Lendas de Midgard escrita por Brunnhild


Capítulo 9
Sobrevivência


Notas iniciais do capítulo

Os personagens de Ragnarok não me pertencem, pertencem a GravityCorp.



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Na floresta de Payon sol começa a surgir no horizonte. Nesse local havia algumas clareiras onde algumas pessoas moravam. Em uma clareira um pouco mais afastada onde havia uma casa simples, feita de madeira, e pequena, moravam quatro crianças.

Essas quatro crianças tinham perdido sua mãe fazia um ano. Uma menina sai da casa com um arco na mão esquerda e com algumas flechas, parecia ter 15 anos, cabelos, até a cintura, dourados, como ouro, olhos verdes e pele branca.

???: Cecil! – uma menina, um pouco mais nova com uns 13 anos, cabelo loiro claro e olhos como safiras, sai da casa indo até sua irmã.

Cecil: O que foi Margaretha? – seu olhar era de reprovação.

Margaretha: Aonde você vai? – parecia estar preocupada.

Cecil: Vou caçar alguma coisa para nós comermos, vá para dentro e cuide dos dois – foi caminhando para a floresta deixando sua irmã para trás.

A menina mais nova ficou parada sem reação, sabia que sua irmã não ia apenas caçar algo comestível, mas sim quem havia matado sua mãe há um ano atrás.

“Sofrimento era apenas isso que havia ali, sua mãe caída no chão, dois assassinos saindo da caça com todo o dinheiro, seus irmãos mais novos chorando, sua irmã mais velha tentando impedi-los e ela no meio de tudo isso sem saber o que fazer.”

Foi despertada por algo se encostando na sua mão.

Margaretha: AAAAAAAAHHHH! – olhou assustada para o lado e viu sua irmã caçula assustada. – Que susto Katrinn meu anjo – colocou a mão no peito.

???: Acho que ela se assustou mais.

Margaretha: Fica quieto Howard – olhou brava para o menino que estava escorado na porta.

Howard: Está bem não está mais aqui quem falo – adentrou a casa.

O garoto também era irmão dela, possuía 12 anos, cabelo loiro escuro, olhos cor mel e pele branca um pouco bronzeada.

Margaretha: Que foi Katrinn – se abaixou e olhou para a irmãzinha – está com fome?

A garotinha balançou a cabeça positivamente.

Margaretha: Tudo bem então, vamos lá comer alguma coisa – sorriu, levantou-se, pegou na mãozinha da irmã e entrou na casa.

A casa estava bagunçada, Howard estava tirando tudo do armário, Katrinn foi andando até o irmão e Margaretha ficou sem reação.

Margaretha: Que bagunça é essa?!

Howard: To procurando alguma coisa pra come – disse isso e se levantou.

Margaretha: Como assim? – perguntou entristecida.

Howard: Não tem nada, acabou – foi saindo da casa.

Margaretha: Aonde você vai? – olhou para ele.

Howard: Pega alguma coisa pra come.

Margaretha: A Cecil já foi.

Howard: Você acha mesmo que ela vai voltar daqui a 10 minutos ou 30, que seja – olhava serio para a irmã mais velha e depois para a caçula, que estava mexendo no armário – eu não vou deixar a Katrinn todo esse tempo sem comer nada – saiu em disparada para a floresta.

Margaretha: Howard – sussurrou olhando para onde foi seu irmão, depois se voltou para sua irmãzinha e começou a chorar. – Desculpe Katrinn. – caiu de joelhos.

Alguns minutos depois Howard volta com algumas frutas.

Howard: Margaretha voltei! – grita e entra na casa. Ao entrar vê Margaretha com a caçula no colo.

Margaretha: Graças a Odin – sorriu.

Katrinn desceu do colo e foi até seu irmão sorrindo pegou uma fruta, mas quando foi morde Margaretha tirou da mão dela.

Margaretha: Pensei que tivesse que lava-las antes – sorriu.

A pequena ficou vermelha e foi até a mesa sentar-se.

Margaretha: Vai para a mesa enquanto eu lavo essas frutas.

Howard: Tudo bem – se dirigiu a mesa junto com a pequena.

Passaram à manhã comendo as frutas, enquanto a irmã mais velha, Cecil, não voltava.

Passado um tempo Cecil volta para a casa trazendo dois coelhos. Após o almoço todos vão ao tumulo da mãe e só voltam ao entardecer. Assim transcorre o resto do dia.

Na semana seguinte...

Cecil: Preciso ir para Payon resolver algumas coisas, alguém vai querer ir junto? – olhou para os irmãos.

Margaretha: Eu quero ir para Alberta compra algumas coisas.

Cecil: Vamos lá a Payon.

 Margaretha: Lá é muito caro e tem pouca variedade e também hoje vai chega os navios em Alberta – sorriu.

Cecil: Faça o que quiser, mas cuide daqueles dois – deu as costas para a irmã, saindo da casa.

Margaretha: Muito bem – olhou para os pequeninos, que estavam sorrindo. – Vamos para Alberta! – levantou o braço, enquanto os pequenos não entendiam a reação da mais velha.

Caminhavam, pela floresta de Payon, tranquilamente até avistarem a entrada da cidade de Alberta.

Margaretha, que usava um vestido bege e ia até os joelhos e carregava em uma das mãos uma cesta, está segurando a mão de Katrinn, que estava com um vestido azul, e logo atrás dela estava Howard, usando uma calça marrom e uma camiseta branca.

Adentraram na cidade e logo reparam na movimentação da cidade, havia muita gente, vários vendedores e navios ancorados.

Margaretha: O que eu vou compra primeiro – ficou pensando, nem percebeu que o irmão tinha sumido.

Katrinn começou a puxar a mão da irmã, para que ela percebesse que Howard não estava mais ali.

Margaretha: Calma Katrinn, vamos naquela barraca.

A loira foi indo até essa barraca e a pequena não entendo nada foi junto.

Howard: Minha irmã é louca – começou a rir baixinho. – Vou dar um volta até ela percebe que não to ali vai demora – sorriu.

Foi caminhando pelas ruas de Alberta, apenas observando o que havia em algumas lojas. Andou mais um pouco e parou em frente a uma loja sem perceber.

Howard: Que lugar é esse? – se perguntou e olhou para cima. – Guild dos Mercadores. Que esquisito não me lembro disso – olhou para os lados e então resolveu entrar.

Ao entrar viu um senhor sentado atrás de uma mesa mechando em alguns papeis, o cômodo era todo branco e o piso azul, atrás da mesa haviam duas janelas, ao lado direito uma porta marrom e ao lado esquerdo outra porta marrom.

Howard: Olá – entrou meio tímido.

Senhor: Olá meu jovem – sorriu. – Quer alguma ajuda?

Howard: O que é esse lugar?

Senhor: Ora, ora. Sente-se aqui que eu lhe conto – apontou para uma cadeira que ficava a frente da mesa. – Qual é o seu nome?

Howard: Me chamo Howard.

Senhor: Prazer Howard. Me chamo Vicente – Fez uma pausa. – Vou lhe explicar o que é a Guild dos Mercadores.

Um pouco longe dali estavam as duas irmãs andando tranquilamente pelas ruas, em busca de alguns temperos. Quando passaram ao lado de um artista de rua, Katrinn quis parar para ficar observando. O artista fazia algumas bolas de fogo, flor de gelo, entre outros “truques”, a pequena menina ficava encantada vendo tudo aquilo.

Howard: Ah! Eu quero me tornar um mercador – disse isso enquanto saia da guild.

???: Ora, ora. Foi isso mesmo que eu ouvi?

Howard: Quem é? – olhou a pessoa, que estava com uma túnica com capuz preta.

???: Hahaha. Ta com medo garoto?

Howard: Não – estava desconfiado.

???: Calminha – levantou as mãos em direção ao capuz, levando-o para trás, revelando assim seu rosto. – Viu não precisa ter medo – sorriu a mulher de olhos e cabelos ambos roxo. – Oiiii – se inclinou para a frente com as mãos na cintura.

Howard: Oi – ficou um pouco corado.

???: Ahhhh! Que lindo – aperto a bochecha dele.

Howard: Me solta! – empurrou a mão dela e deu um passo para trás.

???: Falta de educação. Eu querendo te ajuda e você faz isso comigo? – disse indignada.

Howard: Desde de quando você quer me ajuda se eu nem te conheço! – falou alto.

???: Hmn... Hahaha. Esqueci de me apresentar – sorriu.

Howard: Aff – gota.

???: Prazer me chamo Shimizu e você é...

Howard: Howard, prazer. Agora me explica no que você vai me ajuda?

Shimizu: Então... Ouvi você dizendo que queria se tornar um mercador e eu quero te ajudar.

Howard: O que vai querer em troca?

Shimizu: Nada.

Howard: Ta bom. Estou indo embora – deu as costas e foi saindo, mas parou quando viu um machado passando próximo ao seu corpo e fincando no chão, olhou para trás.

Shimizu: Assim está melhor – sorriu de canto.

Howard: O que é você?

Shimizu: Apenas uma viajante. E então vai querer minha ajuda? – foi andando até ele.

O artista fazia malabarismo com algumas bolas de fogo, mas perdeu o controle, acabou se queimando e uma das bolas de fogo foi em direção ao publico, precisamente em direção a Katrinn, mas quando a bola de fogo foi chegando perto ela levantou a mão e a bola de fogo parou a poucos centímetros da mãozinha dela, que sentou no chão, sorrindo, e ficou brincando com a bola de fogo. Margaretha não prestou muita atenção nisso e foi ajudar o artista.

Já era fim de tarde quando os três voltavam para casa. Katrinn estava dormindo no colo da irmã e Howard andava ao lado carregando algumas coisas. Chegaram a casa e Cecil já começou a brigar com a Margaretha pela demora.

Margaretha: Como você reclama, parece que é minha mãe ou marido. Tem certeza que você é mulher?

Cecil: Cala a boca garota.

Howard: Fiquem quietas! – gritou com as duas.

Cecil: O que foi isso? – olhou para o irmão e percebeu que atrás do mesmo estava Katrinn segurando as lágrimas. Cecil abaixou a cabeça e cerrou os punhos – Me desculpem.

O resto da noite foi tranqüila, todos foram dormir apenas Howard ficou acordado e olhando para o teto.

“Shimizu: Está certo Howard. Se você quiser se tornar um mercador venha aqui em Alberta as 5 da manhã.

Howard: Por que tão cedo?

Shimizu: É o horário que Alberta começa a acordar e também é o horário em que iremos para a Guild dos Mercadores pegar a sua missão para se tornar um mercador.

Howard: Está bem.

Shimizu: Vou ficar te esperando até 5:10 da manhã. Após esse horário não estarei mais aqui.”

O garoto não conseguia dormir, sentou-se na cama e olhou para o relógio que marcava 3:47 da manhã, olhou para as irmãs que ainda estavam dormindo.

Howard: Acho que já está na hora de ir – sussurrou para si e sorriu.

Eram 6 horas e como de costume Cecil levanta-se para caçar. Ao olhar para os irmãos não vê menino.

Cecil: Howard? – estava meio sonolenta, esfregou os olhos. – Howard?! – gritou.

Margaretha: Que foi? – levantou assustada.

Cecil: O moleque sumiu.

Margaretha: Que?! – olhou para a cama dele e não o viu, começou a chorar desesperada.

Cecil: Para com isso Margaretha!

Margaretha: Mas...

Cecil: Vamos lá à cozinha ele pode está lá.

Margaretha: Então por que falou que ele tinha sumido!?

Cecil: Não sei, acho que é por que todos os dias eu acordo antes de vocês.

As duas foram até a cozinha e viram uma cesta cheia de frutas em cima da mesma e dentro da cesta tinha um papel. Cecil andou até a mesa e pegou o papel e começou a ler.

Margaretha: O que ta escrito ai?

Cecil: Ele... – amassou o papel – foi embora.

Margaretha: Por quê? – caiu sentada no chão.

Cecil: Ele só disse que tinha que fazer o que queria.

Elas ficaram em silêncio. Até que uma resolve quebra-lo.

Cecil: Margaretha!

Margaretha: Que foi? – perguntou chorosa.

Cecil: O que você que fazer?

Margaretha: Como assim?

Cecil: Eu sou uma caçadora, mas nunca sai dos arredores de Payon. Você que ser o que?

Margaretha: .... – abaixou a cabeça.

Cecil: O que foi? – olhou para a irmã no chão.

Margaretha: Quero me tornar uma sacerdotisa.

Cecil: Sério? – não entendeu muito bem.

Margaretha: Sempre quis ajudar os outros, mas não sou tão forte como você ou o Howard, pelo menos como sacerdotisa eu consiga ajudar alguém – sorriu para a irmã.

Cecil: Acho que está na hora de nos separamos então – sorriu.

Margaretha: Eu cuido da Katrinn.

Cecil: Tem certeza?

Margaretha: A Katrinn fez uma coisa incrível em Alberta e acho que ela também que fazer algo.

Cecil: Então quando vamos sair daqui?

Margaretha: Espera a Katrinn fica mais velha ai nós vamos.

Cecil: Tudo bem.

Alguns meses depois...

Margaretha e Katrinn estavam sozinhas em casa quando entram dois assassinos.

Assassino 1: Nossa só tem duas crianças na casa.

Assassino 2: Onde está a mãe de vocês? – sorriu.

Margaretha: Não interessa – antes que ela terminasse de fala um dos assassinos já estava próximo a ela com uma adaga no pescoço da mesma.

Assassino 1: Você devia ficar quietinha e entregar todo o dinheiro.

Margaretha: Não tem nada aqui.

Assassino 1: Não minta para mim – riu da cara dela.

Margaretha: Já disse que não... – levou um tapa na cara e caiu no chão.

Assassino 1: Não brinque comigo garota!

Assassino 2: Não achei nada.

Assassino 1: Me diga onde está o dinheiro e então nós vamos embora.

Margaretha: Não!

Assassino 1: Ora sua...

Assassino 2: Nossa a garotinha aqui é muda – começou a rir.

Assassino 1: Que foi?

Assassino 2: Ela chora mais nem faz barulho. Divertido – sorriu.

Assassino 1: Já que não tem nada vou levar você mesmo – puxou a garota que estava no chão e foi arrastando ela para fora da casa.

Os dois assassinos foram para fora da casa arrastando Margaretha e Katrinn, chorando, foi atrás.

Margaretha: Me soltaaa! – começou a gritar e se debater.

Assassino 1: Fica quieta garota.

Assassino 2: Mata ela logo, cansei já.

Margaretha: Paraaa!

Assassino 1: Já mandei você parar...

Assassino 2: Cara o que é isso? – olhou para o céu.

Assassino 1: Hã? – olhou para cima também. – Acho que é uma tempestade.

Alguns flocos de neve começa a cair no chão.

Assassino 2: Acho que não. As outras partes parecem estar claras.

Assassino 1: Corre.

Assassino 2: Que?

De repente a tempestade começa a ficar mais forte, muitos flocos de neve começam a cair e a congelar tudo que toca.

Assassino 2: Não consigo mexer minhas pernas.

Assassino 1: Droga! – pegou a adaga e foi tentar quebrar o gelo da própria perna. – Isso não quebra.

Os dois olharam para a garota mais nova, que estava perto da casa chorando, e seus olhos estavam brancos, assim como seus cabelos.

Assassino 1: Não pode ser.

Os assassinos estavam congelados, Margaretha estava no chão tremendo de frio e Katrinn havia desmaiado próxima a porta da casa.

Alguns dias depois um homem que roupa comprida e azul com dourado veio até a casa das irmãs.

Cecil não quis deixar levar Katrinn.

Homem: Me desculpem eu preciso leva-la.

Margaretha: Por quê?

Homem: Vocês não precisam saber.

Cecil: Eu não vou deixar você leva-la.

Homem: Sinto muito – ele levantou a mão e as duas irmãs foram para o chão.

Cecil: O que é isso? – tentou se levantar, mas foi em vão.

Homem: É um campo gravitacional, vocês não poder se mexer por um tempo.

Cecil: Maldito! – gritou

Homem: Venha Katrinn – a garota deu um passo para trás. – Eu não vou te machucar e também não vou machucar suas irmãs se você vier.

Cecil: Isso foi baixo.

A pequenina andou até o homem e deu a mão para ele.

Homem: Muito bem: Vamos – sorriu para a pequena e foi saindo da casa junto com a mesma.

Margaretha: Katrinn! – chorava enquanto a irmãzinha saia da casa dando tchau para as duas.

Cecil: Nããããão! – começou a chorar. – Eu não pude fazer nada! Mas que droga!

Cecil: Eu vou encontrá-la custe o que custar!

Depois de alguns minutos elas conseguem se levantar do chão.

Cecil: Margaretha pare de chorar e vamos.

Margaretha: Para onde?! – gritou enquanto chorava.

Cecil: Realizar nossos sonhos e encontrar aqueles dois.

Margaretha: Hã? – seguiu com os olhos a irmã se levantar.

Cecil: Vamos lá – olhou para a irmã, sorrindo, e estendeu a mão.

Margaretha: Sim – secou as lágrimas e pegou a mão da irmã.

Estavam caminhando pela floresta de Payon.

Margaretha: Espero encontrá-los algum dia – abaixou a cabeça.

Cecil: Nós vamos.

Andaram mais um pouco.

Margaretha: Cecil – parou de andar.

Cecil: O que? – olhou para a irmã.

Margaretha: É por aqui que eu vou – apontou para outro caminho.

Cecil: Então quer dizer que vamos nos separar.

Margaretha: Acho que sim.

Cecil: Não posso ir com você agora, preciso ir para Payon resolver algumas coisas.

Margaretha: Tudo bem eu vou sozinha – se virou para o outro caminho e começou a andar. Parou de repente – Eu espero te ver novamente – começou a chorar e foi correndo pelo caminho.

Cecil: Eu também – observou a irmã ir embora.

Esse poderoso laço que liga nossos corações

Nunca vai se soltar


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Notas finais do capítulo

Descupe a demora, é que estava sem idéias para uma nova história.
Espero que tenham gostado.
kissus xD



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