Hate That I Love You escrita por lola--chan


Capítulo 10
Próximos demais


Notas iniciais do capítulo

Fiquei muito confusa pra fazer esse capítulo, não estava muito inspirada. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121173/chapter/10

O resto do dia foi extremamente normal. Cheguei em casa 05:30 e minha mãe 09:00 já que teve que fazer hora extra. Eu já tinha preparado a janta, então nós duas comemos em silêncio já que estávamos cansadas. Depois ela disse que cuidava da louça já que eu tinha feito a comida, então fui para o meu quarto e dormi, ansiosa pelo dia de amanhã.

Acordei com o barulho do despertador e fiz minha higiene matinal. Depois coloquei meu uniforme e desci para tomar o café que já estava pronto já que minha mãe também tinha acordado cedo por que ia trabalhar.

Avisei minha mãe sobre o trabalho com Sasuke e ela estranhou já que eu não costumava fazer trabalhos com garotos, mas não insistiu no assunto já que teve que ir para o trabalho. Fiquei um pouco na varanda da minha casa, assim que ela saiu, apreciando o ar fresquinho da manhã e depois fui para o colégio.

Cheguei no mesmo 10 minutos antes do sinal bater, mas fiquei num lugar isolado pensando no meu dia. Depois que o sinal tocou, eu me dirigi para a sala junto com meus demais colegas. Contei para as meninas que ia fazer o trabalho com Sasuke ainda na primeira aula. Ino e Tenten ficaram super animadas. Ino queria a qualquer custo que eu deixa-se ela me produzir: ri me imaginando vestida como a Ino.

Durante o intervalo fiquei com meninas jogando papo fora. As duas últimas aulas passaram rapidamente e logo que terminaram, eu fui para o meu trabalho.

Bagunça: essa é a palavra que descreve como foi aquele restaurante hoje. Motivo: Sai faltou. Eu nunca imaginei que Sai faria tanta falta, mas aquele restaurante virou uma zona sem ele. No final eu tive que parar meu serviço para organizar o pessoal, antes que os clientes perdessem a cabeça. Resultado: Atrasei-me, chegando em casa junto com Sasuke, literalmente junto, já que ele estava estacionando o carro quando me viu. Logo arqueou as sobrancelhas na minha direção.

_Tive que fazer hora extra – argumentei e antes que ele reclama-se eu disse – Só vou trocar de roupa, pode entrar – Ele suspirou, mas fez o que eu disse. Sentou-se no sofá da minha casa e ficou lá com cara de bunda.

_Sakura, o que ouve que você chegou – disse minha mãe entrando na sala e dando uma pausa na fala assim que percebeu a presença de Sasuke – atrasada? – finalmente terminou.

_Tive que ficar mais tempo no restaurante – respondi vendo que a mesma continuava fitando Sasuke – esse é o Sasuke, mãe e essa é minha mãe, Asemi, Sasuke – apresentei-os, confusa com minhas palavras.

_Não precisa de apresentação, é o filho da Mikoto, não? – perguntou ela, mas não esperou que o mesmo responde-se – Eu era amiga da sua mãe, sinto muito por ela. – ela disse parecendo triste.

_Hn – foi a única coisa que ele disse.

_Vou me trocar, já volto – disse subindo para o meu quarto, tentando quebrar aquele clima.

Abri meu guarda-roupa e fiquei olhando para o mesmo, indecisa no que vestir. Afinal, por que eu me importo? Ino que fica botando essas idéias fúteis na minha cabeça. No final peguei uma calça jeans, meu coturno e uma camiseta cinza que tinha várias coisas escritas em preto. Eu estava indo para a sala, mas parei um pouco antes da porta da sala para que eles não me vissem.

_Sabe Sasuke, eu sempre criei a Sakura sozinha já que o pai dela nos abandonou e ela tem muito rancor do mesmo. Por isso eu imagino que ela seja uma pessoa difícil de lidar, então peço que tenha um pouco de paciência com ela – minha mãe disse baixinho. Acho que ela ia falar mais alguma coisa, mas eu apareci na porta e ela parou. Estava com cara de irritada, não gostava da idéia de Sasuke saber da minha vida pessoal.

_Vamos – disse já saindo. Sasuke apenas se levantou e me seguiu.

_Tchau filha, tchau Sasuke – minha mãe disse quando estávamos perto da porta.

_Tchau mãe – respondi.

_Tchau dona Asemi – disse Sasuke.

Entramos no carro e ficamos em silêncio. Sasuke estava com uma expressão pensativa. Ele dirigiu normalmente como da última vez, sem passar de 80 km/h. Não demorou muito, Sasuke parou na frente de um portão elétrico enorme que tinha tipo uma casinha do lado com um carinha vestido de segurança dentro, que abriu o portão assim que viu Sasuke.

A casa do Sasuke, não era grande, era enorme, vocês não tem noção. Tudo em volta tinha grama, flores, além de uma piscina imensa.

Fiquei olhando tudo aquilo paralisada, não imaginei que Sasuke fosse tão rico e, por algum motivo, eu não me senti bem com aquilo. Ele saiu do carro e entrou em sua casa. Eu apenas o segui em siléncio. Lá dentro o luxo ainda era ainda maior. A casa era num tom bege e branco e todos os móveis estavam extremamente arrumados. A casa tinha um ar de antigo, mas ao mesmo tempo moderno; não deixo de assumir que fiquei maravilhada com tudo aquilo.

Sasuke não falou nada, não zoou comigo por causa da minha casa e nem encheu o saco por causa da minha mãe boca aberta, apenas ficou em silêncio.

Nós fomos para a sala e sentamos em duas cadeiras, uma de fronte para a outra, com uma mesa entre a gente. Tinha dois notebooks na mesa e vários papeis.

Perdi a noção do tempo que ficamos lá, Sasuke só falava comigo quando era referente ao trabalho. Me assustei quando vi no relógio que já eram 9 horas.

_Posso te fazer uma pergunta, Sakura? – Sasuke falou e pelo seu tom não era nada sobre o trabalho.

_Acho que sim – falei em dúvida.

_Eu sou o terceiro motivo de que? – ele perguntou e eu me lembrei do dia em que brigamos no corredor da escola. Minha face corou na hora.

_O terceiro motivo de eu odiar os homens – falei num fio de voz ficando ainda mais vermelha. Eu nem sei por que contei isso para ele.

_Hn – ele disse pensativo, mas sem reação – o primeiro motivo é por causa do seu pai? – ele perguntou sério.

_Sim – disse baixo, mas sem surpresa já que tinha ouvido minha mãe falar com ele. Fiquei com medo da pergunta seguinte.

_Qual é o segundo motivo? –Sabia, a conversa tinha que parar nesse ponto.

_Não te interessa – disse séria – e eu tenho que ir para casa.

_É tão sério assim? – ele disse me olhando nos olhos.

_Já disse que não é da sua conta, vai me levar pra casa ou não? – perguntei fitando-o séria.

_Vou, depois de jantarmos. Vamos arrumar essa bagunça primeiro – ele falou olhando para a papelada esparramada no chão.

_Jantarmos? – perguntei confusa.

_Sim, não vou te levar pra casa com fome – ele disse sério.

_Eu não posso fome, tenho comida em casa – afirmei lembrando do que ele tinha dito no refeitório. Ele riu.

_Eu sei, só queria te irritar aquele dia. Gosta de macarronada? – ele perguntou com aquele sorriso lindo no rosto.

_Sim, mas eu quero ir pra casa – disse séria.

_Janta, depois eu te levo – ele falou num tom de ordem, agora não sorrindo mais.

_Se não me levar pra casa agora, eu vou à pé – afirmei.

_Por que você tem que ser tão cabeça dura? Então ta, eu te levo “AGORA” se é assim que você quer – ele disse irritado.

Me levantei e fui em direção a porta de saída sem olhar para traz. Eu não sei por que estava tão irritada, mas a idéia de Sasuke sabendo da minha vida particular me tirava do sério. Eu não sabia nada do íntimo dele, por que ele tinha que saber do meu?

Senti passos fundos atrás de mim, mas não dei o braço a torcer. De repente senti uma mão segurar meu pulso firme, fazendo-me virar em sua direção. O problema é que agente ficou perto demais.

_Você é irritante – ele disse bravo com sua respiração alterada, mas ficou em silêncio logo em seguida, se dando conta da nossa proximidade.

Eu devia empurrá-lo e sair dali, mas meu corpo parecia não obedecer aos meus comandos. Eu podia sentir o cheiro de menta do seu hálito. Ele também não se mexia um centímetro e nós continuávamos ali, nos encarando, próximos demais.

De repente foi como se eu estivesse no meu sonho, ele começou a se aproximar de mim e eu não reagi. Ele continuava a se aproximar e eu não o impedia. Pude sentir nossa respiração se misturar, e por impulso o afastei. O afastei por que isso não é um sonho e eu não podia simplesmente beijá-lo.

Virei-me rapidamente e corri em direção ao carro. Meu coração batia acelerado e minha face estava vermelha. Entrei no carro e fiquei lá sentada, ainda confusa com o que tinha acontecido. Por um momento pensei em sair correndo e ir para casa de à pé, mas estava muito escuro, então acabei desistindo.

Sasuke entrou logo em seguida sério.

_Coloque o sinto – ela disse num tom de ordem que normalmente me tirava do sério, mas naquele momento, eu simplesmente obedeci. Não ousei olhá-lo.

Ele começou a acelerar o carro, acelerar demais.

_Mais devagar – pedi, mas o mesmo me ignorou – eu disse para ir mais devagar – falei mais alto, dessa vez virando para fitá-lo por um momento. Ele estava com uma expressão de raiva no rosto que me assustou. Voltei a fitar minha mão, com medo, torcendo para chegar logo.

Escutei o carro parar e quando vi já estávamos na frente da minha casa. Saí do carro e fui direto para minha casa sem olhar para traz. Enquanto caminhava sabia que ele estava me olhando. Entrei em casa e logo fechei a porta atrás de mim, encostando-me na mesma. Pude escutar o barulho do motor do carro de Sasuke acelerar com força.

Perdi a noção de quando tempo eu fiquei lá, encostada na porta, sem me mexer. Por sorte minha mãe estava dormindo. Não comi nada, meu estomago parecia estar embrulhado. Deitei na cama ainda assustada e fiquei lá, horas, sem conseguir dormir, até que o cansaço me venceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, comentem *.*
A autora fica feliz!
;D