Haunted escrita por Buy


Capítulo 12
Encurralada


Notas iniciais do capítulo

Preparem o coração, esse cap tá fogo!



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Minhas costas se chocaram violentamente com o chão. Segurei um gemido de dor e me levantei o mais rápido que pude. Mas já era tarde demais, Demetri já havia aplicado outro golpe contra meu corpo e fui arremessada de encotro com a parede.


-Vamos Bellinha, mais rápido!- Soltei um rosnado e corri em sua direção. Minhas mãos já estavam prestes a agarrar seu pescoço quando ele desviou e, só de sacanagem, colocou  o pé na minha frente, me dando uma rasteira. Não deu outra, fui com tudo contra o concreto.


Dessa vez não pude deixar de gemer de dor. Vampiros se machucam sabia? Bom eu não sabia, até hoje.


-Aff Bella, assim não tem graça, é muito fácil ganhar de você- Debochou se sentando ao meu lado. Continuei com o rosto virado para o chão. Minha paciencia ia se esgotando e logo iria direto na garganta dele.


-Demetri, cala a boca- Pedi me virando. Ele soltou um risinho e se levantou, logo em seguida me oferncendo a mão.


Meio hesitante, recebi ajuda para levantar. Desde aquele dia na floresta(uma semana para se exata) Demetri estava bastante... diferente, eu não entendi, mas deixei quieto. Ele estava mais suportavel assim, as brincadeirinhas diminuiram.


-Olha, você não pode vir muito ansiosa, tem que caucular cada movimento que der, por que se não, vai acabar sem cabeça- Revirei os olhos mas prestei atenção nas suas palavras. Tem três dias que nós estavamos treinando, era uma coisa obrigatória aqui, então não tive muita escolha -Vamos tentar mais uma vez ok?- Se afastou uns vinte metros.


Tentei me concentrar, já estava cansada do ser derrubada. Me pus em posição da ataque com o corpo curvado. Meus olhos mediam meticulasamente Demetri. Nos encaramos como se nos desafiavamos. Um rosnado cresceu no meu peito. Era tão... esquisito quando lutavamos, sentia todos os meus instintos aguçaream ainda mais e meu corpo parecia num frenesi. Era a minha natureza agora.


Parei de divagar e avançei. Corri em velocidade, mas como na ultima vez não mirei no pescoço, era muito óbivio, teria que imobilisa-lo primeiro. Quando já estavamos perto da colisão, me inclinei para a direita e agarrei seu braço que estava pronto para me segurar. Como não parei do correr, seu corpo se projetou, sendo levando por mim e o atirei para longe, como tinha feito uma vez.


Ele foi direto na parede. Foi tão forte que um pouco de poeira saiu e se formou uma rachadura. Tinha algumas vantagens em ser uma recém-criada.


Demetri se recuperou rápido e rosnou vindo na minha direção. Ele não era tão rápido, por isso consegui pular a tempo, antes que me atingisse.


-Droga!- Resmungou quando agarrou o ar. Sorri discretamente.


Ele se virou em minha direção carrancudo. Dessa vez eu quem avançei. Tentei dar um soco na boca do seu estomago mas ele pegou meu braço tentando me imobilisar. Grunhi de dor quando ele quase o arrancou de mim. Com a mão livre agarrei um punhado do seus cabelos escuros e puxei pra baixo. Nunca disse que jogava limpo.


Demetri não ficou nada satisfeito, mas foi uma distração o suficiente para ele afrouxar o aperto e eu me soltar. Com as duas mão seguei no seu pescoço e com toda força que tinha passei seu corpo sobre minha cabeça e taquei direto contra o concreto. Só tive certeza de uma coisa, aquilo deve ter doido.(N/B: Há, há! Fizeram isso com o Ed no filme Lua Nova, VINGANÇA!)


Acabei com aquela luta ofegante e, só de sacanegem, coloquei um pé em cima do seu peito enquanto ele se contorcia de dor.


-Ganhei!- Declarei feliz.


Depois daquele dia, Demetri nunca mais quis treinar comigo. Orgulho ferido, como o proprio resmungava. Ao invés disso outros vários lutavam contra mim. Algumas vezes perdia(e feio), mas na maioria das vezes ganhava. Eu estava começando a pegar o jeito disso.


Já fazia quase duas semanas que estava no castelo Volturi e nenhuma ideia de fuga me vinha a mente, tinha que ser a oportunidade perfeita. Outra coisa que me deixava intrigada era meu escudo.


A dois dias atrás fui chamada para conversar com Aro, coisas banais, sabendo se estava me acostumando com a vida na Itália e se estava mesmo segura com a minha dieta(Fique extremamente feliz quando o vermelho escarlete, fora subsituido por dourado liquido. Como era récem-criada e bebia muito sangue por conta da sede, meus olhos mudaram rapidamente). Mas percebi que Aro estava me sondando, ele queria ter certeza que não iria fugir, quando Jane e outros vampiros da guarda apareceram com uma garota.


Ela não devia ter mais de quinze anos, ficava encolhida o mais longe possivel da vampira loira. Pelo que entendi a garota estava matando humanos sem o minimo de descrição, mas quando tentou explicar disse que o seu criador nunca a tinha explicado a regra. Ela falava tão rápido, estava desesperada. Me lembro perfeitamente que na hora quis protejer a garota, ela pareica perdida e assustada.


Já ia tentar intervir quando Jane a atingiu com seu poder. A jovem vampira soltou um grito de pura agonia e eu fiquei horrorizada com a cena. Queria tanto proteje-la daqueles vampiros que automaticamente senti como se meu escudo se expandisse, mas era muito díficil ele se recusava a sair de mim, como se presasse minha segurança. Mas na hora não me importei, precisava ajudar aquela garota. Discretamente forcei-o para fora e como passe de mágica, os gritos cessaram e ela caiu de joelhos no chão, completamente aliviada.


Tive vontade de rir da expressão confusa e irritada de Jane. Ninguém entendeu o que tinha acontecido, por isso me manti quieta no meu canto fingindo estar tão supresa quanto os outros.


Depois daquilo, passei a tentar expandi-lo, sem ninguém perceber, é claro e a cada dia podia ir mais longe. Era muito bom saber disso. Já conseguis uns bons vinte metros, mas isso me cansava muito mentalmente, é claro, fisicamente seria impossivel. Por não ser atingida pela maioria dos poderes, já era mais uma carta na manga para no dia da minha fuga. Que já previa para uma semana mais ou menos, meu coração, mesmo que não bata mais, se apertava de saudades de Edward. O sentia tão perto, mas tão longe que ficava sufocada pela angustia as vezes. Era tudo tão frustrante.


Tentei dissipar esses pensamentos enquanto caminhava em direção a sala de treinos. Eu já estava ficando enjoada com isso, era a única coisa que fazia aqui, lutar, lutar, lutar e lutar. Esse povo é muito violento! Mas tinha que me manter concentrada nesses treinos, um porque eu poderia perder um dos meus membros facilmente e dois porque era mais uma vantagem na hora de fugir, eu sabia que não seria fácil e poderia facilmente morrer, por isso esses treinos vieram em muito boa hora.


-Bella!- Virei minha cabeça na direção onde Demetri me chamava. Ele estava junto a mais dois vampiros. Um loiro alto com uma cara de tarado do parque e outro moreno com traços italianos e eu tinha que admitir, muito bonito -Vem cá, quero te apresentar uns amigos-


Fiquei meio incerta se ia ou não. Não tive uma boa impressão do loiro, mas depois me toquei que não ia com a cara de ninguém que tivesse olhos vermelhos.


Andei até eles. Demetri os apresentou como Félix(o tarado do parque) e o outro Vittore.


-Hum... então você que é a vegetariana?- Félix perguntou com um tom de quase nojo. Automaticamente fechei a cara. Eu com certeza não tinha gostado dele.


-É, eu sou a vegetariana- Rebati sarcastica, cruzando os braços na altura do peito -Porque, tem algo contra?- Indaguei levatando um sobrancelha.


Ele deu uma leve risada.


-Não querida, não é isso. Só estou impressionado com a atual numerosidade de vampiros que preferem o sangue animal nos dias de hoje- Me fitou nos olhos -Cheguei até a conhecer alguns clãs que até se intitulavam como famílias- Minha expressão gelou -Só não me recordo o nome deles...


-Ah sim, também ouvi falar- Vittore entrou na conversa se virando para mim -Não sei como aguenta, só de sentir aquele cheiro me sinto enjoado- Torceu o nariz.


-Você se acostuma- Dei de ombros tentando parecer relaxada.


-Eu acho que também soube deles. Aparentemente Aro é grande amigo do ''pai''- Demetri fez aspas com os dedos em deboche -A ultima nóticia que tive foi que um deles estava tendo um relacionamento com uma humana- Riu -Não sei o que aconteceu depois, só achei estranho os Volturi não terem interferido. O humano devia ter plena conciencia de quem somos, ele sabia demais- Refletiu. Juro que se meu coração batesse ele teria sofrido um ataque cardiado agora.


-A essa hora já deve estar morto. Nossa especie não se mistura com outros- Félix fez pouco caso, mas fiquei muito conciente que seus olhos sempre me olhavam de soslaio.


-Eu discordo- Me intrometi sentindo a ravia me cegar -Ele poderia ter amado ela de verdade- Rebati cruzando os braços no peito.


-Minha querida Bella, isso é impossivel- Félix revirou os olhos -Vampiros não podem amar, somos criaturas sem alma, indignos de tal coisa. Ainda mais um humano medilcre- Sorriu colocando os braços nas costas.


A ferida no meu peito me fazia ter vários espasmos e fui atingida por um vontade louca de chorar. Esse assunto era muito complicado para mim. Nunca cheguei a pensar que Edward não me amou. Por doer tanto, essa opção fazia questão de esquece-la, por isso nunca consegui seguir em frente depois do meu animversário de 18 anos.


-Você não sabe nada sobre a alma dele- Apontei o dedo na sua cara me sentindo borbulhar de ódio. Me controlar era uma coisa muito difícil nesses primeiros dias, ainda mais com um assunto como esse.


Félix sorriu vitorioso e foi ai que me dei conta do que tinha falado. Silêncio. Todos os vampiros da sala de lutas tinham parado de fazer tudo para ouvir a discussão.


-E você sabe Bella?- Indagou levantando uma sobrancelha como eu tinha feito antes -Pelo que sei, de fontes bem confiaveis, ele te deixou, não é?- Era isso. Essa foi a gota d'água.


Um rosnado feroz saiu pela minha garganta e num piscar de olhos já tinha avançado em Félix. Ele deve ter esperado o ataque, pois antes que pudesse fincar minhas presas na sua jugular ela já tinha me dado um soco na boca do estomago.


Cai no chão a metros de distância. Minha visão estava vermelha e minha mente vazia, meu único instinto era matar.


Levantei já correndo pronta para arrancar seu braço quando senti o corpo de outro vampiro se chocando contra o meu. De novo meu rosto rolou no concreto e antes que pudesse levantar minha perna foi agarrada e meu corpo lançado contra uma parede.


Tentei me recuperar rápido e fiquei em posição de defesa contra a parede. Na minha frente oito vampiros rosnavam prontos para me atacar.


De repente soube do risco que estava correndo depois que revelei meu segredo. Arfrante me curvei trincando meus dentes com os caninos raspando na minha gengiva. Uma semana não podia esperar, não existia mais a melhor opotuniade, ou era passar por cima de todos esses vampiros ou morrer.


-Bella...- Félix andou calmamente até está a cinco metros na minha frente -Pensou mesmo que não descobririamos seu pequeno... deslize?- Um vinco se formou entre suas sobrancelhas e ele expos seus dentes afiados -Os Volturi nunca dão segundas chances- Terminou rosnado.

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Notas finais do capítulo

Ai, ai, coitada da Bellinha. E vocês o que acharam? Que tal um review?