Quantas vezes você já ficou sem fôlego? Aquela sensação do ar faltar de repente. Para mim, algumas. Porém existem várias formas de se chegar a esse estado. E, a forma, que estava experimentando hoje, não desejaria até para o meu pior inimigo. Tirando Tânia, é claro.

-O que?- Meus pulmões puxavam ar depressa mesmo não precisando dele.

-Você ouvi, Isadora...- Errou meu nome propositalmente -Eu e Edward estamos namorando- Sorriu debochado encalçando o braço do desgraçado que continuava calado.

Rosnei querendo arrancar-lhe a cabeça por se quer, encostar em Edward. Ele era MEU!

Senti minhas unhas quase perfurarem a carne da minha mão, com os punhos fechados e tremendo.

-Isso é uma mentira- Falei baixo tentando me controlar -Edward!- Exigi.
Ele olhou fixamente para mim com os olhos inexpresivos. Seus lábios comprimidos em uma linha fina. Edward revezou entre mim e a mão da nojenta no seu braço. Pareica estar em um dilema.

-Diz que é mentira- Pedi um murmurio. Meu peito tinha espasmos e o choro entalado como um nó na minha garganta.

Seus lábios entreabertos como se tivesse se obrigando a falar. Meu lábio tremia.
-Eu...
-Viu, nós nos amamos!- A filha da puta se intrometeu agarrando a camisa do MEU(MEU, MEU, MEU!) Edward.

-Cala a boca sua vadia!- Xinguei mesmo. Estava borbulhando de raiva, em conjunto com a magoa, um resultado bom não sairia dai -Edward...- O chamei de novo entredentes reprimindo um rosnado com a cara de indecisa dele.

Era só dizer não, porra! Gritei mentalmente, e cruzando os dedos também.
Ele engoliu seco e largou o braço da PUTÂnia e veio em minha direção.

-Bella, vamos conversar...- Pediu olhando em meus olhos.

Em outro momento teria aceitado seu pedido, como uma boba encantada. Mas hoje não. Hoje o medo estava no fundo da minha cabeça ao pensar na Itália, o resentimento ao visualizar meus pais tristes por ter desapareciado de uma hora para outra e a dor a minha eminente rejeição. Estava no meu limite. Queria gritar e sair batendo o pau com todo mundo e ainda por cima ainda tinha a maldita sede que teimava em me atormentar. É, eu poderia ser considerada uma vampira em TPM aguda.

-Não! Eu não quero conversar! EU SÓ QUERO QUE VOCÊ DIGA PARA AQUELAZINHA QUE VOCÊ NUNCA TERIA NADA COM ELA! PORQUE VOCÊ ESTAVA COMIGO!- Berrei.

Ele ficou sério. Oh claro, Bellinha humanazinha nunca seria tão grossa com seu adorado Edward. Grande merda!

-Bella, eu não posso...

O ar faltou novamente. Minha visão já não estava mais pintada de vermelho, minhas unhas pararam de machucar minha palma. Minha boca tremeu e eu quase senti meus olhos transbordarem de lágrimas.

-O qu.... Porque não?- Perguntei sussurrando. ''Você não é boa o suficiente para mim Bella. Eu te amei sim, mas passou, eu preciso de alguém igual a mim''. Ele disse que eu não era boa, por não ser igual a ele, mas agora eu sou -Edward, se você não percebeu eu sou...

-Eu.... percebi- Falou sério. Foi ai que a ficha caiu. Abri a boca chocada. O meu mundo estava desmoronando diante dos meus olhos.

-Você...- Me esforçei para pronuncia as palavras com o choro engatado -Não me ama- Não tinha sido uma pergunta.

-Não, quero dizer sim. Não distorça minhas palavras Bella, eu só preciso de tempo para converarmos- Suplicou.

Cruzei os braços no peito.

-Não...- Senti uma facada no meu coração -Eu entendi, finalmente, etendi... E...- Ofeguei sentindo outro espasmo -...doi. Doi muito.

-Bella,...- Tentou me alcançar com a mão.

-Não toca em mim!- Me afastei.

Encarei Edward mais uma vez. E, por mais que tentasse, não conseguia achar aquele brilho especial nos seus olhos. 

Olhei para o chão me sentindo um lixo. Eu tinha me sacrificado tanto, sacrificado tudo e todos. Para agora, eu descobrir que Edward nunca me amou.

Não estava aguentando mais e me virei querendo sair de lá o mais rápido póssivel.

-Bella não vai...- Suplicou pegando o meu braço -Você precisa me ouvir.

-Não Edward! Ela vai sim!- Isso me fez estacar no lugar. Aquela vampira estava pedindo para morrer.

Fechei o punho novamente.

-Cala a boca Tânia!- Se alterou.

-Porque? Ela tem que ir mesmo. Não tem nada seu aqui, querida- Ok, ela pediu.

Como a mão de Edward segurava meu ante-braço esquerdo usei minha mão direita para agarrar seu braço. A proxima coisa que aconteceu foi ele ser arremeçado com toda minha força para a famílinha dele.

Foi inesperado, por isso todos ficaram estaticos quando ele se contorceu de dor no chão. Deve ter doído mesmo. Misture uma recém-nascida, com sede e magoada, pode apostar que você não vai querer ver o resultado.

PUTÂnia encarou a cena com os olhos arregalados e eles só se abriram mais quando me viu parada na sua frente.

-Foi você quem pediu vadia- Disse e minhas presas apareceram ameaçadoramente. 

Vi o medo e desespero estampado nos seus olhos e, tenho que admitir, isso só me deixou com mais vontade de mata-la.

Sorri maldosamente e peguei seu pescoço branco entre meus dedos.

Ela se  retorcia sem ar enquanto seus pés deixavam o chão.

-Repete, de quem é o Edward?- Exigi.

Ela me olhou irritadissima.

-Meu!- Rosnei apertando mais sua garganta, quase a desprendendo da sua cabeça. Mas eu queria brincar antes.

Joguei o corpo nojento da vampira no chão.

-Fala!- Gritei.

Ela respirava arfrante mais ainda teve forças para dizer.

-Meu!- Rosnei de novo e a peguei pelas mexas oxigenadas.

-Garota, você vai morrer- Sorri pisicopata perto do seu rosto.
Tânia pareceu perceber agora a gravidade da sua situação, junto com todos os outros.

-Bella!- Por cima do ombros vi, Emmet, Jasper, Carlisle e Edward vindo na minha direção para impedir o homicidio. Mas eu apredi uma coisinha ou duas nos Volturi.

Larguei a vadia e me virei na hora que Edward ia me alcançar, dei uma rasteira nele e corri com tudo em Emmet. Já podia até ler sua mente, planejava tentar me agarrar, ele não fazia idéia da força que eu tinha, era mais um vantagem.

Corriamos um na direção do outro. Dois caminhões prestes a se chocarem de frente. Só o mais resistente sobrevive. E seria eu, claro.

Sorri quando já estava perto o suficiente, ele atacou por cima e eu por baixo. Como um jogador de futebol americano, dei um empurrão no seu torax. Emmet caiu com tudo em cima de Carlisle que vinha atrás desavisado. Dois em só uma jogada.

-Três já foram, só falta um- Falei. Jasper me observou por um tempo. Pensei que fosse me atacar com força bruta que nem os outros, mas seus olhos precavidos demonstravam vária experiencia, tinha que ter cuidado com ele.

Fui pega de surpresa. Uma dose cavalesca de calmaria me atingiu. Tentei resistir e sentir raiva mas estava quase impóssivel. Por cima do ombros podia sentir Edward se aproxiamando para me imobilisar.

Rezei pelo meu escudo. Vamos, funciona, funciona.
E como na primeira vez, me protejeu. Não senti o poder fisico de Jasper e Edward ficou confuso quando não consegui se mexer para perto de mim.
Quase suspirei aliviada. Só precisava terminar uma coisa.

Virei nos calcanhares. Carlisle checava os ferimentos no pescoço de Tânia e Emmet vigiava para que não os atacasse.

Usei todos os musculos do meu corpo e projetei a imensa bola de chiclete para eles.

Imediatamente sentiram. O vento não batia mais nos seus cabelos e os ruidos extrenos não eram mais audiveis, estavamos na minha bolha particular, meu pequeno mundinho. E, quem ditava as regras nele, era eu.

-O que tá acontecendo Carlisle?- Emmet perguntou receoso quando viu os outros Cullen baterem com toda suas forças contra a barreira invisivel.

-Eu não sei- O vampiro loiro se levanou também protejendo meu alvo.

-É melhos sairem da frente- Rosnei.

-Bella, se acalme- Tentou o médico.

-Matar os três vai ser mais fácil do que quebrar palito de dente. Ninguém sobrevive, a não ser eu, aqui dentro -E era verdade, eu já era acostumada com o escudo, mas deve ser muito desconcertante para um vampiro normal lutar dentro dele.

-Bella...

-Vocês que deicdiram...

Avançei. Primeiro Carlisle. Fui rápida, só lhe apliquei um soco no estômago e ele voou para fora. A barreira se abriu minimamente expelindo o intruso e voltou a se fechar.

Emmet também não perdeu tempo. Pegou meu braço o colocando nas costas e torceu.

-Merda!- Xinguei. Imobilisada. Aquele brutamontes tinha força -Grrr...

Usei minha força inacabavel para bater ele nas minhas costas contra as paredes invisiveis. Repeti isso até que seu aperto se afroxasse. E quando ele o fez, não tive pena. Me empregutei nas suas costas e mordi, mordi forte sua clavicula.

-AAAAHHHHHHHHH....- Gritou em agonia tentando me segurar em vão. Seus joelhos cederam e o corpo do vampiro ficou meio ao chão. Soltei meus dentes e empurrei suas costas para que caisse de bruços, ofegante.
Pelo ''vidro'' vi Rosalie desesperada por ver o marido inerte no chão. Seus lábios gritavam silenciosamente ''Emmet!'', ''Emmet! Sorri pra ela e pudi jurar que ela me xingou até minha ultima geração, mas ainda não consegui ouvir.

Chutei o meio cadaver para fora, como se fosse um cachorro morto. Ele prontamente foi atendido pela família.

Edward viu aquilo tudo em choque.Caminhei até chegar bem na sua frente e devagarzinho o envolvi com meu escudo.

Ele continuou parado onde estava. Não moveu um musculo.

-De quem você é Edward?- Perguntei devagar. Ele nã respondeu. Sorri mesmo assim -O bebê tá sem fala?- Debochei -Então deixa eu explicar...- Peguei fortemente seu queixo e o fiz encarar meus olhos, com seu rosto rente ao meu -Você é meu e de mais ninguém. Se eu ver outra biscate ciscando no meu terreno...- Dei de ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo -Morre. Estamos entendidos?- Sorri falsamente doce -Ótimo- Lhei dei um selinho demorada, lembrando das sensações de ter seus lábios nos meus, mas isso seria para depois -E como prova que eu to falando sério... -Me sentia falando com uma parede, mas ele tinha ouvido muito bem.

Peguei seu rosto o inclinando para o lado, deixando seu pescoço braco e alvo ao meu querer. Os meus dentes salivaram veneno e sem mais delongas, mordi. Mas não forte para arrancar, só para ter uma marca minha mesmo.

-Urg...- Gemeu baixinho de dor agarrando meus pulsos.

Seu gosto era fantastico mas eu parei. Teria chance de experimentar outras horas.

-Aqui... Bella Swan- Lambi a marca em forma de meia lua para curar mais rápido.

-Você... não é a Bella...- Arquejou baixinho.

Sorri grudando minha boca na sua orelha.

-Pior que eu sou sim...

Me afastei dele centimetros e o muro voltou a se reerguer entre nós.

-Agora... Tem uma pessoa que tem que pagar pela quebra do acordo.

Edward ainda não tinha se movido, continuava com o semblate entre furioso e chocado.

Me virei em direção a PUTÂnia. Ela estava encolhida e tremia que nem britadeira.

-Eu avisei- Falei como se me desculpasse e ela soluçou.

-Ah, e só mais uma coisa- Me virei para os vampiros que ainda tentavam quebrar meu muro numa tentativa em vão de salvar a vampira, a não ser Edward, ele continuei como uma estatua com os olhos dourados presos em mim como se tivesse desapontado -Quero todos os Cullen reuinidos. Se algum se separar eu os caço e mato também, ok? Sempre achei fofinho vocês fingirem ser humanos, mesmo que soe patetico agora.

Me virei de novo para minha vitima. E devo dizer, cruel foi pouco pelo que fiz.

-AAAAAHHHHHHHHHHHHHH!!!