Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC


Capítulo 29
Capítulo 29 - Narrado por Esme Swan


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, algum dos "séniores" tem direito a narrar um capítulo!
Espero que gostem!



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Capítulo 29 – Narrado por Esme Swan

Ai meu Deus, eles foram embora! O FBI e a CIA deviam de estar à nossa procura e deviam de pensar que eles é que eram os raptores. Iriam fazer-lhes mal. Se alguma coisa acontecesse com as minhas pequenas…E com a Leah… ela tinha crescido tanto desde a última vez que a tinha visto, tinha sido no primeiro dia de escola primária. A partir daí, nunca mais a pude ver, por causa das perseguições a ela. Tinha sido eu que tinha escolhido a família do Carlisle, porque apesar de ele ser da CIA, sabia que nada de mal lhe poderia acontecer. Em troca, fiquei com o filho bastardo da mulher dele. Nós éramos amigas, e por esse motivo, eu fiz-lhe um favor em troca de outro. Carlisle nem suspeitava de nada.

James entrou de rompante no quarto e desapertou agilmente as cordas que me prendiam.

-Depressa. Lamento, Esme, mas teve que ser. Eles obrigaram-me a levá-los para a armadilha. O Carlisle está lá em baixo há tua espera – olhou-me nos olhos com um rosto de preocupação e agonia. – Se não forem rápidos eles matam-nos, tenho a certeza.

-Como foste capaz? – perguntei num grito.

-Desculpa, Esme.

Como é que ele foi capaz de ter feito uma coisa daquelas! Eles eram apenas crianças!

-Garanto-te que se lhes acontecer alguma coisa, eu farei de tudo para deixares de ver o sol todos os dias.

-Lamento, Esme.

Saí do quarto a correr e desci as escadas para a recepção. Carlisle estava lá, com o armamento todo.

-James deu-me isto.

-Aquele sacana… - desabafei.

-Ele não podia ter feito aquilo. A CIA vai matá-los!

Uau! Ele concordava comigo! Pelo menos temos algo em comum…

-Dá-me as armas.

-Tudo o que precisas é do teu corpo.

OK, eu não estava para brincadeiras agora! Mas era só mais o que faltava! Eles estão em perigo e a contagem decrescente está a diminuir… os segundos passam….

-Que queres dizer?

-O que estou a querer dizer é que tu serás a minha refém e assim conseguimos atrair as atenções deles todos. Fácil e simples. Agora vamos.

-Espera! É suposto teres-me tratado mal, certo?

Eu estava com uma ideia em mente… tudo por eles… e mais segundos estavam a passar…

-Sim, certo.

-OK.

Subi um lance de escadas e fechei os olhos. Fiz-me tropeçar e caí das escadas… a primeira dor que me surgiu foi na cabeça, depois no braço e nas costelas. Tudo por eles… apenas por eles.

-Esme! – gritou Carlisle.

A escadaria acabou e eu levantei-me a custo.

-Não precisavas de ter feito isto!

-Mas já está feito – falei determinada. – Agora vamos. Os segundos passam…

Corremos daquele sítio, virámos para Norte e embrenhámo-nos na floresta. Não demorou muito tempo e encontrámos o sítio. Baixámo-nos um pouco, e ficámos a observar. Estavam lá todos, mas a Alice e a Vanessa eram as que estavam mais magoadas. O sangue escorria das pernas delas. Meu Deus, o que é que lhes tinha acontecido! As minhas filhas!

-Carlisle… - sussurrei. – Elas estão tão feridas.

-Eu sei, Esme. Mas neste momento precisamos de ser racionais e não emocionais. Vê se te controlas! – respondeu ele.

Pois, ele dizia aquilo porque não estava a acontecer com os filhos dele!

Dei mais uma vista de olhos e reconheci o cabelo vermelho de Victoria, uma das melhores agentes de campo do FBI. Como é que era possível ela estar ali? Ela conhecia-os, seria impossível ela fazer alguma contra elas. Ou não? Será que a sua profissão falaria mais alto?

-Carlisle, a Victoria Levefre está ali. Ela é a melhor agente do FBI. Temos que agir depressa!

-Esme. Respira. Eles também puseram os melhores agentes da CIA. Calma. Temos que pensar…

-Temos mas é que entrar em acção! – ripostei. – Para distrai-los!

-Chiu! Fala mais baixo! – censurou ele.

Revirei os olhos mentalmente. Ele não estava a ver o perigo de maneira clara.

-OK. Entramos em acção quando eu disser – falou ele e agarrou-me o braço. – Preparada?

-Completamente.

Fomos até mais perto. Quando dei um passo para dentro da clareira todas as armas que ali estavam apontaram para mim.

-Armas para baixo! – gritou Carlisle e despertou o gatilho de segurança da pistola e apontou-a à minha cabeça. – Se não mato-a.

As minhas filhas susteram a respiração, e Bella começou a lacrimejar. Se eu ao menos lhes pudesse dizer que aquilo não era verdade…

O pessoal da CIA baixou as armas e descontraiu-se.

-Carlisle, que se passa? – perguntou um homem.

-Laurent, isto não é o que pensas. Os miúdos não têm culpa. Deixem-nos – falou Carlisle.

-Mas eles raptaram-te! – exclamou aquele tal de Laurent.

-Eles não fizeram isso, Laurent. Pensa, como é que estes jovens me iriam raptar? – falou Carlisle.

-Baixa a arma – ameaçou Victoria.

-Baixa tu, ou então quem morre é ela – retorquiu Carlisle.

Victoria vacilou um pouco, durante breves segundos, mas manteve a sua arma firme, apontando para Carlisle.

-Olha que é ela que vai perder – avisou Carlisle.

-Como é que pode! – gritou Rosalie. – Vai matá-la para quê? Para sair daqui impune? Não vai ganhar nada com isso, e vocês sabe!

Tinha que ser a Rose! Só ela para ver as coisas daquela maneira. A minha Rose… era mesmo a personalidade dela, ver do lado de fora os problemas e resolvê-los pelo lado racional e mecânico.

Eu sabia que ela podia estragar tudo, aliás, qualquer um deles podia, mas eu tinha orgulho nela. Apesar daquela situação horrível, ela mostrava-se forte e glacial. Tal como uma boa agente do FBI devia de ser neste tipo de situações.

-Só podes estar a gozar, certo? Se ela sair daqui sem vida, vai ser… não te vou contar, porque tu és do FBI – falou Carlisle.

-Ai não? Então posso continuar a dizer a minha teoria, certo? Aliás, não é teoria, é a verdade!

-Rosalie, por favor… - ameaçou Carlisle mudando a direcção da arma para ela. – Não me obrigues a fazer isto.

-Não se atreva a fazer isso! – falou… Emmett? O filho mais velho dele a falar assim? Mas que estranho!

-O quê? – perguntou Carlisle confuso.

Emmett saltou-lhe para cima, fazendo Carlisle disparar sem querer a arma. Quando caí no chão fiquei estática. Todos estavam na clareira, eu senti isso. Não quis levantar o rosto do chão, não queria encarar a verdade. A minha Rose…

-Não! – gritou Alice e comecei a ouvi-la chorar.

-Quieta!

-Não te mexas!

-Alice!

-Tem calma.

-Todos quietos!

-Vais morrer!

-Parou!

-Quieto!

Eu só ouvia vozes a gritar. Não parava! E com o tempo, as vozes começaram a desaparecer…


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Comentem, please!
Bjs e até 3ª!



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