Dammit, I Love You. escrita por Giii_Poynter


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

HEY. É o seguinte: Eu não demorei pra postar esse cap. A culpa é toda do Nyah pq no dia que eu postei esse cap (quinta, eu acho) o site deu problema. Aí quando voltou a funcionar, eu percebi q o cap tinha desaparecido e o review q eu tinha ganho com ele também. Bom, estou postando de novo. Então, espero que vocês gostem.



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No dia seguinte, eu havia acordado tarde e estranhei, pois não havia barulho nenhum vindo da sala.

Levantei, achando que ninguém tinha acordado ainda, mas quando cheguei na sala descobri que estavam todos quietos mesmo.

Helena estava com a cabeça jogada na mesa, morrendo de ressaca, obviamente.

Romeu mudava os canais da TV sem prestar nenhuma atenção.

Joanna estava sentada em uma poltrona encarando Rafa na outra poltrona enquanto roia as unhas, nervosa.

E Gabe estava sentado do lado de Romeu observando os olhares entre Joanna e Rafa por cima de uma revista aberta em uma página com um teste: “Será que ele gosta de outra?”.

Me sentei entre Romeu e Gabe e observei a cena um pouco. Depois sussurrei para Gabe:

- Qual é a do momento embaraçoso?

- Eu acho que o Rafa e a Joanna estão pensando nas coisas que eles fizeram ontem, super arrependidos ou, pelos olhares, a Joanna está pedindo ao Rafa para que eles não continuem com isso enquanto ele implora para ficar com ela. – Ele sussurrou de volta. – Ninguém fala nada há 1 hora.

- Você percebeu tudo isso através de olhares? – Eu estava curiosa.

- Aham, meu bem. Essa revista é maravilhosa. Ela tem testes para todos os seus problemas. – Ele apontou para a revista em suas mãos.

- Hm, depois me deixa olhar essa revista.

- Por que, Julieta? – Ele levantou a sobrancelha. – Você problemas com garotos?

- Não é da sua conta, ok? – Falei e ele riu, voltando a analisar Joanna e Rafa. Eu tentei perceber a troca de olhares entre eles, mas não consegui.

Assustada, percebi que Gabe era mais feminino do que eu. Até esses sentidos femininos ele tinha.

- OK, PAREM DE NOS OLHAR ASSIM! – Joanna gritou, cortando o silêncio.

- Ain, não grita. – Helena gemeu de dor, ainda com a cabeça em cima da mesa.

- Bem feito, Helena. Não sabe beber direito, agora fica aí cheia de dor. – Romeu falou.

- Vai à merda, garoto. – Ela respondeu.

- Eu já fui hoje, por que não vai você?

- Ok, chega. – Dei um fim naquilo. – Vamos parar com as briguinhas e o silêncio sepulcral aí.

- Quer acabar com o silêncio? Então vamos comentar sobre ontem à noite. – Rafa falou e Joanna o fuzilou com os olhos.

- O que? Você não pode fingir que não aconteceu. – Ele disse.

- Afinal, qual é a de vocês? Vocês estão ficando ou não? – Romeu perguntou.

- Não! Nunca! – Joanna gritou.

- Nossa, Joanna. Muito obrigado. Eu não sabia que eu era uma pessoa tão ruim assim. – Rafa se ofendeu.

- Não é isso, Rafa... É que eu tenho que me preocupar com outras coisas agora. – Ela disse.

- Ah, como roupas e maquiagem, né? – Ele ironizou. – Eu realmente gosto de você, Joanna. Sempre gostei. E já fiz de tudo pra você ficar comigo, mas eu não vou me humilhar só para ficar com uma garota que nem liga para mim. Eu tenho um orgulho para manter, sabia?

- Aposto que amanhã ele já está se arrastando atrás dela. – Romeu sussurrou para mim.

- VOCÊS NÃO ME CONHECEM, ENTÃO PAREM DE ME JULGAR! – Joanna gritou, nervosa.

Todos arregalaram os olhos e até Helena levantou a cabeça da mesa porque percebemos que Joanna tinha falado sem o sotaque de francesa.

- Ca-Cadê? Cadê o seu sotaque? – Rafa gaguejou, olhando a sua volta como se estivesse procurando o sotaque no chão.

Idiota, eu sei.

- Ai meu Deus. – Joanna botou a mão na boca, ainda sem sotaque.

- Você ainda é francesa, certo? – Rafa perguntou.

Joanna olhou para a gente, assustada e depois respirou fundo.

- Ok gente, eu não sou francesa. Eu menti para vocês. – Ela desabafou.

- Ahn... Oi? – Gabe disse.

- É, eu sou de Santa Catarina, mas o meu pai é francês por isso o meu sobrenome é Fontaine. Eu me mudei para cá esse ano e nunca tive muitas amigas, tive medo de ficar excluída na escola com todos rindo da minha cara, por isso eu comecei a ler mais sobre moda, perfumes e maquiagem para poder me enturmar no grupinho das populares, aí eu tive a ideia de dizer que eu era da França porque lá é praticamente a capital da moda. Imitei o sotaque do meu pai e vim para cá confiante de que iria me dar bem. Meu pais disseram que era pra eu começar a morar sozinha, mas eu queria dividir a casa com alguém e foi aí que eu encontrei vocês. Vocês me desviaram do meu objetivo, mas me manteram em um caminho bem melhor do que eu queria. – Ela se explicou.

- Tenso. – Helena disse.

- Ain que fofa você. – Fui abraçá-la.

- Ok, minhas influências francesas do mundo da moda despencaram 100% agora. – Gabe reclamou, dando chilique.

- Calma, Gabe. Eu não sou francesa, mas acabei gostando muito de moda. – Ela falou e Gabe deu de ombros.

- Ok então... – Romeu disse.

- Manhã tensa. – Helena falou.

Ficamos todos encarando a TV por um bom tempo.

- O que a gente faz agora? – Perguntei.

Rafa sorriu e em pulo, gritou:

- PAINTBALL!

- Ok, é necessário colocarmos todos esses equipamentos? – Gabe perguntou.

- É. – Romeu respondeu. – A não ser que você queira ficar cheio de marcas roxas no corpo depois porque isso dói.

- To pronta. – Helena falou e todos concordamos.

- Agora vamos dividir os grupos. – Falei.

- Meninos contra meninas? – Rafa perguntou.

- Exatamente. – Joanna respondeu. – Assim nós vamos provar que somos melhores que vocês.

- E nós vamos provar o contrário. – Romeu respondeu, sério. – Agora, que comecem o jogo.

Gabe nunca havia jogado antes e, por isso, havia saído atirando para tudo quanto era lugar, desesperado.

Logo, ele foi eliminado por Helena.

Como vingança, Rafa a eliminou.

Quando eu estava me escondendo, ouvi um grito e fui em direção a ele. Vi Joanna caída no chão com a mão no braço desprotegido cheio de tinta vermelha e o cabelo castanho todo sujo de tinta verde e azul.

Corri para socorrê-la.

- Joanna? Você está bem? Quem atirou em você?

- Ra-Rafa. – Ela respondeu.

Ouvi passos e me assutei.

- Vá, Julieta, vá ganhar esse jogo por nós. – Ela disse.

Ok, isso estava parecendo um filme de drama, mas mesmo assim eu corri e me escondi atrás de uma árvore grande ali perto.

Ouvi os passos cada vez mais perto e saí do meu esconderijo para ver quem era.

Era Romeu, é claro.

Parecia que eu era algum tipo de íma para ele porque pelo amor de Deus, aonde quer que eu estivesse ele também estava.

Tudo bem que eu o odiava, mas preciso admitir que ele beijava bem.

Ficamos parados um de frente para o outro, nos encarando. Eu segurei minha arma com força e estava pronta para atirar a qualquer momento.

Parecia que estávamos naqueles filmes de faroeste, só faltava uma bola de feno passar rolando por ali.

Ele se aproximava aos poucos e, quando estávamos a pouco menos de um metro de distância, ele me agarrou ali mesmo e começou a me beijar intensamente, fazendo eu jogar a minha arma para longe.

Me pressionou contra a árvore e apertou a minha perna. O beijo ia se intensificando cada vez mais, até que ouvimos a voz de Rafa se aproximando:

- Romeu, cadê você? Só precisamos atirar na Julieta para ganharmos!

Romeu se desesperou e, aproveitando minha falta de defesa, apontou a arma para minha barriga.

- Faça. Atire logo antes que Rafa nos veja, conte para todo mundo e acabe com o seu orgulho. – Falei.

- Sinto muito. – Ele falou e atirou no momento em que Rafa chegou ali.

- Ei, você achou ela. Isso aí, cara! Nós ganhamos! – Eles fizeram um hi-five e eu revirei os olhos.

No dia seguinte, havíamos acabado de chegar da escola quando a campainha tocou. Irritada por estar atolada de dever, fui atender a porta.

Me deparei com a Sra. Medeiros, nossa vizinha. Ela estava com seu filho de 7 anos, Matheus.

- Ahn... Boa tarde? – Estranhei porque ela nunca havia falado conosco.

- Oi querida, tudo bem? Posso te pedir um favor? – Ela perguntou, mas antes de eu responder alguma coisa ela já estava falando novamente. – Então, eu preciso ir até Recife visitar alguns parentes meus e só volto daqui a 2 dias. Infelizmente, eu não tenho ninguém para cuidar do meu Teteuzinho. Vocês são as pessoas mais próximas e responsáveis que eu conheço, então eu estava me perguntando se poderia deixá-lo aqui só até quarta, tudo bem?

- RESPONSÁVEIS? HAHAHAHAAHAHAH. – Helena gargalhava e Romeu teve que praticamente se jogar em cima dela para fazê-la calar a boca.

- Ah, claro. Cuidaremos muito bem do seu Teteuzinho. Pode confiar na gente. – Falei.

- Ah, muito obrigada mesmo. Vocês são uns amores. – Ela falou.

Sorri e ela foi embora deixando aquele pequeno menino só com uma mochila para cuidarmos.

- E aí, pequeno. Tudo bem com você? Sinta-se em casa, ok? – Joanna se agachou e começou a falar com ele com voz de criança.

Ele a encarou e começou a falar rapidamente:

- Eu quero sorvete, um laptop, iPod e caixa de som, videogame e uma barra de chocolate agora mesmo.

- Ahn... O que? – Helena perguntou, confusa.

- E se a gente não quiser fazer isso, moleque? – Rafa perguntou.

- Aí vocês vão se ver comigo. – Ele deu um sorriso malicioso e foi se sentar no sofá para jogar videogame.

Nos encaramos, assustados.

À noite, Romeu tinha fingido que ia sair, mas na verdade entrou pela janela do meu quarto e começamos a dar uns amassos na cama.

Ouvi um barulho, mas ignorei e continuei a beijar Romeu.

Ouvi a porta do meu quarto se abrindo e dei um mini grito quando vi Matheus parado nos encarando.

Ele sorriu e começou a ir até a sala saltitando enquanto cantarolava:

- Romeu e Julieta estão namorando. Romeu e Julieta estão namorando...

Encarei Romeu, arregalamos os olhos e corremos atrás de Matheus antes que ele fizesse alguma besteira.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews?