Lendas de Midgard escrita por Brunnhild


Capítulo 14
Retorno à Prontera


Notas iniciais do capítulo

Os personagens de Ragnarok não me pertencem, pertencem a GravityCorp.



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Andando pela floresta a caminho da capital, o clima entre eles estava denso, nenhuma palavra era trocada. Apesar de alguns aparentarem tranquilidade.

Ebece: Há uma caverna ali em frente – quebrou o silêncio, fazendo com que todos olhassem à frente.

Chegaram à caverna e começaram a montar acampamento. Icarus pegou alguns gravetos que achou próximo do lugar e os colocou no centro, Laurell os acendeu. Cenia se acomodou em seu Grand Peco que já estava sentado. Seyren estava retirando a armadura do Peco-peco, Margaretha se sentou próxima a ele, pois era o lugar vago. Howard ficou na entrada da caverna, assim como Eremes. Wickebine se acomodou ao lado de Ebece. Cecil sentou ao lado de Katrinn, que logo se deitou em seu colo; e Armaya estava fuçando na bolsa em busca de comida, o que foi em vão.

Ninguém falava nada. Então, um soluço fraco é ouvido, Seyren olha ao seu lado e vê Margaretha chorando e tentando abafa o soluço.

Seyren: Não precisa segurar – sussurrou.

Margaretha: Por quê? – sussurrou, mas não foi possível ouvir.

Seyren: Como?!

Margaretha: Por que tivemos que matar eles? Eram humanos querendo ser salvos e não mortos, me sinto um lixo por não poder salva-los – disse em alto e bom tom.

Todos acharem melhor ficar quieto, exceto um.

Eremes: Não havia como salva-los.

Margaretha: Sempre há um jeito!

Eremes: Então deixassem eles te matar.

Margaretha: O quê?!

Eremes: Nem todos os humanos podem ser salvos, ainda mais depois que se entregam as trevas do próprio coração.

Margaretha: Tem que haver um jeito – sussurrou.

Eremes: Eu não consigo te ouvir – sorriu.

Seyren: Já chega Eremes!

Eremes: Esses cavaleiros que sempre vem pra defende a donzela me irritam.

Seyren: E você que pensa estar acima dos outros, isso me irrita – se levantou.

Eremes: Vai querer brigar Lorde Windsor?

Seyren: Só vou alimentar minha montaria – sorriu, e deu um tipo de semente ao Peco-Peco. – Por que brigaria com você? – olhou para o assassino que já estava ao seu lado.

Eremes: Você devia levar a sério os outros.

Seyren: Não resolvo tudo na mão como você!

Eremes: Pois devia. Você pode morrer assim – empurrou Seyren até a parede.

O cavaleiro sorriu e deu um murro em Eremes, que revidou.

Howard: Ei vocês dois parem!

Os outros apenas ignoravam.

Cenia: Deixa eles, isso faz bem às vezes.

Howard: Você enlouqueceu! – olhou para ela que havia se levantado e estava saindo da caverna, mas parou devido ao estrondo dentro da caverna.

Eremes e Seyren foram lançados para cantos separados da caverna e Ebece estava no centro.

Ebece: Já chega, por que não usa essa energia que vocês tem de sobra pra procurar comida ou pensar em um modo de todos se ajudarem.

Seyren: Então ensine esse moleque a ter mais respeito.

Eremes: Ninguém mandou você se intrometer.

Ebece: Calem a boca! – olhou serio para ambos. – Não me importo por que começo, mas não vai levar a nada. Então fiquem quietos – andou até seu canto e se sentou.

Seyren abaixou a cabeça e foi se sentar. Eremes deu as costas e foi saindo da caverna, passando por Howard e Cenia. Logo depois Wickebine se levantou e começou a sair da caverna.

Wickebine: Vocês não entendem – olhava para o chão. – Sempre estivemos sozinhos, de onde viemos não se pode confiar em ninguém – sorriu e olhou para eles. – Ao menos em vocês em consigo confiar um pouco – saiu indo atrás do seu irmão.

Cecil: É claro q sabemos o que é ficar sozinho.

Laurell: Não como eles – todos olham para ele. – Eu conversei um pouco com ela, apesar de ela só ficar me perturbando. Todos mesmo que sozinhos não éramos atacados todos os dias por monstros, água e comida até que era fácil comparado ao deserto de Sograt.

Icarus: Aquele deserto é um inferno, não há comida, água e nem pessoas que se pode confiar, já que no dia seguinte eles podem te vender – riu. – Bem vou sair dar uma volta.

Cenia: Vou pegar comida.

Howard: Eu vou junto, tem nada pra faze aqui.

Cenia: Você vai com o Icarus né?

Icarus: Nem vem, prefiro que alguma das garotas me acompanhe.

Isso se estendeu até que os três entrassem na mata.

Icarus: Eu vou atrás do Eremes e da Wicke. Até depois – sorriu e foi pro outro lado.

Howard: Ele quer morrer? – parou e viu o palhaço sumir.

Cenia: Se quiser ir morrer com ele, pode ir.

Howard: Sem graça.

Caminhavam em busca de alimentos, depois que o bardo foi embora não trocaram uma palavra. Ate que...

Howard: Que tédio – bufou. – Ei Cenia, por que não conversa comigo?

Cenia: Não temos nada para conversar – falou friamente.

Howard: Qualquer coisa – olhou para ela, mas a mesmo nem reagiu. – Quantos anos você tem?

Cenia: Por que quer saber? – sacou a espada e olhou pra ele.

Howard: Calma! Só estou tentando conversa com você.

Cenia: Tenho 19 anos – guardou a espada.

Howard: Você é bem nova para uma templária. Tenho 21 anos.

Cenia: Todos parecem ser bem novos pra estarem aqui.

Howard: Isso é verdade, minha irmãzinha só tem 16 anos – sorriu.

Cenia olhou incrédula e ele apenas continuou andando olhando para as árvores.

Howard: Achei! – correu até uma árvore.

A guerreira apenas o seguiu com os olhos e viu uma árvore de maçãs.

Cenia: Vamos pegar logo essas maçãs e voltar.

[...]

Icarus: Onde estão aqueles dois? – andou mais não os achava. – Acho que vou voltar – quando foi caminhar escutou um canto e começou a seguir, eram os dois irmãos – Achei vocês! – recebeu um olhar intimidador de Eremes.

O assassino estava sentado e sua irmã dormindo em seu colo.

Eremes: Fala baixo idiota.

Icarus: Era você cantando pra ela dormir?

Eremes: Se abrir essa boca, juro que farei que mais nada saia dela.

Icarus: Relaxa – riu.

Eremes: O que você quer aqui?

Icarus: Apenas vim ver como sua irmã estava, não tem nada haver com você – sorriu.

Eremes: Não tem por que...

Icarus: Idiota! Considero-te um amigo, ainda mais depois que você me salvou em Geffen – deitou-se na grama e fechou os olhos. – Você é o primeiro assassino bondoso que eu vejo.

Eremes: Cala a boca.

Icarus: Tá, tá – deu uma pausa. – Posso abraçar sua irmã?

Eremes: Dorme logo e não enche.

Icarus: Hahahaha! – se virou e dormiu.

[...]

Próximo à caverna...

Howard: Conseguimos algo pra comer pelo menos.

Cenia: Ao menos um lobo pra assar eu ficaria mais feliz.

Já era possível ver a entrada da caverna. Ambos ouviram um barulho e olharam para trás, era Eremes carregando sua irmã.

Howard: Cadê o Icarus?

Eremes: Eu não vou carregar ele, nem fudendo – foi entrando na caverna.

Howard: Mancada cara – começou a rir. – Queria muito ver essa cena.

Eremes: Pode esquecer – colocou Wicke no chão perto da fogueira e logo saiu da caverna.

Todos comeram as maçãs que acharam e foram dormir.

Na manhã seguinte, todos estavam acordados e na entrada da caverna.

???: ATCHIM!

O ferreiro já começa a rir e todo veem Icarus vindo do meio do mato, sujo e espirrando.

Armaya: O que houve com você?

Icarus: O Eremes ao invés de me carregar até aqui me largo pra dormir aqui fora – correu até o assassino e agarrou na perna do mesmo. –Por que você é tão mal comigo quando te dou todo meu amor Eremezinho?

Todos começaram a rir.

Eremes: Talvez por que você disse que queria dormir com a minha irmã?

Icarus: Calunia!

Wickebine: Era comigo ou com você irmãozinho?

Icarus: Oh não! Ela descobriu! – abraçou ele. – O que faremos?

Eremes: Eu mato você palhaço!

O bobo da corte saiu correndo e pulo no colo da Cenia, que o segurou.

Icarus: Você não vai deixar ele me bater né? – os olhos lacrimejavam. Ela o soltou no chão. – Como você é malvada.

Cenia: Já chega, vamos logo – riu.

Icarus: Ela riu?

Laurell: Você conseguiu, parabéns.

Icarus: Ceniaaaaa! Sorri de novo.

Cenia: Não!

Foram brincando, rindo, conversando até a capital, Prontera, de onde sairiam para a próxima jornada, a ilha das cerejeiras, Amatsu.


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Notas finais do capítulo

Até anoite eu posto mais uma.... eu espero.



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