Save Her escrita por little_lys


Capítulo 1
Onde estou? I


Notas iniciais do capítulo

Eis que começa a aventura!!



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Eu morri? Tudo o que posso ver é escuridão... Levantei do chão e comecei a correr. Correr. Correr. Era tudo!

O que aconteceu? Como vim parar aqui? Minhas pernas! Pernas parem, por favor! Eu não conseguia parar de correr.

Como se eu precisasse correr para sobreviver. Se eu parasse tudo estava acabado. Mas... Tudo o que? Eu corria sem motivos. Mas ao mesmo tempo eu tinha um motivo!

Então de repente caio. Meu corpo começa a se chacoalhar, como se estivessem me empurrando.

- Acorde! – ouço dizerem.

- Quem está ai? – perguntei para a voz.

- Acorde, por favor!  - novamente ela grita. De onde essa voz estava vindo? Não via ninguém ao meu redor, ou longe.

- Eu já estou acordada! Quem está ai?

De repente aparece uma luz branca, bem forte. Tive que fechar meus olhos para não ficar cega.

- Veja, ela está acordando! – foi a ultima coisa que eu ouvi a voz dizer.

Minha vista ficou embaçada. Eu via formas, mas não conseguia distingui-las corretamente. Estava parecendo flash back. Nas imagens que via tinha plena certeza que havia alguém correndo.

Corria como se não tivesse destino, mas tinha que correr.

- Moça? – outra voz me chama. – está acordada?

- Ãã? – pergunto. Minha cabeça doía bastante, era como se eu tivesse levado uma surra, e estivesse acordando agora toda quebrada.

- Que bom! Você acordou. – falou. Percebi que era um homem, e pelo tom da voz era um idoso. Conseguia abrir meus olhos e pude ver que estava em uma cama, numa casa que eu não estava reconhecendo.

Fui levantando devagar, meu corpo doía muito e eu não estava conseguindo raciocinar direito.

- Onde... Onde eu estou? – perguntei ao senhor que estava sentando numa cadeira ao meu lado.

- Está em minha casa. Eu estava voltando da cidade com minha charrete quando fui comprar umas coisas pra a patroa, então lhe vi jogada na estrada. Primeiramente pensei que estava morta, mas vi que estava com pulso, então lhe trouxe pra cá.

- Nossa... Eu não me lembro de ter... Caído na estrada. – falei coçando a cabeça. – há quanto tempo estou aqui?

- Há alguns dias. – respondeu.

- Nossa...

- Então, qual é o seu nome? – perguntou sorrindo.

- Meu nome é...  É... – deu um branco. Ou melhor, eu não sabia o meu nome! – eu não sei...

- Como assim não sabe? Todo mundo tem um nome! Sabe de onde veio?

- Não... Eu não me lembro de nada.

- Nada? Nadica de nada?

- Não.

- Minha nossa Senhora... O que eu faço com você? – perguntou para si esfregando a mão no queixo.

- Me desculpe, esqueci de perguntar: qual o nome do senhor?

- João Godsen.

- Ah.

 Então chegou uma mulher idosa também com um prato em suas mãos.

- Cheguei aqui com uma sopinha para nossa hospede.

- Essa é a patroa, Gertrude. – apresentou o João.

- Mas me chame so de Ger, é mais fácil.

- Okay Ger. – sorri.

- Agora vamos, tome a sua sopinha. – falou pegando uma bandeja que havia trazido e pondo em meu colo, juntamente com o prato.

Tomei a sopa todinha e me senti forte novamente. Eu realmente estava precisando de forças, energias. Como eu farei para lembrar tudo? E essa dor maldita na minha cabeça, que não para de latejar?!

- Pronto, acabei - falei assim que terminei de comer.

- Ok, eu vou levar lá para a cozinha. Já volto. – disse e saiu. Eu e o seu João ficamos nos olhando por um tempo, ele estava querendo me dizer alguma coisa.

- Bem – começou – já que a senhorita perdeu a memória e não tem para onde ir, pode ficar aqui o tempo que quiser.

- Ah não, não posso aceitar.

- Por favor, é um convite. Prometemos lhe ajudar no que for preciso.

- Hm, eu acho que eu não estou em condições de negar nada não é mesmo? – pergunte e ele apenas assentiu – Ok, eu aceito a ajuda, mas so se me deixarem ajudar-lhes em qualquer coisa que precisarem tudo bem?

- Tudo bem. Ate que a gente ta precisando de mais uma mãozinha aqui. – sorri.

- Mas, como o senhor pode me ajudar a lembrar de tudo? – perguntei

- Bom, podemos ir pela vila aqui e perguntar se alguém lhe conhece ou já lhe viu. Você não conhe... – já percebendo qual seria a pergunta, fiz uma cara de “não”, ele entendeu e se lembrou – oh, é mesmo, você perdeu a memória...

- Isso...

- Querida? – dona Ger chegou ao quarto – Vamos lá à cidade, comprar umas roupas para você, já que vai ficar aqui por um tempo, precisa de roupas não é mesmo?

- Ah não, isso não posso aceitar. – falei, mas que absurdo – eu vou trabalhar para poder comprar pelo menos as minhas coisas.

- Tudo bem, mas deixe que compremos pelo menos algumas por enquanto que não tem emprego.

- Hm, tudo bem, mas so algumas!

- Sim. Vou ligar para Johnny ir nos levar ok?!

- Ok – respondeu seu João.

- Quem é Johnny? –perguntei.

- Ah, Johnny é um amigo da nossa família. Ele deve ter a sua idade, pela aparência de vocês dois. Ele nos ajuda por aqui.

- Hm.

- Johnny já está perto – gritou dona Ger lá de baixo – venha moça!

- Ok! – levantei devagar da cama, cambaleei um pouco, mas seu João me Ajudou. Descemos ate lá embaixo e sentamos no sofá, esperando o tal Johnny chegar.

- Bom, sabemos que você não se lembra do seu nome – disse a dona Ger, e eu assenti – então, mas como deveremos chamá-la?

Fiquei pensando, algo me dizia que eles deveriam me chamar de Mah, não sei por quê.

- Mah, me chamem de Mah.

- Algum motivo especial? – perguntou.

- Er, eu não sei. Algo em mim diz que é pra me chamarem de Mah.

- Ok, Mah.

BIP, BIP.

Uma buzina soa e então fomos à porta e avistamos uma caminhonete bem velha, e saindo dela um rapaz aparentando ter 19, 20 anos.

Esse devia ser o tal Johnny. Tinha cabelos pretos e – pelo que dava para ver de onde eu estava – tinha olhos extremamente verdes. Verdes esmeralda.

- Bom dia dona Ger, seu João. – cumprimentou.

- Bom dia Johnny – falaram juntos.

– essa é a Mah, a menina que lhe falei – me apresentou dona Ger ao Johnny, estendi a mão e nos cumprimentamos.

- Mah, nome estranho esse.

- Er... – comecei, mas seu João me interrompeu.

- A menina perdeu a memória, não se lembra de nadica de nada. Mas quis que todo mundo a chama-se assim.

- Ah.

- Vamos Johnny? Precisamos ir logo, talvez a gente ate encontre logo um emprego para você, minha querida!

- É. – respondi – espero que isso aconteça, eu estou precisando muito.

- Vai acontecer querida, creia que vai. – sorri a ouvi-la dizer isso. Eles nem me conhecem e já me adotaram como parente deles.

Não sabem de onde eu vim, se eu sou uma bandida, uma assassina, ou se eu estou querendo dar um golpe neles!

Eu sei que eu não estou pra fazer ou fazendo nada disso, mas é uma hipótese não é?

Fomos ate o carro e o Johnny nos levou ate a cidade. No caminho, quando passávamos pelas pessoas, parávamos e perguntávamos se alguma delas me conhecia ou se já me viram com alguém antes.

A resposta era sempre a mesma: Não. Já estava cansando de tanto ouvir “nãos”. Falando serio, minha chance de achar uma pessoa que me conheça é de uma em... Um milhão?

Talvez. Mas eu tenho que confessar que não tenho muitas esperanças não. Isso é uma missão impossível! E eu não consigo ter nenhuma lembrança. Isso vai ser muito difícil para todos...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!! :D



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