Haunted escrita por Buy


Capítulo 9
Primeira Caçada(Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, tá ai o resto!



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-O QUE?!-



Bati o pé no chão sem paciencia.



-É isso mesmo que você ouviu, eu não vou e pronto!- Cruzei os braços no peito teimosa.



Demetri me encarou como se duvidasse da minha sanidade mental. Revirei o olhos, era um pedido simples, caramba!



-Bella, você tem certeza?- Checou não acreditando.



Estava ficando irritada com todo esse lenga lenga, eu tava com sede poxa!



-Olha, eu não vou matar nenhuma humano entendeu? Se você não se lembra eu era uma a alguns dias atrás...



-Ta bom, mas não quer dizer que não seja natural agora! Você virou vampira!- Exclamou como se fosse obvio.



Bufei. Eu pensei que seria mais fácil.



-Eu não vou mais discutir, se você não quer me ajudar, eu vou sozinha!- Já estava me virando para ir embora. Pra Deus sabe onde né? Porque eu não conheço nem um metro dessa cidade!



-Ok, ok, ok. Eu vou junto- Se deu por vencido me arrastando pelo braço para um corredorzinho sinistro.



Pareciam tuneis, e eram bastantes estreitos. Senti a estranha sensação de estar na casa de um daqueles bichinhos que fazem túneis na terra.



-Pra onde agente vai?- Perguntei reçosa. E discretamente me aproximando mais de Demetri. Eu tava com medo desse lugar.



-Ué? Você não queria que eu te levasse para comer? Estamos indo ora- Retrucou.



Fiquei quieta o resto da caminhada. Será que seria pedir de mais que ele me carragasse? Com meus novos super sentidos conseguia sentir os ratinhos que passeavam no chão e não era uma sensação muito agradavel.



Depois de uns cinco minutos consegui avistar uma porta de madeira no fim do túnel. Ela era bem rustica e tinha uma tora grandona no meio bem como as portas daqueles filmes do século XV.



Demitri a retirou sem problemas e abriu a porta.



Quando coloquei o pé para fora não consegui aguentar e minha boca foi ao chão.



Era... lindo! Alpes verdes com pouco resticios de neve, árvores rodavam um pequeno vilarejo no base das montanhas. O céu azul sem uma nuvem deixava a o lugar ainda mais mágico. Era tão verde e natural. Não parecia real, tinha quase certeza se fosse com meus dedos para frente, tocaria numa tela de pintura. Perfeito!



-Uau- Foi só o que consegui dizer.



-É- Me virei para o vampiro ao meu lado. Demetri com seus um metro e noventa parecia um garotinho que tinha ido ao parque, seus olhos brilhavam como duas bolinhas de gude. Era a primeira vez que o via sem a expressão deochada.



Me senti meio que uma intrusa naquele lugar. Mesmo só estando poucos segundos, percebi que era importante para Demetri. Seus olhos, o sorriso melancolico, tudo demostrava que estava mergulhado em pensamentos profundos, que eu estava muito curiosa para sabe-los.



Ele respirou fundo o ar fresco no mirante que estavamos, fechando os olhos. Quando os abriu parecia revigorado, feliz.



-Vem Bella, deve estar com muita sede- Despertei das minhas ideias imdiatamente.



Enquanto caminhavamos numa trilha, tive que segurar a língua para não perguntar. Eu só consegui tal proeza pois, depois que Demetri me lembrou, aquela cocerinha dos infernos, piorou ainda mais. Droga, não tem nada de legal em ser uma vampira até agora!



-Temos vários tipos de animais, ursos, carneiros.... Se você quiser eu até posso comprar uma galinha ali em baixo- Riu da propria piada.



-Há, há- Murmurei sarcastica.



-Olhe não me leve a mal, mas... Você vai mesmo continuar com isso? Aposto que se experimentasse os humanos mudaria de ideia- Tentou me convencer.



-Vou, não adinta falar nada Demetri- Respondi pulando uma pedra -Não é uma coisa de gosto sabe? Eu só...- Ele me olhava atento. Por meio segundo me perguntei se era certo revelar mais detalhes sobre meus propositos, ele já sabia de mais. Não era seguro -É recente, eu ainda me sinto humana. Seria muito assustador mata-los, para mim- Menti dando de ombros.



Demetri ficou me encarando e eu rezei mentalmente para que ele acreditasse em mim. Quando era humanda era um desastre em mentir, espero que isso tenha melhorado com o tempo, porque se não estaria mais ferrada ainda do que já estava.



-Hum...- Murmurou somente. Por dentro fiquei apreensiva com sua resposta vaga, mas tentei demonstrar tranqulidade.



Depois do pequeno trajeto na trilha, fomos correndo por entre as árvores da floresta. Pode-se dizer que eu entendia porque os Cullen gostavam tanto de velocidade. Era libertador, me sentia livre mesmo que no fundo da minha mente, a imagem da face sarcatica e falsamente doce de Aro se reptia.



Com os sentidos apurados ouvia, cheirava, via e sentia tudo. Pareica que captava tudo em câmera lenta ao inves, nunca um tronco me pareceu tão cheio de detalhes, as flores nunca foram tão cheirosas e coloridas. Era novo, ao mesmo tempo que conhecido.



Queria ter continuado a correr até chegar na China mas quando Demetri parou me obriguei e ficar ao seu lado.



-Eu nunca fiz isso antes, mas não deve ser tão diferente. Só siga sua sede, é quase automatico- Se postou atrás de mim segurando meus ombros. Tive que refrear minha vontade de ataca-lo, meus instinos de auto-preservação ficaram bastante ativos depois da trasnformação -Respire bem fundo, captando todos os cheiros- Segui seu conselho, e entre diversos odores um me interessou mais. Era completamente novo, doce e exotico, me dava água na boca. Já estava prestes a correr de novo quando as mãos no ombro me seguraram -Calma ai apressadinha. Estou te ensinado a caçar. Você precisa identificar a vitima primeiro, então ouça...



Bufei e relutente fiz o que disse. Direcionei minha antenção na direção do cheiro. Parecia um grunhido, rosnado, junto com o som de água batendo nas pedras.



-Urso- Murmurei tento uma visualização melhor do animal na minha mente. Parecia caçar. Sorri ao perceber que ele quem seria caçado agora.



-Certo. Pode me dizer quantos?



-Hum... dois- Captei a leve diferença no cheiro do sangue e os grunhidos deles.



-Certo de novo. Agora é a melhor parte. Corra, agarre e morda- Sussurrou perto do meu ouvido.



Não fiquei nem mais um segundo. Já estava em dispareto em direção ao rio. Minhas pernas era tão rápidas que quase levantavam voo. Senti os caninos salientarem na gengiva e o gosto amargo do veneno escorrer pela minha boca. A queimação parecia um incendio agora, mas por um lado era bom.



Dois ursos, mas logo se tornaram um, e depois.... Bom, digamos que eles não tem tanto sangue quanto aparentam.



Ofegante, soltei o pêlo do animal e destranquei a minha mandibula. A carcaça caiu sem vida aos meus pés. Passei as costas da mão nos meus lábios sujos da subtancia vermelha.



Fique um pouco surpresa. Foi tudo tão rápido que nem me dei conta quando finquei os dentes nos animais e nem consegui recordar direito o sabor, só lembro do alivio quase desesperador que senti quando o liquido desceu pela minha garganta. Era bom, era muuuuito bom.



-Ok, eu não achei que seria assim- Demitri apareceu no meio das árvores.



O encarei séria, muito horrorizada com a ferocidade do meu ataque. Os corpos estavam deformados na minha frente. Minhas mão quase tão brancas quanto a minha camisa de botões(Cortesia dos Volturi), estavam completamente sujas de vermelhos escaldante e podia apostar que toda minha boca, bochecha e queixo também estavam cobertos de sangue. Era tudo surreal.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam da Bellinha, bem vampiresca não?



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