Memories escrita por Jojo Almeida


Capítulo 2
Flash Back


Notas iniciais do capítulo

Finalmente de volta, quase morta e possivelmente com a voz mais estranha do mundo, mas de volta. Para dar um pequena explicação, eu estava no melhor-mais-perfeito-lindo-maravilhoso hotel ja criado - conhecido como Club Med rio das Pedras (quem ja foi la me entende). Para encurtar a historia, em meio a toda a energia carioca, somada a enargia med, as minha 5 horas contadas de sono; a unica mineira do med (vulgo eu mesma) mal teve tempo de respirar. Antes de tudo queria dar um obrigadO ESPECIAL para: Alex_Evans, por ter me dado o meu primeiro review do Nyah! - Enfim, ai vai...
(N/A: o PVO continua Annabeth)



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Eu tinha 6 anos. Estavamos em novembro, um ano antes de eu fugir de casa.

Eu andava sozinha pelas ruas pavimentadas de São Francisco, tentando lembrar o caminho para casa. Ja era a segunda vez no mes que meu pai se esquecia de me buscar na escola. Mas hoje era diferente. Eu havia errado o caminho varias vezes, e estava em uma rua total e completamente desconhecida.

Então, eu me deparei com um pequena loja, repleta de coisas antigas e bem cuidadas, que eu identifiquei como uma loja de penhores. Nada lá me chamou a atenção, a não ser uma pequena bailarina de porcelana.

Ela era perfeita.

Contemplei ela por alguns segundos, até que uma ideia me atingiu: tudo que eu queria naquele momento era ser bailarina.

Sem notar o que estava fazendo, entrei na loja fazendo que o som de um pequeno sino ressoase pelo comodo.

Na mesma hora um mulher gorda de cabelos cacheados, muito pretos, e olhos castanhos surgiu atras do balcão. Ao me notar em pé ao lado da porta, ela sorriu bondosa e veio até mim.

- O que deseja, pequena? - ela perguntou sorrindo.

- Eu gostei da bailarina da vitrine. - disse sem pensar

- Oh sim! Ela é linda não é? Ela tambem é justamente a minha preferida aqui.

- Quanto ela custa? - perguntei novamente sem pensar.

Ela me encarou por um segundo, como se me analizasse; ento disse o preço - que ja não me lembro.

- Ohhh -eu suspirei triste, era mais do que eu podia pagar.

- É caro, eu sei, mas essa pequena ai tem uma linda histria. - ela disse, novamente sorrindo.

- Você poderia me contar? - perguntei com enorme espectativa, afinal histrias trazem conhcimento.

Ela franziu o cenho, como se não esperase por aquilo, mas mesmo assim respondeu um "claro" baixinho, e depois fez algo que eu nao esperava. Ela foi até a vitrine e retirou a fina boneca de porcelana de lá, colocando-a em cima do balcão.

- Venha cá. - ela disse convidativa. Obedeci. - Sabe - ela comecou - existem duas outras bonecas como esta. Uma tinha cabelos negros e a roupa branca. Esta está perdida. A outra tinha cabelos loiros e roupa rosa. Esta está quebranda.

- O que aconteceu?

- Você é muito apressada moçinha! Ja vou chegar lá.

- Desculpe.

- Enfin, a histria delas começou por volta de 1938, em Paris. Uma sabia jovem, que trabalhava como governanta*, resolveu correr atras de seu unico sonho: ser bailarina. Apesar do dificil inicio de carreira, logo ela se tornou um bailarina muito boa e prestigiada, que fazia lindas apresentações em Paris. Homens faziam fila em sua porta e todos se apaixonavam pela moça de cabelos pretos. Cançada da vida na cidade, ela se decidiu por acompanhar um pequno grupo, numa serie de apresentaes em uma cidadezinha no sul do país. Ao chegar lá, um jovem sapateriro se apaixounou perdidamente pela moça, mas não sabia como mostrar isso. Apos juntar todo seu dinheiro, o rapaz conseguiu fazer 3 figuras de procelana, identicas as bailarinas que encenavam a peça. Ao achar as 3 bailarinas em seu camarim a moça se apaixonou perdidamente pelo rapaz. Com o passar do tempo, eles acabaram firmando noivado, mas uma praga invadiu a cidade. A joven contraiu a doença e não resistiu - morreu em poucos meses. Dizem que quando morreu segurava a bailarina cor-de-rosa, que representava uma amiga que morreu com a mesma doença. Sendo assim, esta caiu no chão se espatifando em milhares de pedaos.

Ela parou e soltou um suspiro triste, como se conhecese a bailarina.

- Alegando que no podia viver sem ela, o rapaz se matou na mesma noite, deixando como ultimo pedido que a bailarina branca, tão parecida com sua amada, fosse enterada com ele.

- Você tinha razão, é uma história linda.

Ela me dirigiu um sorisso trsite, como se concordase.

- E você? Quer ser bailarina? - ela perguntou.

- Oh sim! Quero sim.

- Isso otimo! - ela exclamou feliz - Minha prima Beth dona de uma escola não muito longe daqui... Espere um minuto tenho certeza que tenho um dos folhetos dela por aqui. - ela disse sumindo atras do balcão e voltando com um cartão rosa em mos.

- Oh! Obrigada.

- Não há de quê, pequena - ela respondeu sorrindo amplamente.

- É melhor eu ir, esta ficando escuro - conclui.

- Claro, Claro.

Já estava saindo da loja quando me lembrei.

- A proposito, qual é o nome dessa rua?

- Av. Roothborg, pequena.

- Obrigada. - eu falei sorrindo: afinal, não estava longe de casa.

Após alguns minutos de caminhada cheguei em casa. Abri a porta a porta e sai correndo até o escritrio de meu pai, abraaçndo ele com tudo ao chegar.

- Ahhhhh! - ele gritou surpreso - calminha ai, Annie.

- Olá papai!

- Sabe eu estava preucupado, querida - ele disse olhando para meu rosto - onde você esteve?

- Na escola papai, você não foi me buscar hoje.

- Ah, me desculpe Annie - ele disse batendo a mo na testa.

- Já é a segunda vez no mês. - recordei baixinho.

- É mesmo? E o que posso fazer para te compensar?

- Eu andei pensando, e queria fazer algo diferente, como uma aula de balé...

- É mesmo? - ele perguntou surpreso.

- É. - respondi entregando o cartão cor-de-rosa para ele.

- Bom, que assim seja. - ele concluiu.

Eu sorri feliz, e fui para meu quarto.

Um ano havia se passado desde que eu havia entrado na pequena loja de penhores.

Eu estava fazendo a tal aula de balé, e simplesmente amava.

Como sempre, me chamavam de esquisita e estranha, mas eu havia feito uma amiga. O nome dela era Clare; ela tinha cabelos castanhos,grandes olhos verdes, e um sorriso maroto. Era uma boa campania.

Hoje seria o chamado "grande dia", ou para muitos, apenas uma apresentação de balé.

Eu usava uma roupinha branca com pequenos detalhes feitos de veludo azul claro. O tu-tu era igualmente azul claro, e minhas sapatinhas, brancas. Meu cabelo entava preso em um coque bem feito (que demorou bastante tempo para ficar pronto, considerando que tive que faze-lo sozinha) com uma rosa de pano branca.

Desci as escadas correndo, peguando uma pequena bolsinha de contas bege no caminho.

- Papai, eu ja vou indo. - falei feliz ao entrar em seu escritorio.

- Vai aonde Annie? - ele perguntou sem se virar.

- Hoje é a apresentação - eu respondi revirando os olhos.

- O que?! -  ele perguntou finalmente se virando para me ver - Não era dia 26?

- Mas hoje é dia 26, pai!

- É mesmo? Droga! - ele xingou baixinho.

- O que foi pai?

- Nada querida... Que horas é a apresentação?

Olhei para o relogio.

- Em mais ou menos uma hora.

Ele soulou um 'arrrg' baixinho e analisou minha expressão de espectativa.

- Quer saber?Eu dou um geito de estar lá...

- Promete?

- Annie, eu no posso prom-

- Promete?

Ele susoirou profundamente.

- Sim Annie, eu prometo.

Sorri vitoriosa, me despedi rapidamente, e me pus a caminho da escola usando um grosso casaco de neve cinza - afinal, estavamos em dezembro, e aquela era uma tarde bem fria.

A proxima hora se arrastou lentamente, emquanto todas esperavam sua vez de dançar na espectativa e ansiedade.

Eu estava especialmente nervosa, ja que dançaria quase o tempo todo na frente. No que eu fosse boa. Nem perto disso. Mas eu era dedicada e a mais bonita (quando se tem um parente divino qualquer um bonito ¬¬'), o que sempre me rendia um 'bom' lugar.

Ento, finalmente chegou a hora do meu numero.

Entrei no escuro, como ensaiado, e segui até meu lugar. A musica começou e as luzes acenderam. Dancei o melhor que pude, lançando olhares discretos para plateia.

Ele prometeu que estaria lá.

Quando a musica acabou, saí do palco meio a contra-gosto; não havia visto ele em lugar algum. Um pouco depois a apresentação foi finalizada e todos desceram as escada para encontrar seus parentes.

Fiz o mesmo e fiquei andando de um lado para o outro na esperança de achar um homem de cabelos cor-de-areia e olhos azuis. Quando desisti, ja estava cegada por lagrimas que insistiam em cair.

Bufei derrotada e sentei no meio fio da rua já vazia e quase sem movimentação. Fiquei um pouco ali, soluçando silenciosamente, até que ouvi uma voz calma atrás de mim.

- O que aconteceu, pequena? - levantei a cabea e dei de cara com a gentil moça da loja de penhores. Sem me dar o trabalho de responder, abaixei a cabea e voltei a soluar baixinho.

- Vamos lá pequena, pode me dizer. - ela disse sentando ao meu lado e quase me obrigando a olhar para ela - Eu sei guardar segredos muito bem, sabia? Pode confiar em mim.

Novamente, não respondi.

- Vamos fazer assim, ok? Eu tentarei adivinhar e você só tem que concordar com a cabeça, ok?

Balancei a cabeça positivamente.

- Vejamos... Você esta decepicionada com alguem?

Balancei a cabeça positivamente.

- Esta pessoa havia feito uma promessa, hun?

Balancei a cabeça positivamente.

- E ela no veio até aqui hoje, n?

Balancei a cabeça positivamente.

- Bom... E esta pessoa seria seu pai?

Levantei a cabea fitando-a.

- Como você sabia?

Ela sorriu, quase vitoriosa.

- Digamos... Que eu sou boa nesse jogo, e suas expreções são bem faceis de ler.

Fransi o cenho duvidosa, fazendo ela sorrir novamente.

- Sabe....

- Annabeth.

- Sabe Annabeth, as pessoas erram. Eu até diria que fazem isso com frequência de mais. Mas o principal, é que as pessoas perdoam. Eu não sei o que aconteceu hoje com você, mas nada é muito ruim para nunca não ser perdoado.

- Você não entende...

- Pode parecer estupido, pode parecer que eu sou só uma desconhecida, pode parecer que eu realmente no entendo, mas eu sinto que entendo. Isto era muito importante para você. E você só pediu para que ele estivesse aqui. Não parece dificil, não é?

Concordei silenciosamente.

- Mas ele concerteza teve um motivo para não estar aqui.Ele concerteza não queria te desapontar.

Concordei silenciosamente.

- Você poderia dar uma chance para ele. No tire conclusões precipitadas. Estas nunca são boas. Deixe ele se explicar.

- Você tem razão - eu disse me levantando e começando a andar.

- Espere. - ela disse segurando meu braço e me fazendo parar. - Sabe porque eu te contei a história das três bailarinas, pequena? - Neguei. - Eu te contei a hitória das três bailarinas porque a jovem seguiu seu sonho, e encontrou a grande felicidade nisso. Você deve seguir seu sonho. Não importa qual ele seja. - ela sorriu timida e eu retribui o sorriso. Ela se afastou, e eu me pus novamente no caminho para casa.

Cheguei em casa ja sem o vetigio de lagrimas em meu rosto. Sem vontade de falar com meu pai agora, dei a volta e entrei pela janela da garagem. Analizei minhas opções. Se tudo dessse errado... Olhei a minha volta. Ali só havia varias feramenta velhas. "Qual seria a melhor para alguem se defender?" pensei, e acabei optando por um martelo. No era muita coisa, mas parecia ideal.

Subi as escadas silensiosamente, chegando em meu quarto. Arrumei uma mochila preta com apenas o nescesário: duas trocasde roupa, roupa intima, minhas economias, o martelo, agua...

Troquei de roupa tirando aquela, e colocando minha habitual cala jens com uma camiseta estampada vermelha, e o mesmo casaco que usava antes. Desfiz o coque deixando apenas um rabo de cavalo. Tirei a rosa de pano do cabelo e por agun motivo desconhecido, a coloquei dentro da mochila.

Então me lembrei de um coisa. Rapidamente revirei minhas gavetas em busca da pequena caixinha preta que continha o anel de formmatura de meu pai. Retirei ele da caixinha coidadosamente e o prendi no pequeno colar prata que descançava em meu pescosso. Eu podia estar brava e decepicioanada com meu pai. Mas eu ainda o amava.

Desci as escadas e deixei a mochila na mesa da sala. Subi as escadas novamente parando em frente a porta fechada do escritrio de meu pai. Respirei fundo, afin de me acalmar, e entrei no comodo rapidamente, fazendo a porta bater na parede.

- Você prometeu que estaria lá. - disse encarando seus olhos azuis.

- Annie, querida-

- Você prometeu. - disse com os olhos marejados.

- Annie-

- Você tem ideia do quanto isso era importante para mim? Tem, pai?

- Eu sei Annie. Por favor deixe eu me explicar.

Respirei fundo.

- Fale.

- Hoje era o meu aniversrio de 2 anos de namoro, Annie. Eu convidei Martha* para sair, e não pude simplesmente cancelar o compromisso. Isso era importante para mim. Era importante para nós dois.

- Então é isso? Você me trocou por ela, não é? - disse chorando novamente.

- Annie, não é iss-

- Eu no quero ouvir. Eu vou te perdoar um dia. Mas isso no vai acontecer hoje.

Saí de lá correndo, pegando minha mochila na mesa da sala, sem dar atenção aos chamados de meu pai.

Então, eu saí de casa - sem saber que só voltaria ali depois de muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Sei que não ficou grande coisas mais essa era a ideia principal da história.
Não se esqueçam que ainda nao acbabou: tem uma pequena conclusão ainda, que vai ser postada até quinta - e sim, isso é minha promessa.
Acho que eu fui bem legal - postei esse cap antes do previsto, então só digo que espero reviews. E se você for um leitor fantasma, por favor mande reivews, que graça tem ficar no anonimato?
Sei que a conversa da Annie e a mulher da loja ficou bemmmm estranha mais isso deu mais sentido a fic.
Gora as duas ultimas explicações:
*Governanta: para quem não sabe, governanta eram meio que babás que também cuidavam da educação das crianças, sendo assim, um especie de professoras.
*Martha: em nenhum do livro era menciodado o nome da madrasta de Annabeth, sendo assim escolhi um nome que combinasse com sua descrição feita por Percy, em A Maldição Do Titã. ---Me desculpe por todos e qual quer erro.



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