Pv de Renesmee

Então é isso Renesmee... Aqui está você, novamente em uma missão.

Por mais que minha mente gritasse o quão errado e injusto aquilo era, que não fazia mais parte de mim. Eu não podia contrariar Hans ou então tudo estaria acabado e provavelmente eu ou Jacob estaríamos mortos em um estalar de dedos.

Ainda não era o momento de me revoltar contra o Hans. Precisava esperar até que tudo estivesse nos conformes. E até lá, precisava fazer o que ele me mandara.

O alvo da vez era Matthew Howard. Um empresário milionário, que tinha empresas em toda a América do norte. Eu deveria o encontrar em um restaurante para um jantar. E lá, o mataria da maneira apropriada.

Não demorou muito para eu chegar ao local combinado. E como era de se esperar, eu fui levada até o mesmo por um dos capangas do Hans. Isso para garantir que o trabalho havia sido feito sob os conformes e que eu não havia aprontado nada.

Eu estava em frente a um restaurante. Que presumi ser bem caro, já que era bem glamoroso. Desci do carro que me levara até ali e conferi meus armamentos. Trazia comigo minha arma, que estava em minha bolsa, e também um veneno em pó, caso eu precisasse.

Caminhei até a porta do restaurante e entrei, vendo minha isca. Pobre coitado, mal ele sabia que aquilo tudo era uma armação. Fico imaginando quem o queria morto, mas isso não era da minha conta. Agora era só fazer o meu trabalho e voltar para a corporação.

Fui em sua direção e percebi que o mesmo estava saboreando uma taça de vinho enquanto esperava em sua mesa.

- Você deve ser o famoso Matthew Howard – disse assim que cheguei ao seu encontro. Ao me ver ele deu um sorriso torto e me analisou de cima a baixo. Percebi que ele tinha olhos azuis e com ele fitava todo o meu corpo, sorrindo agora maliciosamente. Eu estava vestindo um vestido branco, bem apertado por sinal, um salto alto vermelho e tinha alguns assessórios espalhados pelo meu corpo. Meu cabelo estava solto em algumas ondas e em minha boca continha um batom vermelho.

- E você, deve ser Renesmee – falou ainda me olhando – sente- se, por favor. – fiz o que ele havia dito sentando de frente para o mesmo e cruzei as pernas de um jeito provocante.

- Bom, você deve imaginar o porquê do nosso encontro...

- Sim... – ele pegou uma maleta que estava ao seu lado e retirou dela alguns papéis – ações é claro. Se me permite dizer, este ano está muito propício para investimentos.

- Imagino que sim. Mas não seria melhor se nós desfrutássemos de um delicioso jantar primeiro? – falei

- Ah, mais é claro. – ele retornou com a pasta pro lugar de onde estava e se endireitou na cadeira. Matthew levantou a mão e fez sinal para o garçom vir até nós.

- Espero que goste de vinho.

O garçom havia chegado a nossa mesa e perguntado qual seria nosso pedido. Meu acompanhante foi rápido e pediu umaVitela ao Porto e compota de frutas secas e eu, após dar uma olhada no cardápio pedi um Frango ao curry com coco e castanha-de-caju. Só esperava que fosse bom, visto o preço. Para acompanhar ele pediu um vinho.

Pouco tempo depois, a comida foi posta em nossa frente e o vinho perfeitamente colocado em nossas taças. Ao provar meu pedido vi que estava certa. A comida era divina. Se não estivesse nesta situação poderia realmente apreciá-la.

Ali naquele lugar sentia-me de certo modo incomodada, confesso que queria acabar com aquilo tudo o mais rápido o possível. A cada mínimo movimento que eu fazia ele já lançava olhares de malícia sobre mim, por um momento pensei em Jacob observando esta cena e se ele estivesse aqui Matthew não seria morto por minhas mãos.

Terminada a comida, Matthew pediu licença e se retirou. Devia ter ido ao banheiro...

Demorei ainda um pouco para terminar a minha e quando a fiz percebi que ele ainda não havia voltado. Essa era uma boa hora para agir. Porque pensando bem, matar alguém a tiro em um restaurante não é bem o meu estilo.

Abri minha bolsa e retirei dela o pequeno frasco que continha o veneno que trouxera. Estiquei-me e pus o mesmo no vinho de Matthew. Pouco tempo depois ele estava de volta.

- Desculpa a demora. Acabei encontrando um conhecido e ele não parava de falar.

- Sem problemas. Nem demorou tanto assim. – na verdade havia mas...

- Então, gostou da comida? – ele perguntou agitando a taça de vinho.

- Sim. É excelente.

- Concordo. Por isso sempre venho aqui. – Matthew continuava a balançar a taça ameaçando beber. Até que por fim deu um gole bem profundo. Deixando sobre a mesa a taça vazia. Aproveitei e dei um gole no meu.

- Aos negócios? - perguntou

- Claro!

- Bom, devo dizer que fiquei surpreso quando soube que a senhorita iria tratar desses assuntos comigo. – resolvi ignorar o que ele disse pra não prolongar a conversa.

Ele ergueu sua maleta e de lá retirou os papéis novamente. Ele me mostrou algumas ações que eu poderia investir e por fim fez um comentário de mau gosto que eu também deixei passar. Só queria sair dali o mais rápido possível.

Ele mais uma vez chamou o garçom, pedindo mais uma taça de vinho.

- Me acompanha?

- Estou dirigindo...

- Como quiser. – ele já estava com a taça cheia novamente e a pegou dando um gole.

Aos poucos percebi que seus olhos haviam ficado com um brilho diferente.

Podia perceber as gotas de suor que escorriam pela sua testa, ele até mesmo pegou o pequeno lenço que estava no bolso de seu paletó para limpar a mesma, enquanto eu observava as suas mínimas reações. Eu engoli em seco esperando que ninguém estivesse vendo nada naquele momento, até mesmo dei uma inspecionada rápida pelo local com os meus olhos e eu estava certa, não havia nada e nem ninguém para se intrometer.

- Algum problema? - eu disse quebrando o silêncio podendo observar que seus lábios já estavam começando a ficar sem cor e sua face estava um pouco pálida. Matt engoliu em seco, limpando mais uma vez a sua testa e disse com sua voz em um sussurro:

- Não é nada demais, como eu estava dizendo... - Ele mal chegou a completar a frase quando seus olhos ficaram esbugalhados, sua mão direita ficou sobre seu peitoral, como se estivesse sentindo alguma dor perto daquele local e um segundo após caiu imóvel sobre a mesa com os olhos abertos e injetados. Uma parte de mim sentia-se culpada por tê-lo matado, mas a outra parte que estava me dominando a cada segundo me fazia rir friamente enquanto eu terminava mais um trabalho. Enquanto o observava, limpei o canto dos meus lábios com um guardanapo, levantava sem fazer um barulho sequer e caminhei tranquilamente em direção a saída do restaurante, porém no meio do caminho um garçom me parou e começou a dizer:

- A senhora não pagou a sua conta. - Olhei para ele friamente e com um sorriso sombrio no rosto, fazendo com que ele recuasse com um pouco de medo, pigarreei levemente e disse com o meu tom de voz o mais sedutor que conseguia fazer:

- Não se preocupe. Um senhor que está no banheiro pagará a minha conta, eu estava com ele. - O garçom sorriu forçadamente, não parecendo muito confiante. Porém não disse nada a respeito

- Então se é assim tenha uma boa noite senhora. - Ele saiu do meu caminho e eu pude voltar a caminhar livremente. Voltei ao carro e liguei o motor. Sem notar, um sorriso começava a se formar em meu rosto. E eu sabia o que significava.

Sabia que naquele momento, apenas naquele momento, a Renesmee assassina e procurada pelo FBI estava de volta.

Continua...