Between Spells, Potions And Love escrita por kaomycs


Capítulo 20
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou pasando por uma tremenda fossa esses ultimos dias, tudo que eu escrevo parece ruim e eu já reescrevi esse capitulo umas 3 ou 4 vezes até de madrugada, mas como eu já não possa mais faze-las esperar vou entregar esse capitulo curtinho mesmo, o proximo será um POV do Edward, então não desanimem por favor.
Obrigado a todas que comentaram e por favor revisem e comentem.



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Naquele momento todo meu corpo tremeu e cedeu ao chão, minha voz ficou presa no fundo da garganta, eu simplesmente não podia acreditar no que eu via. Olhos cinza como gelo, cabelo loiro revolto que caia selvagemente sobre o rosto duro e cruel, agora adornado com uma imensa cicatriz que atravessava o rosto da com canto esquerdo da testa até a ponta direita do queixo.

- J-james? Onde você conseguiu esse espelho?  - Perguntei num fio de voz.

- Que bom que me reconheceu adorável Bella. O espelho? Peguei um a minha adorável filinha. – Pude ouvir um soluço ao fundo. – Ela parece estar com saudades de você.

- Você não tocou nela tocou?! – Minha voz ficou mais forte com o medo e a raiva. – Se você tocou nela James eu juro...

- Jura o que? Você vai me matar? Querida, você já tentou fazer isso antes e não deu muito certo. Mas já que você está tão confiante sinta-se livre para tentar, vou estar te esperando aqui na floresta proibida. – Ouvi um gemido ao fundo e ele riu. – Acho que Megh disse para você se apressar.

No momento seguinte seu rosto sumiu. Eu estava brava, realmente furiosa, o maldito era o pai da Megh! Eu não pensei duas vezes, não tinha tempo de chamar ninguém, me transformei em gata e pulei pela janela mais próxima, era muito mais rápido pular entre as saliências das paredes do castelo do que correr pelos corredores e escadas imensos. Mal cheguei ao chão já corri em disparada para a floresta, passei pela cabana de Hagrid e entrei nas árvores, o cheiro de Megh estava forte ali, havia muito sangue para marcar o caminho, mas eu podia sentir o cheiro de James também, for isso fui cautelosa, subi em uma árvore e fui pulando de galho em galho silenciosamente.

Pouco a pouco o cheiro foi ficando cada vez mais forte, ele haviam entrado fundo na floresta e seria realmente difícil sair depois, mas eu não me permiti pensar nisso no momento, e nem foi possível, na verdade, pois logo em seguida eu os avistei. Megh estava encolhida num canto, entre as raízes de uma arvore maior, e olhava desesperadamente para os lados, James estava em pé a alguns passos de distancia, com a varinha em punho.

- Eu te disse que Bella não virá!

- Filinha querida, Bella parecia que atravessaria o espelho para me pegar quando eu disse seu nome, ela obviamente virá. – Virou-se para trás e apontou a varinha para ela. – Agora cale a boca, eu acho que ouvi algo!

Ele começou a olhas ao redor e eu aproveitei a chance, peguei uma fruta grande e castanha de um galho próximo e a atirei com toda força, ela caiu a vários metros da clareira com um som abafado, a cabeça de James se levantou automaticamente ao som.

- Você está ai Bella? – Ele foi andando em direção ao local onde a fruta caiu, se afastando de Megh e de mim. – Não se esconda querida, vamos brincar!

Quando ele se virou de costas eu nem hesitei, berrei uma azaração e o fiz voar longe, sem perder tempo eu pulei do meu esconderijo e corri até Megh, que tremia de susto.

- Bella!

- Não temos muito tempo Megh, os adultos não sabem que eu estou aqui, você tem que correr o mais rápido que puder até o castelo e pedir ajuda. – Apontei para o caminho de onde vim. – Siga reto por aquela direção e não pare e nem olhe para trás até encontrar com um professor está me ouvindo?

- Sim, mais e você?

- James está estuporado, só vou me certificar de que ele não vai fugir quando acordar e depois vou atrás de você. Agora vá!

E ela foi, desapareceu no meio das arvores e logo já não conseguia ouvir seus passos. Meu coração ainda batia loucamente com a descarga de adrenalina do momento e minhas mãos tremiam, mas mesmo assim andei decidida em direção ao corpo estendido de James e murmurei “Incarcerous”, longas e finas cordas o envolveram e amarraram firmemente, não havia como ele escapar agora. O movimento deve tê-lo acordado, pois ele abriu os olhos e sussurrou com a voz rouca.

- Sua pequena vadia...

- Você não devia ter mexido com a minha irmãzinha James você sabe o que acontece quando meche com a minha família.

- Irmãzinha? – Ele riu alto e gemeu quando o movimento fez as cordas apertarem. – Creio que ela não seja filha da sua mãe, muito menos do seu pai trouxa.

- Megh não é minha irmã de sangue e sim de coração. Você não conseguiria entender uma coisa assim. – Me abaixei e recolhi sua varinha. – Isso fica comigo agora.

- Ora sua... – Então ele se calou e sorriu. – Olá Baby.

Eu não entendi, se tivesse entendido talvez tivesse conseguido evitar o ataque que se seguiu, uma voz gritou Alarte Ascendare e eu voei para cima, batendo em alguns galhos e depois voltei ao chão com violência, todo as escapou dos meus pulmões quando eu bati o peito com força, me virei o mais rápido possível e vi Victória parada ali, com a varinha apontada em minha direção e com duas outras varinhas na outra mão, a minha e a de James.

- Por que Victoria? Você é uma boa pessoa! – Perguntei a beira de lagrimas.

- Tudo vai acabar com a sua morte menina, meu marido não vai mais sofrer e vamos poder viver em paz. – Ela disse, mas eu vi magoa nos seus olhos também.

- Vick, meu amor, me solte, por favor. – Pediu James, coma voz completamente diferente, era doce e quente.

- Claro querido. E você não se mecha! – disse a mim.

Andando de costas e sem afastar seu olhar de mim, Victoria se aproximou de James e o libertou com um aceno de varinha, ele se levantou com calma e a beijou, eu estremeci com a visão.

- Obrigada meu amor. – Pegou sua varinha de volta e se dirigiu a mim. – E agora, o que vamos fazer com você?

Ele começou a andar em volta de mim, me dizendo o que pretendia, numerando as formas com que pretendia me matar, mas eu me esforcei para me concentrar em fugir, o que era quase impossível nessa situação: sem varinha e no alvo de dois bruxos loucos e armados. Parte de mim já havia perdido as esperanças e estava rezando para não morrer e a outra parte dizia para a primeira calar a boca, assim minha cabeça estava completamente fora de área, envolta em medo e adrenalina.

- Pois bem, vamos começar. – James levantou a varinha com um sorriso e a apontou para mim, abrindo os lábios para dizer o feitiço.

Felizmente ele foi interrompido, o susto fez todos pularem, num minuto Victória estava ali, rindo de mim, e no outro estava coberta por uma teia branca e gosmenta, essa a atingiu com tanta força que a jogou ao chão, fazendo com que a minha varinha e a dela voassem em minha direção. Eu saltei para pega-las e James tentaria me impedir se não tivesse sido atacado por outra teia, ele desviou e eu alcancei as varinhas, me pondo em pé no mesmo instante, quando vi estávamos cercados por aranhas imensas e de aparência faminta.

- Você tinha que vir para a floresta proibida, não é? – Berrei para James, sem saber se ficava feliz ou desesperada com a situação. – Bem, que elas façam bom proveito de você!

Me transformei, fazendo os olhos de James parecerem que iriam saltar do rosto, e pulei na arvore, subindo para um galho alto. Aparentemente as aranhas não estavam a fim de me seguir, talvez não gostassem do gosto de gatos, então se concentraram apenas em James, me dando a chance perfeita para fugir. Percorri vários metros, me afastando da luta, completamente certa de que James não tinha chance, e procurei por uma saída, somente depois de vários minutos eu me dei conta de que estava completamente perdida, Megh havia voltado para o castelo então logo os adultos estariam me procurando, mas era muito arriscado ficar naquela floresta, haviam muitas criaturas famintas prontas para me atacar ali.

Voltei ao normal, Edward poderia sentir meu cheiro melhor e me achar mais rápido dessa forma e enquanto eu ficava parada ali, pensando no que fazer, uma espécie de raio atingiu o galho em que eu me encontrava, me fazendo gritar e ir ao chão, pela segunda vez na noite. Me pus de pé imediatamente e corri para o lado oposto, enquanto ouvia passos ao longe, me perseguindo.

- Sua desgraçada, eu vou te encontrar, pode correr o quanto quiser, mas quando eu te pegar vai ser o seu fim! – A voz de James ecoou ao longe, ofegante e irada.

Eu corri mais ainda, as lembranças me atormentando e me fazendo me sentir uma criança novamente, naquela mesma situação, fugindo e chorando, o medo das memórias envolveu meu peito e apertou meu coração, me tirando o fôlego. “Não, eu não podia ter uma recaída justamente agora, esse não era o momento de se desesperar” disse a mim mesma, eu tinha que ficar firme, a ajuda viria logo, eu tinha certeza, mas outro raio se seguiu, acertando uma arvore que eu havia acabado de ultrapassar, fazendo um grito se formar no meu peito e entalar na garganta.

Eu corri desesperadamente pela floresta, amedrontada demais para me transformar e sem fôlego para gritar por ajuda. As minhas costas o som da risada dele ecoou entre as arvores aumentando ainda mais meu medo até o ponto em que eu não conseguir ver nada além de seu rosto na minha mente, ouvir algo além do meu coração disparado ou pensar em qualquer coisa que não fosse fugir, toda a minha convicção havia se perdido.

Em meio a minha fuga meu pé bateu contra uma raiz alta fazendo com que meu tornozelo soltasse um som estranho e me jogando com força contra o chão. Tentei me levantar automaticamente para continuar a fugir, mas a dor que senti foi insuportável, incrédula vi que meu pé estava em um ângulo impossível e que não havia mais chance de escapar.

Fiz o possível para abafar o medo e a dor para poder pensar em alguma saída e uma súbita idéia surgiu em minha mente. Encolhi-me contra a árvore mais próxima e fechei os olhos, fazendo força para livrar minha mente da membrana natural que a envolvia, não sei se foi rápido ou se demorou, pois havia perdido a noção do tempo, mas consegui com muito esforço afastar meu escudo. Sem hesitar um segundo berrei mentalmente.

- EDWARD!

Depois uma dor insuportável atingiu meu corpo inteiro, James me encontrara.


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Notas finais do capítulo

Beijão.



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