzados diante de mim. O medo já se apoderava do meu corpo, lagrimas escorriam no meu rosto.

- Vamos, acabem com ela. Mas não usem as armas, os tiros podem chamar atenção. – disse um deles, o mais afastado. Eu já ouvira essa voz em algum lugar...

Esse homem então se afastou mais. O que estava mais próximo a mim deu um soco em minha barriga. Chorei ao sentir o golpe. Covarde! – gritei em minha mente – Bater em mulher! Covarde!

Outro então deu uma rasteira que me fez cair brutalmente. Eu não consegui nem gritar de dor por causa daquele maldito lenço. Esse mesmo homem veio e socou meu rosto. Senti o sangue escorrer do meu nariz.

- Que tal a gente tirar a roupa dela? – falou um deles, e os outros ficaram rindo, menos o que estava mais afastado.

- Não! – esse gritou – estupro não!

- Ah patrão... – falou desapontado um deles.

- Sem mais! E quer saber? Acabem logo com isso. Não agüento ficar assistindo essa cena.

- Tudo bem – disse o de antes. Ele então retirou um facão de dentro da camisa e a apontou em minha direção.

Ah não! O medo havia me dominado por completo. Eu precisa fugir dali! O cara abaixou-se e levantou a perna da minha calça, deixando livre minha perna. Ele começou alisando a faca nela, eu estava com medo do que ele pretendia fazer.

Então aprofundou a faca, fazendo um corte. O sangue escorria livre. Doía, doía muito! Eu queria gritar, mas não podia.

Chega então seis homem lá. Ah não! Mais desses miseráveis?!

- A soltem agora! – ei! Eu reconheci a voz, a voz de Johnny! Os caras encapuzados se colocaram em posição de ataque, alguns deles pegaram armas!

Antes que algum deles atirarem, Johnny e mais cinco rapazes avançaram neles. As armas voaram de suas mãos.

De repente sinto alguém mexendo nas cordas que prendiam minhas mãos. Virei rápido para ver quem era, vi Mônica. Ela sorriu, eu fiz a mesma coisa assim que ela tirou o lenço da minha boca.

- Obrigada Mônica.

- Nada – respondeu – somos amigas agora não é mesmo? Vamos sair de fininho logo daqui!

Devagar fomos saindo do beco. Quando já estávamos fora corremos o Maximo que pudemos ate chegarmos ao local publico mais próximo. Como eu não estava conseguindo correr, apareceu um amigo deles, Embry, me levou nos braços, correndo com Mônica. Entramos numas mercearia.

- obrigada Mônica! – a abracei. – e a você também Embry.  – sorri e ele fez o mesmo.

- Já disse amigas em todas as horas. – sorrimos.

- Mas e Johnny? Vai ficar bem? – perguntei aflita – e os outros que estão lá também, claro – me corrigi rápido – não quero que ninguém se machuque.

Principalmente Johnny...

POV NARRADOR

Johnny, Peter, Stefan, Paul, Sam e Jonathan deram uma surra em David e seus capangas, apesar de Dave ter sido o que saiu com menos ferimentos.

Ele acertou em cheio a cara de Peter, que revidou, mas não na mesma potencia.

Eles correram para longe. Johnny e os outros resolveram não segui-los. Quando já estavam numa distancia considerável, pararam.

- Mas que droga! – exclamou David exclamou – sempre acontece alguma coisa! Pegaram a garota pelo menos?! – perguntou com raiva.

Todos balançaram negativamente a cabeça.

- Porra! James vai me matar. Mas eu mato vocês primeiro! – exclamou, apavorando os capangas. - Vamos embora logo, vou decidir o que fazer. Vamos!

Seguiram ate onde tinham deixado o carro.

FIM POV NARRADOR.

Marie.

Fora a noite mais terrível de toda a minha vida. Meu coração se acalmou quando vi Johnny na porta da mercearia.

Johnny! – gritei e corri ao seu encontro. Chorava, mas de felicidade por saber que estava bem.

- Marie. Esta bem, querida? – perguntou acariciando meu rosto.

- Um pouco – na verdade, minha barriga doía muito. Mas ele era mais importante. Percebi que seu rosto estava machucado – ah Johnny – falei a mão pelo ferimento.

- Shhh, vamos ate o hospital do meu pai, trataremos disso.

Fomos todos ate o hospital onde trabalhava Jonathan. Ele examinou e cuidou de nós, com ajuda de outros, claro.

Nessa noite percebi o quão importante Johnny havia se tornado para mim. Será que eu estava me apaixonando por ele? Não sei. Mas agora pensando melhor, não seria uma má idéia ter alguém do meu lado nessas horas.

Voltamos para casa juntos, não podíamos ficar sós agora, principalmente eu.

Quando chegamos a casa dona Ger e seu João levaram um susto enorme, mas eu os acalmei. Fomos nos deitar. Já me sentia um pouco melhor depois de Jonathan ter me visto.

Essa noite foi sem sonhos. O que era estranho.

No outro dia resolvi ir trabalhar. Acho que conseguiria fazer isso. Johnny então me levou. Mandei-o ter cuidado. Entrei e fui pro meu lugar. Estávamos todos apavorados.

Então entrou aquele cara de ontem, o que ficou tão estranho quando me viu. Mas o que ele queria aqui de novo?

- Olá – falou ele a mim. Mas essa voz... Eu tenho certeza já ter a ouvido, mas não me lembro de onde.

- Olá – respondi – o que quer comigo? Diga logo de uma vez! – eu já estava estressada.

- Calma Marie – falou – não está me reconhecendo? – o olhei confusa. Quem era ele afinal? Claro, eu sabia que já o conhecia. Eu estava sentindo isso, mas não consigo lembrar.

- Não – falei somente.

- Sou eu Marie, Dave


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Notas finais do capítulo

GENTE, DEMOREI PÁ CARAI NUM FOI? EU SEI, MAS CARA, TÁ f*** ESCOLA TÉCNICA E ENSINO MÉDIO JUNTOS VLH, É TENSO. ME PERDOEM ESSA DEMORA, MEREÇO IR PARA O TRONCO, EU SEI Mas tá ai, espero que gostem e indiquem a fic s2



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