Blood Spotted Pages escrita por SlytherinFanFic


Capítulo 2
Capítulo 1 - All Think I'm Weird


Notas iniciais do capítulo

Betada por Ari.
Tom Riddle com seis anos
E Já sabe escrever tudinho
Ele era realmente esperto
Boa Leitura



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21 de Abril de 1933

Local: Orfanato Wools (Infelizmente)

ra uma noite chuvosa, estava colocando minhas meias em meu armário quando escutei alguém bater na porta. A pessoa batia forte, logo, usei a lógica, deveria ser a Sra. Cole ou Martha, já que ninguém bate na porta do meu quarto e elas são as únicas que falam comigo sem desprezo. A pessoa da porta mal esperou pelo meu chamado, foi logo entrando, e me dei conta de que era Martha, a governanta do Orfanato. Ela tem sido, aqui dentro, minha melhor amiga. Era ela quem me recomendava livros e me protegia das outras crianças. Para mim, ela é um anjo da guarda.

-Tom, querido, estava sem nada para fazer então vim ficar aqui um pouco com você, espero que não se incomode com a minha presença – ela disse e acabei sentindo uma pitada de dó nessa fala. Como ela pode pensar que eu vou me incomodar? Minha única amiga dentro desse purgatório. É legal ter com quem falar de vez em quando.

-Claro que não...– respondi - Não me incomodo – ela bocejou, como se estivesse com sono, porém eu sabia, que aquilo era fingimento. Martha nunca sente sono, nunca. Para falar a verdade, acho que ela nunca dormiu na vida. Escutei um barulho estranho batendo na janela. Martha se assustou, fiz um sinal para ela se acalmar, mas parece que não deu muito certo. Abri a janela lentamente e vi que havia alguma coisa se mexendo entre os galhos da arvore que ficava logo em frente. Um vulto amarelo passou rapidamente diante de meus olhos e logo pensei, “É uma cobra!”. Não precisei ter medo, afinal, bem... não quero falar sobre esse assunto. Escutei-a falando “Que Droga,” e a vi quase caindo de um galho, mas consegui segurá-la antes que isso acontecesse. Bem na hora que Martha estava tendo um chilique.

-Fique calma, Martha, você sabe que não precisa ter medo – disse, mais pareceu não surtir efeito, ela realmente tinha medo de cobras – Você sabe que elas não atacam ninguém que eu não queira. Martha, acalme-se – ela parou um pouco de gritar, mas ainda estava trêmula. Demorou em torno de cinco minutos para ela parar de tremer. Resolvi traduzir o que a cobra estava falando pra ela.

-Sssua amiga paresssce essstar com medo de miiim – a serpente disse, meio envergonhada. Essa é boa, nunca vi uma cobra se envergonhar.

-Você nem imagina – murmurei. Martha percebeu que eu estava falando com a cobra e prestava atenção no que eu falava, ficando cada vez mais assustada a cada palavra, fazia umas caretas de vez em quando.

-Posso atacá-la – entrei em pânico. É claro que não, as crianças já me acham estranho, iriam achar mais ainda se ela fosse atacada por uma cobra no meu quarto, e ainda mais na minha companhia. Mas o pior era que eu ficaria sem amigos, mesmo... Sem contar que eu posso parar na cadeia por isso.

-Nãão – respondi, Martha percebeu meu tom de desespero e, pelo que parece, a cobra também.

-Sse é assim que Messtre querrr, então que assssim seráá – ela disse – E diga para ela não ter medo de miim.

-Martha, ela disse para não se preocupar, que ela não vai atacá-la – disse. Pude perceber que ela ficou um pouco mais tranqüila com isso. Foi ai que me dei conta de que ela estava realmente com medo.

-Tom... Obrigada – ela disse gaguejando – Por tudo, mesmo, eu estava apavorada... Ainda não me acostumei com esse seu... Dom de falar com cobras – ela disse, sentando na minha cama e pegando a minha mão. A pele dela estava fria, e, quando em contato com a minha, causou-me arrepios.

Simplesmente assenti e respondi com um simples “disponha”, antes de sentir que a cobra estava inquieta.

-Eei, essqueceram que eu esstou aqui? - ela perguntou, pude ver que Martha estava mais tranqüila, mas mesmo assim ainda ficou espantada com a minha atenção a cobra.

-Ela esta com raiva porque estou falando mais com você – disse e ela riu rapidamente. Retribuí com um riso um pouco mais rígido.

-Se você quiser ir, pode ir – disse e ela pareceu obedecer, para o alivio de Martha, que murmurou um rápido e baixo “ufa”. Ri um pouco, ela pareceu nem notar. Não demorou muito até ela abrir a boca e falar, ainda gaguejando.

-Essas suas conversas com cobras me deixam com medo – ela disse, parecia bem mais aliviada, já que seu gaguejo estava parando lentamente. Estava mais... saudável.

-Eu meio que... As atraio. Elas tem uma certa... Atração por mim – disse. Essa era a verdade, elas aparecem nos lugares mais improváveis, tais como minha janela, os jardins... Sempre aparece uma de vez em quando.

-Bom... - ela disse – Foi medo demais para mim por hoje, acho que vou indo, tenho que ver como vai o almoço de hoje - ela disse, já se levantando e saindo sem nem ao menos me deixar responder. Voltei a arrumar minhas meias. Acabei rapidinho. E então resolvi pegar um livro na biblioteca. Andei, vi várias crianças brincando e conversando, todas me olhavam de um jeito esquisito. Já estou acostumado... Algumas mostravam a língua, outras ficavam com medo. Acreditem, prefiro assim do que um monte de crianças pegando no meu pé. “Tom isso, Tom aquilo”. Eu nunca mais iria ter paz. Logo cheguei na biblioteca, vi que Billy Stubbs estava lá... Destruindo um livro, para variar um pouco.

-Ora... Ora... Ora, quem está aqui? É o esquisito! Fujam, dessa vez ele fará o mundo acabar – ele disse. Que ódio, eu nunca fiz nada para ele me tratar desse jeito... Pelo menos ainda não.

- Porque não perde o seu tempo tentando dar um jeito no seu cabelo, Stubbs? – ele se espantou, não sei a razão, afinal, o cabelo dele realmente parecia uma moita em cima de sua cabeça de tão crespo que era. Billy deu um pulo para trás e todo mundo riu da cara dele.

-Pelo menos eu não falo com cobras, esquisito – opa, ele esta começando a pegar pesado. Eu conseguia sentir a raiva borbulhando em mim e, quando me dei conta, todos estavam rindo. Ele estava com roupa de... Não podia ser, bailarina. Ele olhou pra mim com ódio.

- Você me paga! – ele berrou e saiu de lá correndo, deixando todos rindo da sua cara.

Ótimo, tudo o que eu ia precisava agora era de mais problemas para mim.


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer a todos os reviews, se alguém quiser recomendar a fic eu autorizo ;.
Procurei puxar um pouco as frases que a serpente fala,

Slytherin

PS: Deixem reviews, e recomendem!! Gente, postei uma one-shote, do Tom também, leiam, e deichem reviews http://fanfiction.nyah.com.br/historia/121945/He_Will_Never_Repent