Lendas de Midgard escrita por Brunnhild


Capítulo 7
Catástrofe


Notas iniciais do capítulo

Os personagens de Ragnarok não me pertencem, pertencem a GravityCorp.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121347/chapter/7

          Em uma cidade chamada Juno em um sábado, havia um garoto, de cabelos vermelhos, tamanho médio, e olhos verdes de aproximadamente treze anos, que andava tranqüilamente pela cidade, mesmo no sábado precisava estudar.

         Enquanto seguia para a biblioteca viu na praça algumas crianças brincando.

         ???: Quanta idiotice. – murmurou.

         Chagando a biblioteca a recepcionista logo o cumprimentou.

         Recepcionista: Olá Laurell! O que veio fazer aqui no sábado? – Perguntou sorrindo como sempre fazia.

         Laurell: O que você acha? – respondeu irritado.

         Recepcionista: Você devia tratar melhor os outros, por isso não tem amigos! – respondeu com ironia, enquanto via o moleque ir para uma sala.

         O jovem mago sentou-se em uma das mesas com livros sobre a historia de Rune-Midgard e deuses. Estava tentando ler o livro, pois não se esquecia do que a recepcionista havia lhe dito.

         Laurell: Eu não tenho amigos porque não quero! – fechou o livro com tudo, não conseguia se concentrar.

         Ficou um tempo quieto pensando, abriu o livro tentando lê-lo novamente, o que foi em vão, pois escutou gargalhada no corredor.

         Laurell: Só pode ser aquela recepcionista. – levantou-se e foi em direção ao corredor. – “Como ela pode trabalhar em uma biblioteca fazendo tanto barulho?”. – Dá para ficar quieta, quero estudar! – gritou. Quando olhou para a pessoa com quem havia gritado ficou vermelho. Pois não gritou apenas com a recepcionista, mas também com uma mulher que nunca havia visto antes ela possuía longos cabelos brancos, olhos azuis claros e usava uma roupa comprida, com pêlos no pescoço e um pano nos braços que no momento nem se importo em ver o que era.

         Ela analisou o mesmo sorriu para ele, viu que ele ficou mais vermelho. Começou a rir.

         ???: Desculpe-me por te atrapalhar – sorriu.

         Laurell: A...a...Não foi nada – abaixou a cabeça.

         Recepcionista: Com ela você fala assim, né? – olhou brava pra ele.

         ???: Deixa o menino. Ele só quer estudar não é?

         Laurell: É – ficou mudo de novo.

         ???: Viu – falou para a recepcionista, que estava com uma gota na cabeça, e sorriu. – Agora vamos não quero continuar atrapalhando essa criança – colocou a mão na cabeça dele. – Tchau.

         Laurell: Tchau – ficou apenas observando aquela moça ir embora. – Acho melhor eu ir estudar.

         No porão da biblioteca

         Recepcionista: Ah você é chata – falou emburrada.

         ???: O que eu fiz? – com a maior cara de pau.

         Recepcionista: Você devia te botado medo nele.

         ???: Por quê? Eu goste dele – sorriu.

         Recepcionista: Você ainda não o conhece.

         ???: Está certo. Depois discutimos isso. Ajude-me a procurar o livro – abaixou em uma das estantes, onde havia muitos livros empoeirados.

         Recepcionista: Você tem certeza? – abaixou procurando o livro também.

         ???: Preciso dele.

         Recepcionista: A situação piorou?

         ???: Muito. Mas alguns ainda não estão sabendo – abriu vários livros sobre magias negras, mas nenhum era o seu, suspirou. – Não devíamos ter nós separados.

         Recepcionista: Desculpa não poder ajudar – ficou chateada.

         ???: Está tudo bem – colocou a mão no ombro da amiga. Ficaram em silêncio.

         Recepcionista: Claro. Enquanto todos nós temos uma vida normal, vocês estão lá arriscando a de vocês, e achamos que está tudo bem, mas não está – cerrou os punhos e começa a chorar.

         ???: Não chore. Isso só piora a situação – a recepcionista olhou para ela espantada. – Nós escolhemos isso, queríamos ser o mais forte de todos. E agora somos isso é apenas o preço por essa força. Podíamos recusar, mas queríamos proteger nossos amigos, porque sem eles não somos nada.

         Recepcionista: Yuki.

         Yuki: Você não sabe onde está meu livro?

         Recepcionista: Ah, desculpa – olhou para a estante. – A última vez que o vi ele estava aqui.

         Yuki: Estranho – a recepcionista apenas concordou. – Não veio ninguém aqui, certo?

         Recepcionista: Que eu me lembre não.

         Yuki: Pense um pouco.

         Recepcionista: Hmn... Lembrei. Foi um cara muito esquisito, não gostei dele.

         Yuki: Quem era? – perguntou desesperada.

         Recepcionista: Não sei. Ele estava com a Mestra, que a meu ver estava muito estranho.

         Yuki: Há quanto tempo foi isso?

         Recepcionista: Acho que duas semanas – quando termino de falar já viu Yuki subir as escadas. – O que foi Yuki?

         A garota de cabelos brancos correu até a sala de sua Mestra, a recepcionista estava logo atrás. Ao abrir a porta se deparou com uma cena horrível, travou na porta, sua amiga parou atrás dela.

         Recepcionista: O que foi? – perguntou assustada. – Que cheiro é esse?

         Yuki: De um corpo em decomposição – falou friamente.

         Recepcionista: Como? – chegou perto da porta então pode entender. Lá estava a Mestra morta em sua cadeira, em meio ao monte de sangue, sendo devorada por vermes. – Não pode ser – caiu de joelho e começou a chorar. – AAAAAAAH!

         Yuki apenas abaixou a cabeça, uma única lágrima escorreu.

         Yuki: Beelzebub seu maldito.

         Laurell: O que foi esse grito? – se perguntou, interrompendo sua leitura. – Acho que vou dar uma olhada. – levantou-se e foi andar no corredor.

         Andava tranquilamente olhando as imensas prateleiras de livros, e vários deles em cima de uma mesa.

         Laurell: Aquela idiota não guarda nem os livros. – saiu com uma gota na cabeça.

         Andou mais um pouco até que escutou soluços que vinham de perto da recepção, foi até lá para saber o que tinha acontecido. Então viu a recepcionista chorando e a mulher de cabelos brancos, que tentava acalma-la. O ruivo se escondeu atrás de um pilar e ficou ouvindo as duas conversarem.

         ???: Vai ficar tudo bem.

         Recepcionista: Não, não vai! – gritou.

         ???: Desculpe-me. Eu prometi que protegeria meus amigos, mas...

         Recepcionista: Já era! A cidade será destruída. Imagine se você não fosse um desses guerreiros então. – falou em tom irônico.

         A garota de longos cabelos deu um tapa na cara dela.

         ???: Se eu não estivesse aqui poderia ter sido pior! Você pensa que é fácil pra mim, mas não é! É apenas mais doloroso.

         A recepcionista ficou quieta, apenas chorou em silêncio.

         ???: Se ela estivesse aqui, faria o escudo que nos protege. – ficou quieta esperando alguma reação. – Acho que eu mesma terei que fazer.

         Recepcionista: Mas assim você vai...

         ???: Eu sei. Mas se não fizer mais pessoas vão morrer. – cerrou os punhos. – Mechemos com o que não devíamos. Estamos apenas pagando o preço.

         Recepcionista: Por que mechemos então?

         ???: Pesquisas. – ela sorriu, ainda tinha força para aquilo. – Hei!

         Recepcionista: O que? – fungou o nariz.

         ???: Estamos sozinhas?

         Laurell: “Merda! Vou sair daqui”.

         Recepcionista: Sim. – ficou um pouco em silêncio. – NÃO!

         ???: Eu sabia. – apenas levantou a mão. – Vem aqui. – chamou sua amiga.

         Chegaram ao corredor e virá um mago fora do chão. Estava em um monte de espinhos que saíram do chão de repente. Um dos espinhos estava na calça dele, outro na parte posterior da camiseta, outra na manga da camiseta e outros espinhos faziam ele se contorcer.

         Recepcionista: hahahhahahaahah! Bem feito moleque. – começou a rir muito.

         ???: Quem é ele? – olhou para a louca que estava no chão.

         Laurell: Desculpa. – disse com medo.

         Recepcionista: Relaxa Yuki. É apenas uma criança que quer ser sábio, por isso vive enfiado aqui na biblioteca. – voltou seus olhos para a criança ruiva. – Não é, Bichinho de livro?!

         Laurell: Eu não sou bicho de livro, sua retardada.

         Recepcionista: Deixa-o ai. Não precisa tira se quiser pode mata.        

         Laurell: Não! Para com isso. – olhou assustado para Yuki, que estava sorrindo.

         A professora abaixou a mão, como se mandasse a terra descer e assim aconteceu.

         Laurell: Obrigado.

         Yuki: Qual seu nome garoto?

         Laurell: Chamo-me Laurell.

         Recepcionista: Bicho de livro.

         Laurell: Não sou. – olhou bravo para ela.

         Recepcionista: Está bem.

         Yuki: Lara. Vai arrumar as coisas e fechar a biblioteca.

         Lara: Ai. Não me deixa nem brinca com o menino.

         Yuki: Quero falar com ele.

         Lara: Okay. Mas depois tem como você ir fechar aquela porta? – abaixou a cabeça.

         Yuki: Claro.

         Lara: Obrigada! – após dizer isso saiu.

         Yuki: Laurell – chamou-o para ter a atenção dele. – Você quer ser um sábio, correto?

         Laurell: Sim!

         Yuki: Preciso apenas saber umas coisas sobre você e talvez possamos conversar sobre isso. E então?

         Laurell: Não sei. – ficou desconfiado.

         Yuki: Nesse momento sou o caminho mais fácil de chegar lá.

         Laurell: Como assim? Se eu fizer o teste e passar eu viro um sábio, não é?

         Yuki: Na verdade... era. Mas... – olhou para o rosto dele. – Não sou muito boa em inventar historias. E que nesse momento nossa mestra está morta e quem fez isso foi Beelzebub. – falou rapidamente.

         Laurell: Você está brincando?

         Yuki: Adoraria. Mas sou uma professora e não sou muito de brincar com isso. – sorriu esperando pela reação dele.

         Laurell: Professora?! – arregalou os olhos – Então isso existe.

         Yuki: De mentira que não sou – riu.

         Laurell: Você disse que não gosta de brincar. – ficou com uma gota.

         Yuki: Sobre a morte. – ficaram em silêncio, até que ela resolve quebra-lo. – Vamos para a minha sala. Vamos conversar um pouco e então verei se está pronto para encarar o mundo.

         Laurell: O que? – já ficou desesperado, enquanto a seguia para a sala.

         Yuki: Talvez te conte qualquer coisa, desde sobre os deuses e suas relíquias até sobre mitos, que muitos acreditam ser falsos. – ela sorriu e entrou na sala sendo seguida por ele.

         A sala era composta por uma mesa, feita de madeira, que se localizava no centro da sala, uma cadeira grande, de aparência majestosa, atrás dela uma janela grande, onde o sol da tarde batia, a frente da mesa duas cadeiras, a direita uma estante grande repleta de livros, que ele nunca havia visto, e a esquerda um quadro com um pentagrama. Laurell observou o quadro assustado.

         Yuki: Algum problema? – perguntou para ele assim que sentou em sua cadeira.

         Laurell: Por que você tem esse símbolo na parede? – olhou-a esperando uma resposta.

         Yuki: Porque eu gosto do significado dele – sorriu para ele, mas viu que ele se assustou mais. – Espera ai. Você não acha que isso é de magia negra, acha?

         Laurell: Eu tenho certeza que é.

         Yuki: Você está brincando, não é. – vendo que ele balançou a cabeça negativamente começou a rir muito. Vendo que ele começou a ficar emburrado foi diminuindo a risada. – Vou te explicar o que é realmente um pentagrama. Antes se sente – convidou-o.

         Laurell: Estou bem aqui – preferiu manter distancia.

         Yuki: Está certo – apoiou os cotovelos na mesa entrelaçou as mãos. – Pois bem, um pentagrama representa os cinco elementos. Sabe quais são?

         Laurell: Terra, água, fogo, vento e...

         Yuki: Como sempre todo mundo sempre se esquece dele – disse indignada.

         Laurell: Trovão!

         Yuki: Poderia ser, mas todos os elementos possuem eletricidade e isso gera o trovão – o garoto olhava-a assustado. – O elemento que todos os homens se esquecem é o espírito – sorriu em seguida. – Então o pentagrama é feito com uma ponta mais alta essa representa o espírito, significando que ele está acima de todos os outros elementos.

         Laurell: Mas por que em muitos rituais de magias negras eles são usados? – perguntou rapidamente.

         Yuki: São usados de ponta cabeça. Representando o espírito como mais fraco que os outros elementos. Coisa que eu acho impossível.

         Laurell: Então é isso – ele olhou para ela meio envergonhado.

         Yuki: Tudo bem. É normal isso, quem não está acostumado acha isso – sorriu. – Agora pode sentar-se, não sou nenhuma bruxa – depois ela viu o que tinha falado. – Ops! Quero dizer não sou nenhum tipo de demônio. Não quero ofender meus amigos bruxos, gosto muito deles.

         Laurell: Você é louca? – sentou na cadeira e olhou para ela intrigado.

         Yuki: Virei professora, fique quieto – ela o encarou, ele continuou encarando-a. – Espero que você saiba um pouco sobre a história de nosso mundo, se não souber retire-se, por favor, não quero perder meu tempo. – fitou-o seria.

         Laurell: Sim, sei o bastante – disse confiante.

         Yuki: Muito bem. Então vou começar falando sobre nós, os guerreiros escolhidos, e sobre uma lenda que tenho certeza que existe. – viu o garoto engolir em seco e ela sorriu. – Então vamos começar.

         15 horas depois o sol já estava nascendo e os dois ainda não tinham saído da sala.

         Yuki: Acho que é apenas isso que você precisa saber – estava cansada.

         Laurell: Mas... – o garoto estava travado na cadeira. – Mas por que me contou essas coisas?

         Yuki: Bem meus ensinamentos eu tinha de passar adiante e eu senti que você era especial – sorriu. – Espero que agora esteja pronto para o mundo. Agora pode ir deve estar cansado.

         Laurell: Bastante – levantou-se e foi saindo da sala.

         Yuki: Garoto! – chamou a atenção do mesmo. – Quiser aprender mais coisas entre quando quiser aqui e leia esses livros – apontou para sua estante.

         Laurell: Depois eu venho pegar alguns. Obrigado. – foi saindo novamente.

         Yuki: E tente ser menos arrogante com os seus amigos, caso um dia tenha.

         O garoto ruivo parou na porta e balançou a cabeça confirmando.

         Yuki: Obrigada e até.

         Laurell: Tchau! – e saiu da sala de Yuki.

         Yuki: Espero que você sobreviva e faça a diferença... no grande dia. – fechou os olhos e sorriu para si.

         O resto do dia foi normal para Laurell. Chegou a casa dormiu até à hora do almoço, comeu alguma coisa e depois foi para a biblioteca. No caminho para lá viu as mesmas crianças brincando com uma bola, feita de tecidos, e todas elas estavam sorrindo, ficou observando-as, sentado em um banco, enquanto tentava entender o que Yuki havia lhe falado.

         Laurell: Não consigo entende-la – abaixou a cabeça.

         ???: O que Laurell?

         O menino olhou assustado para a pessoa que lhe chamou.

         Laurell: Não me assusta maluca – disse bravo.

         Lara: Hahahahah! O que esta fazendo aqui?

         Laurell: Nada! – se levantou e foi indo para a biblioteca.

         Lara: Hei! Me espera! – correu até ele.

         Na biblioteca...

         Os dois entram e ficam assustados com o que vê. A professora estava sentada no meio da recepção com dúzias de livros e um garrafa de café ao lado.

         Lara: Que bagunça é essa Yuuki?!

         Laurell: Não sei por que esta reclamando sempre ficou assim.

         Lara: Cala a boca – deu um cascudo nele.

         Yuki: Lara! Vai até a minha sala e pegue o livro na terceira gaveta, de minha mesa.

         Lara: O que?

         Yuki: Agora! – olhou brava para a recepcionista.

         Lara: Ta! – correu até a sala.

         Laurell: Algum problema?

         Yuki: Vários.

         Laurell: Posso ajudar em algo?

         Yuki: Espere só um minuto.

         Lara: Desculpe a demora – entrou correndo com um livro negro com vários pentagramas na capa.

         Yuki: Obrigada – pegou o livro e o abriu nas ultimas paginas, que estavam em branco e começou a escrever.

         Laurell: Eu quero ajudar.

         Lara: Acho melhor você ficar aqui.

         Laurell: Por quê?!

         Lara: Teimoso – colocou as mãos na cintura.

         Yuki: Deixe-o ir.

         Lara: Mas... – olhou-a sem entender.

         Yuki: Não conosco.

         Laurell: Hã?! – Não entendeu.

         Lara: Ufa! – falou aliviada.

         Yuki: Você irá sozinho para Prontera – disse tranqüila enquanto escrevia no livro.

         Lara: O que?! – gritou.

         Laurell: Serio? – falou animado.

         Yuki: Pronto! – se levantou carregando seu livro.

         Lara: E agora?

         Yuki: Ele já chegou – olhou para o teto da biblioteca, de repente o mesmo foi arrebentado, por várias moscas caçadoras. Yuki apenas levantou a mão direita na direção das moscas – Rajada Congelante! – em segundos as moscas congelaram, caindo no chão e quebrando. – Lara! Laurell! Vocês estão bem?

         Lara e Laurell: Sim! – ambos estavam se levantando.

         Yuki: Que bom! – sorriu. – Certo Laurell, quero que você fuja daqui. Antes que diga alguma coisa vou explicar rapidamente o que você deverá fazer.

         Laurell: Certo!

         Yuki: Vou te entregar um documento que você deverá apresentar no castelo de Prontera, então te mandaram para outra sala farão perguntas simples e te entregaram um emblema que representa nossa guild – ela abriu o livro e retirou o documento. – E também quero que você cuide do meu livro e o use com sabedoria – sorriu para ele.

         Lara: Como?!

         Laurell: Obrigado – estendeu os braços e pegou o documento e o livro.

         Yuki: Vá pelas portas do fundo.

         Laurell: Sim! – saiu correndo para o final da biblioteca.

         Lara: Você ficou louca.

         Yuki: Vamos para-lo – após dizer isso se retirou da biblioteca sendo seguida por Lara.

         O céu estava vermelho com nuvens negras. A cidade tão tranqüila estava queimando e varias pessoas corriam de um lado para o outro, agonizando. As duas estavam correndo para o laboratório que ficava um pouco afastado da biblioteca. Quando passaram pela ponte várias moscas foram até elas.

         Lara: Prisão de teia! – usou contra as moscas.

         Yuki: Lara!

         Lara: Vai! Eu as paro – sorriu para a amiga.

         Yuki: Mas...

         Lara: Vai logo! Ou mais pessoas vão morrer – começou a chorar.

         Yuki: Desculpe – correu para o laboratório.

         Lara: Adeus – sussurrou. Levantou a cabeça e viu as moscas. – Lanças de fogo!

         A garota de cabelos brancos já se encontrava na frente do laboratório, aonde havia um pentagrama no chão, foi para o centro dele e começou a recitar o encantamento.

         Yuki:

Ouça-me, ó estrela mística,

E aja em meu beneficio.

Ofereço-te meu corpo e minha alma

Acabe com o desespero.

Apareçam correntes da agonia

E levem...

         ???: Olá Yuki-chan.

         Yuki: Beelzebub! – tentou se mexer em vão, havia se esquecido das correntes.

         Beelzebub: Há quanto tempo – sorriu para a professora, era um homem alto com longos cabelos loiros e olhos vermelhos, estava trajando vestes dignas de um príncipe, mesmo sendo do submundo.

         Yuki: Desgraçado, foi você que fez aquilo com a mestra?

         Beelzebub: Aquela velha caduca – viu o rosto de Yuki se contorcer de ódio. – Sim fui eu. Você me pegou – ironizou – Me lembrei de uma coisa tenho um presente para você.

         Yuki: Não preciso dos seus presentes – começou a tossir sangue.

         Beelzebub: Desse você vai gostar – ele estala os dedos e aparecem várias moscas, que soltam algo no chão.

         Yuki: Lara... – começou a chorar – LARA!!!

         Beelzebub: HAHAHAHAHA! Não disse que desse você ia gostar. HAHAHAHA!

         Yuki: Desgraçado! Eu irei te aprisionar pela eternidade – após dizer isso começa a recitar novamente o encantamento, mas utilizando toda a força que possuía.

Ouça-me, ó estrela mística,

E aja em meu beneficio.

Ofereço-te meu corpo e minha alma

Acabe com o desespero.

Apareçam correntes da agonia

E levem o mal

Que perturbam a paz do mundo.

         Beelzebub: Isso não vai funcionar. Ataquem-na – ordenou as moscas, que foram imediatamente ao encontro dela.

         As moscas a atacaram sem piedade e ela nada podia fazer, pois tinha de terminar o encantamento. Já estava quase morta quando sorriu.

         Beelzebub: Como você ainda possui forças para sorrir? A matem!

Yuki: Eu não vou estar sozinha – sussurrou e sorriu. – Me ajude Odin – suas lagrimas começaram a cair sobre o selo.

         Sem que o senhor das moscas percebesse abriu-se um portal sobre ele, de onde saíram várias correntes o prendendo.

         Beelzebub: O que é isso?! – não entendia nada do que estava acontecendo, olhou para a garota e viu suas moscas no chão agonizando. – Como?!

         Yuki: Eu disse que te aprisionaria pela eternidade – sorriu para ele – Não apenas pelos meus amigos, mas também pelo futuro – lembrou-se de Laurell e continuou.

Agora clamo pelas correntes da agonia

Para te prender novamente pela eternidade

E que da prisão eterna já mais retorne.

         O portal começou a sugar Beelzebub, para um lugar desconhecido, aonde ninguém poderia libertá-lo.

         Beelzebub: Eu te levarei junto, desgraçada! – ficou furioso com ela, enquanto tentava em vão se libertar das correntes.

         Beelzebub foi transformado em uma mosca, assim como seus subordinados, e foi sugado para o portal.

         O céu clareou e Yuki estava deitada no chão observando o lindo céu que parecia ter se formado para ela.

         Yuki: Obrigada – sorriu e fechou os olhos.

         O corpo de Yuki se tornou pó, que foi arrastado pelos ventos. Pode morrer sorrindo, já havia terminado sua missão.

         Poucas semanas depois em Prontera...

         ???: Está aqui o seu emblema.

         Laurell: Eu não vou precisar fazer o teste?

         ???: Creio que a senhorita Yuki já tenha o feito – sorriu para o garoto. – Agora vá.

         O garoto ruivo se retirou do castelo, agora era um sábio. Olhou para o céu azul, assim como eram os olhos de Yuki.

         Laurell: Obrigado Yuki-san – pela primeira vez pode sorrir, sem receios.

A próxima fronteira não está somente à sua frente,

ela está dentro de você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Já vou informar que se a proxima demorar é que estarei ocupada com trabalho da escola... kissus



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lendas de Midgard" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.