Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC
Capítulo 39 – Narrado por Nessie Swan
Eu nem acredito que eles fizeram aquilo! O meu cabelo está cheio de chantilly! Eu estou furiosa! Ah, eles irão ver o que é uma Nessie furiosa! Não se metam comigo!
Jacob tomou banho e eu tomei um logo de seguida. As nossas roupas, que tinham ficado espalhadas pelo chão, estavam, claro, cobertas de chantilly, portanto, a não ser que eu quisesse ficar a cheirar a chantilly e ficar toda pegajosa para o resto da minha vida, eu não vestiria aquilo nem por nada! O que vale, é que como nunca sabíamos onde iríamos dormir (na minha casa, ou na casa do Jacob), todos tínhamos roupas em todo o lado! Peguei uma roupa que tinha ali em casa e depois saí com Jacob, para ver onde eles estavam. Sentámo-nos, e eles começaram a rir-se e a assobiar, mas eu fingi que não liguei e fiz cara feia.
-O que foi Nessie? Estás zangada connosco? – perguntou Leah atrás de mim.
-Para a próxima, talvez seja bom fecharem a porta! – exclamou Emmett.
Observei Jacob a olhar para mim em jeito de desculpa, mas resolva ignorá-lo. Eles iriam ver a Nessie furiosa e teriam que implorar de joelhos para voltar!
-Pessoal, e se parassem? – falou a Bella e todos calaram-se. Aleluia, alguma alma que sabe o que eu estou a sentir.
-Têm razão. Já deixou de ter piada – concordou a Vanessa.
Todos pararam de se rir e tomámos atenção ao filme. Jacob tentou pegar na minha mão, mas eu tirei-a, um segundo antes de ele colocar a mão dele sobre a minha.
Quando acabou o filme, peguei no meu carro e fui para minha casa, trancando-me no quarto e não querendo falar com ninguém. Eu precisava de preparar a minha vingança, mas como?
O meu telemóvel tocou e vi o número da Leah. Uma traidora. De qualquer das formas, podia ser importante, por isso, atendi:
-Estou?
-Nessie, é a Leah, preciso de falar contigo urgentemente.
-Sobre o quê?
-A minha antiga família.
-O que tem?
-Descobri umas coisas antigas, com o Zac e queria compartilhá-las contigo, visto que és irmã do Embry, e tenho a certeza que terás cabeça fria para agir com isto.
-OK. Onde vocês estão?
-Na minha casa. Podemos falar amanhã?
-Claro que sim! Onde? – indaguei.
-No café do costume?
-Pode ser.
-E Nessie, ninguém pode saber disto, por favor!
-OK, OK, está bem, eu não conto a ninguém – a quem é que poderia contar? São todos uns traidores! – Vemo-nos amanhã.
-OK, então. Até amanhã.
-Tchau.
Fiquei a pensar no que ela me disse e depois de rever a conversa, percebi que tinha também algo a ver com o Embry, ou melhor, envolvia-os aos dois. Eles conheceram-se num lar de crianças para adopção e agora são namorados. Alguma coisa do passado dela que o envolve. A minha mãe devia saber. Não iria esperar por amanhã.
Saí do quarto, ainda com a casa deserta e fui até ao escritório da minha mãe. Bati à porta e ela falou para entrar. Sentei-me numa das cadeiras que tinha à disposição e comecei a falar calmamente:
-Mãe, estou seriamente preocupada com o Embry, e acho que é algo sobre o passado dele.
Ela olhou para mim, incrédula.
-E porque me virias falar sobre isso, sendo que já não sou mais de confiança?
-Neste momento, quero me vejas como uma filha, e não como uma das tuas melhores agentes. Quero que me trates como uma filha, que está preocupada com o seu irmão adoptivo.
Ela pousou a caneta, tirou os óculos de ver ao perto e incentivou:
-Muito bem, podes prosseguir.
-O Embry anda estranho ultimamente, não sei bem o que se passa, mas anda numa pesquisa desenfreada por alguns parentes biológicos.
Era algum começo. Não podia ser no centro de adopção, porque foi muito curta a relação (se é que é isso que devemos chamar), portanto, tinha algo a ver com os pais de Leah e os pais do Embry. Só podia ser.
-A sério? Sabes porquê?
-Não. Apenas diz “tenho que saber”, mais nada – menti.
Ela respirou fundo profundamente e levantou-se. Apercebi-me que estava demasiado magra. As suas pernas estavam tão finas que tinham a grossura do meu braço, as suas maçãs do rosto estavam tão magras que parecia que nem sequer tinha cara, e era apenas osso. Uma pontada de culpa atingiu-me, mas afugentei-a. Foi ela que pediu isso.
-Eu conheci os verdadeiros pais do Embry, Nessie.
Olhei para ela, completamente parva com o que ela me tinha dito.
-Preciso que me ouças até ao fim, Nessie, e só faças julgamentos e perguntas depois de te contar tudo. Prometes?
-Sim – falei e sentei-me melhor na cadeira, preparada para o que vinha, mas nunca pensei ter ouvido aquilo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Os mistérios estão a começar a ser revelados? Algum palpite?
Bjs