Tinha se passado uma semana, tudo o que Juliana fazia era ir para a escola e ficar trancada em seu quarto curtindo uma fossa com seu Ipod, enquanto Damon apenas bebia, bebia sangue e whisky, quando não, vodka e depois mais whisky, ele não sabia o que fazer, nem tinha coragem de encará-la.

Elena e Stefan não estavam agüentando ver seus irmãos daquele jeito, principalmente ela com o peso na consciência, os dois resolveram por fim nisso, iriam tentar até o fim juntar os dois mais uma vez ou pelo menos fazer com que tenham nem que seja uma última conversa.

[Comentário da autora: O engraçado é que antes eles não queriam que um chegasse perto do outro, agora já querem bancar o cupido...]

Damon estava num canto do Grill observando Juliana tristonha ao lado de Bonnie em outro canto. Elena conseguiu pela primeira vez arrancá-la de casa. Ao máximo ela o evitava, se seu olhar passasse por ele era por fração se segundos, Damon se sentia invisível, mas sabia que era muito difícil para ela tentar fazer isso estando tão magoada.

- Me desculpa mesmo, Damon! Disse Elena se aproximando.

- Eu já disse para você esquecer isso, Elena. O único culpado aqui sou eu... Disse ele.

- Você gosta muito dela, né?!

- O que você acha?! Disse Damon seco. [Essa Elena mereceu... rsrs’]

Ela se calou.

- Ela não quer nem olhar para mim... Disse ele suspirando desanimadamente. – Está muito magoada...

- Isso é um bom sinal! Disse Elena.

- Como assim bom sinal? Perguntou Damon espantado.

- Se ela se magoou bastante é porque gosta muito de você também. Disse ela tentando motivá-lo.

- De que isso me adianta se ela nunca vai me perdoar! Disse ele bebendo sua Vodka.

- Damon, foi você que me disse para não desistir da minha vida e tentar parar de ser pega pelos originais... Não desista!

- É uma batalha perdida, Elena!

- Não, não é Damon! Você não é mais aquele cara que eu conheci!  É outro! Você se importa com as pessoas!  Ela pode te perdoar sim! Eu não te perdoei quando você matou o Jeremy, mas não sabia que ele estava usando aquele anel?! Pois ela pode te perdoar e vai! Exclamou Elena convicta.

- Apenas dê tempo a ela... Disse Elena colocando a mão no ombro de Damon.

Ele balançou a cabeça e torceu a boca, consentido em dar um tempo a Juliana, porém não muito confiante que somente esperar daria certo.

Era noite, Juliana estava em seu quarto, sentada na poltrona perto da janela vendo a chuva que acompanhava uma vez ou outra algumas lágrimas que fugiam de seu controle e insistiam em cair, enquanto ela curtia uma fossa básica escutando e cantando junto com Nicole Sherzinger (Don’t Hold Your Breath):

♪♫”Você não pode me atingir, não sobrou sentimento algum
Se você acha que eu vou voltar, não prenda o fôlego
O que você fez comigo, cara, eu não vou esquecer
Se você acha que eu vou voltar, não prenda o fôlego...

Eu te amava tanto que eu achava que um dia você fosse mudar
Mas você só me trouxe um coração cheio de mágoas...

Eu me preocupava com você, mas você nunca se importou comigo
Eu te dei tudo, mas nada nunca era o bastante

Siga em frente, não olhe para trás
Pulei de um trem descarrilado
Seus dias acabaram, encare a real
Um filme ruim acabou e a tela ficou preta
O que você fez comigo, cara, eu não vou esquecer
Se você acha que eu vou voltar... Não prenda o fôlego”♪♫

- Oi, posso entrar? Perguntou Stefan da porta.

- Ah! Oi!... Disse Juliana parando a música e tentando disfarçar enxugando as lágrimas. - Claro que pode!

- Você está bem? Perguntou ele novamente se sentando no batente da janela ao lado dela.

- Melhorando... Disse ela.

- Você sabe que eu nutro sentimentos ternos e de amizade por você, não sabe?!

- Sei sim, Stefan, eu também gosto de você. Disse ela.

- Sabe que eu e o Damon tivemos e temos alguns problemas até hoje, não sabe?!... Stefan dizia enquanto foi interrompido por Juliana.

- Se você veio aqui para falar dele, peço que não faça!

- Mas é dele mesmo que eu vim falar... Eu gosto de você e dele também... Nem eu e nem ninguém gosta de ver vocês assim, nem a Bonnie, nem a Caroline, Jeremy, Elena até o Alaric! Não seja injusta com vocês dois e nem com o Damon...

- Não seja injusta com o Damon? Injustiça é o que ele fez comigo! Fingiu gostar de mim! Me consolou quando eu sofria pela morte do Zach! Fingiu ser meu amigo! E você me pede para ser justa com ele! Disse Juliana exaltando-se e sem perceber derramando mais lágrimas.

- Você não entende! Ele não é mais aquele Damon que matou o Zach! Ele mudou! Parte por amor a Elena, outra parte por amor a Rose e a maior parte por amor a você! Nunca vi Damon se arrepender de ter matado ninguém! Ele se arrependeu de ter matado o Zach no momento que te viu sofrer! Ele já sofreu muito em toda a sua vida e sempre por causa do amor... Ele já foi um vampiro muito mau, sou testemunha disso, já fez muitas maldades, comigo inclusive, por isso quando eu digo que ele se arrependeu confie em mim... Stefan falava. – Sabe há quanto tempo ele não machuca nem uma mosca, faz meses! Nem sequer outro vampiro que nunca mais apareceu aqui!

Juliana escutava calada

- Eu o conheço desde que nasci, sei bem quem ele é, quem ele foi e quem ele se transformou. Sei que ele está sofrendo muito por você, se martiriza por ter provocado sua dor. Damon se culpa a cada dia pelo que fez, por ter te magoado, se ele soubesse uma forma de reverter essa situação com certeza ele o faria, porque ele ama você! Ele se importa muito com você! E te ver decepcionada com ele está sendo pior do que seria te ver com outro homem! Sei que você gosta dele e deve estar sentindo sua falta, só peço que pense! Pense se vale mesmo à pena viver longe dele, às vezes a gente deveria Esquecer O Passado e Viver o Presente! Disse Stefan se retirando e deixando Juliana pensando.

Agora lágrimas não mais corriam no rosto dela, apenas estava sentindo o efeito das palavras de Stefan.

Enquanto isso Mary Copper estava saindo da casa de sua colega, elas estavam estudando uma prova de Biologia juntas.

Mary andava pelas ruas, que estavam paradas, por ser tarde da noite. Tudo estava super normal até uma névoa sinistra surgir do nada. Um calafrio arrepiou a menina.

“Deveria ter aceitado o convite da Jenny para dormir na casa dela” Pensou Mary.

De repente um corvo surgiu do nada na frente dela e a assustou:

-Ah! Gritou ela.

– Ai Jesus! Era só um corvo! Disse Mary se recompondo.

Ela continuou andando, mas um homem parecia segui-la, ela apressou os passos e o homem também a acompanhando. Mary olhou para trás para ver se reconhecia o homem, mas foi em vão estava muito escuto.

A menina começou a andar mais rápido ainda e o homem também. Amedrontada, Mary resolveu correr, foi aí que o homem numa rapidez sobre-humana agarrou seus braços e fincou o que pareciam ser presas em sua jugular. Tudo o que Mary conseguiu ver antes de cair em inconsciência foi os olhos azuis do homem e seus cabelos negros.