Acordei naquela manha cercada por caixas e pacotes recem lacrados espalhados por todo o meu quarto. Tirei meu celular do bolso e em uma tentativa inutil tentei ecarar as horas, mas so consegui ver numeros embassado. Minha cabeça doia como se alguem a tivesse pego emprestado para uma longa partida de futebol e depois me devolvera... E é isso que eu gosto de chamar de: ressaca!

Encarei o celular uma ultima vez e, em um chute, diria que eram 6:30 da manha.

Não era atoa que meu cerebro estava tão lento... não conseguia nem lembrar o porque de tanto entulho espalhado no meu pequeno territorio.

Alguem certamente confudira meu quarto com um lixão e resolvera jogar suas tralhas nele.

Queria ter conseguido pensar melhor no assunto mas minha cabeça doia demais para me permitir isso. Fui cambaleando na direção do banheiro feito uma lesma, e quando finalmente cheguei ao meu destino dei de cara com uma garota bem esquisita. Ela devia ter a minha altura, tinha seus longos cabelos loiros totalmente desarrumados que pareciam emplorar por uma escova, seus olhos eram de um azul quase cristalizado e se não fosse por suas terriveis olheras de quem não conseguia dormir direto faz uns belos dias e a sua blusa preta do Wolverine manjada eu a teria achado muito bela.

Fiquei la esperando que a zombie falasse alguma coisa do tipo: Opa, casa errada!

Mas ela so ficou la me encarando como se também esperasse algo. 

Eu então me pus a rir, em volta da tal garota avia duas estranhas linhas metalicas e abaixo de sua cintura aonde deveriam estar suas pernas se encontrava a minha pia. Eu simplemene estava em frente a um espelho, e a zombie na verdade era eu.

- A noite deve ter sido mesmo boa... - ouvi alguem murmurando atras de mim, enfiei meu rosto em baixo da água gelada da pia pelo menos umas cinco vezes antes de finalmente responder

- Deve ter sido mesmo, é uma pena que eu não lembre de nada. - e deixando de lado a rata de escritorio na porta do banheiro me enfiei de volta no quarto-lixão

Dei mais uma olhada nos caixotes que nele abitavam e finalmente lembrara o porque deles estarem ali, eu estava me mudando. Tirei a camisa do Wolverine que agora percebi que estava manchada de vomito e a arremecei na lata de lixo rezando para que pelo menos fosse o meu.

Abri meu armario mas nenhuma roupa o abitava mas. A não ser por um horrivel sueter de lã branca com flores rosadas e um jeans velho que parecia ter saido dos anos 80. Vesti o jeans satisfeita mas penei para vestir o tal sueter.

" É isso ou a camisa do Wolverine... " - pensei pondo o sueter

Abri a janela e dei uma ultima olhado para o meu quarto, aquela seria a ultima vez que o veria por um bom tempo. Agarrei minha mochila e me joguei janela a fora. Calma, posso ser muita coisa mas ainda não sou suicida!

Agarrei um dos galhos do salgueiro e depois outro e outro e outro, e quando finalmente estava perto o bastante do chão me soltei. Uma bela aterrisagem se querem saber, digna de uma medalha. 

Acaricie o tronco do velho salgueiro que crecera em frente da minha janela ja fazia muito anos.

- Vou sentir sua falta grandão... - suspirei 

Certamente iria sentir falta de muitas outras coisas. As corridas de tartaruga que eu sempre organizava quando me arranjava uma detenção e ficava presa no colegio ate tarde com outros estudantes, andar com meu skate nas pistas improvisadas, sair janela a fora de casa no meio da noite e descer pela árvore feito o Tarzan! HaHa.

Mas eu aprontara, e agora, de acordo com a rata de escritorio que sou obrigada a chamar mãe, teria de pagar por isso. E se nem um internato de freiras conseguira me segurar no ano passado, esse ano ela faria diferente. Não me prendendo em alguma escola cara e sim me mandando para bem longe.

Estava com as malas feitas e um passaporte so de ida para Atlanta.

Eu, Izzie Miller estava indo morar com meus avos que eu ja não via desdo do meus 4 anos. Estava indo morar em uma cidade totalmente desconhecida, e o pior: No meio do ano letivo...

Não sei bem o porque mas alguma coisa me diz que esse sera mais um dos brilhantes planos de minha mãe a dar errado.