A Estranha Natureza de Isabella Swan Ii escrita por mandinhah


Capítulo 10
Capítulo 8 - hipotermia? E o cara me carregando?!


Notas iniciais do capítulo

hey pessoas
tudo bem? passaram um bom tempo odiando o Edward? eu disse que a Bella não sofreria por isso e vou cumprir minha promessa

calma para as Team Jacob que ele não aparecerá nesse capítulo
...
se eu disser para vocês que esse é o fim vocês me matam?

só algumas? então
beijoos vejo vocês lá embaixo



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Capitulo oito: hipotermia? E o cara que ta me carregando? 


Ouvi pessoas me chamando ao longe, pareciam preocupadas comigo, mas quem se preocupava comigo nesse mundo?

Eu era uma aberração, não tinha espécie definida, vampiros eram vampiros, humanos, humanos, lobisomens eram lobisomens, e eu? Aonde eu me encaixava?

Eu era repulsiva, não teria como alguém ainda se importar comigo, talvez no passado – antes dos meus treze anos. Só que, quem soube de algo se afastou, os outros que não tinham conhecimento, se o fizessem, também fariam o mesmo.

Sentia luzes por vezes iluminarem meus olhos, mas ninguém me via ali, eu estava camuflada as árvores. Ouvia passos indo e voltando de um lado para o outro, todos paralelos a mim, nenhum chegou a se aproximar. Por muito tempo essa cena sonora se repetiu e de um minuto para o outro se interrompeu.

Ao invés do som dos pés pisando no solo da floresta comecei a ouvir patas, não patas normais, patas de tamanhos maiores do que o comum. Ouvia um grande número delas pisando e pisando, mas deduzi que o número de animais era bem menor, já que cada um deveria ter mais de duas.

Senti o cheiro de um desses animais se aproximando de mim, por um minuto rezei para que ele pudesse me matar e acabar com tudo. Ele apenas chegou perto de mim, dei uma pequena farejada e foi embora, minutos depois as patas também pararam.  E então os passos voltaram. Dessa vez eles fora objetivos, vieram com um caminho certo… eles estavam vindo na minha direção.

- machucaram você? – uma voz masculina perguntou com raiva na voz. Eu fiz que não tinha ouvido e continuei no meu silêncio – não se preocupe nós a levaremos para casa.

O dono de um dos três corações que batiam ali me pegou no colo e me levou para a fonte das fortes luzes.

- Bella! – era a voz desesperada de meu pai que falava. – Bella, você está bem? – ele perguntou desesperado. Por um momento senti uma vontade repentina de abrir os olhos e verificar se ele estava bem, ele não parecia, mas tive medo de confirmar minha teoria, de mal já bastava eu.

- ela está bem – ouvi o homem que me segurava falar. Isso despertou minha atenção para ele. Percebi que sua pele era extremamente quente e que seus músculos estavam definidos de mais para ele estar com uma camiseta, mesmo que fina, também não sentia um tecido entre mim e ele além da minha roupa. Pensei na expressão que o Edward faria se me visse agora. Dei um sorriso cínico, ele ficaria louco. Mas depois mudei esse pensamento ele não me amava, ele pouco se importaria, ou apenas faria um teatro. – só murmurou algumas vezes “eles foram embora” quando eu peguei-a – eu falei mesmo isso? Não percebi nem que eu havia aberto a boca.

Minhas lágrimas e meus soluços voltaram, meu corpo começou a tremer violentamente. O homem que me segurava me apertou um pouco ao seu corpo achando que eu estava com frio.

- melhor levá-la para dentro, está muito frio, ela pode sofrer hipotermia se ficar aqui, ela está quase sem agasalho. – o homem que falava isso com certeza não havia visto o cara que estava me segurando.

O ambiente mudou, as luzes vermelhas se tornaram branca e o ambiente ficou mais claro, agora estávamos dentro de casa. Colocaram-me no sofá e encheram de cobertas em cima de mim.

- obrigado, Sam. – meu pai disse. – acho que agora já pode ir, o médico irá analisar ela agora, agradeça ao resto dos meninos por mim e principalmente ao Billy por ter chamado vocês. – o tal de Sam deve ter feito algum gesto com a cabeça em sinal de entendimento, pois não disse nada e foi embora.

- então Dr. Gerandy, ela está bem? – meu pai perguntou. Todas as duvidas que pudessem ter restado sobre a ida deles acabou quando eu ouvi isso. Se por um algum motivo isso fosse apenas uma brincadeira, seria o Carlisle que estaria aqui na minha frente no momento e não esse médico que eu me lembrava levemente de minha infância em Forks.

- Bella, consegue me ouvir? – o doutor falou calmamente.

- cadê o Carlisle? – disse de um modo que poderia ser considerado rude

- ele pediu para que eu não ficasse falando – ele respondeu. Eu fiquei com cara de ‘i?’ – ele recebeu uma oferta de emprego melhor e se mudou.

- para onde? – continuei com um tom impaciente.

Não sei para que eu queria saber disso. Talvez para confirmar que eles foram mais uma vez, ou para ir atrás deles, só não sei o que eu faria se o fizesse, ou chegaria rastejando e pedindo para o Edward desmentir e dizer que tudo que ele falou no bosque foi mentira, ou chegaria querendo assassiná-lo pelo tamanho da minha raiva. Não sabia qual era maior, a dor ou a raiva. Acho que a raiva ganhava, pois a dor que era grande me fazia sentir mais raiva e ódio deles por eles terem a causado.

- Los Angeles – Carlisle havia mentido então, o último lugar que eles iriam seria para uma cidade ensolarada e a grande LA se encaixava perfeitamente nessa categoria.

Um pouco mais revoltada ainda virei para o outro lado a fim de fingir dormir, não queria falar com mais ninguém, não queria ouvir mais ninguém. Tentei segurar o máximo minhas lágrimas, portanto, apenas um pequeno choro escapou

- Bella, preciso saber se está bem – o Dr, Gerandy voltou a falar comigo.

- estou cansada – disse baixinho, minha voz parecia morta.

- é melhor deixa-la descansar, então. Eu volto amanhã para ver se ela melhorou – ele falou a última frase para Charlie. – ou melhor, hoje mais tarde – completou olhando no relógio.

- sim, obrigado por ter vindo até aqui doutor e desculpe-me. – Charlie falou, entendi como se as desculpas fossem pelo meu comportamento para com o médico. Charlie acompanhou o Dr. Gerandy até a porta e voltou para sala – durma Bella – ele disse após notar que eu acompanhava seus passos com os olhos.

- vou tentar – disse com a minha voz ainda morta. Virei-me para o lado e fechei os olhos.

Não entendia o fato de eu estar tão abalada, como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado. Acho que não me senti tão mal nem quando a Meg havia ‘morrido’, tudo bem, eu fiquei bem depressiva, mas ela eu conhecia a vida toda, ela era a minha melhor amiga. Os Cullens eu conhecia a pouco mais de seis meses. Acho que o fator que me fez ficar tão morta foi porque depositei uma confiança extremamente grande no Edward e em sua família, eu tinha um amor tão grande que mesmo pela confiança depositada neles eu não tinha coragem de falar nada sobre mim a eles.

Precisava falar com alguém, mesmo que fosse apenas para falar de problemas normais de adolescentes humanas, a saudade que eu estava de apoiar num ombro amigo e chorar estava grande. A saudade de meus amigos estava grande.

Fiquei a noite pensando em tudo que havia acontecido de olhos fechados deitada no sofá da sala. Cheguei a tomar algumas decisões sobre o que iria fazer a partir daquele ponto, decisões transformadoras, só não sabia se teria coragem para começar rapidamente com elas. A noite acabou passando que praticamente não percebi, quer dizer, o resto.

O telefonema que meu pai recebeu da Sra. Stanley sobre o incêndio na reserva e depois a ligação que Charlie fez a Billy me ligou no que eu não havia percebido alguma coisa realmente estranha também ocorria na reserva, não é à toa, com todas aquelas lendas verdadeiras.

Uma semana depois de dura dor e agonia.

Finalmente amanheceu e aos poucos o horário de eu ir para escola chegou. Levantei do sofá e fui para o meu quarto para poder me arrumar. Dentro do meu closet passei por todas as roupas que normalmente usava e passei para a sessão das roupas que eu usava assim que cheguei a Forks, para as roupas pretas.

Vesti-me em estilo preto chic e desci as escadas já com meu material.

- bom dia pai – falei para ele que se encontrava na cozinha.

- já acordou? Volte a dormir, descanse mais, foi isso que o médico disse. – ele disse levando a serio o que o médico havia dito há cinco dias, obedeci ele já que eu não estava afim de fazer qualquer coisa interessante fiquei mofando no quarto durante todos esses dias, mas assim que olhou para mim percebeu que eu não estava com a intenção de ficar em casa muito menos de voltar a ‘dormir’. Era um novo dia. – onde você está indo?

- eu não vou ficar em casa pai, tenho aula.

- você pode faltar mais um dia, você passou por fortes emoções. – ele estava temeroso quanto ao meu comportamento nunca fui de ficar enfiada no meu quarto por nada.

- sim pai, e eu refleti sobre muitas coisas durante a noite e cheguei a muitas conclusões. – seu rosto ficou pálido, ele imaginava quais poderiam ter sido elas.

- ainda não vejo o porquê de você ter que ir para a escola, hoje pode tirar o dia de folga – qualquer pai que dissesse isso ao filho o veria irradiando felicidade, mas eu estava longe de ter felicidade dentro de mim, imagine irradiar, eu precisava mais do que nunca ir para aula.

- eu tenho que ir a aula. – dei uma pausa pensando se ele iria agüentar o choque. – preciso dizer adeus aos meus amigos.


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Notas finais do capítulo

gostaram? então, repetindo a pergunta: se eu disesse que esse é o fim vocês me matam?

todas? beleza então
aushauhs
preciso dizer adeus aos meus amigos

kkkkkkk
brinks

beijoooos
22 para o próximo!!