-Você não devia ter feito isso. Não devia mesmo- Sibliei me pondo em posição de ataque.

Edward me olhou por alguns segundos, aquele olhar dele que parecia ler minha alma, que me deixava desconcertada e nervosa. Ele debilmente se levantou, batendo a poeira de suas calças.

-Eu preciso que me ouça Bella...- Imediatamente meus musculos hesitaram, não sei se foi seu tom de voz abatido ou suas feições sofregas, mas algo nele me fez hesitar. 

Devagar, fui ajeitando minha coluna, voltando a ficar numa posição normal. Minhas presas se recolharam e eu frazni o cenho. Meu sexto sentido apitou, me avisando de aglo muito ruim ia acontecer. Que como todas as vezes, Edward seria parte disso e eu afundaria mais ainda.

Essa era minha deixa para me mandar ou chutar sua bunda, mas eu não consegui. Simples assim, seus olhos estavam tão sem vida, sofridos e magoados como eu nunca vi antes. Ele quase parecia um morto de verdade.

Respirei fundo chegando numa encruzilhada. Ou eu seguria com meu plano de fugir e voltar algumas vezes para fazer de sua vida uma inferno por toda a eternidade, ou ficava, o escutava e definitivamente acabava com minha vida.

Mordi o lábio fechando os olhos. Merda, percebi nesse momento que ainda amava ele. Amava loucamente Edward Cullen. Bufei e voltei a abrir minhas palpebras.

-Eu vou me arrepender tanto...- Murmurei passando as mãos pelo cabelo -O que foi Edward?- Indaguei-lhe e tentei deixar meu semblente frio.

Ele suspirou aliviado e deu um passo na minha direção, mas logo o impedi.

-Não senhor, fiquei quietinho ai- Exigi. Se quisesse manter minha já escaça dignidade teria que impor alguns limites, como Edward não me olhar, se aproximar ou respirar perto de mim.

Ele suspirou mas fez o que mandou.

-Eu não sabia- Murmurou. Franzi o cenho confusa, mas antes que tivesse chance de perguntar ele me interrompeu, fazendo sinal de que ficasse quieta. A contragosto obedeci -Eu realmente achava que iria te fazer o melhor se saisse da sua vida, Bella. Eu não queria te machucar e fiquei com medo. Nunca na minha vida senti tanto medo- Minha respiração cessou e por mais que quisesse sair correndo, meus pés não obdeciam meus comandos -Pedi para que Alice não te vigiasse mais, nos mudamos de Forks e ficamos o mais longe possível porque... era mais fácil para mim. E porque eu tive medo, de novo de não ser forte o suficiente de ficar longe de você- Ele me olhou nos olhos mas eu desviei.
Edward suspirou e ouvi quando ele se sentou com as costas apoiadas na parede do beco.

''Os meses passaram e nos mudamos para o Alaska, com os Denali. Tânia...- Bufei ao ouvir o nome da vadia de novo e quase o esganei, mas algo no olhar de Edward me fez somente escorregar pela parede e me sentar também -Eu nunca fui perfeito por mais que você pensasse isso, nem quando eu era humano e muito menos agora. Quando Carlisle me tranformou eu ainda era jovem e com alguns meses de existêcia não consegui me prender a nossa dieta especial -Seus olhos dourados queimaram nos meus e momentaneamente me senti envergonhada pelo que tinha feito -Eu não culpo ninguém por ceder aos extintos, sei como é difícil se controlar e sei com é fácil somente ceder... Passei cerca de três anos vivendo uma vida de nomâde, depois de ir embora e deixar Carlisle, me alimentava dos humanos mas só os maus. Usei meu dom para poder ler as mentes de bandidos, estrupadores e assassinos, não queria matar gente inocênte. Mas nada justifica essa carnificina. Depois de um tempo, o arrependimento bateu forte e voltei para Carlisle, que me recebeu de braços abertos. EU fiquei bem durante um tempo, nunca mais tinha matado nenhum humano mas com o passar do tempo, não era... o bastante- Edward fechou suas mãos em punhos e cerrou o maxilar -Eu me envergonho muito do que fiz e todos os dias desejei que tivesse sido diferente, mas não foi''

Ele respirou fundo e voltou a contar a história.

''Sempre soube que deslumbrava as pessoas, com minha trasnformação, minha maior isca era eu mesmo. Eu... seduzi moças inocêntes, as fiz acreditar que as amava e sem que percebessem, todo dia roubava um pouco do seu sangue- Fiquei meio chocada com essa infomrção, nunca imaginei Edward como o vilão -Toda vez que elas se apegavam demais, eu me afastava e ajudava o fato de nos mudar constantemente. Ninguém notou minhas ''recaidas'' até hoje e preferia nunca ter feito isso, teria sido diferente, tudo teria sido diferente...''

Mordi o lábio processando tudo, enquato minha mente trabalhava rápido.

-Tânia, você...- Eu nem precisei de resposta, estava escrito no seu rosto.

-Ela foi mais complicada que as outras, insistiu e até me seguiu quando nos mudamos. Ela acabou percebendo as marcas perto do seu pescoço e em um acesso de raiva eu...- Ele engoliu seco antes de continuar -Acabei me revelando e não tive outra opção a não ser trasnforma-la. Depois disso ele sempre achou que um dia voltaria para ela, que agora que eramos iguais eu a amaria, mas era mentira, o tempo todo. Eu menti para ela e acabei estragando sua vida -Senti um aperto no coração ao reconhecer a história de Tânia como a minha. Ambas fomos enganadas e magoadas pela mesma pessoa. De repente e minimamente senti até certo arrependimento.

-Ok, e aonde você quer chegar com isso?- Engoli toda a magoa e dor naquele moemento, não poderia demonstrar fraquezas.
Edward me ecarou por um instante. Seus olhos pareciam caupturar cada segundo como se fosse de extrema importância. Por fim, ele somente suspirou e terminou de contar.

-Alice tinha tido uma visão a algum tempo, mas nunca me contou. Ela via seu futuro sem mesmo pensar, era incociente para ela então de uma hora para outra, tudo se apagou... Eu tinha pensado que você tinha morrido, mas ela nãO tinha me deixado ver direito. DEpois que você foi, ela me procurou de novo então pude ver claramente, os Volturi, tudo e... Eu sinto muito Bella, eu estraguei sua vida tão mal...

Edward baixou a cabeça não me encarando.

Me senti vulnaravel, ele sabendo agora completamente a que ponto minhas loucuras foram, me deixaram vulneravel a ele. Mais uma vez tive vonta de de fugir, mas aguentei, sufocando um soluço e erguendo minha cabeça, determinada.

-Eles vão atrás de você Bella, nada é seguro, você precisa fugir!- Ele levantou num rompante e logo se encontrava ajoelha na minha frente -Precisa ir embora, se esconder. Os Volturi não vão se prender muito a esse fato, eles vão acabar esquecendo, mas por enquanto em nenhum lugar do planeta você estará 100% segura, por isso você tem que ir, agora!- Seus olhos estavam temorosos e desesperados, ele parecia a beira da loucura. Uma mão sua foi hesitante até que ele segou meu rosto com ela me olhando fundos nos olhos -Você não pode morrer Bella, eu te...

Tapei sua boca antes que continuasse. Fechei os olhos suspirando.

-Eu sei de tudo isso Edward. Eu sei que eles estão atrás de mim- Murmurei lhe soltando.

-Então porque ainda está com ele?- Seu tom soou irritadiço e imediatemente seus musculos retestaram e eu entendi que ele se referia a Demitri.

O que eu diria agora? Que eu não me importava em morrer já que ele  não me amava mesmo? que minha vida tinha deixado de ter razão no momento em que ele não fez mais parte dela? Que a morte era melhor do que viver sem ele?

-Não importa isso. Tudo isso é problema meu -Abri os olhos o encarando

-Só meu- Me levantei e forçando a me largar -Se era só isso que tinha a dizer, é melhor ir embora logo.

Virei as costas esperando que seguisse meu pedido, porém outra coisa aconteceu. Edward respirou fundo e em um segundo ele já tinha agarrado meu braço e puxado meu corpo para se aperto de aço.

Arfrei supresa.

-Eu não vou comenter o mesmo erro Bella. Finalmente eu aprendi. Eu nunca mais vou te deixar, nunca- Sussurrou me apertando em seus braços -Eu vou te protejer, eu juro...

Senti meu queixo tremer e tentei me debater até que ele me soltasse, mas foi em vão.

-Me larga!- Gritei furiosa.

-Nunca mais, Bella. Nunca!- Ele subiu a mão até meus cabelos, forçando minha cabeça descançar em seu peito, enquanto me mantia prisioneira em seus braços.

O sentimento subiu pela minha garganta quase me sufocando, minhas mãos que tentavam o afastar, foram aos pouco relaxando e sem que eu percebesse, elas agora agarravam sua camisa com força. Um soluço saiu pela minha garganta sem minha perminsão e pouco a pouco, eu me encontrava imovel em seus braços.

Chorava sem lágrimas com o rosto enterrado em seu peitoral, suas mão subiam e desciam pelas minhas costas tentando me acalmar e ele dizia palavras doces no meu ouvidos e beijava meus cabelos.

-Eu-u te ode-eio-o tanto!- Murmurei quase sem folêgo.

-Eu sei- Sua voz não se passou de um resfolgo repleto de dor. Senti que engolia seco antes de colar a boca no meu ouvido e sussurrar com carinho e adoração -Mas eu te amo... Eu amo por nós dois.

Arfrei e senti meu choro se intensificar. Maldito vampiro perfeito!