Crônicas de Um Shinigami escrita por Shyohako


Capítulo 10
Capítulo 9 - Família reunida?


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aqui está um link com a imagem do pai de Shyohako Long Shin:http://media.giantbomb.com/uploads/1/14669/503563-longhumain_large.jpg



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  - Sente-se – mandou Long para seu filho

Urahara saiu da sala, Shyohako acatou a ordem imediatamente, ele respeitava seu pai mais do que tudo, não era apenas um pai, era um exemplo, uma meta a alcançar. O pai não esperou o filho terminar de sentar e começou:

  - Você deve saber que Kuchiki Rukia cometeu um crime imperdoável...

  - Ela não teve escolha! – Shyohako o interrompeu, mas bastou um olhar do pai para calar o filho

  - Como eu estava dizendo, Kuchiki Rukia cometeu um crime imperdoável e por isso deverá ser punida. – Long estava com uma expressão séria, olhava diretamente nos olhos do filho.

  - Você veio levá-la?

  - Não, os encarregados de levá-la virão amanhã, eu estou aqui para levar você.

O silêncio reinou por meio minuto, Shyohako estava tentando fazer o que seu pai falou ter sentido em sua cabeça, o pai por sua vez esperava uma reação dele.

  - O que o parasita fez para ser levado de volta para a Soul Society? – perguntou Jinta que estava espiando pela fresta da porta de correr junto com os outros habitantes da casa.

  - Não acredito que ele tenha feito algo de ruim... – falou Ururu

  - Shhhh! Ele ta falando algo! – sussurrou Tessai

  - Por que ME levar?! – Shyohako estava nervoso – eu não fiz nada!

  - Acalme-se filho, eu sei que você não fez nada e é justamente por isso que tenho que te levar.

  - Não estou entendendo mais nada...

  - É bem simples, amanhã quando vierem levar a Kuchiki eles irão te levar também e ambos terão a mesma punição, por que você foi considerado cúmplice dela. – Shin respirou fundo – Venha comigo agora e poderei amenizar a sua pena.

  - Desculpe-me pai, mas não posso ir com o senhor – ele olhou para o chão desviando do olhar do pai.

  - Você não vê que está correndo risco de ser executado ficando aqui?! – pela primeira vez Long se exaltou

  - Não posso deixá-la na mão! O senhor acha que eu sou tão egoísta a ponto de deixar minha amiga ser executada enquanto eu me safo só por meu pai é de uma família influente!? – Shyohako bateu as mãos com força na mesa – Ou você só quer deixar o nome da família a salvo dos comentários!?

  - Não seja ingênuo! Se eu me importasse com o nome da família, eu teria te obrigado a mudar seu nome, mas mesmo assim eu deixei que continuasse com seu nome antigo! Eu estou preocupado com a sua vida!

  - Eu sei me cuidar e não vou mudar de idéia! Vou ficar mesmo que seja contra a sua vontade!

  - Por favor, filho! Venha para a Soul Society – ele segurou os ombros de Shyohako

  - Me desculpe, odeio te desapontar, mas dessa vez não vou acatar suas ordens de cabeça baixa, vou ficar e vou ajudar a Rukia!

  - Você não tem idéia de como é doloroso ver um filho marchando para a morte, mas parece que a única coisa que posso fazer é esperar e torcer para que você saia dessa a salvo.

  - Não seja tão dramático... Eu vou ficar bem – Shyohako segurou a mão esquerda de seu pai que ainda estava sobre seu ombro.

Shin se levantou e caminhou até a porta.

  - Tenho que ir antes que percebam que sai. Cuide-se meu filho

Shyohako se levantou também e foi abraçar seu pai.

  - Pode deixar, cuidado no caminho de volta.

Shin abriu a porta e encontrou apenas Urahara esperando, os outros saíram correndo para não serem descobertos. Os três foram para o porão onde Long abriu um portal para a Seireitei e foi embora acenando para o filho que retribuiu o gesto.

Shyohako olhou para o relógio, ainda dava tempo para fazer o que pretendia, se dirigiu para a saída e se despediu de Urahara.

  - O que você pretende fazer? – perguntou Urahara antes que o outro saísse

  - Não é óbvio? – respondeu se virando para Urahara – eu vou lutar!

Shyohako saiu da loja sem dizer mais nada, caminhou até a escola. Quando chegou lá viu as pessoas do clube de caratê saindo, “Cheguei bem na hora” pensou, encostou-se no muro do colégio e esperou. Tatsuki saiu pelo portão principal, ela andava rápido. Shyohako a seguiu para poder falar com ela. Ele colocou a mão sobre o ombro dela pelas costas, antes que ele pudesse começar a falar ela torceu a mão do “agressor”, puxou-o para perto, socou-lhe e ficou em posição de luta.

  - Ai meu Deus! – ela exclamou quando percebeu quem havia tocado em seu ombro – desculpa! Você está bem?

  - Au! – disse massageando o rosto – to bem sim, você tem um ótimo soco de direita – abriu um sorriso

  - Sua cara é dura – ela balançava a mão, ele riu – por que não veio pro colégio de manha?

Ele ficou em silêncio.

  - Posso te acompanhar? – ele desviou do assunto

  -Tu... Tudo bem – ela corou

  - Tatsuki, não sei se vou ter outra oportunidade de te dizer isso...

  - Dizer o que? Você vai embora? – ela interrompeu

  - Vou... E você provavelmente não irá se lembrar de mim...

  - Como não?! Não tem como eu me esquecer de você – corou

  - Não é isso, as memórias das pessoas que conviveram comigo serão apagadas.

  - Então você vai voltar para a Soul Society?

Ele estava surpreso por ela se lembrar da Soul Society, mesmo que ele não tenha apagado sua memória ele pensava que alguns detalhes seriam esquecidos.

  - É isso mesmo... E não acredito que vou voltar para esta cidade – ele parou e colocou a mão direita no rosto de Tatsuki – Por isso tenho que te falar que...

O rosto de Tatsuki estava cada vez mais próximo Shyohako parou de falar por um instante e quando seus lábios estavam para se tocar ele terminou a frase:

  - Eu te amo – sem deixar espaço para qualquer reação ele a beijou docemente.

Aquilo foi inesperado para ela e por isso ela se afastou, olhou nos olhos Shyohako que estava a menos de um palmo de distância e então correu para longe.

Ele ficou ali, paralisado como se ela ainda estivesse com ele,ficou muito confuso ele tinha certeza que ela também queria ficar com ele, mas agora só lhe restavam dúvidas.

Ela estava chegando a casa quando parou e encostou-se a uma parede, tocava os próprios lábios buscando lembrar a sensação que teve há pouco. Não sabia por que correra, mas agora era tarde, podia apenas se arrepender do que fez, pois não acreditava que poderia vê-lo de novo.

A noite caiu e Shyohako voltou para a loja, quando lhe perguntaram por onde ele andou, respondeu que foi treinar para a luta do dia seguinte. Na casa de Ichigo Rukia olha apreensiva para o céu ela sabia que seria capturada mais cedo ou mais tarde.

 


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Notas finais do capítulo

Só posso dizer a vocês que surpresas os aguardam no próximo capítulo =P