One Step From Insanity escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 4
Capítulo 4 – O Segundo Surto


Notas iniciais do capítulo

Eu acho que vocês estão muito curiosas, então, mais um capítulo!
Enjoy!
Bom final de semana.



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POV Rose

Eu estava finalmente sozinha em meu quarto. Eu já não agüentava mais ter babá o tempo todo no meu pé. Queria me livrar dos pesadelos, da vida pessoal de Lissa com Christian, com Dimitri... Ah! Dimitri! Queria me livrar do medo que eu estava sentindo de acontecer alguma coisa com Adrian... Eu tinha certeza que estava acontecendo algo de errado com ele e não me perguntem por quê.

Queria me livrar das minhas dores, físicas e da alma... Queria me livrar daquelas criaturas feitas de sombras e sem formas que me perseguiam... Daqueles sussurros e risadas... Aquilo me dava muito medo!

Queria me livrar daquele médico maldito que ficava falando que eu estava anêmica só para me entupir de remédios!

Queria me livrar de mim mesma!

Fui até minha gaveta secreta, onde eu guardava os meus maiores tesouros. O meu chokti dos Dragomir, o meu Nazar que ganhei da minha mãe e que era herança de família do meu pai e minha estaca que eu ganhei dele – Abe Mazur – no dia da minha formatura, que era toda desenhada com rosas e tinha uma reza escrita em russo.

Coloquei o chokti no pulso e o meu Nazar no pescoço. Eu pensei em fazer isso porque eles serviam como proteção e eu queria proteção para a minha alma quando eu morresse.

A minha outra estaca foi confiscada por Alberta. Ela disse que o médico pediu para tirar do meu quarto qualquer objeto com que eu pudesse me ferir, mas esqueceram de dar uma busca nos meus lugares secretos e não encontraram essa. Ainda bem, porque eu queria a proteção daquela reza russa, que eu não sabia o que significava, mas que deveria ser uma coisa boa, para quando eu morresse.

Pensei em enfiá-la no meu peito, direto no coração, mas eu não teria forças para isso! Estava mesmo me sentindo muito fraca, então, me tranquei no banheiro e fiz dois cortes enormes nos meus braços, no sentido do braço, o mais fundo que eu consegui. Acho que assim, sangrando bastante, não daria tempo deque eles me socorressem.

Senti a dor, mas ela era como um bálsamo para o meu espírito. Senti aquela paz da morte chegando e depois, escuridão.

*****************

Alberta entrou no quarto e viu que estava tudo escuro e em silêncio. Ela estranhou porque a Rose não estava conseguindo dormir no escuro. Aparentemente ela tinha medo, embora não falasse. Aliás, ela não estava falando muito ultimamente.

Acendeu a luz e viu que ela não estava na cama e que a porta do banheiro estava fechada. Ela chamou.

“Rose?” Nada. Chamou de novo.

“Rose, querida, posso entrar?” Como não obteve resposta, girou a maçaneta e viu que a porta estava fechada. Começou a bater insistentemente, mas nada. Ela chamou Mikail pelo rádio e ele chegou rapidamente, a ajudando a arrombar a porta, deparando-se com uma Rose muito pálida e sangrando pelos braços.

Mikail chorou e sentiu a pulsação dela no pescoço. Estava muito fraca mas ela estava viva.

“Rose? Rose fica comigo!” Ele chorava e Alberta acabou se comovendo com a atitude dele. “Rose, fica comigo querida! Você não pode fazer isso comigo! Eu não tenho mais ninguém! Por que você foi fazer isso, Rose? Por quê?” Ele gritava sem cessar enquanto corria com ela nos braços para o hospital da Corte.

Alberta ficou realmente comovida com o tipo de relação que Rose e Mikail estabeleceram. Ela foi com eles e o médico os atenderam prontamente. Rose sangrava muito ainda, embora seus braços estivessem com bandagens improvisadas por Alberta.

O médico a encaminhou direto para a UTI e providenciou soro e bolsas de sangue, enquanto faziam a sutura em suas feridas. As histórias na Corte voam e então, logo Lissa, Christian, Dimitri, os guardiões inclusive Hanz e é lógico, a Rainha Tatiana estavam sabendo da tentativa de suicídio de Rose.

Tatiana mandou chamar Alberta e Mikail ao seu gabinete, mas Alberta foi sozinha e explicou que Mikail havia ficado para acompanhar Rose. A Rainha não gostou muito da insubordinação, mas quando Alberta lhe contou o que houve, ela até ficou aliviada.

“Guardiã Petrov, o que aconteceu que vocês acabaram deixando Rosemarie sozinha? Não havia recomendação para que ela estivesse sempre sob supervisão? E como ela encontrou uma estaca?”

Alberta não sabia bem o que dizer.

“Majestade, Rose estava dormindo profundamente e eu precisei ir até o gabinete do Guardião Hanz para acertar os novos horários, meus e de Mikail. Quanto à estaca, ela ganhou do pai, aparentemente, quando se formou, mas deveria estar escondida, porque na busca em seu quarto ninguém a encontrou! Meu Deus, não sei como isso pode acontecer! Não sei como ela pôde fazer isso! Como foi que não observamos os sinais!!!” Alberta colocou a cabeça entre as mãos e acabou chorando. O que era de se estranhar, porque guardiões sempre mantém sua postura, ainda mais diante da Rainha. Isso era imperdoável e ela logo colocou sua máscara novamente.

“Guardiã Petrov... Alberta, se acalme. O que o médico disse? Ela vai se recuperar?”

“Ela ainda está inconsciente e muito fraca. Estão administrando bolsas de sangue, mas como ela está anêmica, não está surtindo muito efeito. Ela ainda estava sangrando, quando eu saí de lá!”

“Bem, então me mantenha informada. Não sei como dar essa notícia ao Adrian!” Ela ficou pensativa, enquanto Alberta deixava seu gabinete.

A Rainha Tatiana ficou ali, presa em seus pensamentos, quando Ambrose com quem ela havia marcado, adentrou seu gabinete pela porta secreta. Ele a olhou e imediatamente soube que havia algo errado.

“O que houve, Tatiana? Por que você está tão abatida?”

Ela o olhou com ternura, pegou sua mão.

“Rosemarie. Lembra-se dela? A namorada de meu sobrinho neto – o Adrian?”

“Sim, eu sei quem é a Rose. O que aconteceu dessa vez? O que ela aprontou?”

Tatiana deu um suspiro, exausta. Era assim que ela se sentia. Exausta!

“Ela tentou se matar! Cortou os pulsos com uma estaca e se trancou no banheiro de seu quarto, quando não estava sendo supervisionada.”

“Co-como assim? Tentou se matar? Supervisionada?” E Tatiana lhe contou tudo o que houve desde que ela ajudou no resgate de Lissa. Bem, tudo o que ela sabia.

“E agora? Eu conto ou não ao Adrian?”

“E deixá-lo ainda mais devastado? Correr o risco dele ser tomado pelos efeitos colaterais de seu elemento? Acho melhor esperar para ver como ela reage esses dias e depois você liga para ele e conta o que houve, mas com uma solução.”

Ela ficou segurando as mãos de Ambrose e o olhou nos olhos.

“Talvez se eu não tivesse interferido tanto na relação dela com Adrian... Talvez essas coisas não estivessem acontecendo. Os pais dela devem chegar hoje na Corte para buscá-la para uma viagem de férias na companhia deles! O que é que eu vou dizer a eles quando souberem o que aconteceu, se nem eu sei bem o que está havendo com ela?”

Ambrose assentiu.

“Nem a Princesa Dragomir tem falado com ela e elas são amigas de infância, como se fossem irmãs. Rose treinou a vida toda para protegê-la e agora isso!”

Nisso, um guardião bate na porta e Ambrose dá um beijo no topo da cabeça dela e vai para a sala anexa.

“Entre!”

“Majestade!” Janine Hathaway se curvou e logo perguntou, acompanhada de Ibhraim Mazur.

“Onde a Rose está e porque ela não está em seu quarto?” Disse Janine, visivelmente irritada.

Que ótimo, pensou Tatiana, meu dia não poderia ficar melhor!!!


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Notas finais do capítulo

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