Quando ele terminou ficamos nos olhando por um tempo. Não chegamos nem a dizer nada só nos beijamos.

Nós sabíamos tudo que aquele beijo queria dizer.

...

Quando finalmente ficamos sem ar nos separamos, todos batiam palmas ao nosso redor. Fiquei meio sem saber o que fazer, ou melhor... Sem saber o que dizer.

Ficamos nos olhando por um tempo, os dois sem nenhuma outra reação, até que senti uma mão no meu ombro.

-Então, é lindo que vocês tenham se acertado e tals, mais não acham que é hora de curtir essa superprodução chamada de festa?

Era Taylor L. também só podia ser falando desse jeito como não estivesse interrompendo nada. Se bem que se não tivesse sido por isso teríamos ficados parados naquele momento para sempre enquanto as pessoas ao nosso redor esperavam para a festa continuar.

Um DJ que até o presente momento eu não havia visto começou a tocar músicas eletrônicas daquele tipo que não tem como ficar parado e aos poucos o centro do salão foi enchendo até não restar nenhum espaço vazio.

Alguns amigos me chamaram para me dar os parabéns e depois disso várias outras pessoas se começaram a se aproximar para me parabenizar e me entregar os presentes. Eu já estava quase caindo com tantas caixas nos braços, até que Selena e Nick vieram e pegaram as caixas as levando para algum lugar que eu não sabia onde era.

Quando finalmente cessaram os parabéns olhei ao redor do salão até encontrar a pessoa que eu procurava: Sterling.

Ele estava encostado em um canto na parede com um copo de alguma coisa nas mãos e conversava de modo entediante com minha irmã Dallas.

Atravessei o salão até chegar perto deles e gritei por cima da música.

-Dallas porque não ajuda Selena e Nick com meus presentes?

-Ok maninha, se quer ficar sozinha com o senhor gatão aqui é só falar.

Dallas e seu jeito nada discreto de ser. Minha irmã era a pessoa mais verdadeira que alguém podia conhecer, ela nunca escondia nada. É o tipo de pessoa que fala exatamente o que pensa sem medo das conseqüências: prefiro falar o que eu penso a me arrepender de não ter falado nada depois, é o que ela dizia.

Assim que ela se misturou a multidão me virei para Sterling. Dei um sorriso tímido.

-Foi linda a música que você cantou. – Falei.

Ele sorriu de volta.

-Bom – ele se desencostou da parede – eu precisava fazer alguma coisa pra me desculpar e mostrar o que você realmente significa pra mim.

-Me desculpe também. Eu não precisava ter dito tudo o que eu disse.

-Não precisa se desculpar eu entendo porque você disse aquilo.

Dei outro sorriso. Mais não um sorriso tímido, um sorriso apaixonado.

- I can survive, with you by my side. We're gonna be alright. This is what happens when two worlds collide. – Cantarolei.

-Acho que eu conheço essa música.. – Ele disse fingindo pensar. – Será que toda vez que fizermos besteira vamos resolver com músicas? – Ele perguntou.

-Quem sabe – Falei.

Ele sorriu novamente.

-Prefere ficar conversando ou quer fazer alguma coisa melhor?

-Depende o que você pretende fazer de melhor? – Perguntei.

-Hm... Acho que sou o único que ainda não te deu um presente... – Ele deu um sorriso travesso.

-Você já é meu presente.

-Okay, mais eu tenho algo a mais pra te dar. Na verdade tenho duas surpresas pra você. – Ele estendeu a mão – Vem, vou te levar até a primeira.

Eu peguei a mão dele e ele me conduziu por entre as pessoas até os fundos da boate. Havia uma espécie de galpão. Estava vazio e mal dava pra ouvir a música que vinha da festa.

Ele abriu uma porta que dava para a rua.

Eu não conseguia acreditar no que estava vendo... Era simplesmente incrível.