The World Behind My Wall escrita por Ruuh


Capítulo 3
Capítulo Dois - Infinity


Notas iniciais do capítulo

Cara, são 7:30 da manhã e eu to aqui postando mais um capítulo
neem to no meu horário de trabalho xDD -Q

Então, quero agradecer aos reviews super ; mega ;
ultra power ranger rosa -N empolgantes! Sério amei todos!





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"Hey, você pode dizer ao mundo que está indo embora.
E você pode fazer suas malas e abrir suas asas. E você pode dizer a todos eles
Que acabou, mas enquanto você acena adeus eu estarei me aproximando"

Birdy - Without a word

10 de Junho de 2007




Tom’s P.O.V

– Onde você está indo?


Eu olhei para cima. Bill estava de pé em minha porta com os braços cruzados sobre o peito levemente inchado. A puberdade é uma coisa incrível. Eu me pergunto se Gustav ou Georg se incomodam tanto quanto eu que Bill estivesse lenta e precisamente superando a todos nós no quesito altura. Seus cabelos negros estavam espetados para todos os lados formando uma grande juba, ele estava me lançando um olhar curioso.


– Vou sair. – Respondi. – Andreas e eu vamos fazer umas coisas. Enfiei minha carteira no bolso traseiro de meu jeans. – Provavelmente vou chegar tarde.

– Essa noite? Eu pensei ter ouvido você dizer que hoje iríamos assistir a maratona de Swordfish. – Protestou. Fechei meu olhos, droga. Eu realmente tinha prometido ir com ele ver esse filme, ele havia insistido durante semanas. Quando abri os olhos, Bill me encarava chateado, não era de se admirar, ele provavelmente estava ansioso para ver a Halle Berry tirar a camisa.

– Você tem certeza? – Perguntei com cautela. – Pensei que era amanhã...

– Sim! Você me prometeu, disse que seria semana passada, mas convenientemente esqueceu e saiu com aquela garota idiota. E na semana retrasada também e...

– Ela não é uma idiota. – Eu o interrompi, não querendo ouvir uma lista grande de fracassos como irmão mais velho. Fiquei espantado que, apesar de Jennifer e eu estarmos juntos, Bill ainda se recusava a chamá-la pelo nome, claro que eu também não suportava sua namorada, Alexys, ela me dá náuseas, mas essa é sua própria maneira de protestar, eu acho. Suspirei. – Ela é... – Esforcei-me para encontrar uma palavra apropriada para descrevê-la. Me conformei com um termo genérico. - ...doce.


– Doce? – Ele bufou. – Ela é uma idiota, Tom. É como uma lixa que se esfrega em uma ferida. Dolorosa e desnecessária.


Bem, eu quase concordo com isso. Mas poderia ser muito pior se o fizesse... pelo menos ela é sexy. No entanto, eu não dei ouvidos a opinião de Bill, sabia que eu não ia gostar muito.


– Bem, seja como for, ela não é sua namorada, então não se preocupe com isso. Agora, eu sinto muito, eu esqueci, Bill. Prometi a Andreas que eu ia sair com ele hoje a noite. Vamos ver o filme amanhã. Eu prometo.


– Aonde você vai? – Bill perguntou fazendo uma careta.


– Escalar. Andreas diz que é divertido, embora eu não tenha muita certeza disso. – Suspirei.


O rosto de Bill se iluminou.


– Eu vou com você!


– O quê?


– Ah, qual é. Eu não tenho nada pra fazer hoje a noite, e eu tenho que sair dessa casa. E já que você se esqueceu de mim mais uma vez...


– Bill... – Eu resmunguei. Quando é que ele ficou tão bom em chantagem emocional?


– O quê ? Isso irá compensar suas falhas... Ou quer que eu te lembre da camisa feminina que você usou semana passada quando estava extremamente bêbado quando chegou em casa. Vamos combinar que borboletas não combinam muito com você...


– Não. – Resmunguei revirando os olhos. – Ok, você pode vir conosco. – Provavelmente eu me arrependeria disso depois, mas pelo menos ele não iria ficar chateado. Além disso, eu estava me sentindo culpado por ter me esquecido dele. – Você está pronto?


– Deixa eu trocar de roupa, rapidinho. – Disse sorrindo enquanto corria para fora de meu quarto.


– Vou esperar lá embaixo. – Gritei para ele. Desci as escadas indo em direção a cozinha onde minha mãe estava. – Vou sair hoje à noite e Bill vai comigo. – Disse-lhe quando entrei na cozinha.


Mamãe olhou para cima franzindo a testa.


– Sair? Pra onde vocês vão e que horas vocês voltam?


– Nós vamos escalar. Não sei que horas vamos voltar. Calma mãe.


– Eu só estou dizendo por que vocês têm que acordar cedo amanhã para ir à reunião com o David e não quero que vocês fiquem babando enquanto eles falam.


– Ah mãe. Nos dê um pouco de crédito. – Disse rindo.


– Vocês não devem ficar fora até tarde.


– Ok. – Suspirei. – Nós não vamos.


– E tomem cuidado! É sábado a noite, há um monte de gente não muito sóbria pela estrada... Na verdade, por que não nos liga antes de saírem de lá? Gordon pode buscar vocês....


Quantos anos eu tinha? 13? Eu heim... Acho que mamãe ainda está traumatizada com os tempos da escola, quando nosso padrasto Gordon ia nos buscar com tacos de beisebol porque éramos ameaçados pelos outros alunos. Mas os tempos mudaram, hoje aquelas pessoas que zombavam de nós, fazem fila para entrarem em nossos shows. E além do mais, nós andamos com seguranças, eles estão sempre por perto, ao menor sinal de confusão.


– Mãããããe... – Eu gemi. – Você se preocupa demais.


– A preocupação de uma mãe nunca será o suficiente Tom. – Ela respondeu apertando afetuosamente meu braço. – Tenham cuidado, mas se divirtam.


– Teremos. – Ouvimos um barulho ensurdecedor do alto da escada e um momento depois Bill apareceu na cozinha. – Você está pronto? – Perguntei.


– Sim. Tchau, mãe, a gente se vê mais tarde . – Ele lhe deu um beijo na bochecha e um abraço rápido. Eu fiz o mesmo.


– Bill, querido... - Ela pareceu hesitar por um instante, mas um segundo depois balançou a cabeça, como se espantasse um pensamento indesejado - Esquece... divirtam-se tá bem? E tenham cuidado!


– Tchau mãe! - Dissemos em uníssono.

_



Bill’s P.O.V


– Eu estou tendo algumas dúvidas sobre isso – Fiquei olhando para o instrutor, um cara com a aparência meio rabugenta. – Isso não parece muito confortável.


– Para de choramingar – Tom disse. Ele ficou do lado de fora esperando que eu vestisse meus equipamentos. Andreas já estava na parede, pronto para subir.


– Choramingar? Espere só até você vestir esse treco. Então vamos ver quem é que vai choramingar por aqui.


– Senhor? Você poderia levantar a perna um instante? - O instrutor carrancudo olhou para mim. Eu obedeci, levantando o pé do chão com o cinto enrolado em minha perna. – Obrigado. – Disse ele. Fiquei perfeitamente imóvel enquanto ele levantava as alças e as apertou em torno da minha pélvis. Constrangedor.


– Acho isso está meio apertado. – Eu disse nervosamente. O instrutor levantou-se para me analisar.


– Naaah. Ainda não está bom. Vou ter que apertar um pouco mais. – Disse ele. – Só quero ter certeza de que vai estar seguro.


– Ainda não está apertado o suficiente? – Tom riu. Talvez você deve ganhar mais alguns quilos maninho. Quem sabe se colocar mais cinco ou seis pessoas aí vai caber.

– Cala essa boca, seu bastardo – Resmunguei enquanto o instrutor apertava ainda mais a merda do cinto. – Ok, ok já está bom!

– Tudo bem. Agora vá até onde está Carl. – Disse apontando para um homem que estava parado ao lado de Andreas. O tal Carl era outro instrutor que trabalhava ali. - Ele vai te explicar.

– Ok. – Resmunguei com mau humor enquanto cambaleava em direção a eles. Era realmente difícil de caminhar especialmente com cordas amarrando suas pernas. Ainda mais quando essas ditas cordas estão esmagando sua masculinidade, segurei a vontade de afrouxar os arreios, imaginando que provavelmente seria expulso por comportamento indecente, afinal havia crianças por perto.


– Está pronto Bill? – Andreas perguntou sorrindo. – Pensamos em começar por essa parede de coelhinho... – Ele acenou para o pequeno muro de três metros a nossa frente. Revirei os olhos enquanto ele ria. Uma criança de cinco anos subiria aquilo.


– Parede de coelhinho? – Perguntei secamente.


– Exatamente.


Olhei para a parede, observando as alças e as bordas pequenas afixadas nela.


– Eu acho que eu poderia simplesmente pular e alcançar o topo.


– Provavelmente. – Andreas sorria. – Hey, Tom! Você está pronto?


– Claro! – Tom respondeu. – Mas essa coisa está esmagando as minhas coisas.


– Viu? – Eu disse triunfante. – Eu falei que você quem ia ficar se lamentando. Ele me respondeu com uma careta.


– Ok garotos. Agora vamos subir. – Disse Carl acenando. Vi suas mãos fazerem um movimento rápido. – Segure isso. – Disse ele, entregando-me uma corda atada. Ele tirou um grande anel de metal de seu bolso. Fiquei espantado, quando, de repente ele conectou seu anel em meu cinto. – Segure assim rapaz! Tudo bem... – Ele pegou a corda de minha mão e enganchou no anel de metal também. -... agora é só apertar esse mosquetão. – Continuou dizendo. – Certifique-se de que está bem forte.


– Apertar o quê? – Eu hesitei.


– O anel de metal.


– Oooh... – suspirei analisando o pesado anel metálico, que ele chamou de mosquetão, seguindo suas instruções. Permaneci pacientemente esperando até ele nos dizer quando poderíamos começar.


Quando finalmente todos os três estavam conectados com segurança. Carl começou a nos explicar as regras de escalada – sem balanço, sem empurrar, sem saltar etc. – Ele também explicou que cada um de nós teria um “belayer” (Quem dá segurança) que iria nos ajudar na escalada. Olhei para trás e vi outro cara segurando uma das pontas da corda, olhei para cima e percebi que a corda estava amarrada por uma talha, e que esse cara ajudaria a nos puxar para o topo. E, sinceramente, era uma vergonha! Mas éramos novatos nisso...


Assim que Carl terminou o discurso, ele bateu as mãos bruscamente.


– Tudo bem. Vamos começar. Já que vocês são novatos – Ele acenou para mim e Tom. – Terão um pouco mais de tempo, sem estresse. Mas vocês têm que se acostumar com isso.


– Terei isso em mente. – Tom bufou.


– Bem, aqui vamos nós ao nada. – Eu disse timidamente enquanto esticava uma das cordas.


_

– Merda! – Tom disse ofegante. – Meus braços estão queimando...


Descobri que escalar essas paredes era realmente divertido... E cansativo. Após uma hora de escalada em várias paredes diferentes, estávamos começando a ficar um pouco cansados. Claro que eu não iria admitir isso. Mas foi divertido ver Tom insultando.


Sorri para seu rosto suado e vermelho.


– Você é muito fraquinho. Eu não sei qual é o seu problema. Me sinto ótimo. – Disse, reajustando meus cintos esperando fervorosamente que ele não notasse meus braços tremendo.


Tom me fuzilou com os olhos, os nós nos dedos estavam muito brancos de tanto segurar as cordas. Estávamos a cerca de quinze metros no ar, agarrados ao lado da parede como insetos. Eu só podia imaginar o quão estúpidos devíamos parecer.


– Bem, você tem cerca de 50% a menos de peso para me levantar. – Disse Tom incisivamente.


– Ah, cala a boca. – Resmunguei carrancudo. Lentamente comecei a descer, observando onde meus pés estavam pisando. Eu não havia me preocupado com a queda, até agora o Belayer provou ser forte o suficiente para nos impedir de dar de cara no chão. Além disso, eu tinha certeza de que eles poderiam me segurar com um dedo sem absolutamente nenhum e esforço. Sério, o cara era um boi... parecia segurança de boate ou algo assim. – Oh, estou tão deprimido que vou descer para descansar meus braços. – Chamei Tom. Ele assentiu e me seguiu.


Quando chegamos ao chão, fomos direto nos sentar em umas cadeiras confortáveis longe daquelas paredes. Eu me inclinei para frente, sentando com o cotovelo sobre os joelhos e notei com o canto dos meus olhos, duas meninas cochichando e olhando para nós. Elas pareciam ter cerca de 13, talvez 14 anos. Cutuquei Tom.


– Não olhe agora, mas eu acho que essas meninas estão falando de nós.


– Tomara que elas não publiquem que estamos aqui, se não em uma hora o lugar vai estar lotado de garotas gritando a gente... – Tom deu uma risada.


Eu não respondi, estava olhando para Andreas com respeito. Ele subia as paredes como se tivesse sangue aracnídeo em suas veias. Parecia fácil demais. Ele deve ter sentido nossos olhares, pois virou a cabeça e percebeu que havíamos feito uma pausa na escalada. Ele desceu da parede e veio se sentar conosco.


– E então, o que acharam? – Perguntou quando se aproximou o suficiente para que ouvíssemos sua voz. – Legal né?


– Sim. – Eu disse. – Mas difícil.


– Eu achei muito divertido, uma coisa diferente pra se fazer, ao invés de todas aquelas reuniões chatas. – Tom comentou.


– Você não está satisfeito está? – Andreas perguntou. – Nós não escalamos um dos grandes, ainda. – Ele apontou para um muro enorme que ficava atrás da quadra. Aquilo parecia mais um prédio de sete andares.


– Você espera que nós escalemos aquilo? – Perguntei incrédulo. – Que merda!


– Vamos lá! É o melhor de todos! Não podem desistir sem tentar!


– Sério? Vejam só... – Tom levantou-se corajosamente. – Eu tenho coragem! – ele disse. – E você Bill? A menos, claro, que seja um franguinho.


– Não sou nenhum “franguinho” – respondi irritado.


– Eu acho que você é...


– Eu não sou! – Disse me juntando a ele ficando de pé. – Tudo bem. Vamos lá – Nós três nos voltamos para a imensa parede esperando os alpinistas que estavam escalando descer. Enquanto esperávamos, olhei para o muro um pouco nervoso. Do jeito que meus braços estavam eu duvidava que passasse de dez metros. Esperava que as meninas que observei anteriormente não tivessem nenhuma câmera ou algo do tipo. Não queria ver foto de minha bunda na internet, com post’s sarcásticos sobre meus braços magros ou meu desajeitado jeito de alpinista...


– Vamos lá! – Disse tom me cutucando.


Subi e esperei o instrutor para fixar o nó para mim. Quando ele o tinha feito, comecei a ligá-lo no mosquetão como eu havia feito antes.Tomei um susto quando ouvi um som estridente e irritante. Meu celular. Eu pesquei por dentro de meu bolso e puxei-o para fora, ID de Chamada: Alexys, a minha namorada...


– Merda. - eu resmunguei. Me debati sobre o que fazer. Eu não tinha falado com ela desde que tinha saído, o que era totalmente intencional... Mas eu tinha certeza de que estava chateada por eu não falar com ela ... Eu não queria atender e ouvir a sua ladainha para mim. Mas então, se eu não atender, ela vai continuar me ligando ...

– Quem é? - Tom perguntou.

– Alexys - Murmurei. Ah, pro inferno. Pressionei 'Ignorar' e rapidamente coloquei meu telefone no modo silencioso. Enfiei-lo de volta no bolso e olhei para cima. - Vou ligar de volta mais tarde.


– Eu acho que você deveria ligar de volta, tipo, nunca. - Tom disse.– Você poderia escolher melhor, Bill. Muito melhor.

– Melhor do que Alexys? - Andreas perguntou.– De jeito nenhum, cara. Ela é linda.– Bill, você é um cara de sorte.

Tom revirou os olhos e murmurou algo que não fez sentido sob sua respiração arfante. Consegui um dar sorriso fraco. – Sim, eu acho. - Eu disse casualmente. Sorte? Às vezes eu não tinha tanta certeza sobre isso...

Andreas sorriu e enganchou-se na corda, logo torcendo o bloqueio no local.– Corrida até o topo” - Brincou, enquanto nos preparávamos para subir.

– Divirta-se! Tom e eu dissemos ao mesmo tempo. – Nós estaremos bem atrás ...

Ele riu e começou a subir. Peguei a corda em um punho e olhei para cima para o que parecia ser milhas. Bastei dar uma olhada que me fez suspirar ... cansado. Respirando fundo, levantei-me do chão e comecei a seguir Andreas.


Cerca de vinte minutos depois, eu estava superando as minhas expectativas.

Estimulado por uma onda repentina de energia, um segundo fôlego, eu estava tão alto. Eu não saberia dizer quanto - 20 pés, 25 pés, 30 pés ... era tudo borrado neste momento. Tom estava abaixo de mim, tentando bravamente coincidir com o meu ritmo. Ele não gostou de ser superado pelo irmão mais novo.

– Devagar, Bill! Eu não consigo acompanhar! – Ouvi- resmungar.

– Não é uma corrida! - Disse. – Se fosse, teríamos perdido para Andreas há muito tempo. - Parei e esperei que ele me alcançasse. Quando estávamos lado a lado, ele parou.

– Meus braços estão cansados. - Ele lamentou. - Você já quer descer?

– Sim, eu acho.- Debrucei-me um pouco para trás, deixando a corda e meu belayer recuarem um pouco sobre peso dos meus braços. Tom começou a recuar também.


– Você não está com pressa, está? - Eu perguntei para ele ironicamente. Sorrindo, desci com um pé que tocou em algo rígido, e eu coloquei todo meu peso sobre ele...


Erro.


Meu tênis escorregou e eu caí batendo contra a parede. Eu agarrei em uma borda, esticando os braços para manter o meu peso. Eu lutava para encontrar um ponto de apoio, meus pés chutando para todos os lados, pegando em qualquer coisa. A corda foi pressionado contra o meu rosto, esfregando contra ele enquanto eu lutava.


– DROGA! - Eu gritei quando eu não consegui pegar o meu equilíbrio. Eu sabia que deveria ter parecido incrivelmente estúpido - uma espécie de aranha semi-pendurada, balançando as pernas loucamente. O belayer tentando me levantar com a corda. Girei o redor como uma truta que acaba de ser apanhada, pendurada em uma linha de pesca.

– Bill, o que você está fazendo? - Tom gritou para mim. Eu não respondi, ainda chutando para encontrar um lugar para descansar os pés. Finalmente, meu dedo bateu em um apoio, e eu descansei meu pé sobre ele, aliviado. Jesus. Meus bíceps estavam doloridos por causa do esforço. Enxugando meu rosto, eu olhei para o meu cinto de segurança.

– Ah, merda...

Meu mosquetão estava destrancado. Ele estava aberto! E, lentamente, a corda de cima foi se desprendendo. Engoli em seco. Como é que eu tinha esquecido de trancar o fecho? Como é que isso aconteceu?

Alexys ligando ... é claro. Eu havia me distraído. O que eu deveria fazer? Não havia nenhuma maneira de eu arriscar a descer agora, não com uma corda com fios semi-desengatado segurando meu corpo ...

– EI! - Eu gritei para baixo para as pessoas que lá estavam. –EU VOU CAIR!

– O QUÊ? - Tom gritou de volta.

– MEU ANEL METÁLICO ESTÁ ABERTO!

Eles pareciam ainda não conseguir ouvir. O que diabos havia de errado com essas pessoas? Carrancudo, virei a cabeça e me preparei para gritar com toda a força dos meus pulmões. Infelizmente, eles dizem sempre que para onde sua cabeça vai, seu corpo segue - e posso atestar que isso é muito verdadeiro. Meus ombros se deslocaram, enquanto eu tentava dar a volta para me virar para as pessoas abaixo, batendo contra a parede. Foi o suficiente para me derrubar, o equilíbrio de meu pé escorregou novamente. Eu me encontrei batendo contra a parede mais uma vez, lutando para agarrar qualquer coisa. E então eu ouvi, ao invés de sentir, um alto “clic” e a corda se desprendeu do mosquetão e o fecho se abriu inteiramente.

Todos tinham sonhos sobre queda - Eu sei, eu já tive vários. É terrível. Lembro-me de uma vez, que eu sonhei que estava no Space Needle em Seattle, com vista sobre a cidade ... e um pedaço de escombros voando eclodiu com uma das janelas. Eu fui sugado fora - Eu não sei mesmo se isso é possível acontecer, quero dizer, você vê em filmes como as pessoas são sugadas para fora dos aviões, mas está consideravelmente mais elevado no ar e o avião está realmente se movendo ... Mas independentemente disso, o vento estava sugando-me, e eu caí para a escuridão, incapaz de ver onde eu estava indo para a terra, com chuva e relâmpagos em volta de mim. Eu me lembro de acordar com um suor frio, à beira das lágrimas, correndo para o quarto do Tom.

No entanto, desta vez eu sabia que o resultado final seria substancialmente diferente. Não haveria alívio desta vez... Meus sentidos estavam estranhamente reforçados: o mundo estava se movendo em câmera lenta. Mas não era um sonho...


Eu vi o teto ficando cada vez mais longe, a corda que tinha acabado de ser destacar balançando-se inutilmente no ar. Eu podia sentir o chicote do ar correndo pelas minhas longas madeixas, as cordas apertadas cortando as minhas pernas e costas. Eu ouvi um grito assustado, a voz de Tom apavorado gritando meu nome. Eu estava caindo em queda livre, sem nada que pudesse me parar...


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Notas finais do capítulo

EEEEEI PESSOINHAAS /taparey.


Então, sou péssima com notas finais D:

O que acharam?? Gostaram??
Penquenos Andróides que estão acompanhando a Fic
se não deixarem um review eu aponto minha varinha
e lanço um avacaquedava em vocês u.u

brimks ou-n





#barulho de grilos#