Olor escrita por Nara


Capítulo 10
Sétimo Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Olá povos e povas!
Primeiro, perdão perdão perdão pela demora. O capítulo já estava pronto a muuuuuito tempo, mas não estava betado. Eu sei que isso é mau, mas é que a fanfic não é só minha...
Bem, depois de tanta demora, eu espero que gostem do capítulo. Notinhas lá em baixo. Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121592/chapter/10

Capítulo 7

Após aquele momento mágico que os dois haviam vivido, Edward tomou Olor em seus braços – não se importando com a nudez de ambos – e a carregou escada à cima.

Em meio a calorosos beijos, Edward conseguiu encher a banheira na qual, após algum tempo, os dois entraram. Em silencio, tomaram banho demoradamente. Nada podia estragar aquele momento, nem mesmo a preocupação que Edward carregava. Nada, exceto o humor de Olor.

Aliás, o que ela tinha não era mau humor, mas, sim, medo, coisa que a deixava mais que apreensiva.

Não eram necessárias palavras naquele momento, mas ainda assim, o silencio de sua Cisne incomodava Edward. Decidiu que seria melhor quebrar o gelo.

“Esse momento está sendo mágico, minha linda”, Disse, após medir bem suas palavras.

“Pois é”, assentiu ela, séria.

Aquilo meio que deixou Edward desconcertado e, acima de tudo, triste. Ele respirou fundo, tentando se acalmar.

“Será que você pode me dizer o que diabos você está pensando?” Perguntou nervoso.

Olor levantou-se do peito de Edward, onde estava deitada, e o encarou.

“Quem você pensa que eu sou, afinal de contas?” Retrucou impaciente.

Sua mente estava uma bagunça. Ela não sabia o que estava acontecendo com ela.

Olor nunca havia sentido nada tão forte em toda a sua vida como o que estava sentindo por Edward. Isso era um grande motivo para estar tão perdida. O caso era que Olor sabia que não podia se encantar por Edward, ela sabia como tudo isso iria acabar.

Ela sabia que a raça de Edward não prestava; ela sabia que seria perseguida; ela sabia que acabaria morta.

Ou teria que matá-los.

Saiu da banheira, sem se importar em estar toda molhada e caminhou em direção ao quarto. Edward não entendeu a reação dela. Tudo parecia muito confuso para ele, e, acima de tudo, havia aquela pergunta esquisita que ela havia acabado de lhe fazer.

Mas, realmente, quem Edward pensava que Olor era?

Rapidamente ela conseguiu algo com que pudesse se enxugar e colocou a primeira vestimenta que encontrou. Um vestido vermelho.

Ainda correndo, desceu as escadas do quarto. Dirigiu-se diretamente à mesinha que havia no canto do misterioso quarto. Pegou seus diários e a bolsinha em que havia seus ‘tesouros’. Era de tudo o que realmente precisava, o resto era apenas resto.

Notou a presença de Edward atrás de si. O mesmo já estava devidamente vestido, graças a sua extrema rapidez. Olor continuou agindo como se ele nem estivesse lá. Irritando-se com isso, Edward segurou-a pelo pulso e fez com que ela se virasse para ele.

“O que está acontecendo com você?” Exaltou-se. Olor apenas o encarou.

Repentinamente, ainda que contra a sua vontade, derramou uma lágrima, o que de certa forma assustou Edward.

“Eu estou indo embora, Edward”, informou-lhe, sem imaginar que essas palavras lhe causariam tanta dor. Uma dor absurda, que não atingiu somente a ela mesma, mas também Edward.

“Por que você está fazendo isso?” Indagou exaltado. Não recebendo nenhuma resposta, prosseguiu. “Foi tudo mentira, não é? Desde sempre, desde que você me viu... O quão terrível tudo isso é de verdade?”

Riu sarcástica, nervosa. “Você não gostaria de saber o quão terrível isso é.” Afirmou.

Edward encarou o chão, a tristeza estampada em sua face. “É mais terrível do que ter de suportar a dor de ver você partir?” Perguntou sem encará-la.

Aquilo a pegou desprevenida. Não esperava que ele a fizesse encarar a realidade de tal forma.

E aquele era o problema — a realidade. Se a vida fosse um conto de fadas tudo seria possível, mas a realidade faz com que se crie um muro entre aquilo que queremos e aquilo que podemos ter.

Tudo havia acontecido de forma tão rápida, ainda que ela tivesse muito tempo. Não porque ela havia tido pressa, mas sim porque quando algo é tão intenso não podemos impedir sua chegada. Cai sobre nós como se fosse uma tempestade, mas ainda pior, pois antes da tempestade temos raios e trovões, mas para ela não havia tido nenhum aviso.

“Não é mais terrível do que eu” Edward afirmou em contrapartida.

Olor pegou o rosto de Edward entre as mãos, fazendo com que ele a encarasse. “A vida é terrível, a realidade é terrível. Temos que conviver com isso. Não é tudo que podemos ter, não é tudo que podemos fazer e, infelizmente, não é tudo que podemos sentir. Não sou covarde, mas prefiro fugir disso antes que esse sentimento acabe nos destruindo.”

Edward não acreditava naquilo que Cisne estava dizendo. Não havia por que fugir. A menos que ela soubesse realmente o que ele era — esse sim seria um ótimo motivo.

Não querendo acreditar que talvez Olor estivesse se referindo a ela própria, Edward tomou toda a culpa para si, como era de seu feitio.

“Você sabe o que eu sou, não sabe?”

**

“Será que alguém pode me explicar o que diabos está acontecendo?” Alice perguntou exaltada, como de costume.

Rosalie apenas sorriu. “Está acontecendo que o nosso irmão é um completo idiota, que se deixa levar por um rabo de saia.”

“Mas eu a vejo partindo... por que ela tomou essa decisão tão repentina? Ainda mais depois que eu vi que...”

Rosalie a cortou.

“Poupe-me dos detalhes. É ótimo que ela esteja partindo. Não sabe como fico feliz com essa notícia”, falou de cabeça erguida.

Logo Emmett falou. “Olha Rose, eu sei que essa garota é meio esquisita, apareceu do nada, ninguém sabe muita coisa sobre ela e pode ser uma psicopata ou uma inimiga que veio para aniquilar nossa família, mas o que podemos fazer se Edward parece estar tão feliz perto dela? Apesar de eles se conhecerem à cerca de um dia...”

“Tudo bem, Emmett. Na verdade eu aposto que Edward está apenas encantado por ela; não passa disso. O que não pode acontecer é ele se dar de presente para ela, isso seria uma total tolice. Já pensaram no que pode acontecer se Edward quebrar alguma lei? E se essa garota não for apenas uma humana normal, o que isso poderia acarretar?” Jasper expôs seu pensamento, claro, sem incluir que ele não engolia Olor.

“E ainda que ela seja tudo isso que vocês estão dizendo... Ou ainda que ela seja algo pior, isso irá fazer alguma diferença? Se Edward quebrar todas as leis, irá fazer diferença?” Carlisle chegou, já fazendo seu discurso, acompanhado de Esme.

“Existem pessoas mentirosas, dissimuladas...” Esme começou sua fala maternal. “Mas por mais que elas mintam, não se pode fingir uma coisa, ainda mais algo tão verdadeiro. Pode ser que tudo desabe, mas uma coisa eu posso afirmar com toda a certeza, sem precisar ver o futuro como Alice, ou captar emoções como Jasper: Não há mais nada que nenhum de nós possa evitar. Esses dois já se amam.”

**

Olor apenas riu novamente, sarcástica. “Eu sei de tanta coisa que você nem imagina.”

Edward arregalou os olhos, sem saber o que falar. Isso o fazia ficar ainda mais apavorado, pensando que o problema era com ele.

“Então você está certa de se afastar. Eu não sou uma boa pessoa. Você será mais feliz longe de mim.” Sua voz saiu como se ele pudesse chorar.

Dessa vez Olor gargalhou.

“Você não entende nada mesmo, não é? Eu não tenho nem um pouquinho de medo de você. Você pode ser enganado como um patinho. Mas não é para isso que eu estou aqui, afinal de contas, não quero problemas para mim.”

Edward continuou sem entender nada, sentindo-se até um pouco ofendido.

O humor de Olor havia mudado completamente.

“Por que você fala dessa forma? Eu nunca entendo nada! Pode me chamar de bobo o quanto quiser, mas agora chega. Seja clara!” Pegou Olor pelos cotovelos e jogou-a no leito em que haviam acabado de fazer amor. O coração de Olor disparou.

“Você quer que eu seja clara? Pois bem...” Agarrou Edward pelo pulso e o puxou, trocando de lugar com ele. Subiu em cima dele, com uma perna de cada lado de seu corpo e passou a sussurrar em seu ouvido. “Eu não sou boa, não sou a mocinha. Pensa que o problema é com você? Está muito enganado. Eu não tenho nem um pouco de medo de você, mas você deveria ter medo de mim, porque eu posso fazer você de fantoche, te manipular sem que você ao menos perceba.” Mordeu o lóbulo da orelha de Edward fazendo com que o mesmo estremecesse.

A forma como ela estava sussurrando em seu ouvido o estava excitando, acordando sua parte masculina e o deixando sedento por sua Cisne novamente.

“Então você devia me agradecer por eu ser tão boazinha e não estar te enganando. Eu faço tudo isso pelo seu bem” Disse olhando nos olhos de Edward, tirando-o de seu devaneio.

Edward girou-os, ficando por cima e prendendo Olor em baixo de si.

“Que saber... Se você não tem medo de mim, eu também não vou ter medo de você. Foda-se! Eu não estou nem aí para o que você é ou deixa de ser. Eu só consigo pensar em uma coisa para nós dois.” Passou sua mão pela perna de Olor, levantando seu vestido, fazendo com que sua pele se arrepiasse e brotasse o desejo em seu âmago. Sem pedir concessão, Edward passou a beijá-la com fervor, buscando o que precisava.

Olor ainda tento lutar contra ele, protestando, mas foi inútil. Ainda havia o fato de que apesar de Olor ser também muito forte, Edward era homem, era maior do que ela e por isso conseguiu mantê-la presa em baixo de si, ainda que ela se debatesse.

“Não quero que me toque! Largue-me, eu nunca mais serei sua... nun... nunca mais...” Aos poucos foi perdendo a fala conforme foi sentindo o corpo de Edward junto ao seu. Agora seu vestido já estava na altura da cintura e Edward já havia se livrado de suas próprias barreiras.

Não havia como pensar em algo quando ela o sentia daquela forma, tão próximo de si. Menos ainda quando sentia que aos poucos Edward invadia seu corpo.

Se antes Olor protestava, agora ela implorava para que Edward parasse. Mas ele não lhe dava ouvidos. Muito pelo contrario, a possuía com força, como que para marcá-la, fazê-la entender de uma vez por todas que era dele.

Olor não podia negar que aquele era seu sonho, mas não podia deixar que aquilo seguisse em frente, pelo bem dos dois. Já se sentia viciada em ter o corpo de Edward dentro do seu, e isso não era uma coisa boa, apesar de ser muito prazerosa.

Mas não podia mais contestar, afinal de contas, estava meio difícil falar sentindo Edward daquela forma, se movendo tão perfeitamente. Os sons que saiam de sua boca eram outros.

Aos poucos, foi sentindo o já esperado prazer tomando conta de seu corpo. Edward arfava, sua respiração estava acelerada. Olor não se continha e acabava emitindo sons altos de prazer. Até que os dois alcançaram, juntos, o ápice.

Olor queria sabia que devia se levantar e ir embora, mas não tinha forças. Permanecia deitada, com a respiração rápida. Edward estava com a cabeça encostada no colo de Olor, a mesma não conteve a vontade de fazer carinho naqueles cabelos cor de bronze. Edward fechou os olhos para apreciar melhor o carinho.

“Edward...?” Olor chamou sua atenção. Ele apenas sussurrou um ‘hum’ em resposta.

“Não faz isso comigo, por favor. Eu não posso me apegar a você, vai além da minha vontade. Entenda isso.” Disse calmamente.

Edward apenas suspirou, com a cabeça ainda recostada acima de seus seios, antes de responder.

“Eu não posso te deixar partir. Não agora, não quando tudo isso acaba de começar. Não importam os motivos que você tenha, o que eu sinto por você é mais forte”

“Nunca diga isso, Edward. Eu sei como tudo isso vai acabar e eu posso te afirmar que os meus motivos são bons o suficiente... Não, bons não. Ruins.” Disse, ainda fazendo carinho nos cabelos dele.

“Você não sabe o que está dizendo, Cisne. Temos sim muitas diferenças e muitos motivos para nos manter longe um do outro, mas eu vou fazer questão de passar por cima de tudo para poder ficar com você. Eu jamais vou abrir mão de você. Será que não percebe que eu te amo?”

“Eu sinto muito, Edward, nem sempre as coisas acontecem como queremos que aconteça. A vida não é justa” Disse cabisbaixa.

Edward levantou seu tronco para encará-la.

“Você fala como se não pudesse me amar de volta... Você pode, caramba!” Esbravejou.

“Eu não posso, e esse é o problema.”

Um silêncio se instalou no local, até que Olor decidisse falar novamente.

“Minha alma não pode amar, mas ama.” Lagrimas se formaram em seus olhos, escorrendo por seu rosto.

Assim era a alma cigana.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do capítulo? Eu sei que demorou, mas eu vou tentar fazer com que isso não se repita.
Bem, eu mereço reviews? Não custa nada gente. Quero agradecer àquelas que estão lendo e comentando, isso é muito gratificante.
Deem uma passadinha nas minhas outras fanfics, acho que vão gostar.
Vcs estão todas aqui no meu tum tum... Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Olor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.